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  • Da esquerda pra direita: Paul Hunt (embaixador do Canadá), Eliezer Pacheco (secretário de educação profissional do MEC) e Paulo de Miranda (ministro da Agência Brasileira de Cooperação no lançamento do Mulheres Mil em Brasília (Júlio César Paes)Uma esperança, uma oportunidade de estudar e se preparar para entrar em campo. Segundo a aluna Vera Lúcia Francisca da Silva, 37 anos, moradora da Vila Chico Mendes, em Pernambuco, é isso que representa o Mulheres Mil. O programa foi lançado nesta segunda-feira, 24, pelo Ministério da Educação e pelo governo do Canadá, por meio da Associação dos Colleges Canadenses, parceiros na execução da ação. O público-alvo são mulheres brasileiras de 18 a 60 anos de idade. Elas trabalham em atividades diversas. São marisqueiras, faxineiras, artesãs, donas de casa, costureiras, agricultoras e cozinheiras. 

    O secretário de educação profissional do MEC, Eliezer Pacheco, ressaltou a potencialidade de inclusão do programa e a importância da parceria com o Canadá. “O Mulheres Mil está oferecendo acesso à educação profissional para trabalhadoras do Norte e do Nordeste, regiões que historicamente sofrem diversos tipos de exclusão. Estamos satisfeitos com esse trabalho conjunto e queremos ampliá-lo cada vez mais”, diz.

    Para o embaixador da Canadá, Paul Hunt, o Mulheres Mil contribuirá para o combate às desigualdades e a promoção da equidade, tendo a educação como o instrumento de mudanças. “O ensino profissional e tecnológico é fundamental para o desenvolvimento social e econômico de um país”, observou. “Estamos muito honrados por poder compartilhar com o Brasil a experiência dos colleges, que há mais de duas décadas promovem acesso a populações desfavorecidas.”

    Educação profissional para mil mulheresCom investimento de R$ 7 milhões, a meta é promover a inclusão no mundo do trabalho de mil mulheres desfavorecidas. Os cursos ofertados são nas áreas de corte e costura, artesanato, beneficiamento de couro de peixe, processamento de frutas, reciclagem de lixo, gastronomia e turismo.

    As capacitações estão sendo feitas pelos Centros Federais de Educação Profissional e Tecnológica (Cefets) de Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Roraima, Sergipe, além da escola técnica de Tocantins. Em cada Estado, a escolha do curso levou em conta a vocação econômica da região e também das principais interessadas, as mulheres beneficiadas pelo programa.

    Participaram da cerimônia de lançamento a representante da Agência Canadense para o Desenvolvimento Internacional, Anne Godê, Paulo Miranda, ministro da Agência Brasileira de Cooperação, o presidente do Conselho dos Diretores dos Centros de Educação Tecnológica (Concefet), Paulo César Ferreira, o vice-presidente da Associação Comunitária dos Colleges Canadenses, Paul Brennan e o presidente da Rede Norte e Nordeste de Educação Profissional e Tecnológica (Redenet), Sergio França.

    Conheça o portal Mulheres Mil.

    Assessoria de imprensa da Setec

  • O Ministério da Educação conseguiu apoio do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para financiar US$ 500 milhões em investimentos na educação profissional e tecnológica. A decisão foi divulgada pelo secretário de Educação Profissional do MEC, Eliezer Pacheco, no terceiro seminário do Programa Escola de Fábrica, que termina nesta sexta-feira, 1º, no auditório do subsolo do anexo II do MEC, em Brasília. A liberação dos recursos, porém, ainda precisa ser aprovada pela Comissão de Financiamentos Externos (Confiex), do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, e pelo Senado Federal.

    Segundo Eliezer Pacheco, os recursos serão utilizados para a construção de 100 escolas profissionais federais e compra de equipamentos. Estão previstos ainda investimentos para readequação de 450 escolas profissionais, o que pode incluir reforma, ampliação ou construção de 150 escolas estaduais, 150 municipais e 150 comunitárias.

    Parte dos recursos do BID deve ser investida no programa Escola de Fábrica e na construção de 270 centros de vocação tecnológica. Estes centros são menores que as escolas e voltados para a vocação profissional da região em que forem erguidos. "Será um novo Proep (Programa de Expansão da Educação Profissional) e já mandamos a pauta para a Confiex", explicou Eliezer Pacheco. "O MEC está expandindo a rede de escolas profissionais e tecnológicas federais."

    Para a expansão foi fundamental mudar a legislação brasileira que proibia o governo federal de construir escolas neste segmento, enfatizou Eliezer Pacheco. A Lei Federal nº 9.649/98 foi alterada pela Lei nº 11.195, de 2005, e com isso o MEC está autorizado a ampliar e fortalecer sua rede federal de ensino, com a construção de escolas, aquisição de equipamentos e capacitação de profissionais.

    Expansão -O MEC está construindo ou federalizando 60 escolas profissionais, das quais 18 estão sendo reequipadas com recursos do Proep, cujo convênio termina em maio de 2007. Do total, 15 são comunitárias e três municipais. Todas estão sendo transferidas ao comando do MEC. As outras 42 escolas são técnicas, agrotécnicas e unidades vinculadas aos centros federais de educação tecnológica (Cefets), que estão ou serão construídas com recursos do orçamento do MEC. Com R$ 57 milhões do orçamento deste ano, 25 escolas, das 42, já estão em obras. As demais começam a ser erguidas em 2007.

    O terceiro seminário do Escola de Fábrica pretende oferecer capacitação para executores do programa, que profissionaliza jovens de baixa renda, entre 16 e 24 anos. O programa é desenvolvido pela Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec/MEC) em parceria com a iniciativa privada e entidades sem fins lucrativos.

    Repórter: Susan Faria

  • O crescimento dos cursos superiores de tecnologia, oferecidos pelas universidades e voltados para formação de mão-de-obra técnica especializada, como os da produção de vinho ou de jóias - está a todo vapor na educação pública. Os últimos dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep/MEC), referentes ao Censo de 2004, mostram que 94% das vagas oferecidas no sistema público foram preenchidas. Portanto, foram ocupadas 17.963 vagas das 19.103 oferecidas nas escolas públicas. O número de cursos em instituições públicas passou de 95 em 1994 para 359 dez anos depois.

    Os cursos de graduação em tecnologia são voltados para a produção e inovação científico-tecnológica e para a gestão de processos de produção de bens e serviços. Os últimos dados registram que 153 mil alunos estão matriculados no ensino superior tecnológico brasileiro. As áreas que mais oferecem cursos de tecnologia são a industrial, de informática e de gestão. Os dados do Inep revelam ainda que em 1994 havia 23.861 vagas na educação profissional pública e privada, passando em 2004 para 200.458. A quantidade de cursos oferecidos, também nas duas esferas, cresceu de 261, em 1994, para 1.804, em 2004. Um  crescimento de 691% em dez anos.

    A expansão da educação tecnológica entre 1994 e 2004 deu-se principalmente na iniciativa privada. A Lei nº 9.649, de 27 de maio de 1998, impedia a União de expandir a educação profissional. A alteração da lei, em novembro de 2005, permitiu à União criar escolas técnicas, agrotécnicas federais e unidades descentralizadas, quando não for possível fazer parcerias com estados ou municípios, ONGs e o setor produtivo.

    A mudança viabilizou o plano de expansão da rede federal, permitindo a oferta de educação profissional nas regiões com menor de Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).

    Agora, estão previstas a construção de cinco escolas técnicas federais (ETFs), quatro escolas agrotécnicas federais (EAFs) e 33 unidades descentralizadas vinculadas aos centros federais de educação tecnológica (Cefets).

    Inscrições – Em 1994, 107.854 candidatos se inscreveram para concorrer a vagas em cursos tecnológicos; enquanto em 2004, houve 284.994 inscrições.  Em relação aos concluintes, o crescimento foi de 332% entre 1994 e 2004 – de 7.896 formados para 26.240.

    Atualmente, o Brasil possui mais de 3.500 cursos superiores de tecnologia, com 1.236 denominações diferentes. Menos de 5% das matrículas do ensino superior estão em cursos de tecnologia, enquanto nos Estados  Unidos o percentual chega a 46%.

    Normalmente, os cursos são oferecidos em regiões com demanda pela formação de determinados profissionais. No Sul, há cursos de produção de vinhos, móveis e jóias enquanto em Minas Gerais, há os de cafeicultura e cachaça. Em Mato Grosso, existem os de processamento de carnes, e na Bahia, de processos químicos. Já no Amazonas, os cursos são para a mão-de-obra dos sistemas de navegação fluvial. (Assessoria de Comunicação Social do MEC)

     

  • Um dos eixos estruturantes da política do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a educação profissional, ganhou um grande reforço nesta sexta-feira, 29. O ministro Tarso Genro assinou 24 convênios e sete termos de compromisso com dirigentes de entidades e órgãos federais, estaduais e do segmento comunitário que serão beneficiados pelo Programa de Expansão da Educação Profissional (Proep). O programa passou por um trabalho extenso e organizado de restauração, que foi acompanhado pelo ministro quase que cotidianamente.

    O MEC vai repassar um total de R$ 53 milhões aos conveniados, que serão investidos na construção de prédios, salas de aula, aquisição de equipamentos – desde microcomputadores a mobiliário –, bem como aquisição de material didático e consultoria. O resultado será a oferta de melhores condições para profissionalização de jovens brasileiros, assim como a ampliação do setor.

    “Hoje, o jovem que entra no Brasil Alfabetizado pode chegar à universidade, pois tem várias oportunidades”, disse o ministro durante a solenidade, realizada hoje, 29, no auditório do MEC. Segundo ele, alfabetização não é mais uma campanha para expandir números todos os meses e anos, mas é um programa que dá oportunidade de estudos para jovens e adultos. Comentou que o Programa Universidade para Todos (ProUni) abrirá, em quatro anos e meio, mais 450 mil vagas para alunos originários das classes menos favorecidas. Disse que atualmente o MEC tem a meta de trabalhar com uma visão sistêmica que abre portas para o conjunto do processo educacional.

    Melhorias – Graças ao convênio assinado hoje, com a Secretaria de Educação de Goiás, por exemplo, o Centro de Educação Profissional em Artes Basileu França, localizado em Goiânia, vai construir um teatro-laboratório em suas dependências. “Vamos proporcionar aos quatro mil alunos do centro trabalhar dentro do teatro. Hoje, fazem suas apresentações no pátio da escola”, explica Fátima Valdimar Costa e Silva, superintendente do ensino profissional de Goiás. O centro Basileu França oferece mais de 80 cursos nas áreas de teatro, dança, música e artes plásticas.

    Em relação ao Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet) de Minas Gerais, o seu presidente, Flávio Antônio dos Santos, explicou que o convênio assinado pelo MEC vai permitir a consolidação da Unidade de Educação Profissional de Divinópolis naquele estado. “Há anos, pagamos aluguel da unidade e agora ela terá sede própria, reforço no laboratório e abertura de novos cursos”, explicou.

    Também presente à solenidade, Alex Canziani, presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Educação Profissional, afirmou que a educação profissional é fundamental para os jovens chegarem ao mercado de trabalho.  “O Proep precisa ser intensificado.” Para Luiz Eduardo Vargas de Aguiar, presidente do Conselho Federal dos Cefets, a assinatura dos convênios foi um ato de vitória, um novo momento na educação profissional do país.

    Os Cefets que são ligados ao MEC, secretarias estaduais de educação, fundações e as universidades de Alagoas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraíba, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Roraima, Santa Catarina, São Paulo, Tocantins e Piauí foram beneficiados com convênios que serão assinados amanhã. O valor dos convênios varia entre R$ 934 mil a R$ 2,7 milhões.

    Recursos – O Proep visa desenvolver ações integradas de educação com o trabalho, a ciência e a tecnologia, em articulação com a sociedade. Seus recursos são originários de dotações orçamentárias do governo federal, sendo 25% do MEC, 25% de recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e 50% de empréstimos da União com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), assinado em 27 de novembro de 1997, com vigência até 2006.

    Além do ministro Tarso Genro, participaram da solenidade de assinatura, o presidente do FNDE, José Henrique Paim Fernandes, o secretário executivo do MEC, Fernando Haddad, o secretário de Educação Profissional e Tecnológica, Antonio Ibañez, parlamentares, dirigentes de escolas profissionais, secretários estaduais de educação e alunos do Cefet de Divinópolis.

    Mais informações pelo telefone (61) 3212-5912 (FNDE).

    Repórter: Susan Faria

  • Balanço Setec

    O plano de expansão das unidades dos centros federais de educação tecnológica (Cefets) e o Programa de Integração da Educação Profissional ao Ensino Médio, na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos (Proeja), são as grandes realizações da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec/MEC) em 2005.

    Para a secretária adjunta Maria José Rocha Lima, “a grande crítica dos segmentos da educação é que as escolas técnicas atendem a classe média. Agora os centros federais vão acolher os adultos das classes menos favorecidas da população e cumprir com sua missão social de inclusão”, afirma. Neste ano, foi revogada uma lei que proibia o governo federal de investir sozinho na expansão da rede, sem parcerias. Isso abre caminho para a criação de 40 novas unidades de ensino.

    Proeja - Em outubro e novembro deste ano, foram realizadas 15 oficinas pedagógicas com gestores de ensino visando capacitá-los para a implementação do Proeja. O objetivo do programa é atingir o Sistema S (formado pelo Sesi, Senai, Sesc, Senac, Sest, Senat, Senar e Sebrae) e atender à demanda gradualmente, oferecendo dez mil vagas em 2006 e mais 20 mil em 2007.

    Escola de Fábrica - O programa, que realiza cursos de iniciação profissional dentro de empresas para jovens de baixa renda de 16 a 24 anos, também apresentou avanços. Está com 558 unidades e atende 12 mil alunos, incluindo os que estudam em empresas estatais. A meta é qualificar 40 mil jovens para o mercado de trabalho até o final de 2006.

    Produção – Em 2006, a Setec pretende realizar a 1ª Jornada Nacional de Produção Científica e Educação Profissional e Científica, um simpósio nacional para definir quais Cefets serão transformados em universidades tecnológicas e uma confederação para estabelecer as diretrizes da política nacional, além da criação de um fundo para o financiamento da educação profissional.

    Outras propostas para o próximo ano são: capacitação de professores sem formação pedagógica; ensino da história da África; realização da primeira avaliação da educação profissional; criação de parâmetros curriculares e de um catálogo nacional de cursos; implementação do centro de informação virtual e da certificação profissional; e estruturação do projeto Sintonia, para realizar cursos de acordo com a demanda do lugar.

    Repórter: Raquel Maranhão Sá

  • A oferta de educação profissional pública aos pequenos municípios brasileiros, o olhar para as demandas locais e o compromisso com os jovens e adultos constituem os eixos básicos do programa de expansão da educação profissional do Ministério da Educação que tem início este ano. Serão construídas 25 unidades descentralizadas (Uneds) dos centros federais de educação tecnológica (Cefets) e contratados mil professores por concurso público. Para iniciar as ações, o governo federal repassou, em dezembro de 2005, R$ 57 milhões aos Cefets participantes da expansão.

    De acordo com a secretária adjunta da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec/MEC), Maria José Rocha, esta expansão se diferencia pelo olhar do governo para as demandas de mão-de-obra específica dos municípios e para as vocações regionais. A região Sul, por exemplo, oferecerá, prioritariamente, formação em recursos pesqueiros e a região Norte, de produtos naturais fitoterápicos. Na educação superior, as Uneds também terão cursos inéditos, entre eles, de tecnologia em agroecologia, conservação e restauro de imóveis, tecnologia em cafeicultura e enologia.

    Outra característica da expansão é a garantia de vagas para jovens e adultos que hoje estão em programas de alfabetização e de educação de jovens e adultos. Este público terá 30 mil vagas nos anos de 2006 e 2007. A formação profissional, explica Maria José Rocha, será articulada com o ensino médio, oferecendo a eles uma profissão.

    Uneds – As 25 unidades descentralizadas dos Cefets estão distribuídas em cidades de 18 estados. Minas Gerais, por exemplo, terá sete Uneds, Goiás, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro, quatro cada. Estes são os municípios contemplados: em Minas Gerais (Divinópolis, Bambuí, Januária, Rio Pomba, Uberaba, Congonhas e Varginha); Goiás (Morrinhos, Rio Verde, Urutaí e Inhumas); Rio de Janeiro (Paracambi, Realengo, Guarus e Maria da Graça); Rio Grande do Sul (São Vicente do Sul, Charqueadas, Bento Gonçalves e Passo Fundo); Paraná (Campo Mourão, Dois Vizinhos e Londrina); Santa Catarina (Jaraguá do Sul, Chapecó e Joinville); Espírito Santo (Cachoeiro do Itapemirim, Cariacica e São Mateus); São Paulo (Guarulhos e Sertãozinho); Mato Grosso (Cuiabá e Bela Vista); Maranhão (Zé Doca e Buriticupu); Rio Grande do Norte (Currais Novos e Ipanguaçu); Bahia (Simões Filho e Santo Amaro). Estados que recebem uma Uned: Amazonas (Coari), Ceará (Maracanaú), Paraíba (Campina Grande), Pernambuco (Ipojuca), Piauí (Picos) e Roraima (Novo Paraíso).

    Repórter: Ionice Lorenzoni

  • A meta é chegar a 2010 com 354 escolas técnicas e 500 mil vagas (Foto: João Bittar)A educação profissional e tecnológica brasileira vivencia a maior expansão de sua história. De 1909 a 2002, foram construídas 140 escolas técnicas no país. Nos últimos cinco anos, porém, o Ministério da Educação já entregou à população 39 novas unidades das 64 previstas na primeira fase do plano de expansão da rede federal de educação profissional. As 25 restantes estão em obras e serão entregues nos próximos meses.

    Em janeiro de 2008, começam os processos de implantação — aprovação de projetos, licitação e obras — de mais 150 instituições, previstas na segunda fase do plano de expansão. Serão investidos R$ 750 milhões. As novas escolas cobrem todas as regiões do país e vão oferecer, no início, cinco cursos técnicos de nível médio. A média de vagas em cada escola é de 1,2 mil alunos. A meta é chegar a 2010 com 354 escolas técnicas e 500 mil vagas.

    “A dificuldade das empresas em contratar mão-de-obra treinada e qualificada é um desafio que está sendo enfrentado pelo governo federal com investimentos pesados no ensino técnico”, diz Eliezer Pacheco, secretário de educação profissional e tecnológica do MEC.

    As escolas oferecem cursos de qualificação, de ensino técnico, superior e de pós-graduação. As áreas variam de acordo com a realidade regional. A rede conta com 12.664 professores. Destes, 4.379 têm mestrado (34,5%); 1.130, doutorado (8,9%); 4.748, especialização (37,4%); 2.209, graduação (17,4%); 177, aperfeiçoamento e 21, pós-doutorado.

    Ifets ― Também em 2008, o MEC vai criar os institutos federais de educação, ciência e tecnologia. Já está aberta a chamada pública para que centros federais de educação tecnológica (Cefets), escolas técnicas e agrotécnicas federais inscrevam, voluntariamente, propostas para integrar o novo modelo da rede. Todos os estados terão pelo menos um instituto. Até março, a Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec/MEC) divulgará o mapa da rede.

    Os institutos oferecerão educação superior, básica e profissional, pluricurriculares e multicampi, serão especializados em educação profissional e tecnológica e promoverão forte inserção na área de pesquisa e extensão. Metade das vagas oferecidas será destinada a cursos técnicos de nível médio, em especial de currículo integrado.

    Na educação superior, haverá destaque para cursos de licenciatura em ciências da natureza, como física, química, matemática e biologia. Também serão incentivadas as licenciaturas de conteúdos específicos da educação profissional e tecnológica, como a formação de professores de mecânica, eletricidade e informática.

    Além da expansão da rede, o governo federal lançou o programa Brasil Profissionalizado, para aumentar a oferta de escolas e matrículas de educação profissional nos estados e municípios. Para 2008, serão R$ 210 milhões em investimentos. Os recursos serão aplicados na construção ou reforma de escolas públicas de ensino médio e profissionalizante e na formação de professores na área de ciências.

    O financiamento também pode ser usado na aquisição de mobiliário, equipamentos e laboratórios e também na compra e implementação de acervo bibliográfico.

    Veja a lista das 25 escolas que serão entregues nos próximos meses, e das 150 cujo processo de implantação começa em janeiro de 2008.

    Felipe De Angelis


    *Republicada com alterações

  • A oferta de 54.136 novas vagas em cursos de nível médio e superiores de tecnologia e a criação de 32 novas escolas federais em 17 estados e no Distrito Federal fazem parte do plano de expansão da rede federal de educação profissional e tecnológica que o ministro da Educação, Tarso Genro, apresenta nesta sexta-feira, 24, ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. A expansão chegará a 1.300 municípios em 18 unidades da federação.

    As 32 novas unidades da educação profissional e tecnológica atenderão a todas as regiões do país. Porto Velho (RO), Marabá (PA), Nova Andradina (MT) e Brasília (DF) ganharão escolas agrotécnicas federais (EAF); Rio Branco (AC), Macapá (AP) e Campo Grande (MS) receberão as novas escolas técnicas federais (ETF). Já as 25 unidades de ensino descentralizadas (Uned) serão construídas em 12 estados: Bahia, Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso, Paraíba, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e Santa Catarina.

    Investimento – O conjunto de obras que integram o plano de expansão representa um investimento de R$ 70 milhões que serão aplicados na construção ou adaptação de instalações já existentes, compra de equipamentos e capacitação profissional. Na execução desse programa, o Ministério da Educação estima que serão criados 3.338 novos postos de trabalho, dos quais 1.310 são cargos para professor. Três são as prioridades do plano de expansão: atendimento aos estados que não possuem instituições da rede; as periferias de grandes centros urbanos; e municípios do interior.

    Rede – Com 95 anos de existência, a rede federal de educação tecnológica é composta por 144 instituições que oferecem 666 cursos técnicos e 189 cursos tecnológicos em 23 estados da federação. Seus quadros são formados por 11.900 professores que atendem, hoje,  230 mil estudantes.

    Repórter: Ionice Lorenzoni

  • A expansão da educação profissional, com 214 novas escolas técnicas no país, e a implantação dos institutos federais de Educação, Ciência e Tecnologia em todos os estados determinam a criação de 21.730 cargos. Destes, 12.300 serão para professores e 9.430 para técnicos administrativos. O valor a ser investido em pessoal será de R$ 717 milhões anuais, quando todos estiverem ocupados.

    A distribuição dos cargos será gradual e acompanhará o processo de implantação dos cursos e da estrutura administrativa de cada uma das novas unidades. Atualmente a rede federal de educação profissional conta com cerca de 15 mil docentes e 35 mil técnicos administrativos distribuídos por 180 instituições.

    Outras 24 escolas, da primeira fase do plano de expansão, estão em obras e serão entregues nos próximos meses. As 150 escolas da segunda fase do plano de expansão estão em processo de implantação (doação e escolha de terrenos, audiências públicas para definição dos cursos, aprovação de projetos arquitetônicos e abertura dos processos de licitação para início das obras), com investimentos de R$ 750 milhões. Quando em pleno funcionamento, cada uma dessas escolas contará em média com 60 professores e 50 técnicos. A meta é chegar em 2010 com 354 escolas técnicas federais e 500 mil vagas.

    Institutos — O MEC está reorganizando o modelo da rede federal de educação profissional, com a criação dos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia. Eles serão implantados a partir da integração e reorganização de centros federais de educação tecnológica (Cefets), escolas agrotécnicas federais e escolas técnicas vinculadas a universidades federais.

    Os institutos federais oferecerão educação superior, básica e profissional. Metade das vagas oferecidas será destinada a cursos técnicos de nível médio, em especial de currículo integrado. Na educação superior, haverá destaque para cursos de licenciatura em ciências da natureza, como física, química, matemática e biologia. Também serão incentivadas as licenciaturas de conteúdos específicos da educação profissional e tecnológica, como a formação de professores de mecânica, eletricidade e informática. Cada estado terá pelo menos um instituto, que ainda terá forte inserção na área de pesquisa e extensão.

    Felipe De Angelis

  • Campos (RJ) — Durante a solenidade de inauguração da Uned Guarus, em Campos dos Goytacazes, o ministro da Educação, Fernando Haddad, anunciou para o início de setembro a divulgação da lista das 50 cidades que vão receber as próximas escolas de educação profissional, que serão construídas e equipadas a partir de 2008.

    De acordo com o ministro, a segunda fase do projeto de expansão da rede de educação profissional será feita em parceria do MEC com estados e municípios. Ele adiantou que 39 municípios já ofereceram infra-estrutura e equipamentos para o funcionamento das escolas. Nesses casos, o Ministério da Educação participará com os professores e servidores administrativos.

    A segunda etapa da expansão compreende a construção de 150 novas escolas no período de 2008 a 2010.

    Rodrigo Dindo

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  • O Ministério da Educação prepara a primeira avaliação da educação profissional, a ser feita este ano. Elaborar um quadro geral de alunos e professores, identificar experiências bem-sucedidas, revisar currículos e avaliar a qualidade dos cursos são itens básicos a serem considerados pela Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec/MEC) na preparação do Sistema de Avaliação da Educação Profissional (Saep).

    Grupo de trabalho criado para este fim tem prazo até junho para definir as diretrizes da avaliação. O grupo tem representantes dos ministérios da Educação, da Justiça, e do Trabalho e Emprego, do Conselho dos Diretores das Escolas Técnicas Vinculadas às Instituições Federais de Ensino Superior (Condetuf), do Conselho Nacional das Escolas Agrotécnicas Federais (Coneaf), do Conselho Nacional dos Centros Federais de Educação Tecnológica (Concefet) e do Sistema S, composto por entidades como Senai, Sesi, Senac e Sesc.

    Inspiração — Hoje, segundo a secretária adjunta da Setec, Maria José Rocha, o MEC conhece apenas a rede federal — cursos, estudantes, professores e técnicos. O que empresas e sindicatos fazem em educação profissional ainda é desconhecido.

    Com a montagem da avaliação, inspirada no Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes) e na experiência acumulada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep/MEC), será feita uma radiografia da realidade da educação profissional brasileira.

    Repórter: Ionice Lorenzoni

  • Educação profissional virou samba-enredo. A proximidade de um instituto federal com a comunidade de um bairro de Manaus motivou a novidade. No próximo sábado, 21, a história do que é hoje o Instituto Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica do Amazonas vai para a avenida.



    Do Morro da Liberdade, bairro de Manaus, para o Instituto Federal do Amazonas são três quilômetros. A interação da comunidade com o instituto é tanta que o centenário da instituição virou tema de samba-enredo da escola de samba do Morro da Liberdade, a Reino Unido da Liberdade, uma das mais tradicionais de Manaus. “Os meninos da bateria e até mesmo o presidente da escola de samba são ex-alunos do instituto”, conta o reitor da instituição, João Martins Dias.



    A escola sai com 5 mil brincantes na avenida no próximo sábado. Terceira do grupo especial a desfilar, a Reino Unido da Liberdade terá duas alas exclusivas para o Instituto Federal, uma para servidores e outra para egressos da instituição. Desde que soube que ia desfilar, a professora Maria Guerreiro tomou aulas de dança, promovidas pelo próprio instituto. “Não quero fazer feio de jeito nenhum”, conta a professora, que foi criada no Morro da Liberdade. Quando criança, a escola de samba passava em frente à sua casa, mas seus pais não a deixavam pular o carnaval. Este ano ela vai pela primeira vez. “Estou muito emocionada também porque trabalho no instituto há 15 anos”, relata.



    O que hoje é o Instituto Federal do Amazonas começou como uma das primeiras escolas de educação profissional do país. Criada em 1909 pelo ex-presidente Nilo Peçanha, a então “escola de aprendizes artífices” foi uma das 19 primeiras a serem instaladas no país. O enredo “O centenário dos aprendizes artífices no reino do saber, do samba e da alegria” conta toda a história da instituição, amada pela comunidade manauara. Foi a própria escola de samba que propôs o enredo.



    “Essa idéia não partiu aqui do instituto não. Eu não ia propor uma encrenca dessas. Tivemos que ensaiar um ano inteiro”, brinca o reitor João Dias. Homem letrado, acostumado ao dia-a-dia de professor, este ano ele vai para o carnaval. “Tô um pouco sem jeito, mas muito orgulhoso também”, confessa.



    A diretoria da escola de samba vai desfilar junto com a diretoria do instituto, em mais uma prova da interação da comunidade com o instituto federal. No enredo, a história da escola e da revolução tecnológica dos últimos 100 anos.  “Agora, é esperar o resultado. Se Deus quiser, seremos campeões”, torce o reitor João Dias.

     

    Ana Guimarães

  • Representantes da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec/MEC) reúnem-se em Brasília, na quinta-feira, 8, e na sexta, 9, para finalizar relatório sobre acordo de cooperação entre os governos brasileiro e norte-americano na área de educação profissional e tecnológica. O documento aponta sugestões para cooperação na área da certificação, no acompanhamento de egressos e no campo das experiências bem-sucedidas de inclusão de alunos formados em empresas.

    “Pretendemos criar uma política que nos permita saber se as instituições, tanto brasileiras quanto norte-americanas, estão atendendo às demandas do mundo do trabalho”, diz o diretor do Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet) de Campos (Rio de Janeiro), Luiz Augusto Caldas.

    Técnicos brasileiros realizaram visitas a escolas da América do Norte. Os consultores norte-americanos Donald Holsinger e Mary Gershwin estão no Brasil para conhecer instituições federais de educação profissional e tecnológica.

    Participam da reunião a coordenadora-geral de políticas de educação profissional e tecnológica, Caetana Juracy Rezende Silva; o professor Luiz Caldas e os representantes do Cefet Química, de Nilópolis (Rio de Janeiro), Sidnei Quezada de Meireles Leite, e do Cefet da Bahia, Maria da Conceição da Veiga.

    A iniciativa recebe o apoio da Agência Brasileira de Cooperação (ABC), da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (Usaid) e da Embaixada dos Estados Unidos no Brasil.

    Ana Júlia Silva de Souza

  • A comunidade acadêmica tem até 20 de agosto para apresentar propostas de licenciaturas para as disciplinas específicas do currículo da educação profissional e tecnológica. A consulta pública está disponível na página eletrônica da Setec, com formulário onde os interessados podem fazer sugestões e verificar as quatro propostas de cursos de licenciatura destinados à formação inicial de docentes para a educação profissional.

    A Setec vem, há algum tempo, promovendo estudos e discussões sobre uma política mais ampla de formação de docentes para esta área da educação, que contemple a oferta de formação inicial, as licenciaturas. As quatro propostas apresentadas na consulta pública não são excludentes entre si – resultam dos estudos promovidos e podem ser alteradas e modificadas a qualquer momento.

    A partir de um estudo realizado por especialistas da área, foi elaborada a proposta-base de licenciaturas para a educação profissional e tecnológica. A primeira proposta é o curso de licenciatura para graduados. A segunda é o curso de licenciatura integrado com o curso de graduação em tecnologia. A terceira é o curso de licenciatura para técnicos de nível médio. E a última é o curso de licenciatura para concluintes do ensino médio.

    Formação – A necessidade de pessoal docente qualificado caminha  com a expansão da educação profissional no país. “Para uma expansão de qualidade é necessário a formação de professores qualificados”, afirma o diretor de Políticas da Setec, Luiz Augusto Caldas.

    Atualmente, existem ofertas diversificadas de formação de docentes para este campo, mas são muito reduzidas considerando o potencial de demanda e nem sempre atendem todos os perfis de entrada dos candidatos. Estas ofertas são constituídas por programas especiais, cursos de pós-graduação, formação em serviço, formação a distância. “Poucas são, entretanto, as iniciativas de cursos de licenciatura”, ressalta Caldas. Segundo ele, as licenciaturas têm sido apontadas como absolutamente essenciais, por serem o espaço privilegiado da formação docente inicial e pelo importante papel que podem ter na profissionalização dos professores.

    Assessoria de Imprensa da Setec

  • Duas escolas de educação profissional serão inauguradas esta semana, com recursos do Programa de Expansão da Educação Profissional (Proep). Nesta terça-feira, 24, o Centro de Educação Profissional Otávio Lage, em Goianésia, Goiás. Na sexta, 27, o Centro Tecnológico de Maringá, Paraná.

    Na cidade goiana, convênio assinado com a Secretaria de Educação de Goiás garantiu investimento de quase R$ 3 milhões, destinados consultoria, obra e aquisição de equipamentos para os laboratórios de física e química, informática, design e gestão. Em Maringá, o convênio foi assinado com a Fundação Tecnópolis, instituição comunitária mantenedora da escola. O valor investido, de aproximadamente R$ 2 milhões, foi utilizado na capacitação de profissionais, consultoria, serviços e aquisição de equipamentos para laboratórios das áreas de gestão, indústria e informática.

    O Proep, com vigência até novembro de 2008, abrange o financiamento de construção, reforma e ampliação de escolas profissionalizantes, aquisição de equipamentos de laboratórios e de material pedagógico. Também são contempladas ações voltadas para o desenvolvimento técnico-pedagógico e de gestão das escolas, como capacitação de professores e de pessoal técnico e implantação de laboratórios.

    Assessoria de Comunicação Social do FNDE

  • Jovens e adultos com ensino médio completo, residentes em cinco municípios do Pará, têm a oportunidade de começar este ano um curso de educação profissional pelo sistema Escola Técnica Aberta do Brasil (E-Tec Brasil). Na modalidade a distância, a E-Tec Brasil, que no Pará trabalha em parceria com o Centro de Educação Profissional e Tecnológica (Cefet), abre seis cursos e oferece mil vagas nos pólos das cidades de Itaituba, Juruti, Moju, Santana do Araguaia e Muaná, esta na Ilha de Marajó.

    As inscrições para o vestibular podem ser feitas até a próxima quinta-feira, 22, no pólo de cada cidade. Cada curso tem 50 vagas. De acordo com Rui Chaves, professor do Cefet que coordenou o projeto para a abertura dos cursos da E-Tec Brasil no estado, os seis cursos oferecidos estão em sintonia com as necessidades do mercado de trabalho das regiões onde estão esses municípios.

    As cinco cidades, por exemplo, vão oferecer a formação profissional em aqüicultura e saneamento urbano, áreas onde faltam trabalhadores qualificados. O saneamento, diz o professor Rui Chaves, inexiste na expressiva maioria dos municípios do estado, “até Conceição do Araguaia, cidade de porte médio, criada há 111 anos, não tem saneamento”. A aqüicultura, que trabalha com criação de peixes, camarões e crustáceos, é outro mercado de trabalho garantido nesses municípios. Os outros cursos são informática, pesca, turismo e metalurgia.

    A pesquisa para a definição dos cursos para a primeira experiência da E-Tec Brasil no Pará foi feita pelo observatório do Cefet. Ao oferecer cursos de qualidade e gratuitos que atendam setores da economia onde falta mão-de-obra, explica Rui Chaves, o Ministério da Educação abre uma série de oportunidades a jovens e adultos e fortalece a economia local. Ele cita a mineradora Vale (Vale do Rio Doce) como um entre diversos setores que vão absorver imediatamente os profissionais da E-Tec. Para cada engenheiro que trabalha na Vale são necessários, no mínimo, oito técnicos, explica.

    Cursos – Para formação a distância, a E-Tec Brasil exige que, no mínimo, 20% de aulas presenciais sejam feitas nos pólos, além da prática profissional. A parte prática, segundo Rui Chaves, será desenvolvida nos laboratórios móveis montados sobre carretas que o MEC está preparando especialmente para essa modalidade de ensino. Dos seis cursos que o Cefet-Pará coordena, cinco terão 18 meses de duração, desenvolvidos em três semestres, e o curso de metalurgia terá 24 meses, em quatro semestres.

    Os pólos da Escola Técnica Aberta do Brasil no Pará vão oferecer aos alunos apostilas de todas as disciplinas, laboratórios de informática e apoio de professores e tutores. Rui Chaves explica que para fazer o curso o estudante precisa estar vinculado a um pólo, independente da cidade onde reside. A parte a distância o aluno pode fazer na sua casa com apoio dos tutores, mas é obrigatória a presença no pólo para as atividades presenciais e nos laboratórios para as práticas

    Na página do Cefet-Pará, o candidato encontra o edital com a oferta de cursos por município, a ficha de inscrição, um questionário socioeconômico que precisa preencher, a relação dos conteúdos que fazem parte do vestibular, entre outros dados.

    E-Tec Brasil – A Secretaria de Educação a Distância (Seed) selecionou no ano passado 193 pólos da E-Tec; aprovou a abertura de 147 cursos técnicos de nível médio e criou 22.983 vagas. Para o primeiro semestre de 2009, autorizou a abertura de 26.650 vagas, que somadas às de 2008 são 49.633. Os três primeiros cursos da E-Tec foram abertos pelo Colégio Técnico Universitário da Universidade Federal de Juiz de Fora, em Minas Gerais, em setembro de 2008.

    Ionice Lorenzoni

  • Diretores de seis escolas recém-criadas pelo Ministério da Educação foram empossados nesta quinta-feira, 13, na sede do Conselho Nacional de Educação (CNE), em Brasília. Os novos gestores vão cuidar da implantação de unidades no Acre, Amapá, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul e Rondônia, as quais fazem parte da expansão da rede de educação profissional e tecnológica. Agora, todos os estados contam com instituições federais de formação profissional.

    O custo para a construção de cada unidade é de R$ 5 milhões, acrescidos de R$ 3,3 milhões por ano para custeio. Cada escola terá, em média, 1,2 mil estudantes e, no mínimo, cinco cursos técnicos integrados ao ensino médio. A expansão da rede está prevista no Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), lançado em abril. A proposta determina a construção de 150 escolas técnicas em todo o país. A meta é chegar a 2010 com 354 instituições de formação profissionalizante — hoje, são 177 escolas.

    O secretário de educação profissional e tecnológica, Eliezer Pacheco, destacou o papel da educação profissional no desenvolvimento nacional e nas políticas de inclusão social, a manutenção e a expansão da rede, a democratização do acesso e a implantação dos institutos federais de educação, ciência e tecnologia. O MEC está reorganizando o modelo da rede com a criação dos institutos, voltados para a educação superior, básica e profissional.

    Metade das vagas oferecidas pelos institutos será destinada à oferta de cursos técnicos de nível médio, em especial de currículo integrado. Na educação superior, o destaque fica para cursos de licenciatura em ciências da natureza (física, química, matemática e biologia). “Ao identificar demandas regionais, os institutos vão contribuir para o enfrentamento das desigualdades sociais brasileiras e demarcar trajetória inovadora e de caráter não-acadêmico”, salientou Eliezer Pacheco.

    Os diretores empossados foram: José Carlos Nunes de Mello, na Escola Técnica Federal do Acre; Emanuel Alves de Moura, Amapá; Francisco Moreira de Meneses, Distrito Federal; Marcus Aurélius Stier Serpe, Mato Grosso do Sul; Raimundo Vicente Jimenez, Rondônia, e José Junio Rodrigues de Souza, na Escola Agrotécnica Federal de Nova Andradina (MS).

    Rodrigo Farhat

  • Tocantins vai ganhar três novas escolas técnicas até 2010. O estado tem hoje duas instituições, em Palmas e Araguatins. Como prevê o Plano de Expansão da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica, serão implantadas unidades nas cidades-pólo de Araguaína, Gurupi e Porto Nacional.

    As novas escolas funcionarão vinculadas ao Centro Federal de Educação Tecnológica do Tocantins (Cefet-TO). Serão aproveitados os arranjos produtivos locais de cada região — pecuária leiteira, madeira e móveis em Araguaína; pecuária e biodiesel em Gurupi; fruticultura e piscicultura em Porto Nacional.

    A expansão da rede de educação profissional está prevista no Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), lançado em abril pelo Ministério da Educação. A proposta determina a construção de 150 escolas técnicas em todo o país. Os municípios que receberão as novas instituições foram definidos para atender localidades no interior do Brasil e periferias dos grandes centros urbanos. Também foram considerados os arranjos produtivos locais, de maneira a reduzir a saída dos alunos em direção às grandes cidades e aproveitar a infra-estrutura da região.

    Para a implantação do plano no Tocantins e garantir a participação do estado e dos 129 municípios, o ministro da Educação, Fernando Haddad, visita Palmas nesta quinta-feira, 4.

    Letícia Tancredi

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  • Tradição oral, a palavra contada. Este é o tema da 3ª Semana do Contar Histórias, promovida pela Secretaria de Educação de Guarulhos, na grande São Paulo, que acontecerá entre os dias 5 e 9 de abril, e que abordará a forma inicial e eterna da narração. O evento surgiu a partir do projeto Contador de Histórias e tem como público-alvo os educadores da rede municipal de educação. Durante uma semana, os professores poderão participar de 19 oficinas gratuitas.

    A abertura da 3ª Semana do Contar Histórias acontecerá às 19 horas do dia 5 de abril, com a palestra "A importância da cultura popular na escola - convergência entre literatura infantil e conto popular", com o escritor Ricardo Azevedo. A solenidade será no Teatro do Adamastor. Haverá, ainda, a apresentação cultural "Concantando a História", com a participação dos alunos da Escola Municipal Jardim City.

    Oficinas - As oficinas abordarão temas ligados ao ato de contar histórias, como "O Conto para Brincar" (40 vagas), "Importância da Interpreparação para Contar Histórias" (40 vagas), "A Poesia Sonora e a Narrativa em Versos" (30 vagas), "Tradição Oral em Arte Educação" (40 vagas), "Refletindo as Diferenças" (35 vagas), "Saci: Do Sítio do Pica-pau Amarelo ao Sítio da Internet" (40 vagas) e "Corpo e Voz na Formação do Contador" (30 vagas).

    Ainda serão oferecidas as oficinas "As Cinderelas na Tradição Baiana" (50 vagas), "Trabalhando com Parlendas e Brincadeiras de Roda" (40 vagas), "Corpo, Palavra e Cantiga" (40 vagas), "Contar Histórias: Uma Arte Sem Segredos" (30 vagas), "Forest Gump: O Contador de Histórias" (100 vagas), "Cultura é Memória: A Tradição e a Transmissão Oral" (60 vagas), "Tradições Orais Afro-Brasileiras" (50 vagas), "Racconti In Italiano - Contos em Italiano" (40 vagas), "Corpo, Palavra e Cantiga" (40 vagas), "Objetos Afetivos Como Facilitadores da Oralidade" (30 vagas), "Pedro Malasartes: As Artes, Malícias e Delícias de um Personagem Brasileiro" (60 vagas) e "Roda de Contadores de Histórias" (80 vagas).

    Os trabalhos serão realizados no Teatro do Adamastor; no Centro Municipal de Educação Júlio Fracalanza, na Vila Augusta; no Centro de Incentivo à Leitura Luís de Camões, no Gopoúva; e no Centro Educacional dos Pimentas, no Jardim Nova Cidade. (Assessoria de Imprensa da Secretaria de Educação de Guarulhos)

  • Já está no Ministério da Fazenda a proposta de lei que cria um incentivo fiscal para o setor produtivo em troca de investimentos em projetos de pesquisa das universidades. O estudo apresentado na quarta-feira, 28, pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, sugere isenção de parte do Imposto de Renda de empresas que investirem em projetos para conversão da produção científica em inovação tecnológica.

    A proposta de lei, elaborada pelo MEC, foi inspirada nas leis de Inovação Tecnológica, do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT); Rouanet, do Ministério da Cultura (MinC); e de Incentivo Fiscal, do Chile. O estudo levado por Fernando Haddad ao ministro Guido Mantega tem o objetivo de aproximar a pesquisa e os conhecimentos científicos produzidos na universidade com as demandas do setor produtivo, em benefício do país.

    Dados apresentados por Haddad à Fazenda indicam que o Brasil tem hoje 2% da produção científica mundial – os países desenvolvidos chegam a 4% –, mas o país converte em patentes cerca de 0,5%. A proposta da lei de incentivos, diz o ministro da Educação, é acabar com esse hiato.

    Recursos – Na prática, o estudo do MEC propõe que a universidade que tiver interesse em obter recursos de empresas apresente um projeto para análise dos ministérios da Educação e da Ciência e Tecnologia. Se aprovado, a universidade vai ao setor produtivo captar as verbas. Já as empresas que investirem poderão abater parte dos recursos no Imposto de Renda. Caberá ao Ministério da Fazenda definir o percentual de dedução anual.

    Ionice Lorenzoni

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