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  • O Brasil possui atualmente cerca de 3,6 mil cursos superiores de tecnologia, que capacitam jovens e adultos em áreas carentes de mão de obra especializada, como turismo, construção civil, informática e agropecuária. Os cursos atendem às exigências do mercado do trabalho e formam tecnólogos, em média, em três anos. Dois bons exemplos são a Escola Agrotécnica Federal (EAF) de Salinas, em Minas Gerais, que oferta o curso superior de Tecnologia em Produção de Cachaça de Alambique, e a EAF de Colatina, no Espírito Santo, formadora de profissionais do setor cafeeiro.

    O curso de Salinas, iniciado no segundo semestre do ano passado, oferece 30 vagas por semestre, com turmas de manhã e à tarde. "Além da parte básica, com aulas de química e física, os alunos aprendem sobre a cultura da cana-de-açúcar, o processo de fermentação e destilação, de modo a atuar em qualquer parte da cadeia produtiva, até mesmo na área de comercialização e marketing", disse Oscar William Fernandes, coordenador do curso. Condições especiais de solo e clima ajudam Salinas a se destacar na produção do destilado. Há 48 fabricantes na cidade. Eles geram cerca de 1,1 mil empregos diretos e indiretos.

    Café - Produzido em 1,7 mil municípios, o café garante sete milhões de empregos em todo o país. Em Colatina, os estudantes aprendem técnicas de poda, colheita e secagem, de zootecnia, fruticultura, agroindústria e gestão empresarial. Cerca de cem alunos formados a cada três anos passam a trabalhar basicamente no Espírito Santo, na Bahia e em Minas Gerais.

    O conhecimento adquirido contribui para o desenvolvimento tecnológico brasileiro e oferece uma alternativa de inserção profissional, além de impulsionar o desenvolvimento das economias regionais. Com o objetivo de orientar alunos e professores sobre esta modalidade de ensino, o Ministério da Educação lançou este mês o Catálogo Nacional de Cursos Superiores em Tecnologia.

    A publicação do catálogo visa estabelecer um referencial conceitual que valorize a educação superior tecnológica e oriente os estudantes em suas escolhas profissionais. Desde a última sexta-feira, dia 12, a versão preliminar está disponível na página eletrônica do MEC para esclarecimentos e consulta pública, que se estenderá por 30 dias. As instituições podem apresentar sugestões de cursos que não constem do documento. A versão final deve ficar pronta em agosto.

    Raquel Maranhão Sá

  • Começam nesta terça-feira, 23, as comemorações do centenário da rede de escolas técnicas federais, a completar no próximo ano. A exposição fotográfica De Aprendizes Artífices a Institutos Federais: 100 Anos de Compromisso com a Educação Profissional e Tecnológica no Brasil será aberta na entrada privativa do edifício-sede do Ministério da Educação, em Brasília, às 16h. Durante o evento será lançada a Agenda do Centenário.

    A exposição retrata a história do ensino técnico no Brasil, o trabalho e o esforço de todos os que ajudaram a construir a rede de ensino profissionalizante. Da Agenda consta toda a programação a ser cumprida no próximo ano pela Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec). Estão previstos o lançamento de publicações relacionadas ao centenário, a criação de um selo comemorativo, concursos e premiações, além de atividades culturais nas instituições públicas de educação profissional e tecnológica.

    A história da rede teve início em 1909, quando o então presidente da República, Nilo Peçanha, assinou decreto que criava 19 escolas de aprendizes artífices, destinadas “aos pobres e humildes” filhos da classe operária. No documento, esses cidadãos eram chamados de “desvalidos da sorte”. A formação era voltada para o ensino industrial e qualificação da mão-de-obra.

    Hoje, a rede federal de educação profissional e tecnológica está em processo de expansão. O centenário será marcado pela crescente qualidade das instituições, pelo aumento do número de escolas e pela grande transformação social que o ensino profissionalizante vem promovendo em todo o país. A rede conta com 200 escolas. Até o fim de 2010, serão 354.

    A exposição pode ser visitada até o dia 30.

    Assessoria de Imprensa da Setec

  • Servidores de 29 instituições técnicas e tecnológicas e de universidades federais estão desenvolvendo o portal do Sistema de Informações da Educação Profissional e Tecnológica (Siep), que deve entrar no ar até o final de 2008. A partir deste mês, os núcleos de pesquisa e desenvolvimento do sistema começam a realizar testes internos com alguns dos softwares que formarão o Siep.

    O sistema é uma iniciativa da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec), com o apoio do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e da Coordenação de Informática e Telecomunicação (Ceinf), vinculados ao MEC

    De acordo com o coordenador-geral de planejamento, orçamento e gestão da Setec, Getúlio Marques Ferreira, o portal, programado com tecnologias de software livre, será um importante instrumento de gestão, pois possibilitará a construção de uma base de informações sólida, segura e em tempo real. “Hoje não há um espaço específico onde estejam registrados os dados nacionais.” Com a implantação do Siep, explica, os gestores e a sociedade terão um panorama do número de matrículas, dos cursos ofertados, áreas de abrangência das escolas, índices de empregabilidade dos formandos e das pesquisas desenvolvidas nas escolas.

    Com investimento de cerca R$ 3,5 milhões até o momento, o projeto é custeado com bolsas de iniciação científica e envolve cerca de 60 pesquisadores e 130 alunos de cursos superiores, técnico e tecnológico das áreas de informática, desenvolvimento de sistemas, web design, design gráfico e redes de comunicação.

    Para a construção do banco de dados do setor, está em fase de elaboração o Sistema de Gerenciamento Acadêmico (Siga). A administração e a alimentação da ferramenta serão de responsabilidade das instituições. As informações cadastradas também servirão de base para a elaboração da matriz orçamentária da Setec. Inicialmente, o Siga será instalado na rede federal e, depois, nas estaduais e privadas.

    Além de publicar e colocar à disposição dados nacionais sobre o setor, número de vagas, credenciamento de novos cursos, investimentos, o Siep terá uma biblioteca e um centro de documentação digitais. Outra iniciativa é o observatório nacional da educação profissional e do mundo do trabalho, que viabilizará o mapeamento das tendências e demandas do setor no país.

    Esses diagnósticos serão gerados a partir do cruzamento de informações sobre os arranjos produtivos, dados dos ministérios do Trabalho e Emprego, de Ciência e Tecnologia, da Cultura, do Desenvolvimento Social, do Turismo e da Saúde, Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), entre outros.

    Através do portal, a Setec ainda incentivará, por meio de fóruns de discussão e salas de bate-papo na internet (chats), a realização de estudos e pesquisas com foco na proposta de oferta de cursos a distância.

    Stela Rosa

  • O secretário de desenvolvimento econômico e da ciência e tecnologia de Sergipe, Jorge Santana, visitou o Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet) para conhecer de perto os projetos de implantação de novas unidades de ensino no interior do estado. O diretor-geral do Cefet, professor Joarez Vrubel, demonstrou à equipe do governo estadual os planos da instituição para a área de pesquisa e inovação.

    Vrubel anunciou que uma das metas da instituição é ampliar os cursos técnicos e tecnológicos e implantar oito cursos de pós-graduação lato sensu até 2009, além de dois cursos de mestrado. Outra meta é transformar a instituição em instituto de educação, ciência e tecnologia, que deve congregar as unidades federais. “Queremos mostrar nosso interesse em colaborar, em formar parcerias para o desenvolvimento da sociedade na área da inovação”, diz Vrubel. Segundo ele, serão construídas três unidades do Cefet no interior do estado — nos municípios de Estância, Itabaiana e Nossa Senhora da Glória. “Queremos implantar pelo menos duas delas em 2008”, afirma.

    O secretário Jorge Santana destacou o papel do Cefet de Sergipe como instituição de ensino e pesquisa sintonizada com as demandas do setor produtivo e informou que uma parceria com a Federação das Indústrias de Sergipe vai permitir a realização de pesquisa de campo para identificar as demandas por técnicos de nível médio e por inovação tecnológica. “O resultado desse estudo será um importante subsídio para orientar a oferta de cursos e a realização de pesquisas no Cefet”, garante.

    Rodrigo Farhat com informações da Assessoria de Imprensa do Cefet de Sergipe

  • Aumento da oferta de vagas para os cursos técnicos e tecnológicos e para a educação de jovens e adultos são os principais planos de Cláudia Schiedeck Soares de Souza, primeira mulher a assumir a direção do Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet) de Bento Gonçalves, Rio Grande do Sul. A solenidade de posse ocorreu na quarta-feira, dia 25, na Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec/MEC), em Brasília.

    Nos próximos quatro anos, Cláudia estará à frente de uma instituição considerada centro de excelência em cursos na área de viticultura e enologia. Em 1959, a escola foi a primeira a oferecer cursos técnicos na área. Em 1995, foi criado o primeiro curso superior do Brasil e, em 2008, será criada a pós-graduação. Outros cursos importantes ofertados pela escola são os de agropecuária, com habilitação em agroindústria e agricultura, e o de informática.
    Vinho — O Rio Grande do Sul é responsável por 90% da produção brasileira de vinhos. No estado, a produção de uvas cresceu de 496,2 milhões de quilos, em 1985, para 578,7 milhões, em 2004. Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Santa Catarina e São Paulo dividem os outros 10% na fabricação da bebida. Em Bento Gonçalves, na Serra Gaúcha, quase 1,8 mil propriedades produzem uvas. São 5,6 mil hectares de vinhedos comerciais, dos quais 84% cultivam uvas americanas e híbridas, usadas para elaborar vinhos comuns e sucos de uva. Outros 16% produzem uvas para fabricação de vinhos finos.

    Na Serra Gaúcha, que abrange, além de Bento Gonçalves, os municípios de Caxias do Sul, Flores da Cunha e Garibaldi, e nas cidades de Encruzilhada do Sul, Bagé, Pinheiro Machado e Santana do Livramento, grande parte dos agricultores utiliza mão-de-obra familiar, geralmente formada pelo Cefet de Bento Gonçalves. Cerca de duas mil famílias de agricultores vivem do cultivo de uvas na região.

    Assessoria de Imprensa da Setec

    Republicada com correções de informações em 31 de julho de 2007 às 10h53.

  • Representantes das instituições federais de educação tecnológica participam, em Florianópolis, da 31ª Reunião dos Dirigentes das Instituições Federais de Educação Tecnológica (Reditec). O encontro começa nesta quarta-feira, 12, e vai até sexta, 14. Os dirigentes vão discutir as tendências da educação profissional e tecnológica e as ações que a rede pode implementar.

    Estarão reunidas as entidades representativas da educação profissional e tecnológica. Dentre elas, os conselhos nacionais dos dirigentes dos centros federais de educação tecnológica, as escolas agrotécnicas federais  e os diretores das escolas técnicas vinculadas às universidades. Na agenda das entidades estão discussões sobre a criação dos institutos federais de educação tecnológica, democratização do acesso e permanência na rede federal e apresentação da proposta de elaboração do Catálogo dos Cursos Técnicos.

    Além de importante espaço para discutir as perspectivas da educação profissional e tecnológica no País, a 31ª Reditec reserva espaço à apresentação das políticas do Ministério da Educação para o setor. No encontro, será lançado o livro Do Discurso à Ação: uma Experiência de Gestão Participativa na Educação Pública, dos pesquisadores Jesué Graciliano da Silva, Nilva Schroeder e Silvana Ferreira.

    Mais informações pelo telefone (48) 3271-1404.

    Sophia Gebrim

  • As secretarias estaduais e municipais de educação terão à disposição, ainda este ano, mais de 40 novas tecnologias educacionais, recursos pedagógicos que podem ser utilizados para melhorar a qualidade do ensino. Os objetos pré-qualificados em 2008 vão integrar o Guia de Tecnologias Educacionais, criado em 2007. Constam do guia, 19 objetos pré-qualificados em 2007 e aqueles produzidos pelo Ministério da Educação.

    Das 135 tecnologias inscritas na Chamada Pública nº 1/2008, a Secretaria de Educação Básica (SEB) pré-qualificou 41 e está analisando outras 15, cujos idealizadores entraram com recurso. De acordo com o coordenador-geral de Tecnologias da Educação da SEB, Cláudio Fernando André, o processo de qualificação tem três etapas. A primeira é a de pré-qualificação e inserção no guia. A segunda, o acompanhamento de sua aplicação pelo Ministério da Educação. A terceira, a certificação, se a tecnologia for aprovada no teste prático. Até hoje, nenhuma foi certificada.

    O Ministério da Educação não adquire as tecnologias, nem as indica, mas quando uma delas ganha espaço no guia significa que foi analisada e pré-qualificada por especialistas. A finalidade do guia é orientar os sistemas e ajudá-los na escolha dos objetos adequados.

    Cláudio André explica que nos planos de ações articuladas (PAR) do Plano de Desenvolvimento da Educação, muitos municípios pediram apoio ao MEC para a correção do fluxo escolar e também para a formação de professores. Entre as 41 tecnologias pré-qualificadas este ano, três tratam dessa correção. Portanto, o município pode escolher a mais adequada. Para a formação de professores, os municípios podem optar por tecnologias desenvolvidas pelo MEC, como o Programa de Formação de Profissionais das Séries Iniciais do Ensino Fundamental (Pró-Letramento) e o Programa de Formação Inicial para Professores em Exercício na Educação Infantil (Proinfantil).

    Na atualização do Guia de Tecnologias Educacionais, serão incluídas pelos menos duas tecnologias desenvolvidas pelo MEC em 2008: a Provinha Brasil, instrumento de avaliação dos estudantes do segundo ano do ensino fundamental, e o Portal do Professor, um espaço virtual de diálogo, troca de informações e relatos de experiências de professores de todo o país.

    A divulgação das tecnologias pré-qualificadas para inclusão no guia está prevista para 1º de dezembro. Ainda em dezembro, a SEB prevê o lançamento da terceira chamada pública para inscrição dos objetos educacionais que serão analisados por especialistas em 2009.

    Mais informações sobre o guia na página eletrônica da SEB.

    Ionice Lorenzoni

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    Novos recursos no Guia de Tecnologias

  • O ministro da Educação, Fernando Haddad, falou nesta terça-feira, 2, sobre a mudança de consciência da sociedade em relação à educação. “Temos de fazer com que a sociedade incorpore a educação como valor, assim como incorporou a democracia”, disse. A afirmação foi feita durante participação no seminário promovido pela revista Veja sobre o futuro do sistema educacional no Brasil.

    Para Haddad, há um conjunto de variáveis que permitirão a organização do sistema educacional — transparência na gestão, financiamento adequado, valorização do professor e avaliação sistemática. “Educação de qualidade, porém, só se consolida como mudança cultural”, ressaltou. “A qualidade da educação brasileira só será alcançada quando ela se tornar um valor assumido pela sociedade. É como a democracia: ela não cai do céu. Precisa ser conquistada.”


    Assessoria de Comunicação Social

  • Maiko de Sousa, 24 anos, saiu de seu estado e viajou de avião pela primeira vez, com destino à capital federal. O motivo da viagem foi um encontro com autoridades e com jovens como ele: indígenas. Maiko, ou Azwrui, como é conhecido na tribo dos guajajaras, no Maranhão, enfrentou o medo de avião para vir expressar ao Brasil as necessidades e preocupações dos adolescentes e jovens indígenas nas áreas da educação, trabalho, saúde e cultura.

    Jovens indígenas apresentam aos dirigentes do MEC suas preocupações com a educação nas aldeias. (Foto: Júlio cesar Paes)Para os 35 jovens de diversos povos que estão em Brasília, a oportunidade de debater os desafios para a educação escolar indígena veio nesta quinta-feira, 20. Maiko e sua colega Luciene Chaves de Jesus, da tribo Pataxó, representando os adolescentes, leram uma carta ao ministro da Educação, Fernando Haddad, ao secretário de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade, André Lázaro, e à representante do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) no Brasil, Mairie-Pierre Poirier.

    Entre vários assuntos, a carta apresenta propostas para a melhoria da educação nas aldeias. Um dos anseios dos jovens é por maior oportunidade de acesso ao ensino superior. “Tudo o que for tratado sobre os índios tem que ter nossa participação, porque nós conhecemos nossas verdadeiras necessidades”, destaca Maiko.

    Fernando Haddad afirma que um dos eixos do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) é voltado para a diversidade. “Temos um atraso a ser superado em relação a essa questão”, explica. O ministro ainda ressalta que a ajuda dos indígenas é fundamental para a implementação de políticas públicas efetivas. “Quanto mais estivermos unidos, mais rápido conseguiremos superar esse atraso.”

    Ao final da reunião, três jovens entregaram colares indígenas às autoridades. Maicon Santos Soares (Kâhu Wêrimehi) tem 17 anos e cursa o último ano do ensino médio. Ele é pataxó, de Coroa Vermelha (BA), e foi quem deu o presente ao secretário André Lázaro, que considerou o gesto como uma aproximação entre o MEC e os índios. “Já o nosso 'colar' para vocês é dar uma boa educação escolar indígena”, disse Lázaro aos adolescentes.

    Encontro — Os jovens estão em Brasília desde o dia 18. Eles participam do 2º Encontro Nacional dos Povos das Florestas, no Centro de Convenções, que vai até o dia 23, e reúne índios de diversas idades, povos e referências culturais. Eles falam diferentes línguas, mas têm um mesmo objetivo: garantir que seus direitos sejam assegurados.

    Seringueiros, ribeirinhos, pescadores e organizações da sociedade civil também foram convidados a participar do encontro. A primeira edição foi há quase 20 anos, sob a influência do líder seringueiro Chico Mendes. O desafio hoje é a unificação dos interesses dos povos que vivem na Amazônia, caatinga, mata atlântica, cerrado, pampa e pantanal. Além da conservação da floresta e da distribuição de renda, as discussões enfocam temas como mudanças climáticas e grandes obras de infra-estrutura. Mais de três mil pessoas participam do evento.

    Letícia Tancredi

  • Portaria assinada nesta segunda-feira, 25, pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, garante aos tutores do Programa de Educação Tutorial (PET) a validade de suas bolsas por três anos, com possibilidade de renovação por igual período, conforme parecer da comissão de avaliação do programa.

    Ao abrir reunião da comissão de avaliação do PET, no Ministério da Educação, o ministro disse que por várias vezes o programa esteve ameaçado de extinção. Agora, é valorizado. “No mundo inteiro, a educação tutorial  recebe atenção”, disse. Em setembro do ano passado, o presidente da República sancionou a Lei nº 11.180, que institucionalizou o PET. Agora, o programa passa por uma avaliação conjunta, que se estenderá até sexta-feira, dia 29.

    O ministro, ex-tutor do PET, pediu aos avaliadores — 16 especialistas, doutores ou mestres de diferentes setores — que afiram não só os grupos, mas a arquitetura do programa. Segundo Haddad, a educação tutorial é instrumento do qual o MEC não pode prescindir. Quanto mais rígida for sua avaliação, melhor.

    O PET tem hoje 3.696 estudantes de 66 universidades federais, estaduais, municipais e privadas, distribuídos em 328 grupos. O programa, que objetiva melhorar o ensino, a formação acadêmica, a atuação coletiva e o planejamento de atividades universitárias, tem este ano orçamento de R$ 20,4 milhões. Cada estudante recebe bolsa mensal de R$ 300,00, enquanto durar o curso, e cada tutor ganha R$ 855 (mestres) ou R$ 1.267 (doutores).

    Susan Faria

  • Foto: Tereza SobreiraUma equipe de especialistas vai avaliar o desempenho de 298 grupos do Programa de Educação Tutorial (PET), de segunda-feira, dia 25, a sexta-feira, 29. O programa oferece bolsas de estudo a alunos de graduação para o desenvolvimento de atividades de ensino, pesquisa e extensão. O trabalho acadêmico de cada grupo é coordenado por um doutor ou mestre, que também recebe bolsa mensal. A avaliação será realizada por 16 especialistas, que representam todas as áreas do conhecimento atendidas pelas 66 instituições de ensino superior que participam do PET.

    Os avaliadores são professores com mestrado ou doutorado, sem vínculo com o PET. Nos cinco dias de trabalho, eles vão avaliar os relatórios de atividades dos 298 grupos para reconhecer os melhores trabalhos, orientar os grupos que precisam melhorar o desempenho e corrigir problemas. “Avaliação não é punição. É a busca de eficiência e da correta aplicação dos recursos públicos”, disse o diretor de modernização e programas de educação superior da Secretaria de Educação Superior (SESu/MEC), Celso Ribeiro. Criado há 26 anos, o programa passa pela primeira avaliação.

    Embora atenda um grupo restrito de alunos — cerca de quatro mil —, o PET é uma atividade acadêmica de estímulo à formação de profissionais capazes de formular estratégias de desenvolvimento e modernização do país. O estudante ganha uma bolsa para atuar em pesquisa e extensão. Portanto, para produzir conhecimento e se qualificar.

    Para o ministro da Educação, Fernando Haddad, o PET integra o conjunto de ações destinadas a fortalecer a universidade pública. Os outros pilares são a reforma da educação superior, a criação do Sistema de Avaliação da Educação Superior (Sinaes) e o fortalecimento dos fundos setoriais e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC).

    Beneficiários — O PET tem hoje 3.696 bolsistas em 328 grupos. A avaliação atingirá aqueles criados até 2005, quando o programa foi regulamentado pela Lei nº 11.180, de 23 de setembro de 2005, apesar de existir desde 1979. Outros 30 grupos foram criados este ano para atender as áreas de meio ambiente, uso sustentável de recursos naturais, políticas públicas de saúde, segurança alimentar, novos materiais e tecnologias, desenvolvimento urbano, recursos energéticos e biodiesel, biotecnologia e desenvolvimento de software.

    Os recursos do PET aumentaram de R$ 14,7 milhões em 2005 para R$ 20,4 milhões em 2006. São usados para o pagamento de bolsas mensais de R$ 300,00 aos estudantes, de R$ 855,00 ao tutor com mestrado e de R$ 1.267,00 ao tutor com doutorado. Cada grupo tem, em média, 12 alunos e um tutor, que orienta e coordena as atividades.

    Repórter: Ionice Lorenzoni

  • O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e o da Bolívia, Evo Morales, firmaram acordo de cooperação na área de educação superior, em La Paz, na segunda-feira, 17. A parceria prevê o apoio do Brasil à nação vizinha no desenvolvimento de um sistema de credenciamento e avaliação a partir da constituição de uma agência boliviana de credenciamento.

    O acordo estabelece o desenvolvimento de ações de cooperação solidária entre instituições nacionais, com o intercâmbio de especialistas e troca de informações sobre programas e metodologias. O documento também prevê intercâmbios entre bibliotecas, arquivos e centros de informação, além da assinatura de convênios entre instituições de ensino superior dos dois países.

    O Ministério da Educação fortalecerá a movimentação de professores, pesquisadores, especialistas e gestores, de acordo com um plano operacional, oferecerá bolsas de estudantes-convênio (PEC-PG) a alunos bolivianos de pós-graduação e ajudará na capacitação de professores universitários. O documento Brasil–Bolívia: Avançando em Direção a uma Parceria Estratégica coloca a educação em papel de destaque nos dois países.

    Assessoria de Comunicação Social

  • Luciano Marques, do Portal MEC

    Prestes a completar 110 anos, a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica oferece a possibilidade de ingressar em uma educação verticalizada. Isso significa que o estudante pode cursar todas as etapas da educação profissional e tecnológica em uma mesma instituição, desde o curso técnico de nível médio até a pós-graduação.

    O objetivo da rede federal, formada por Centros Federais de Educação Tecnológica (Cefets) e pelos Institutos Federais (IFs), é formar e qualificar jovens e adultos para atuarem nos diversos setores da economia, com ênfase no desenvolvimento socioeconômico local, regional e nacional. A educação se dá em todos os seus níveis e modalidades, sempre associando o aprendizado à prática.

    Quem optou por estudar no formato “verticalização” foi Nelmício Furtado da Silva. O hoje doutor em Ciências Agrárias ingressou no campus Rio Verde do Instituto Federal Goiano (IF Goiano), em 2008, quando fez o curso técnico de Agropecuária. De lá até a conclusão do doutorado, em 2017, Nelmício também concluiu sua graduação e pós-graduação na instituição.

    Além da “verticalização”, a inclusão também é uma das marcas da Rede Federal, como é comprovado em Manaus (AM). Duas estudantes surdas do Instituto Federal do Amazonas foram responsáveis pela primeira defesa de trabalho na Língua Brasileira de Sinais do curso técnico em Segurança do Trabalho da instituição. Gleiciane Pedrosa e Tamires Barrocas abordaram as limitações e as potencialidades da acessibilidade para surdos no instituto, a partir da percepção dos próprios estudantes com deficiência auditiva.

    Já no Instituto Federal do Rio Grande do Norte, o filho de agricultor Lindomar Mota Silva conseguiu absorver a importância da educação no campo. O jovem é técnico de nível médio em Agroecologia e atualmente é aluno do tecnólogo na mesma área pelo Campus Ipanguaçu.

    A Rede Federal também é referência em “interiorização”, que representa uma política de acesso ao estudo a várias regiões do País — muitas delas zonas rurais — uma educação profissional de qualidade e novas perspectivas, como explica Weber Tavares da Silva Junior, diretor de Desenvolvimento da Rede Federal.

    “Diferente de outras redes, temos uma preocupação muito grande com a capilaridade do ensino, ou seja, com a formação tanto nas capitais quanto no interior do Brasil, fazendo com que o ensino público federal de qualidade atinja até mesmo a cidade mais remota, como uma no sertão pernambucano ou uma do Amazonas”, destaca diretor. “São 661 unidades atendendo a quase um milhão de estudantes em cada rincão do País. Não existe microrregião que não esteja atendida, de alguma forma, por alguma unidade da Rede Federal”, completou.

  •  Os ministérios da Educação, da Saúde e da Ciência e Tecnologia promoverão nos dias 1º e 2 de agosto o seminário Os Hospitais Universitários e a Integração Educação, Saúde e Ciência e Tecnologia.  O encontro será realizado no Parlamundi, na 915 Sul, em Brasília.

    O seminário colocará em discussão a melhoria do Sistema de Informações dos Hospitais Universitários Federais (Sihuf), a matriz de alocação de recursos, a busca de maior inserção da rede de hospitais universitários no Programa Nacional do Ministério da Saúde (Telessaúde) e a apresentação da expansão da Rede Universitária de Telemedicina (Rute) do Ministério de Ciência e Tecnologia. Vão participar diretores, superintendentes e servidores dos hospitais universitários, diretores e coordenadores de unidades de telemedicina e coordenadores do projeto-piloto nacional de telessaúde. O Ministério da Educação apresentará o Sihuf e a matriz de alocação de recursos orçamentários. 

    O Sihuf foi criado em 1997 para coletar e armazenar dados sobre o perfil dos hospitais universitários, identificar problemas e buscar alternativas para o desenvolvimento de ações de pesquisa, ensino e atividade assistencial. A matriz, criada em 1999, utiliza os indicadores do Sihuf para distribuir os recursos complementares para o custeio dos hospitais universitários.

    O objetivo do Ministério da Educação é modernizar o sistema de coleta e garantir consenso no processo da distribuição orçamentária. Para alcançar essa finalidade, serão revistos os critérios existentes.

    Rede — O Ministério da Ciência e Tecnologia lançará a Rede Universitária de Telemedicina. Ela conta com recursos da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e com o apoio da Associação Brasileira de Hospitais Universitários e de Ensino (Abrahue). A rede será responsável pela implantação da infra-estrutura física, serviços e aplicações em redes eletrônicas para integrar iniciativas de telemedicina existentes nos hospitais universitários. Na primeira etapa, serão beneficiadas 19 unidades hospitalares em 14 estados. O projeto de implantação da infra-estrutura, coordenado pela Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), será expandido a partir deste ano para outros 38 hospitais do País.

    Telessaúde — O Ministério da Saúde apresentará o projeto Telessaúde, no qual está inserido o projeto-piloto nacional aplicado à atenção básica, em fase de implementação. Um dos objetivos do projeto é desenvolver ações de apoio à qualificação da atenção básica por meio de processos de educação permanente. O projeto-piloto nacional atenderá cerca de 900 pontos de conexão, preferencialmente localizados em unidades básicas de saúde (UBS). Também será abordado o convênio firmado entre os ministérios da Saúde e da Ciência e Tecnologia, por meio da RNP, para incentivar o surgimento de núcleos de telessaúde nos estados que estejam fora do projeto-piloto. Essa parceria prevê a implantação de 32 pontos nesses estados, que também farão parte da Rute.

    Assessoria de Imprensa da SESu

  • Salvador — Em discurso ao receber o título de Cidadão Soteropolitano, conferido pela Câmara Municipal de Salvador, o ministro da Educação, Fernando Haddad, responsabilizou, mais uma vez, o desequilíbrio regional pela realidade na educação. “O descaso com a região Nordeste é uma dívida histórica. Finalmente, estamos na direção de revertê-la.”O ministro fez essa afirmação na tarde desta segunda-feira, 10, no plenário do legislativo municipal de Salvador.

    “Se o nosso compromisso com a Bahia já era enorme, a partir de agora é maior”, disse. Segundo Haddad, o motivo da visita à cidade é prestar contas pelo descaso histórico e estabelecer um pacto pela educação na Bahia. O ministro citou o encontro com os diretores das cerca de 400 escolas públicas da capital como um marco dessa parceria.

    “Firmamos um compromisso de apoio técnico do MEC para reverter indicadores que não fazem jus ao talento e potencial do povo baiano.” O estado da Bahia tem um dos mais baixos Índices de Desenvolvimento da Educação (Idebs) do Brasil, 2,6. O ministro se comprometeu a visitar mais o estado: “Vamos nos encontrar muito e colher os resultados da parceria”.

    O pacto pela educação começou oficialmente em maio deste ano, quando  a Bahia se tornou o primeiro estado a receber a Caravana da Educação. Na época, houve a visita do ministro e a assinatura do Compromisso Todos Pela Educação, um plano de metas que estabelece 28 diretrizes para a melhoria da área, com foco na educação básica.

    Um dos tópicos prevê a elaboração de um plano de ações articuladas (PAR) a ser apresentado por todas as cidades que queiram melhorar o Ideb. O projeto precisa conter um diagnóstico da rede de ensino local, as metas a serem atingidas e as propostas para alcançá-las. Salvador foi a primeira capital a entregar o seu diagnóstico.

    Letícia Tancredi

     

  • O Sistema Educacenso ― que coleta dados sobre o Censo da Educação Básica ― está aberto, até o dia 31 de março, para que todas as 198.502 escolas do país informem o movimento e rendimento de cada um de seus alunos no final de 2007. Ou seja, se o aluno passou de ano, se foi reprovado, se abandonou os estudos ou se mudou de escola.

    O Censo da Educação Básica 2007 foi preenchido no ano passado tendo como referência o dia 30 de maio. Agora bastará às escolas informar a situação do aluno no final do ano. Esses dados são fundamentais para que o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) calcule o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) e o MEC possa acompanhar o cumprimento de metas estabelecidas para cada escola no Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE).

    Para repassar os dados, o informante de cada escola de educação básica, pública ou privada, deverá acessar a página eletrônica do Educacenso, utilizar a mesma senha usada no ano passado, clicar no ícone ‘Aproveitamento’ e lançar as informações solicitadas.

    Assessoria de Imprensa do Inep

  • Diretores de escola têm até dia 21 de abril para completarem o Educacenso (Foto: Júlio César Paes)O prazo para os diretores de escola completarem o Educacenso foi prorrogado para 21 de abril. Quem preencheu o censo 2007 deve informar sobre o aproveitamento do último ano letivo. Os diretores só precisam atualizar os dados de cada estudante no sistema Educacenso.

    O MEC precisa saber quem passou de ano, quem mudou de escola, abandonou os estudos ou foi reprovado. Essas informações são as únicas que faltam para calcular o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), indicador que mede a qualidade da educação brasileira e serve de base para todas as ações do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE).

    O censo ― O Educacenso oferece informações mais completas e detalhadas sobre o sistema educacional brasileiro. A partir de 2007, os dados foram individualizados por alunos, professores e há informações sobre a estrutura de todas as escolas do país.

    Com o novo sistema de coleta, o preenchimento é feito pela internet e os dados são colocados à disposição da sociedade no Data Escola Brasil, nova página eletrônica de consulta educacional, disponível no sítio do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

    Foi alterado, também, o dia nacional do Censo Escolar ― que era 30 de março e agora passa a ser 30 de maio. A data foi mudada para que as incorreções decorrentes de dupla matrícula e mudança de escola, comuns no início do ano letivo, não sejam computadas, pois no final de maio o sistema já está estabilizado e corresponde ao que, de fato, ocorrerá ao longo do ano.

    Resultados― O resultado do Censo Escolar da Educação Básica 2007 foi divulgado em 10 de janeiro deste ano. A coleta do Educacenso mostrou que, no Brasil, estão matriculados 52.969.456 estudantes na educação básica, sendo que 46.610.710 em escolas públicas e 6.358.746 em escolas privadas. As redes municipais abrigam a maior parte dos alunos, com 24.516.221 matriculados.

    Última chamada ― O prazo foi prorrogado para que nenhuma escola fique prejudicada. Caso o diretor da escola não informe o aproveitamento do último ano letivo dos alunos, a escola perderá recursos do Ministério da Educação.

    Assessoria de Comunicação Social

  • O Ministério da Educação já conhece os cerca de 53 milhões de estudantes da educação básica. A partir do Educacenso, sistema que coleta de dados sobre o Censo da Educação Básica, conseguiu traçar um perfil detalhado de cada estudante brasileiro: sabe onde estuda, qual a formação dos professores e a duração das aulas.

    Agora, o Educacenso chega à reta final. Todas as escolas que preencheram o Censo da Educação Básica 2007 devem informar, até a próxima segunda-feira, dia 31, o movimento e rendimento de cada um de seus alunos no último ano letivo. O MEC precisa saber quem passou de ano, quem mudou de escola, abandonou os estudos ou foi reprovado. Essas informações são as únicas que faltam para o cálculo do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), indicador que mede a qualidade da educação brasileira.

    O censo ― O Educacenso oferece informações mais completas e detalhadas sobre o sistema educacional brasileiro. A partir de 2007, os dados foram individualizados por alunos, professores, e há informações sobre a estrutura de todas as escolas do país. Com o novo sistema de coleta, o preenchimento é feito pela internet e os dados são colocados à disposição da sociedade no Data Escola Brasil, nova página eletrônica de consulta educacional, disponível no sítio do Inep.

    Com a informação individualizada por aluno, foi possível identificar os equívocos de preenchimento, como a duplicidade, por exemplo, uma das explicações para a queda de matrículas. Em 2006, havia 55,9 milhões de estudantes na educação básica. Em 2007, esse número caiu para cerca de 53 milhões.

    Foi alterado, também, o dia nacional do censo escolar ― que era 30 de março e agora passa a ser 30 de maio. A data foi mudada para que as incorreções decorrentes de dupla matrícula e mudança de escola, comuns no início do ano letivo, não sejam computadas ― pois no final de maio o sistema já está estabilizado e corresponde ao que, de fato, ocorrerá ao longo do ano.

    Resultado ― O resultado do Censo Escolar da Educação Básica 2007 foi divulgado em 10 de janeiro deste ano. A coleta do Educancenso mostrou que, no Brasil, estão matriculados 52.969.456 estudantes na educação básica, sendo que 46.610.710 em escolas públicas e 6.358.746 em escolas privadas. As redes municipais abrigam a maior parte dos alunos, com 24.516.221 matriculados.

    Um dos principais objetivos do Ministério da Educação, com o novo sistema, é a equiparação dos dados do censo com os da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad). Pela primeira vez, ambos ficaram próximos. Em 2002, por exemplo, o censo escolar indicava cerca de quatro milhões de alunos a mais do que a Pnad. Comparando-se o Educacenso 2007 à Pnad 2006, a diferença cai para 0,13%.

    Recursos ― Todos os recursos investidos pelo MEC têm a matrícula como fundamento. Como no Educacenso a unidade básica deixou de ser a escola e passou a ser o aluno, o MEC melhorou o levantamento e a segurança dos dados e vai distribuir os recursos com base nos alunos que efetivamente estão na escola.

    Caso o diretor da escola não informe o aproveitamento do último ano letivo dos alunos, a escola perderá recursos do Ministério da Educação, que não terá como calcular o Ideb. Sem o índice, a escola deixa de receber também os recursos de assistência para os municípios considerados prioritários.

    Manuoela Frade

  • O diretor da Rede de Informação Latino-Americana (Ritla) e ex-representante da Unesco no Brasil, Jorge Werthein, afirmou nesta quinta-feira, 7, que a política de inclusão digital adotada pelo Ministério da Educação é acertada porque investe na formação de professores. Em visita ao ministro Fernando Haddad, na sede do MEC em Brasília, Werthein aprovou ainda a supervisão de cursos de normal superior e de pedagogia e fez comentários sobre a alfabetização de crianças até os oito anos de idade, uma das metas do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), lançado em abril de 2007.

    Para Werthein, com o ensino de nove anos e com o acesso à educação infantil será possível alfabetizar todas as crianças até os oito anos. “Isso significa que a criança está em contato com o conhecimento, com a alfabetização, com o letramento muito antes do habitual. Ou seja, é uma meta absolutamente razoável”, acredita. O diretor da Ritla também ressaltou a importância de priorizar a formação de professores a fim de alcançar uma educação de mais qualidade.

    “Se você não trabalha a formação de professores como prioridade, como agente principal do processo educativo, dificilmente alcança educação de qualidade para todos”, disse. Nesse sentido, Werthein considera positiva a supervisão de cursos de normal superior e de pedagogia que apresentaram desempenho inferior a 3 no IDD e no Enade, como já ocorria com os cursos de direito. “Sem supervisão, acho que um curso de formação de professores não funciona adequadamente”, afirmou.

    Em relação à inclusão digital, Werthein defende a postura do ministério. “O MEC vê a política de educação digital não só como a necessidade de colocar computadores nas escolas, como também a de formar professores para que sejam alfabetizados digitais”, avaliou Werthein. Na visão dele, é preciso ensinar alunos e professores a lidar com as novas tecnologias para que tenham acesso à informação e à produção de conhecimento.

    Jorge Werthein esteve no MEC para acompanhar o senador argentino e ex-ministro da Educação da Argentina, Daniel Filmus. O senador preside a Comissão de Educação da Unesco e veio discutir políticas educacionais no Mercosul e na América Latina com o ministro Haddad.

    Ritla – A Rede de Informação Latino-Americana é um organismo internacional, de caráter intergovernamental, destinado a contribuir com o desenvolvimento científico e tecnológico dos países da América Latina por meio da cooperação regional. São países membros da Ritla: Argentina, Brasil, México, Nicarágua, Panamá e Venezuela.

    Leia aqui a entrevista com Jorge Werthein na íntegra.

    Maria Clara Machado

  • Secretários estaduais de educação, presidentes e membros das comissões de educação da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, representantes de organismos internacionais, embaixadores de países de língua espanhola e dirigentes do Ministério da Educação são convidados da Secretaria de Educação Básica (SEB/MEC) para a palestra Qualidade do Ensino e Mudanças na Educação, que será realizada na próxima segunda-feira, 30, às 9h30, na Sala de Atos do MEC, 9º andar, em Brasília.

    O tema será abordado por Álvaro Marchesi, professor das universidades espanholas Autônoma de Madri, La Laguna e Salamanca. Marchesi se destaca como pesquisador em três áreas: reforma educacional, integração de alunos com necessidades educacionais especiais e avaliação institucional. Foi vice-primeiro-ministro da Espanha e um dos responsáveis pela reforma da educação no seu país.

    A palestra integra as atividades do programa MEC Debate.

    Repórter: Ionice Lorenzoni

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