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  • Durante percurso criado pelos próprios alunos, meninos e meninas aprendem regras básicas sobre as leis de trânsito (Foto: João Bittar)Dourados – Ruas bem sinalizadas, pedestres educados e motoristas atenciosos. A paisagem não é de uma cidade, é da Escola Municipal Professora Efantina de Quadros, em Dourados (MS), cidade a 225 quilômetros de Campo Grande. No colégio, a criatividade dos professores mobiliza estudantes, equipe escolar e pais a fim de transformar toda a escola numa grande sala de aula. Aqui, a gestão participativa – uma das metas do Compromisso Todos pela Educação – permite aos professores inovar e revela novas formas de ensinar.

    Por causa disso, a aula de educação física, antes restrita a jogos e brincadeiras, ganhou reforço. Em setembro, para celebrar o início da primavera e a semana do trânsito, a professora da disciplina, Ely Andreus, contou com a ajuda de toda a comunidade escolar para organizar o trânsito interno e tornar familiares aos alunos regras básicas sobre limites de velocidade, respeito à sinalização e à faixa de pedestres. Dentro do ambiente escolar, a velocidade máxima das bicicletas, o meio de transporte mais utilizado, é de dez quilômetros por hora. Por isso, os ciclistas precisam estar atentos para não atingir nenhum pedestre.

    A professora Ely conta que, antes de organizar o trânsito interno, três alunos foram parar no hospital “Eles foram atropelados por colegas de bicicleta”, explica. Vias, faixas de pedestres, placas e toda a sinalização foi feita em conjunto.

    “Os alunos da 4ª série pintaram as ruas e eu fiz as placas com a madeira doada por um pai”, explica Ely. O sistema de trânsito interno prevê multas educativas para quem desrespeitar as regras. “É tudo revertido ao meio ambiente”, justifica a professora. Quem anda na contramão ou ignora a faixa de pedestres pode ter de separar o lixo, ajudar na limpeza da escola ou aguar as plantas. “Mas antes a gente conversa com os pais para pedir a permissão deles”, afirma.

    Para a professora Ely, que está há oito meses na escola, o projeto do trânsito mostrou como a gestão da escola está aberta a novas idéias. “Aqui sinto que posso ousar e tenho a colaboração de todos.” Foi assim também com a professora de geografia Edna Pardiane. Ela coordena um projeto de revitalização da área verde da escola e de recuperação das nascentes dos oito córregos que perpassam a cidade.

    A professora Edna Pardiane incluiu educação ambiental ao conteúdo de geografia (Foto: João Bittar)“Nossas atividades envolvem plantio de árvores, limpeza, jardinagem, criação de uma horta, arborização da escola e recuperação da mata ciliar dos córregos”, explica a professora. Ela relata que os alunos já plantaram 320 mudas no parque da cidade onde estão três nascentes. “Eles viram que a água quase não corre por causa dos entulhos, então o sol seca a água empossada. Nós vamos retirar o lixo para que as nascentes sigam seu fluxo até lagos e rios”, planeja.

    Na escola, meninos e meninas plantarão mudas de cedro, magnólia e de café. O cedro, para que vejam a beleza da madeira de lei, a magnólia para dar sombra fresca e o café para ajudar nas aulas de ciências. Na opinião da professora, além de boas para o meio ambiente, as aulas em campo despertam atenção e formam jovens mais conscientes e preparados para a vida.

    Para a aluna Fernanda Santos, de 15 anos, a iniciativa já surtiu resultados. “As pessoas precisam mudar de postura, porque estão prejudicando não só a gente, mas a natureza”, acredita. “Eu acho que eu posso fazer alguma coisa para melhorar o mundo. Todo mundo pode”, ensina.

    Maria Clara Machado

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  • Na Escola Municipal Professora Marignez Maurício de Oliveira, em Itatinga (SP), alunos aguardam a distribuição das escovas de dente após a merenda (Foto: João Bittar)Itatinga (SP) ―  Em uma pequena escola pública no município de Itatinga (SP), a 220 quilômetros da capital paulista, a sirene que indica o fim do recreio acaba de tocar. Antes de irem para as salas de aula, as crianças correm para a frente de um mural, no corredor, eufóricas, esperando que as professoras abram a portinha do quadro de vidro e lhes entregue algo. Em seguida, pouco a pouco, se dispersam em direção aos banheiros da escola. Cada uma, com sua escova e creme dental nas mãos.

    Essa é a rotina dos alunos da Escola Municipal Professora Marignez Franzolin Maurício de Oliveira, após cada refeição ― café da manhã e merenda para os estudantes da manhã e almoço e merenda para os estudantes da tarde. Com o programa de saúde bucal implantado pela prefeitura, a criança não precisa sair da escola para ir ao dentista.

    Em meio às classes, há uma porta que leva a um consultório odontológico, dentro da própria escola. No início do ano letivo, os pais assinam uma autorização para que seus filhos participem do tratamento dentário oferecido pela escola. Alunos de todas as turmas ― dos anos iniciais do ensino fundamental ― podem participar.

    O dentista e seu auxiliar, servidores concursados da prefeitura, vão à escola duas vezes por semana e acompanham cada criança: orientam a escovação, aplicam flúor e fazem os tratamentos necessários com cada um. As escovas e pastas de dente são dadas pela prefeitura para todos os estudantes e ficam guardadas no mural com uma portinha de vidro, devidamente higienizado, no corredor da escola.

    Prefeitura de Itatinga (SP) implementa programa de saúde bucal em todas as escolas municipais (Foto: João Bittar)Mário Júnior, de nove anos, aponta a sua escova azul no mural. Ele garante que segue as recomendações do dentista; assim, orgulha-se de estar em dia com a saúde dos dentes. Para a mãe do menino, Marisa Conceição Olindo, o projeto de saúde bucal chama a atenção e traz tranqüilidade às famílias dos alunos. “Sei que, com meu filho aqui dentro, posso ficar sossegada. A escola toma conta mesmo, até com relação à saúde deles”, diz.

    Por ser situada em um bairro de periferia ― a Vila Prete ― e na saída da maioria dos sítios que rodeiam o município, metade dos alunos da escola Marignez Franzolin vem da zona rural. Muitos não têm acesso a tratamentos de saúde adequados; daí a importância de uma assistência maior na própria escola. É o que acredita a diretora de educação e cultura do município, Sônia Maria Paes. “Principalmente os alunos da zona rural não vêem a escola só como escola, mas também como um espaço comunitário, de lazer, de companheirismo e de alegria”, relata.

    Segundo Sônia, os alunos se sentem cuidados e os pais, ajudados. Muitos trabalham como agricultores, cortadores de lenha, motoristas de caminhão, leiteiros e caseiros de fazendas e sítios. O tempo para dedicar aos filhos acaba se tornando escasso. Por isso, para os alunos que moram no sítio, a escola oferece, além das refeições regulares na escola, um lanche que levam para casa.

    Integrar os programas da área da educação com os das demais áreas como saúde, esporte, assistência social, cultura, dentre outras, com vistas no fortalecimento da identidade do educando com sua escola, é uma das diretrizes do Compromisso Todos pela Educação, que norteia o Plano de Desenvolvimento da Educação. Em Itatinga, essa já é uma realidade.

    Confira as notícias da Caravana da Educação

    Letícia Tancredi

  • O Sistema de Seleção Unificada (Sisu) contava com 208.634 candidatos, desde a abertura das inscrições, a zero hora desta terça-feira, 12, até as 19 horas do mesmo dia. O Sisu é um sistema informatizado criado pelo Ministério da Educação, no qual as instituições públicas de ensino superior oferecem vagas a estudantes com base nas notas obtidas no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Como o sistema permite mais de uma opção por candidato, já foram realizadas 398.702  inscrições.

    Nesta edição do segundo semestre de 2018, estão sendo ofertadas 57.271 vagas em 68 instituições. A distribuição se dá entre oito instituições públicas estaduais – um centro universitário e sete universidades –, uma faculdade pública municipal e 59 instituições públicas federais, com dois centros de educação tecnológica, 27 institutos federais de educação, ciência e tecnologia e 30 universidades.

    Os candidatos interessados em ingressar no ensino superior pelo programa podem se inscrever até a próxima sexta-feira, 15. Pode concorrer quem fez a prova em 2017 e obteve nota acima de zero em redação. Todo o processo de inscrição é feito exclusivamente pela internet, por meio da página eletrônica do Sisu.

    Ao ingressar no sistema, o candidato deverá escolher, por ordem de preferência, até duas opções de curso entre as vagas ofertadas. É possível alterar essas opções durante todo o período de inscrição, sendo considerada válida a última modificação confirmada.

    O resultado da chamada regular está previsto para 18 de junho. Já o período de matrícula vai de 22 a 28 de junho, considerando ainda os dias, horários e locais de atendimento definidos pela instituição em seu edital próprio. Já o prazo para participar da lista de espera é de 22 a 27 de junho, sendo necessário que o candidato manifeste interesse em participar.

    Acesse a página do Sisu.

    Assessoria de Comunicação Social

  • Dos 854 municípios de Minas Gerais, 28 deixaram de repassar ao Ministério da Educação as informações sobre freqüência de todos os alunos matriculados na rede pública. O prazo de entrega da informação, fundamental para o repasse de recursos aos estudantes beneficiados pelo programa Bolsa-Família, expirou no dia 19 de junho.

    Das 1.599.261 crianças beneficiárias da Bolsa-Família, 821.202 tiveram a freqüência total escolar informada, ou seja, acima dos 85% exigidos pela condicionalidade do programa, e 25.081 alunos, tiveram freqüencia inferior a essa percentagem; outras 246.521 não foram localizadas e não há informações sobre 506.457.

    Em todo o país, do total de 12.975.071 crianças incluídas no programa, 174.721 tiveram registro de baixa freqüência no primeiro trimestre — inferior a 85% dos dias letivos. “O resultado é o melhor alcançado até hoje”, disse o secretário executivo do MEC, Jairo Jorge. “Se o compararmos com o quarto trimestre de 2002, o máximo de informação alcançado foi de 1.670 municípios, contra os 5.320 que temos agora”, disse.

    Exigências — Jairo Jorge destaca que a Resolução MEC nº 6, de 22 de abril passado, exige das prefeituras os registros de freqüência para que os municípios possam pleitear, também, recursos dos programas do ministério. “Os municípios que deixam de informar a freqüência perdem a prioridade na hora de receber os recursos oriundos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE/MEC). Cabe salientar que apenas 4% encontram-se nessa situação”, explicou Jairo Jorge.

    O resultado da apuração da freqüência escolar é encaminhado pelo MEC ao Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), que utiliza os dados para a execução da Bolsa-Família. As sanções ou conseqüências do não-cumprimento das condições impostas pelo programa são atribuições do MDS.

    Cristiano Bastos

  • “Aqui tudo é pedagógico”, resume um dirigente municipal de educação do município de João Monlevade (MG). A frase, na verdade, poderia ser repetida por redes de ensino de todo o Brasil. Pois nos sistemas que dão certo, o aluno é o centro das atenções e o direito de aprender é uma garantia.

    Essa foi a principal conclusão da pesquisa Redes de Aprendizagem –  boas práticas de municípios que garantem o direito de aprender, a ser divulgada nesta terça-feira, 25, em Brasília.

    O foco na aprendizagem é realmente um fator de sucesso que destaca um sistema de outro. E inúmeras foram as explicações e ações encontradas pelos pesquisadores do Unicef, que reforçam o compromisso com o aprender de todos e de cada um.

    No estado de Minas Gerais, os pesquisadores visitaram cinco municípios que são exemplos de boas práticas: Santa Rita de Caldas, Lagamar, Divinópolis, João Monlevade e Rio Piracicaba.

    No município de Santa Rita de Caldas, por exemplo, as decisões são tomadas em conjunto. Em início de ano letivo, há uma reunião com representantes de todas as escolas da rede para diagnóstico, avaliação e planejamento das atividades do ano. E cada escola também faz, semanalmente, sua própria reunião para desenvolver essas ações. As escolas  trabalham realmente como uma rede de ensino.

    Em Divinópolis (MG), o sentimento de coesão também abraça a rede. Lá, o sistema de ciclos foi implantado em 1998, com base nas discussões que antecederam a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), em 1996. A rede também conseguiu a aprovação do plano decenal de educação (2004/2013) na câmara municipal. O próprio documento orienta para o objetivo primordial de ensinar bem: contempla metas para formação continuada de professores, a reforma e a ampliação das escolas e inclui ações para aproximação da comunidade. E um detalhe importante coloca as questões partidárias de lado. A rede pede que o plano esteja consolidado e não seja interrompido nem modificado nas mudanças de governo. E este é o conceito que envolve todo o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE): continuidade suprapartidária.

    Avaliação ― A pesquisa revelou que a cultura de avaliação e monitoramento do processo de aprendizagem persiste em muitos municípios. Mas, em geral, as redes não têm autonomia nem condições técnicas de avaliar por conta própria. Em João Monlevade, essa cultura está instalada. Uma avaliação externa implantada pela secretaria municipal de educação baliza todas as ações da rede. Provas de português e matemática são formuladas por professores selecionados por um comitê de avaliação, e os resultados servem de base para as escolas planejarem o ano ou solicitarem apoio da secretaria. A secretaria, por sua vez, utiliza os dados para planejar a formação dos professores.

    A implantação do sistema de avaliação em João Monlevade enfrentou resistências iniciais. A secretaria contou aos pesquisadores do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) o temor das escolas: “Acreditava-se que a avaliação era punitiva. Hoje, todos a valorizam porque o retorno é imediato”. As provas são aplicadas no mês de novembro aos alunos de 1ª a 8ª séries do ensino fundamental e permitem às escolas saber o resultado de cada um em comparação aos outros estabelecimentos de ensino.

    O trabalho de conscientização nunca pára. E a pesquisa mostrou que, de forma geral, os educadores entendem que uma avaliação não desmerece as demais. Ao contrário, se complementam. A sistemática municipal é importante por dar uma resposta rápida para a revisão dos planos educacionais. As redes compreendem que os demais sistemas, estaduais e nacional, são os grandes balizadores das metas. Por isso, os educadores se preocupam em fortalecer a importância das avaliações para os alunos. Geralmente, o estudante precisa de um empurrão para levar mais a sério as avaliações que consideram ser “provas que não valem nota”.

    Em Lagamar, um aluno definiu a Prova Brasil como uma avaliação que não qualifica o aluno, mas a escola. “Quero que minha escola vá bem. Neste ano, nós vamos tirar nota melhor que no outro porque estamos estudando muito.” A nota do município na Prova Brasil 2005, séries iniciais, foi 215,9 pontos em matemática e 196,6 em língua portuguesa. Os resultados da Prova Brasil 2007 saem ainda no primeiro semestre deste ano.

    Redes de sucesso ― A publicação Redes de Aprendizagem — boas práticas de municípios que garantem o direito de aprender apresenta os resultados de um estudo realizado em 37 redes municipais de ensino de 15 estados, nas cinco regiões do país, selecionadas a partir do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) e do contexto socioeconômico dos alunos e de suas famílias. O estudo é um trabalho conjunto do Unicef, da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e do Ministério da Educação, por meio do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), elaborado no período de outubro a novembro de 2007.

    As redes foram escolhidas com base no cruzamento de informações socioeconômicas dos alunos, extraídas do questionário que faz parte da Prova Brasil, com informações dos municípios e com o Ideb. Depois de selecionadas, as redes foram visitadas por pesquisadores que entrevistaram todos os envolvidos no processo, do gestor ao aluno. Entre os objetivos principais do MEC e seus parceiros com a pesquisa, estão identificar boas práticas de redes municipais espalhadas pelo Brasil e oferecer os exemplos para as demais.

    Ao analisar as razões apontadas pelos responsáveis pelo sucesso de cada uma das 37 redes, foram identificados dez pontos presentes na maioria delas. Trata-se de um conjunto de ações e práticas articuladas que estão em sintonia com o PDE, lançado pelo MEC em abril de 2007: foco na aprendizagem, consciência e práticas de rede, planejamento, avaliação, perfil do professor, formação do corpo docente, valorização da leitura, atenção individual ao aluno, atividades complementares e parcerias.

    Os pesquisadores perguntaram: o que essa rede faz para garantir o direito de aprender? E as respostas foram dadas por gestores, diretores, professores, funcionários, alunos e pais.

    Participaram da pesquisa redes de municípios com populações que variam de 6.379 a 788.773 habitantes, representativas da diversidade e dos desafios encontrados nos 5.564 municípios brasileiros.

    Assessoria de Comunicação Social

  • O ministro da Educação, Abraham Weintraub (dir.), dá aula no Centro de Altos Estudos de Segurança, em São Paulo. Foto: Shismênia Oliveira/MEC.


    Guilherme Pera e Shismênia Oliveira, do Portal MEC

    O ministro da Educação, Abraham Weintraub, é professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Nesta sexta-feira, 13 de setembro, ele revisitou o ambiente de sala de aula. A convite da Polícia Militar do Estado de São Paulo (PMESP), concedeu palestra sobre desafios econômicos, sociais e educacionais do país para 51 policiais militares, entre majores e tenentes-coronéis, e 30 policiais civis, todos delegados.

    Os 81 são estudantes de doutorado profissional do Curso Superior de Polícia Integrado no Centro de Altos Estudos de Segurança (Caes), da Polícia Militar do Estado de São Paulo (PMESP). A palestra-aula do ministro é parte do curso.

    Abraham Weintraub destacou a importância da missão das forças de segurança. “Vocês são heróis. A farda é um sangue sagrado. Vocês entraram aqui por vocação”, disse.

    O comandante-geral da PMESP, coronel Marcelo Vieira Salles, citou a qualidade do ensino do Caes. “Nós temos um sistema de ensino continuado e que vai ao encontro da melhores expectativas dos brasileiros em São Paulo”, disse. E emendou que a maior operação anual da PMESP tem a ver com o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). "Nós temos que fazer o transporte, a segurança de todo o certame, às vezes levando provas para estabelecimentos prisionais, de barco, de cavalo", relatou.

    O ministro da Educação, Abraham Weintraub, e o comandante-geral da PMESP, coronel Marcelo Vieira
    Salles. Foto: Shismênia Oliveira/MEC.


    Para o comandante do Caes, coronel da PMESP Eduardo Fernandes, a educação é “condição primária” para a cidadania. “Indivíduos que saibam respeitar os professores, indivíduos que não confundem autoridade com autoritarismo, jovens que sabem que suas vontades não são direitos o tempo todo, tudo parte da educação”, afirmou.

    É a segunda aula de um ministro de Estado no Caes nesta semana. Na segunda-feira, 9, o titular do Meio Ambiente, Ricardo Salles, falou sobre a relação ambiental com a segurança pública. Salles citou a articulação entre forças e órgãos para combater males como queimadas e tráfico de animais.

  • No turno oposto das aulas, os estudantes participam de diversas atividades, de dança e esporte, ao aprendizado de língua estrangeira (Foto: João Bittar)Vitória— Na escola municipal Eber Louzada Zippinotti, em Vitória, os alunos têm a oportunidade de participar de atividades fora do período regular de aulas. Dança, esporte e línguas estrangeiras atraem as crianças. Tanto que elas permanecem na escola no turno oposto. Festas e passeios criam um elo entre alunos e escola, além do ensino formal, como acredita a diretora Maria do Carmo Silvano.

    Entre as atividades do contraturno estão as aulas de línguas estrangeiras para os alunos da quinta à oitava série. O inglês é obrigatório desde 1996. O francês e o italiano são opcionais e ministrados por professores voluntários. Na área de esportes, a escola oferece o projeto de xadrez, implantado há três anos. Para os estudantes que preferem mais movimento, as aulas de dança contemporânea são as ideais.

    As crianças que ficam além do horário, tanto para as atividades extras quanto para as aulas de reforço, também realizadas no contraturno, podem fazer refeições na escola. É o caso dos amigos João Vitor Rodrigues, oito anos, Fernanda de Melo, nove, e Martha Rosa, dez. Todas as quinta-feiras, depois das aulas do período matutino, sentam-se juntos à mesa do refeitório para almoçar antes da maratona de aulas de reforço.

    Os 36 professores da primeira à oitava série empenham-se em elaborar atividades especiais, mesmo fora do expediente. Maria do Carmo conta que as professoras da primeira série promoveram uma noite do pijama, na qual os alunos acamparam e dormiram na escola. Na manhã do dia seguinte,  tomaram café da manhã, brincaram, fizeram pinturas de rosto e tomaram banho de mangueira. “Os pais receberam um bilhete e assinaram a autorização. Foi uma diversão só”, comemora a diretora.

    A boa convivência entre alunos, professores e servidores é uma das marcas da escola (Foto: João Bittar)As professoras da quarta série também já organizaram festas fora do expediente. Enfeitaram a escola com balões, alugaram um pula-pula, uma cama elástica, carrinho de pipoca e algodão-doce. “Não era uma ocasião especial. Elas simplesmente gostam de agradar os alunos e mantê-los envolvidos com a escola”, diz Maria do Carmo. “Nós, professores, somos muito parceiros, interagimos bastante e trocamos várias idéias em benefício das crianças”, afirma a professora de artes Magna Ferreira.

    União
    — A diretora acredita que essas atividades mantêm a comunidade escolar  unida. “Mesmo o aluno que não gosta de estudar gosta muito da escola. As atividades extras são nossos trunfos, principalmente para os alunos mais indisciplinados”, afirma.

    As atividades ultrapassam os muros da escola. Os professores usam, também, diversos espaços da cidade para dar aulas. Um deles é o da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), que tem um planetário e um auditório com programação de cinema. Os professores e, muitas vezes, a guarda municipal acompanham o grupo de estudantes na visitação. A sessão de cinema custa R$ 2 por aluno.

    Os pontos turísticos de Vitória também fazem parte do roteiro de aulas fora da escola. Este ano, por meio do projeto Visitar, da prefeitura, monitores acompanham as visitas aos pontos turísticos da cidade e contam a história da capital capixaba.

    A Secretaria de Educação do município oferece um ônibus para atender os passeios das escolas da rede, de acordo com o calendário de cada uma. Quando um só ônibus não é suficiente para todos os alunos, a diretora aluga outro. A maioria dos custos das atividades extras é paga com o dinheiro arrecadado pela cantina da escola.

    Ampliar as possibilidades de permanência do educando sob responsabilidade da escola para além da jornada regular é uma das diretrizes do Compromisso Todos pela Educação, que compõe o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE). Na escola municipal Eber Louzada Zippinotti essa diretriz já é uma realidade.

    Letícia Tancredi

    Confira outras notícias da Caravana da Educação 

  • A inclusão digital no desenvolvimento humano é tema do 1º Encontro pela Emancipação Digital, que será realizado no dia 15 de dezembro, a partir das 12h, no Memorial da América Latina, em São Paulo. Organizado pela Cidade do Conhecimento, programa do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (USP), o seminário reunirá gestores de telecentros e infocentros, escolas e organizações da sociedade civil que atuam na área.

    Dividido em oficinas teóricas e práticas, com tradução simultânea para o inglês e transmissão pela internet, o encontro dará prioridade a profissionais que atuam na alfabetização digital. Alunos de escolas públicas e técnicos de telecentros e infocentros da Grande São Paulo terão transporte gratuito. O seminário, que marca os cinco anos de atividades da Cidade do Conhecimento, será realizado com o apoio do Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI), vinculado à Casa Civil da Presidência da República, e da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), do Ministério da Ciência e Tecnologia.

    Durante o encontro, serão lançados programas de emancipação digital, como o Observatório da Casa Brasil, realizado em convênio com o ITI em dez localidades com alto índice de exclusão social das regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste.

    A ficha de inscrição está disponível na página eletrônica da USP. Confira a programação. Mais informações pelo telefone (11) 3091-4305.

    Repórter: Raquel Maranhão Sá

  • Estudantes brasileiros de graduação dos cursos de propaganda e marketing podem se inscrever, até o dia 31 deste mês, no concurso Estude nos EUA, promovido pela Embaixada dos Estados Unidos, em Brasília. Para concorrer ao prêmio de US$ 5 mil em software ou hardware, equipes de alunos dos departamentos de comunicação, marketing, publicidade e jornalismo de universidades públicas e privadas devem elaborar um projeto de campanha publicitária com foco no tema.

    Além do prêmio em dinheiro para equipar a instituição, os vencedores receberão em sua faculdade ou departamento um professor visitante ou consultor americano trazido pela Comissão Fulbright; créditos em todos os materiais promocionais desenvolvidos pela equipe e certificado conferido pela embaixada. Para concorrer, a equipe deve preencher a ficha de inscrição on line na página.

    O projeto da campanha publicitária deve trazer um set com todo o conteúdo em tamanho original e um CD-rom com resumo do projeto, slogan e identidade visual da campanha publicitária, equipe envolvida no projeto, listagem e inclusão de arte de todos os materiais promocionais desenvolvidos, proposta detalhada da campanha e formas de avaliação. A seleção será feita por um comitê integrado por representantes da Embaixada e dos consulados dos Estados Unidos no Brasil, profissionais da educação, marketing, publicidade, além de pessoas que já estudaram nos EUA. Na avaliação será considerada vencedora a campanha que mais bem preencher os interesses da missão norte-americana no Brasil.

    Ionice Lorenzoni

  • Vinte e cinco alunos da rede pública de ensino de 20 estados brasileiros serão selecionados para participar de intercâmbio gratuito de duas semanas nos Estados Unidos. O projeto Jovens Embaixadores, desenvolvido pela Embaixada dos Estados Unidos no Brasil, chega à sua quarta edição.

    O intercâmbio será realizado no mês de janeiro do ano que vem. Os jovens terão a oportunidade de passar uma semana na capital, Washington, e mais uma semana em um estado norte-americano diferente, convivendo com uma família americana. Os estudantes também freqüentarão aulas em uma escola de ensino médio (high-school) e farão apresentações sobre o Brasil. Todos receberão ajuda do governo dos EUA e das instituições patrocinadoras do programa, sem nenhum custo financeiro para os participantes selecionados.

    As inscrições para participar do programa Jovens Embaixadores estarão abertas de 6 de maio a 12 de agosto. Os candidatos devem ser alunos do ensino médio na rede pública de ensino, ter entre 15 e 18 anos, jamais ter viajado ao exterior, possuir fluência oral e escrita em inglês, ter bom desempenho escolar e estar engajado em atividades de responsabilidade social e voluntariado. Para se candidatar, o estudante deve se dirigir a uma instituição parceira da Embaixada dos EUA nos seguintes Estados: Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Pará, Pernambuco, Paraná, Rio de Janeiro, Roraima, Rio Grande do Sul, Sergipe, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins. A lista com todas as instituições parceiras será divulgada na próxima sexta-feira, dia 6.

    O Jovens Embaixadores 2006 será lançado pelo embaixador John Danilovich na sexta-feira, 6, na Embaixada Americana, em Brasília. Estarão presentes na cerimônia os estudantes que participaram do programa em 2003, 2004 e 2005. Mais informações no site da embaixada.

    Repórter: Flavia Nery

  • O embaixador dos EUA, John Danilovich, estará em Santos (SP) nesta quinta-feira, 2 de junho, para encontrar-se com o estudante Alan Santinele Martino, de Praia Grande (SP), que acaba de ganhar uma bolsa de estudo da escola de ensino médio norte-americana Cushing Academy. Alan embarca no dia 1º de julho e vai passar seis semanas no colégio do Estado de Massachusetts fazendo os cursos de “inglês para estrangeiros”, “habilidades essenciais para o desenvolvimento acadêmico”, além de assistir aulas nos departamentos de artes e cultura. O encontro acontecerá às 11h15, no Centro Cultural Brasil-Estados Unidos (CCBEU) Santos (Rua Jorge Tibiriçá nº 5 – Gonzaga).

    Alan foi selecionado por fazer parte do grupo Jovens Embaixadores, o programa de intercâmbio e responsabilidade social promovido pela Embaixada dos EUA, do qual participam estudantes da rede pública de ensino. Ele viajou para os Estados Undos em janeiro de 2005. Além disso, ele criou um curso de inglês para pessoas da terceira idade e tem apoio da prefeitura de Praia Grande.

    Ao lançar a quarta edição do programa Jovens Embaixadores em abril, o embaixador John Danilovich afirmou: “derrotamos a noção de que seria impossível encontrar na rede pública de ensino os candidatos de alto nível exigidos pelo programa. Nossos jovens embaixadores estão aqui para provar que é possível encontrar alunos na rede pública com perfil de liderança, boas notas, bom comportamento, bom domínio da língua inglesa e participação ativa em projetos sociais e de voluntariado em suas comunidades. Esses jovens são apenas alguns dos muitos exemplos de talento espalhados pela rede pública e que merecem oportunidades para ampliar seus horizontes”. (Assessoria de Comunicação Social do MEC)

  • Na corrida pelos produtos inteligentes e biodegradáveis, considerados como novas tendências do mercado, o projeto de uma pesquisadora da Universidade de São Paulo (USP) pode trazer uma boa novidade para ecologistas e para a rotina doméstica. A engenheira química paulista, Cynthia Ditchfield, 33 anos, acaba de desenvolver uma embalagem comestível, biodegradável e resistente a micróbios. O trabalho da pesquisadora, bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC), foi contemplado com o Prêmio Panamericano Bimbo em Nutrição, Ciência e Tecnologia de Alimentos 2006, na categoria jovem profissional da América do Sul.

    Composto de amido de mandioca e açúcares, o produto está sendo estudado desde o início deste ano e já despertou o interesse de importantes empresas do setor alimentício. A intenção da pesquisadora era desenvolver uma embalagem ativa, ou seja, que pudesse interagir com o produto. Além disso, Cynthia também se preocupou com a utilidade do produto e propôs um material que pudesse inibir a proliferação de micróbios.

    “Acrescentamos ingredientes naturais à embalagem comestível, como pimenta, canela e extrato de própolis. Esses ingredientes inibem ou retardam o crescimento de microorganismos”, explicou. O caráter antimicrobiano da embalagem promete aumentar a durabilidade dos produtos alimentícios.

    A engenheira química destacou os possíveis ganhos econômicos que a sua embalagem pode trazer. “O Brasil é o segundo produtor mundial de mandioca e de sacarose e ambos são empregados na embalagem”, salientou. “Dentre os compostos antimicrobianos testados, o Brasil produz e exporta todos. A embalagem poderia agregar valor aos produtos nacionais”, aposta.

    Ganhos — Além dos ganhos econômicos, há o ganho ambiental promovido pela embalagem biodegradável e comestível, já que ela traria uma redução na quantidade de lixo gerada. O produto poderá substituir conservantes sintéticos – normalmente incorporados aos alimentos para aumentar a sua durabilidade – por compostos naturais que, de acordo com a pesquisadora, são mais seguros para o consumidor.

    O produto está em testes e não há previsão de quanto tempo será necessário para produzi-lo em escala industrial. “Pretendo fazer o pedido de patente em 2007”, disse. O prêmio é uma iniciativa do Grupo Bimbo, responsável por empresas alimentícias.

    Ana Guimarães Rosa

  • Florianópolis — Fechado desde março para reformas que visam melhorar a qualidade do atendimento, o serviço de emergência e cirurgia ambulatorial do Hospital Universitário (HU) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) será reaberto segunda-feira, 30, às 11h.

    Além das obras físicas, a intervenção teve o objetivo de implantar um novo conceito de gestão na emergência, com foco na humanização e em padrões internacionalmente recomendáveis de atendimento ambulatorial. A partir da reabertura do HU, o critério de atendimento deixa de ser a ordem de chegada e passa a ser a avaliação de risco do paciente. A emergência atende cerca de 11 mil pessoas por mês e envolve 80 profissionais, entre médicos, enfermeiros e funcionários técnico-administrativos. Ao todo, o hospital tem 300 leitos e atende cerca de 350 mil pessoas por ano.

    Pelo novo modelo de atendimento, o paciente será encaminhado a áreas de espera distintas para análise de seu quadro clínico. Se chegar, por exemplo, com indícios de parada cardiorrespiratória ou com elevação anormal da pressão arterial, será conduzido à ala vermelha para os procedimentos de urgência necessários. Casos menos graves irão para a área verde, onde o paciente aguarda entre dez minutos e uma hora até ser encaminhado para a unidade responsável pelas medidas indicadas a cada situação.

    “A nova emergência foi desenhada de forma a melhorar os resultados e aumentar a capacidade de internação”, diz o diretor do HU, Carlos Alberto Justo da Silva. Uma nova entrada foi construída, e os funcionários e monitores foram treinados para dar mais agilidade ao atendimento. Além disso, haverá interligação com todas as emergências da cidade, para não sobrecarregar nenhuma delas, em casos extremos.

    Outras obras — O Hospital Universitário inaugurou na quarta-feira, 25, as reformas e ampliações dos serviços de nutrição e dietética e de anatomia patológica, que vão melhorar a qualidade do atendimento ao público, formado integralmente por pacientes conveniados ao Sistema Único de Saúde (SUS), e o suporte aos estudantes dos cursos da área da saúde na UFSC.

    Na nutrição e dietética, houve melhorias no refeitório e no sistema de armazenamento de alimentos, modernização dos equipamentos e obras físicas nas diferentes salas e ambientes; e o serviço de anatomia patológica, reformas das salas, aquisição de equipamentos como o laboratório de imuno-histoquímica, que realiza diagnósticos sofisticados de várias doenças, e a criação de condições para a realização de transplantes, uma novidade no Hospital Universitário. “Até 2012, atingiremos o nível 3, o mais elevado nos critérios da Organização Nacional de Acreditação, a ONA”, anuncia o diretor Carlos Alberto Justo da Silva.

    Assessoria de Comunicação Social da UFSC

     

     

     

  • Foto: Tereza SobreiraO início da segunda edição do Projeto Rondon, na Amazônia, foi marcado por muita emoção. Na chegada a Manaus, no início da noite de sexta-feira, 3, o encontro das águas dos rios Negro e Solimões levou às lágrimas muitos estudantes a bordo do C99-A da Força Aérea Brasileira (FAB). Visto do alto, a misteriosa separação simétrica das negras águas do Rio Negro com as barrentas águas do Solimões – que não se misturam – transformam em êxtase um espetáculo de 100 quilômetros de extensão, tirando o fôlego dos participantes do projeto.

    Surpresa e encantamento também ocorreram na Serra do Cachimbo, no campo de provas da Força Aérea Brasileira (FAB). A base fica no sul do Pará, na divisa com o Mato Grosso, e é utilizada para abastecimento das aeronaves com destino à região Norte. A pista de pouso fica no meio da floresta amazônica. “É uma área cuja extensão corresponde a do estado de Sergipe e é específica para treinamento da Força Aérea”, disse o tenente-coronel Luiz Antônio Azevedo Silva, diretor do campo de provas.

    Silva e seus comandados recepcionaram os rondonistas com café e água. Ele contou que a Força Aérea está na região desde 1950. Uma das peculiaridades da área é que ela é totalmente preservada. Os cerca de 700 universitários participantes do Projeto Rondon partiram da Base Aérea de Brasília para a missão. Eles receberam os cumprimentos do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e do ministro da Educação, Fernando Haddad, além dos comandos do Exército, Marinha e Aeronáutica.

    Foto: Tereza SobreiraCobras – Os estudantes, de 20 estados, foram transportados para a Amazônia em aviões C-130 Hércules, C-99 e Boeing 707. No sábado, 4, os rondonistas participaram da instalação do projeto no Amazonas e de exercícios de ambientação que envolveram simulação na selva e possíveis encontros com animais peçonhentos, como cobras das espécies jararaca e coral.

    A apresentação das cobras levou a maior parte do grupo a demonstrar sensação de medo e repulsa. Algo que não ocorreu com o jovem catarinense Cledson Wiezoreck, estudante de engenharia ambiental, que, para surpresa geral, soube imobilizar os ‘bichinhos’ com técnica invejável. Soube-se depois que, no Paraná, Cledson trabalha na extração de veneno de cobr. Por isso o domínio demonstrado.

    Repórter: Sonia Jacinto

     

  • Porto Alegre — A dona de casa Kelly Querotti soube da inflamação nos ouvidos da filha Júlia depois que a professora da menina percebeu o problema e a informou. Júlia, de nove anos, e o irmão Guilherme, de sete, estudam na escola municipal Lauro Rodrigues, Jardim Ingá, zona norte de Porto Alegre. Kelly confia nos professores. Para ela, eles ajudam os pais a educar melhor seus filhos.

    “Eles criam atividades para incentivar os alunos e ainda nos ensinam a estimulá-los”, afirma Kelly. Ela aprendeu a fazer a brincadeira das estrelas com os professores. À medida que o aluno apresenta bom rendimento na escola, ele ganha estrelas, que são como pontos. Quanto mais estrelas o aluno acumular, mais chances tem de ganhar brindes, como pirulitos ou balões. A mãe garante que a competição é saudável e dá bons resultados. “No dia em que o Gui voltou para casa com um balão, todos os amiguinhos queriam um igual e ele ficou super orgulhoso”, diz.

    Professores da Escola municipal Lauro Rodrigues incentivam a leitura (Foto: João Bittar)Os meninos não querem faltar às aulas porque a escola inventa muitas atividades diferentes. “O Gui conta os dias para visitar a brinquedoteca e a Júlia adora a hora do conto”, relata. A brinquedoteca é um espaço pequeno repleto de atrações para todos os gostos. Tem fantasias, palco, bonecas, jogos, fantoches — tudo doado pela comunidade. Até a 4ª série, quinzenalmente meninos e meninas têm hora marcada na sala. Já na hora do conto, as crianças se acomodam na biblioteca para ouvir uma história  pela professora.

    Por causa da feira do livro que ocorre na cidade, a escola fez sua própria feira e incentivou os alunos a adquirir os volumes mais desejados. “A Júlia gastou toda a economia do cofrinho para comprar livros do Ziraldo”, revela a mãe.

    O trabalho dos professores rendeu bons frutos. A nota da escola no Índice de Desenvolvimento da Educação (Ideb) é de 4,3, acima da média nacional, de 3,8. Os professores acreditam na participação dos pais como elemento fundamental para garantir o sucesso dos alunos. A dona de casa Rosa Ranzolin não esquece o recado da professora do filho quando estava no pré: “Eu deveria sempre acompanhar meu filho, não só nos anos iniciais”. Seu filho, Vinícius, está no primeiro ano do fundamental (equivalente à 2ª série) e não tem problemas de aprendizado.

    De tanto visitar o estabelecimento de ensino e compartilhar com os professores a tarefa de ensinar, Kelly hoje integra a equipe escolar, fazendo parte do conselho. Ela verifica o que é feito com o dinheiro que chega à escola, procura soluções, junto com os membros do conselho, para os problemas corriqueiros, como indisciplina no recreio ou necessidade de reparos imediatos. Na última reunião, o conselho decidiu buscar mais ajuda dos pais. “Queremos um pouco do tempo e do conhecimento de cada um. Um pai carpinteiro pode consertar a porta emperrada”, exemplifica. O objetivo é poupar tempo, dinheiro e envolver os pais no ensino.

    Maria Clara Machado

  • O ministro da Educação, Tarso Genro, deu posse hoje, 22, em Brasília, ao professor Thompson Fernandes Mariz no cargo de reitor da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), Paraíba.

    Thompson Mariz é professor do Departamento de Engenharia de Materiais do Centro de Ciências e Tecnologia (CCT).  Foi o primeiro chefe daquele departamento, coordenador do Curso de Engenharia de Materiais e diretor do CCT. Foi pró-reitor para Assuntos do Interior e vice-reitor da Universidade Federal da Paraíba.

    O reitor empossado tem como projetos de trabalho, entre outros, diversificar a oferta de vagas, com a criação de novos cursos de graduação, e estimular a criação de programas de pós-graduação interdisciplinar e intra-institucional, em áreas como a educação, o meio ambiente e o desenvolvimento sustentável. Também quer investir na educação a distância e eleger a educação continuada como meio de contribuição à formação de professores do ensino fundamental e médio da rede pública de ensino.

    Segundo Mariz, "temos a missão de construir a passagem da realidade hoje existente para o porvir. Vamos continuar trabalhando com a visão de uma nova universidade, socialmente comprometida com a realidade da região e do estado, desenvolvendo instrumentos pedagógicos de inclusão social".

    Sobre o anteprojeto da reforma universitária, Thompson Mariz acredita que "a forma de consulta democrática que está sendo conduzida irá permitir a construção de uma reforma participativa de interesse nacional. Teremos que ver que futuro seremos capazes de construir".

    Para Tarso Genro, "cada ato de posse é um ato de consciência positiva, um ato de construção do novo, sem renegar o passado que nos trouxe até aqui. O anteprojeto da reforma do ensino superior tem sofrido ataques com objetivos muito claros e definidos por interesses contrariados. Temos instituições privadas de ensino superior boas, médias e más. Mas estamos avançando e conseguindo construir um debate de alto nível. É dever constitucional do estado regular os serviços ofertados para a sociedade. Não temos pressa institucional, o que queremos é um sistema de educação superior qualificado".

    José Leitão

  • Tomou posse nesta segunda-feira, 4, em Brasília, o reitor da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), professor Hidembergue Ordozgoith da Frota. Reitor deste 2001, Frota foi reconduzido ao cargo, onde ficará por quatro anos.

    Segundo o reitor, “nossas perspectivas para esse novo mandato à frente da reitoria da Ufam será a consolidação da qualidade do ensino nos nossos cursos de graduação, nos nossos 17 programas de mestrado e nos dois programas de doutorado, que hoje ofertamos à comunidade de nosso estado, e a efetivação de nossos cinco campi avançados no interior”.

    Para o ministro da Educação, Tarso Genro, a recondução do atual reitor para um novo mandato é a reafirmação de sua competência na condução da Ufam. “A Ufam possui um significado especial na construção de um modelo nacional de desenvolvimento pelo significado da região amazônica para o país. Tem um papel destacado na reforma da universidade pública brasileira e sua importância para o desenvolvimento da região amazônica é vital. O MEC vem apoiando as iniciativas de sua administração e continuará a fazê-lo”, assegurou o ministro Tarso Genro.

    Repórter: José Leitão

  • Na edição nº 919, de 29 de maio, que está nas bancas, com o título “R$ 11 bilhões em jogo”, a revista Exame apresenta os resultados de uma pesquisa com o pensamento de 278 empresas pequenas, médias e grandes sobre o Sistema S. Mostra, também, as posições do presidente da Confederação Nacional da Indústria, Armando Monteiro Neto, e do ministro da Educação, Fernando Haddad.

    A reportagem da jornalista Roberta Paduan informa que 53% dos empresários consultados consideram que os recursos do sistema não são bem empregados; sete em cada dez empresas se manifestaram contrárias à obrigatoriedade da contribuição ao Sistema S;  80% delas preferem usar eles mesmos os recursos para treinar os funcionários. O Sistema S é composto por nove instituições voltadas para o ensino profissionalizante, promoção da cultura e do lazer dos trabalhadores.

    Assessoria de Comunicação Social


    Leia a íntegra da reportagem de Exame
    Cinco pontos fundamentais da reforma do Sistema S
    Confira outras matérias sobre o assunto
    Veja o debate realizado no jornal Folha de S. Paulo

  • As metas e ações do Plano Nacional de Pós-Graduação serão apresentadas a empresários paulistas nesta quarta-feira, 17, às 14h30, na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). O presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior do Ministério da Educação (Capes/MEC), Jorge Guimarães, falará sobre a expansão do sistema nacional de pós-graduação nos próximos cinco anos. Uma das metas prioritárias é a formação de 16 mil doutores até 2010.

    Guimarães vai expor as 15 ações que já estão sendo implementadas pela Capes para cumprir as propostas estabelecidas no Plano. Entre elas, o apoio à criação de cursos de mestrado e doutorado interinstitucionais e a indução de novos cursos em setores estratégicos como defesa, propriedade intelectual, petróleo e gás.

    Dados da pós - O Plano Nacional revela que, no período de 1976 a 2003, o número de cursos recomendados pela Capes saltou de 673 para 2.993, o que representa um aumento de 5,6% ao ano. O número de mestres titulados passou de 10,5 mil em 1996 para 27 mil em 2003. E o de doutores, de 2.985 para 8.094 no mesmo período. (Assessoria de Imprensa da Capes)

  • Empresários, organizações não-governamentais, entidades educacionais e governo federal lançam nesta quarta-feira, 6, às 11h30, no Museu do Ipiranga, em São Paulo, o Compromisso Todos pela Educação. O movimento trabalha para que, durante as comemorações do bicentenário da Independência do Brasil, em 2022, todas as crianças e jovens estejam na escola. O ministro da Educação, Fernando Haddad, participa da solenidade.

    O compromisso mobiliza o Ministério da Educação, o Conselho Nacional dos Secretários de Educação (Consed) e a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime). Também participam várias organizações, entre elas o Instituto Ayrton Senna, Instituto Pão de Açúcar, Instituto Itaú Cultural, Fundação Bradesco, Fundação Roberto Marinho, Instituto Gerdau, Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), além de secretários estaduais e municipais de educação.

    O objetivo da aliança é realizar uma mobilização no país para universalizar o ensino e melhorar a sua qualidade. Para isso, foram estabelecidas cinco metas. Em primeiro lugar, espera-se ter nos próximos 16 anos, 98% dos brasileiros, com idade entre 4 e 17 anos, na escola. A segunda meta prevê que, em 2022, 95% dos jovens com até 16 anos devem ter completado o ensino fundamental e aqueles com até 19 anos devem ter concluído o ensino médio.

    Investimentos - Na terceira meta, o grupo espera que toda criança com 8 anos de idade deva estar alfabetizada. O quarto objetivo vai beneficiar a qualidade do ensino e determina que, em 16 anos, 95% dos alunos devem estar acima do nível razoável no Sistema de Avaliação do Ensino Básico (Saeb).

    A quinta e última meta prevê investimentos no setor. De 2011 a 2022, o investimento mínimo anual para cada aluno da rede pública deverá ser equivalente a 25% da renda média per capita do brasileiro, o que equivale a cerca de 5% do Produto Interno Bruto (PIB). O PIB é o valor de toda a riqueza gerada no país.

    Repórter: Flavia Nery

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