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  • O Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), com 40 programas em  andamento, e a elevação do Produto Interno Bruto (PIB) a ser aplicado na educação, de 3,9% para 6%, são as principais estratégias do Ministério da Educação para promover uma revolução na qualidade na educação pública. Esse caminho foi apresentado nesta quarta-feira, 30, pelo ministro Fernando Haddad, ao receber da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) o relatório de monitoramento da Educação para Todos 2008.

    Para Haddad, o PDE, que conta hoje com a adesão dos 27 governadores e de 5.400 prefeitos, traz um conjunto de 40 programas que procuram atacar cada uma das debilidades dos sistemas de ensino, desde a educação infantil até a pós-graduação. “Com metas claras e rumos definidos, caminhamos para transformar a educação em política de Estado, que não muda de governo para governo”, explicou.

    Sobre os prazos para atingir as metas, o ministro disse que o Brasil trabalha com pelo menos três datas: O Plano Nacional da Educação (PNE) tem metas a serem cumpridas até 2011; a Unesco fixou metas para 2015; e o PDE, para o bicentenário da independência do Brasil, 2022. “Vamos cumprir boa parte das metas do PNE, as metas da Unesco estamos muito próximos de cumprir”, disse. Na opinião do ministro, “o mais difícil, que vai exigir mais esforço do país, intensa mobilização, sensibilização da sociedade, responsabilidade dos gestores públicos, são as metas de 2022”.

    Para Haddad, as metas do PDE são muito ousadas, mas o país tem tempo e um plano consagrado pelos representantes da sociedade e, portanto, tem compromisso. Além do Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), outra fonte de recursos que vai promover o alcance das metas do PDE será a elevação do PIB da educação. “Eu defendo desde sempre que o patamar mínimo de investimento na educação seja de 6% do PIB”. Na avaliação do ministro, se o Brasil não avançar para esse patamar dificilmente vai cumprir os objetivos de 2022. Em 2007, o PIB da educação alcançou 3,9%.

    Se aprovado o Plano Plurianual da educação (PPA 2008-2011), que tramita no Congresso Nacional, Haddad prevê agregar entre 0,7% e 0,8% do PIB, o que dará cerca de R$ 19 bilhões para o Ministério da Educação. “Esse recurso é só com esforço federal, fora os esforços de estados e municípios”.

    Segundo Haddad, o fim da Desvinculação dos Recursos da União (DRU) da educação, aprovada na semana passada na Comissão de Constituição e Justiça do Senado, se aprovada também no plenário, vai representar um aporte adicional de R$ 7,5 bilhões anuais. O ministro disse que o presidente do Senado, Garibaldi Alves Filho, se comprometeu a colocá-lo em votação no plenário assim que o projeto tiver passado pelas comissões. “A mobilização de todos por mais recursos para a educação é um dos meios para cumprir as metas”, explicou.

    Ionice Lorenzoni

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    Ampliar acesso à educação é um desafio

  • O professor Eliezer Moreira Pacheco será empossado nesta quarta-feira, 5, como titular da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec/MEC). A posse está marcada para 15h, no auditório do MEC, em Brasília. Eliezer pretende investir no programa Escola de Fábrica, na integração do ensino médio com o profissional para jovens e adultos (Proeja) e na expansão das escolas da rede federal.

    O novo secretário, que antes de ocupar a Setec era presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep/MEC), tem dez livros publicados, é mestre em História pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e especialista em Ciência Política pela mesma instituição.

    Eliezer diz que novas expectativas em relação ao desempenho dos profissionais estão surgindo e, para enfrentá-las, os trabalhadores precisam ter boa formação geral e profissional. Por isso, as escolas da rede federal precisam prepará-los para o trabalho e para o exercício da cidadania.

    Repórter: Rodrigo Farhat

  • Nem todas as redes de ensino e escolas do país tiveram nota na primeira edição da Prova Brasil, realizada em 2005. O motivo foi a adesão voluntária das secretarias de educação e o foco da prova — as escolas públicas urbanas de 4ª ou 5ª e 8ª ou 9ª séries.

    O coordenador de avaliação da educação básica do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, Amauri Gremaud, explica: “Alguns municípios ficaram fora por não terem redes próprias de ensino ou turmas nessas séries ou, ainda, terem apenas escolas rurais”.

    Em algumas escolas, a participação dos alunos foi insuficiente para reunir dados. Há escolas urbanas que ficaram de fora da avaliação pelo critério de número de alunos em cada turma. Na primeira edição foram avaliadas turmas com, no mínimo, 30 alunos. “Na edição de 2007, o mínimo foi reduzido para 20 alunos por turma, o que vai ampliar a abrangência da prova”, diz Gremaud. Aumenta também o número de municípios que receberão a prova. Na primeira edição foram 5.398. Em 2007 serão 5.499.

    A Prova Brasil será aplicada até dia 20 e avalia o desempenho dos estudantes em língua portuguesa e matemática. Todos os alunos das turmas fazem prova, assim é possível avaliar o desempenho por escola e por município.

    Manoela Frade

  • Luciano Marques, do Portal MEC

    Cerimônia realizada nesta terça-feira, 5 de novembro, no Palácio do Planalto, comemorou as entregas do governo federal em 300 dias do mantado do presidente Jair Bolsonaro. Entre os programas e as ações do Ministério da Educação, foram destacados o Future-se, as escolas cívico-militares, os investimentos nas universidades federais, o bom funcionamento do Enem 2019 e ações voltadas para a educação básica.

    Presente na solenidade, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, foi citado por Bolsonaro em sua fala. Ele se emocionou e destacou o fato de que o trabalho está tão coordenado que o brasileiro está reconquistando a confiança no país. “Vamos em busca de um novo tempo para o Brasil e os brasileiros. Eu lembrei do Onyx, do Weintraub. Há dois anos, passamos pela China, pelo Japão, Coreia do Sul e Taiwan. Fomos ver um pouquinho de como é que vivem as pessoas. E, olha só, falei em muitos momentos da minha vida e das minhas andanças pelo Brasil, como é duro você ser recebido em outros países com o manto da desconfiança. Isso acabou”.

    O ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, observou que todo trabalho está coordenado de modo a conduzir o Brasil a um caminho de prosperidade e parabenizou os avanços que a Educação alcançou nos últimos 300 dias. “Temos uma escola diferente, que agora é um lugar onde a criança pode aprender e não um lugar de militantes políticos”, afirmou. “Também é preciso ressaltar o ótimo trabalho feito com o Enem. Nesse domingo [3 de novembro] o Enem funcionou.”

    Trabalho – Além do citado, o Ministério da Educação (MEC) comemorou outras conquistas no período. Lançou quatro programas, firmou um compromisso pela educação básica, conectou 24,5 mil escolas urbanas e 7 mil escolas rurais à internet, digitalizou boa parte dos serviços, deu o pontapé inicial para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) Digital, entregou cerca de mil ônibus e instituiu uma nova Política Nacional de Alfabetização (PNA).

    Tudo isso em meio a um cenário de gestão com contingenciamento de recursos em toda a pasta – no caso de universidades e institutos federais, tudo já liberado – e controle sobre o dinheiro. O MEC tem aliado responsabilidade fiscal para o presente com ações de olho no futuro. Os principais programas lançados pela atual gestão do MEC são:

    • Future-se: tem o objetivo de dar maior autonomia financeira a instituições federais de ensino superior por meio do estímulo à captação de recursos próprios e ao empreendedorismo;
    • Novos Caminhos: com diversas entregas para a educação profissional e tecnológica, tem a finalidade de aumentar em 80% o número de matrículas na área;
    • ID Estudantil: de forma inédita, o próprio MEC vai emitir uma carteira estudantil digital e gratuita, por meio de informações do Sistema Educacional Brasileiro, novo banco de dados de estudantes do país;
    • Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares: com uso de militares da reserva das Forças Armadas ou de policiais e bombeiros militares, o MEC quer levar a gestão de excelência cívico-militar a 216 escolas do país.

    Foco na educação básica – Não exatamente um programa, mas um conjunto de ações, o Compromisso Nacional pela Educação Básica foi firmado em conjunto com o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) e a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) para transformar o Brasil em um referência na área até 2030. A principal diretriz desta gestão é o foco na educação básica.

    Educação básica que engloba a alfabetização, prioridade do governo, que criou, ainda em janeiro, a Secretaria de Alfabetização do MEC. Com o intuito de ensinar a ler e a escrever com critérios científicos, a unidade lançou a PNA em abril – uma das primeiras ações de Weintraub no ministério – e um caderno explicativo da política, em agosto.

    Em outubro, foi realizada a 1ª Conferência Nacional de Alfabetização Baseada em Evidências (Conabe). Ainda nessa área, o Brasil aderiu ao PIRLS (Progress in International Reading Literacy Study), estudo internacional que avalia capacidade de leitura e compreensão de textos de alunos do 4º ano do ensino fundamental.

    Digitalização – Diminuir a quantidade de papel é uma das preocupações do MEC. Para isso, a pasta lançou, em julho, o Plano de Transformação Digital, com o intuito ofertar 99 serviços públicos em ambiente digital.

    Apesar de realizar o primeiro dia de Enem com alto índice de participação – mais de 75% de comparecimento –, o MEC quer modernizar a prova. O Enem Digital terá uma edição piloto em 2020 – a ideia é ter o maior exame do país para acesso ao ensino superior 100% digitalizado até 2026.Transporte escolar – Para facilitar a locomoção dos estudantes e diminuir a evasão escolar, o MEC deu continuidade ao Caminho da Escola. Por meio do programa, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), vinculado ao MEC, repassou cerca de mil ônibus para todo o país. O foco principal da iniciativa é atender regiões rurais ou de difícil acesso e com poucas opções de transporte.

    05/11/2019 - Ministro participa da cerimônia alusiva aos 300 dias de governo - Fotos: Gabriel Jabur/MEC

  • Convidado pelos parlamentares membros da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados, o ministro da Educação, Rossieli Soares, participou, nesta quarta-feira, 9, de uma audiência pública no Plenário 10, da casa. Durante a reunião, o ministro apresentou números e prestou esclarecimentos sobre os avanços recentes na educação do Brasil e os desafios para os próximos anos.

    Rossieli Soares ouviu atentamente questionamentos distintos relacionados ao atual andamento de várias ações da pasta e expôs um raio-x baseado em macronúmeros dos investimentos nas políticas educacionais no país, entre o período que ocupou a Secretaria de Educação Básica (SEB) até assumir o comando do ministério, no mês passado.

    Além de solicitar a colaboração dos parlamentares para avançar em outras iniciativas e destacar investimentos recém-injetados na educação, o ministro pediu prudência e responsabilidade na aplicação dos recursos. “Apenas no custeio das universidades e institutos federais, por exemplo, nós temos investimentos de R$ 16 bilhões. Isso é muito. E se a gente está discutindo mais recursos, também temos que discutir austeridade, aplicação, eficiência do gasto dentro da educação em todo o país – seja na Básica ou na Superior. Isso tem que ser um mantra, especialmente para o gestor da educação”, afirmou.

    O ministro debateu temas variados da educação e dos projetos atualmente em curso no MEC, como o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o Novo Fies, o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), os programas de alfabetização e transporte escolar, a formação profissional de professores e a autonomia universitária, entre outros.

    Para Rossieli Soares, o debate na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados foi proveitoso porque, em sua análise, lá é o lugar certo para se debater ideias. Sobre os temas abordados, ele aproveitou para falar da evolução na educação nos últimos dois anos. “Tivemos muitos avanços. Avançamos muito nas agendas definidas como prioritárias, como a BNCC; aprovamos a Base do Ensino Fundamental e na Educação Infantil, bem como a versão do Ensino Médio, já alinhada com a outra grande bandeira, que é a Reforma do Ensino Médio; além da alfabetização, a política nacional de formação de professores e a garantia do financeiro, que não existia antes”, explicou.

    Na Câmara, o ministro debateu temas relevantes da educação e projetos atualmente em curso no MEC, como Enem, Novo Fies, Fundeb e BNCC. (André Nery/MEC)

    Avaliação - O deputado federal e presidente da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados, Danilo Cabral (PSB-PE), avaliou a participação do ministro da Educação como positiva por, segundo com ele, estreitar a relação e aproximar do MEC a comissão. “A audiência atingiu o objetivo que nós nos propusemos de estreitar e buscar um ambiente de diálogo entre a Comissão de Educação e o MEC, na condição de grande condutor da política da educação no Brasil. Eu acho que possibilitou ao ministro ter uma leitura do conjunto de preocupações que a comissão de Educação tem e ele esclareceu todos os pontos que foram abordados”, pontuou.

    Já o deputado Alex Canziani (PTB-PR), presidente da Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados, convidada a participar da audiência pública, elogiou o desempenho do ministro Rossieli Soares. “Ele foi muito claro, trouxe dados preocupantes, mas senti nele muita disposição para enfrentar esses desafios para poder buscar as soluções. E ele, muito aberto, atendeu a todos os deputados, independente de partido, mostrando o compromisso que ele tem com a educação e com o parlamento também”, completou.

    Além dos parlamentares representantes das comissões de Educação e Fiscalização Financeira e Controle, outra que marcou presença no debate, participaram da audiência pública alguns secretários e diretores do MEC e de autarquias vinculadas à pasta, professores, estudantes de vários níveis de ensino e membros da União Nacional dos Estudantes (UNE).

    Assessoria de Comunicação Social

  • Seis dias após se reunir com parlamentares membros da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados, o ministro da Educação, Rossieli Soares, voltou a debater os rumos da educação no Brasil. Nesta terça-feira, 15, ele participou de uma nova audiência pública, desta vez no Senado Federal, com a Comissão de Educação, Cultura e Esporte, e, além de prestar esclarecimentos sobre os projetos em andamento da pasta e desafios do segmento, apresentou números substanciais dos programas do ministério.

    O roteiro do encontro desta terça-feira, 15, foi semelhante ao da semana passada. Rossieli Soares ouviu atentamente as dúvidas dos senadores relacionadas às várias ações do MEC, anotou questões que julgou pertinentes aos projetos, explicou a situação atual e expôs um panorama alimentado por estatísticas de todos os investimentos nas políticas educacionais no país, entre o período que comandou a Secretaria de Educação Básica (SEB) até se tornar ministro, no último mês de abril.

    Dentre os desafios apresentados, o ministro destacou os problemas relacionados à alfabetização nos anos iniciais do ensino fundamental, num quadro em que metade das crianças que chegam ao terceiro ano da educação básica não está alfabetizada. Além disso, ele lembrou que um em cada quatro alunos repetem o ano ou abandonam as salas de aula na primeira série do ensino médio.

    Para ele, essa realidade precisa mudar urgentemente e é um assunto prioritário no MEC. “Quais são as prioridades verdadeiras para o ministério da Educação? Se eu tivesse o poder de resolver um problema de forma mágica, eu escolheria a alfabetização. Porque ali nós garantimos outros direitos para os jovens estudantes”, disse Rossieli, durante exposição aos senadores das diretrizes e programas prioritários do ministério.

    Rossieli expôs aos senadores um panorama de todos os investimentos nas políticas de educação (Foto: André Nery/MEC)

    Ao informar que, no momento, cerca de 57 milhões de estudantes estão matriculados em creches, escolas e universidades públicas brasileiras em todo o Brasil, ele apontou algumas medidas que pretende aplicar ou introduzir sob sua gestão, bem como os principais desafios e problemas na formação de alunos e professores, e anunciou a ampliação da educação profissional. Rossieli lembrou da parceria com o Senado na aprovação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) do Ensino Fundamental e do Novo Ensino Médio como importantes medidas para melhorar o cenário educacional.

    “A Base Nacional Comum Curricular é fundamental porque ela traz esse apontamento para o que os jovens brasileiros devem aprender. Tivemos um avanço muito grande, inclusive, com a contribuição deste Senado na reforma do ensino médio, que está em processo de implementação dentro de uma visão que traga um protagonismo, um projeto de vida, uma flexibilidade de escolha para o jovem, garantida a qualidade, logicamente”, atestou o ministro.

    Entre os temas destacados pela comissão durante a reunião, estiveram a melhoria no programa de merenda escolar, a ampliação do ensino em tempo integral e a possibilidade de implantação do ensino a distância em parte do ensino médio. Além da alfabetização, BNCC e Novo Ensino Médio, Rossieli Soares também falou sobre ensino superior, formação de professores e da rede federal de ensino técnico e tecnológico.

    Estes assuntos, na avaliação da presidente da Comissão de Educação, Cultura e Esporte, senadora Lúcia Vânia (PSB-GO), são pertinentes a esse grupo de trabalho e vão ajudar na elaboração de projetos a serem analisados pelo próprio Senado. Ela aprovou a participação do ministro na audiência pública. “A palavra dele em relação a esses temas que foram levantados é fundamental para que possamos respaldar matérias, projetos, incluindo alguns que já estão na pauta. Eu acredito que a fala dele hoje esclareceu muitas coisas e que isso nos permite, agora, prosseguir no debate dos projetos que deverão ser analisados nesta casa”, pontuou.

    Assessoria de Comunicação Social

  • Com a visita do presidente norte-americano George W. Bush ao Brasil, programada para 6 de novembro, o MEC pretende estreitar relações para expandir a cooperação educacional com os Estados Unidos. Esse foi o tema do encontro de terça-feira, 4, entre o ministro da Educação, Fernando Haddad, e o embaixador do Brasil nos Estados Unidos, Roberto Abdnur. Contudo, Haddad afirmou que antes disso é preciso institucionalizar um diálogo: “Isso tem de ser feito devido às grandes diferenças existentes nos modelos descentralizados dos sistemas educacionais vigentes nos dois países”.

    O embaixador afirmou que o encontro serviu para trocar idéias com o ministro, saber quais temas podem ser incluídos em um eventual novo mecanismo que venha a ser lançado pelos dois países para elevar o nível de diálogo. “Um dos objetivos, durante a visita de Bush, é criar um grupo de trabalho bilateral de cooperação e intercâmbio de experiências em educação”, afirmou Abdnur.

    Entre as perspectivas de retomada da cooperação educacional com os Estados Unidos, está a melhoria da qualidade da educação fundamental e média, o desenvolvimento profissional de docentes e gestores educacionais, o uso de tecnologias da informação, educação superior, ambiental, diversidade e inclusão educacional, além do apoio à comunidade brasileira residente nos EUA.

    Mesa redonda – Na próxima sexta-feira, 7, Fernando Haddad e a secretária de Estado da Educação norte-americana, Margaret Spellings, vão participar de uma mesa redonda de ministros da Educação, em Paris. Paralelamente, pretendem ter um encontro bilateral.

    Repórter: Cristiano Bastos

  • Idade acima dos 30 e baixa escolaridade. Estas são, segundo as mulheres que participam do curso “Transformação, Cidadania e Renda”, em Manaus, as principais causas de exclusão do mercado de trabalho. O programa de capacitação foi iniciado em abril deste ano e termina em 2009.

    O curso é promovido pelo projeto Mulheres Mil, que está sendo implementado pela Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec) do Ministério da Educação, em cooperação com o governo do Canadá. Seu objetivo é possibilitar a formação profissional e tecnológica de cerca de 1 mil mulheres desfavorecidas das regiões Nordeste e Norte.

    As capacitações, oferecidas por 12 Cefets e por uma Escola Técnica Federal, beneficiarão 1 mil mulheres em situação de vulnerabilidade social das regiões Norte e Nordeste do país, até 2010. Os cursos serão oferecidos de acordo com a vocação econômica local.

    Em Manaus, os cursos serão na área de turismo; em Aracaju, serão trabalhados programas de formação em reciclagem de resíduos sólidos; no estado de Alagoas, as mulheres serão capacitadas na área de alimentos; e nos demais estados, os cursos serão desenvolvidos nas áreas de artesanato, vestuário e beneficiamento de couro de peixes.

    Ineditismo - Para os Cefets, o programa é inédito, pois alia à elevação de escolaridade a formação profissional e tecnológica direcionada para gênero.

    Maria Estelita Pereira, de 49 anos, conhece a situação da mulher no mundo do trabalho. “Trabalhei no comércio durante 20 anos, mas não estou conseguindo emprego”, relata. Em busca de novas possibilidades, ela está investindo na qualificação para camareira. “Apesar da idade, quando concluir a profissionalização, as portas se abrirão”, aposta.

    A batalha por emprego das manauaras é igual à de milhares de cidadãs em todo o mundo. Relatório de 2007 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) registra a existência de 81 milhões de mulheres à procura de emprego no mundo.

    Walmira Aguiar de Souza, de 37 anos, aluna do projeto, também está nesta estatística. Ela relata que, nas suas buscas por trabalho, percebe que as empresas optam pelos mais jovens, com nível superior ou técnico. “Temos que buscar qualificação. E essa é uma oportunidade maravilhosa”, pontua.

    Certificação - A situação de Ariaydala da Silva Rocha, 26 anos, é um pouco diferente. Ela trabalhava de camareira, mas, como não tem certificação, encontra dificuldade de conseguir um posto no mundo do trabalho. “Estou entrando de corpo e alma no curso, porque sei que as coisas vão melhorar quando eu concluir e receber meu certificado”, sustenta.

    Com duração de quatro anos, a capacitação, em Manaus, é na área de turismo e beneficiará 120 mulheres de baixa renda que residem nas comunidades dos igarapés do entorno da zona urbana da capital. Ministrado pelo Centro Federal de Educação Profissional e Tecnológica (Cefet) do Amazonas, o projeto pedagógico prevê o estímulo à criação de cooperativas. Iniciado em abril, elas já concluíram os módulos de matemática e português e, atualmente, estão aprendendo informática e inglês.

    Assessoria de Imprensa da Setec

  • Um dos destaques na programação de cinema do seminário Diferentes Diferenças – Caminhos de uma Educação de Qualidade para Todos, nesta terça-feira, 5, é o documentário Histórias de um Brasil Alfabetizado, do diretor Bebeto Abrantes. O documentário expõe as alegrias do ato de se alfabetizar, contradições e conflitos que envolvem este processo educacional.

    Histórias de um Brasil Alfabetizado, segundo Abrantes, foi inspirado na riqueza de experiências do programa da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad/MEC). “O filme dá visibilidade à alfabetização e colabora para difundir experiências pouco conhecidas sobre o tema. O foco é o ser humano, a vivência de cada personagem – seja alfabetizando ou alfabetizador”, pontua.

    O documentário, de 72 minutos, apresenta cinco casos, de diferentes regiões do País, que mostram como a realidade de uma pessoa pode ser alterada para melhor por meio da alfabetização. É o exemplo do jovem Edigenilson, de Nazaré da Mata (PE), um cortador de cana, que todas as noites, após jornadas extenuantes nos canaviais, freqüenta um curso de alfabetização em uma escola do seu município. Ou do casal Vanúzia e Antonio de Castro, moradores de um bairro pobre na periferia de Belém (PA), que venceram suas desavenças matrimoniais quando ambos decidiram voltar a estudar: “Após essa tomada de atitude, eles assinam um termo de ‘bom viver’ e a vida do casal ganha novos rumos”, conta o diretor.

    Diversidade na tela — Outra atração que poderá ser vista hoje é o curta-metragem Vista Minha Pele, dirigido por Joel Zito Araújo, que aborda as discriminações raciais na vida dos adolescentes propondo uma inversão dos papéis entre negros e brancos na sociedade. A produção norte-americana The Real Dirt on Farmer John, de Taggart Siegel, sobre a saga épica de um fazendeiro do centro-oeste americano, encerra as sessões de cinema desta terça-feira. O filme conta a história do fazendeiro John, que luta bravamente contra a decadente economia rural norte-americana.

    A mostra de cinema também vai exibir, até sexta-feira, 8, quando termina o seminário Diferentes Diferenças, as produções Anjos do Sol, de Rudi Lagemann, Dia de Festa, de Toni Venturi, e Nenhum Motivo Explica a Guerra, de Cacá Diegues. Os filmes tratam, respectivamente, dos temas prostituição, sem-tetos e a trajetória do grupo AfroReggae. Após a projeção, haverá debate.

    Cristiano Bastos

  • Capa do portal da ID Estudantil. Foto: Guilherme Pera/MEC.


    Dyelle Menezes e Guilherme Pera, do Portal MEC

    Está no ar o portal da ID Estudantil, a carteirinha digital e gratuita do Ministério da Educação (MEC). O novo hotsite do ministério traz informações que estudantes de todo o país devem saber sobre o documento, com uma contagem regressiva para o início das emissões.

    A partir de dezembro, os alunos poderão adquirir a ID Estudantil nas lojas Google Play e Apple Store. O documento permitirá o pagamento de meia-entrada em shows, teatros e outros eventos culturais, sem que isso gere um custo extra, como acontece hoje.

    O presidente Jair Bolsonaroassinou a medida provisória (MP) da ID Estudantil em 6 de setembro. A MP foi publicada na edição doDiário Oficial da União (DOU) de 9 de setembro, data a partir da qual teve início o prazo de 90 dias para início da emissão das carteirinhas.

    A emissão de carteirinhas pelo MEC, não tira a prerrogativa de outras entidades. O documento poderá ser emitido ainda por:

    • Associação Nacional de Pós-Graduandos;
    • entidades estudantis estaduais, municipais e distritais;
    • diretórios centrais dos estudantes; 
    • centros e diretórios acadêmicos;
    • outras entidades de ensino e associações representativas dos estudantes, conforme definido em ato do ministro da Educação.

    Carteiras digitais e físicas – O MEC firmará contrato com a Caixa Econômica Federal para emissão gratuita ao estudante da ID Estudantil física. A nova carteira física será válida até 31 de março do ano seguinte, enquanto a digital será válida enquanto o aluno permanecer matriculado em estabelecimento que forneça os níveis e as modalidades de educação e ensino. Perderá a validade quando o estudante se desvincular do estabelecimento.

    Trajetória do aluno - O MEC criará um banco de dados único e nacional dos estudantes, permitindo acompanhar, por exemplo, a regularidade escolar do beneficiado com a ID Estudantil. Com isso, será possível a construção e verificação de toda a jornada estudantil, o que será de suma importância para avaliação, monitoramento e execução de políticas educacionais.

    O projeto é inédito no MEC e foi pensado para que as políticas públicas voltadas aos estudantes sejam, cada vez mais, aperfeiçoadas.

  • A aluna Michela de Almeida enfrenta uma hora e meia de ônibus para chegar à escola (Foto: João Bittar)Distrito Nossa Senhora da Guia (MT) ― Pedras, buracos, vegetação assolada pela queimada e muita poeira formam a paisagem de casa até a escola. As irmãs Gisele, Daniele, Gabriele e Michela de Almeida Campos enfrentam uma hora e meia de viagem no ônibus escolar para ir ao colégio. Elas moram numa chácara, no vilarejo de Rio Azul. Junto com elas, outros 600 alunos da escola estadual Filogônio Correa dependem do transporte para chegar à escola.

    O colégio fica no distrito Nossa Senhora da Guia, a 26 quilômetros de Cuiabá, e atende em torno de 15 comunidades rurais próximas, entre chácaras, fazendas, assentamentos e vilarejos. A escola oferece turmas de 3ª a 8ª séries do ensino fundamental, ensino médio e educação de jovens e adultos.

    Gisele, Daniele, Gabriele e Michela saem de casa debaixo de sol forte, logo depois do almoço, e só retornam à luz da lua. De uma família de sete irmãos ― os outros três já terminaram o ensino médio ― as meninas fazem parte do perfil socioeconômico mais comum das crianças da região. “Nossos alunos são muito carentes. Nem cobramos uniforme porque a maioria não teria como comprar”, afirma o coordenador pedagógico José Aparecido de Souza. O pai das meninas é chacareiro e a mãe, dona-dCriança vendo as chamas do incêndio pela janela do ônibus (Foto: João Bittar)e-casa. A maior parte dos pais de alunos são trabalhadores rurais.

    Pelo caminho, entre brincadeiras, música e algazarra, cai a noite, iluminada não só pela luz da lua, mas também pelas chamas de mais um incêndio. A paisagem corriqueira ainda espanta. Grudado na janela do ônibus, um dos meninos exclama: “Nossa, com tanta fumaça, não dá para respirar” e outro conta o que concluiu de uma das aulas de ciências: “A gente precisa cuidar da natureza”. O incêndio extenso acompanha boa parte do trajeto.

    Crianças se dividem na função de abrir caminho para o ônibus (Foto: João Bittar)Durante a viagem, no lugar de semáforos, o ônibus pára diante das porteiras. É preciso abri-las e o motorista conta com a ajuda dos alunos que se dividem na função de abrir caminho para o ônibus. A tarefa é coisa séria para quem assume o trabalho de abrir as porteiras. O ajudante da vez se sente importante, pois, afinal, controla as chaves de cada porteira confiadas ao motorista pelas famílias da região.

    Enquanto as crianças do ensino fundamental e os alunos da 1ª e 2ª séries do ensino médio terminam o dia letivo, adultos da educação de jovens e adultos e do último ano do ensino médio entram no ônibus. As aulas ainda vão começar para eles. Quando Gisele, Daniele, Gabriele e Michela finalmente chegam em casa, a trabalhadora rural Marielza Nascimento e o filho Adeílton iniciam a viagem deles rumo à escola.

    A mãe, de 46 anos, e o filho, de 17 anos, estudam juntos na mesma sala da 3ª série do ensino médio. A mãe alcançou o filho, depois de ficar 25 anos longe das salas de aula. “A gente morava longe da escola e meus pais não me deixavam andar os 12 quilômetros sozinha. Depois, passei a trabalhar para ajudar a família na lavoura”, conta Marielza.

    Ela voltou aos estudos há seis anos, dos quais cinco passou na educação de jovens e adultos, e não encontra mais problemas para chegar à escola. Hoje, Marielza compartilha com o filho os planos de prestar vestibular. Ela pretende cursar gastronomia. Adeílton quer ser médico. Marielza diz que vai tentar conseguir uma bolsa para prosseguir os estudos no ensino superior. “Vou fazer o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) e, se tirar boa nota, posso conseguir uma bolsa na faculdade privada”, acredita. Caso não dê certo, Marielza vai tentar uma bolsa do Programa Universidade para Todos (ProUni). “Voltei a estudar porque tenho vontade de aprender mais”, resume.

    Para levar os alunos da zona rural à escola, o estado disponibiliza, por meio de convênio com a prefeitura municipal, cinco veículos: quatro ônibus e uma microvan. O transporte escolar é fundamental para assegurar o acesso seguro e rápido de alunos da zona rural à escola e é uma das metas do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE).

    Maria Clara Machado

    Confira as notícias da Caravana da Educação

  • Produzir reflexões a respeito da educação em direitos humanos, debater suas perspectivas e analisar as possibilidades de articulações entre instituições foi o objetivo do seminário Educação em Direitos Humanos — Experiências, Articulações e Novas Perspectivas. O encontro ocorreu de quarta-feira, 5, ao dia 7, em Brasília.

    “Essa atividade marcou o início de um trabalho conjunto entre o projeto Escola que Protege e o programa Educação em Direitos Humanos, para fortalecer o plano nacional na área de educação em direitos humanos”, explica a coordenadora-geral de Articulação Institucional da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad), Rosiléa Wille.

    O projeto Escola que Protege, do MEC, é voltado para a capacitação de profissionais de educação. Tem como objetivo a prevenção e a atuação para o enfrentamento, no âmbito educacional, de situações de violência sofridas por crianças e adolescentes. Já o programa Educação em Direitos Humanos, parceria do MEC com a Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República (SEDH), visa à formação de profissionais da educação básica e o fortalecimento de comitês estaduais de educação em direitos humanos. O objetivo é estruturar centros de referência em educação em direitos humanos nos estados.

    O coordenador-geral de Educação em Direitos Humanos da SEDH, Erasto Fortes, diz ser importante ter um momento de interlocução, como foi o encontro. “É uma possibilidade de avaliar os projetos institucionais e firmar ainda mais parcerias em favor de políticas públicas efetivas”, avalia. A presidente do Fórum de Pró-Reitores de Extensão das Universidades Públicas Brasileiras, Eunice Nodari, concorda. “A partir de trocas de idéias, podemos reforçar o compromisso social de cada agente envolvido”, diz.

    urante o evento, foi lançado o livro Direitos Humanos: Fundamentos Teórico-Metodológicos, organizado pela Universidade Federal da Paraíba, que será distribuído para a rede de ensino e para os comitês estaduais.

    Letícia Tancredi

  • O ensino de espanhol e português como segunda língua no Brasil e na Argentina será tema de encontro, em Brasília, nos dias 29 e 30. O seminário Brasil-Argentina sobre ensino e certificação dos idiomas português e espanhol ocorrerá na Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos da Universidade de Brasília, como parte das comemorações do Dia da Amizade Brasil-Argentina.

    Participarão do encontro universidades dos dois países que trabalham nos processos de certificação das línguas, além de representantes de países sul-americanos, como a Venezuela, que vê com simpatia a adoção do português como segunda língua. Na pauta do encontro estão as possibilidades de intercâmbio e de concessão de bolsas de estudo entre os países.

    Além disso, serão discutidas iniciativas bilaterais que possam fomentar o ensino de português e espanhol nos países do Mercosul e a oferta de certificados de proficiência. No Brasil, o certificado de proficiência em português destinado a estrangeiros é o Celpe-Bras. O equivalente argentino ao Celpe-Bras é o Celu, o único certificado reconhecido pelo Ministério da Educação, Ciência e Tecnologia da Argentina. O Celu avalia a competência em espanhol do estudante de nível intermediário e avançado.

    Integração
    ― As comemorações do próximo dia 30 remetem ao encontro de Foz do Iguaçu, ocorrido em 29 de novembro de 1985, na ponte internacional que liga a cidade de Porto Meira, no Brasil, à cidade de Puerto Iguazú, República Argentina. Na ocasião, os então presidentes José Sarney e Raúl Alfonsín lançaram as bases da integração bilateral e regional entre os países.

    No Brasil, o espanhol foi adotado como segunda língua desde a aprovação da Lei nº 11.161, de 5 de agosto de 2005. Naquele ano, os ministros da Educação do Brasil, Fernando Haddad, e da Educação, Ciência e Tecnologia da Argentina, Daniel Filmus, assinaram, em Puerto Iguazú, na Argentina, um protocolo de intenções para incentivar o ensino das línguas portuguesa e espanhola nos dois países.

    Ana Guimarães

  • A Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior (Conaes) esteve reunida nesta terça-feira, 14, para debater, entre outros assuntos, a implementação do novo instrumento de avaliação externa das instituições de educação superior. À frente da reunião esteve a nova presidenta da Conaes, Nadja Viana, que assumiu o cargo em setembro.

    De acordo com a presidenta, o processo de avaliação externa das instituições – feita por uma comissão de especialistas que analisa quesitos como infra-estrutura, gestão e corpo docente – deve começar ainda este ano. A proposta é iniciar com as universidades, tanto públicas quanto privadas. No próximo dia 21, os avaliadores serão capacitados, com base no novo instrumento. A avaliação externa é o passo seguinte à auto-avaliação das instituições.

    Com isso, a implementação do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes) entra na fase final. Segundo Nadja, os processos de avaliação dos cursos e instituições deverão acompanhar as políticas de expansão da educação superior propostas pelo MEC. “A avaliação é uma necessidade inerente aos processos regulatórios e assegura a qualidade do ensino”, afirma.

    Nadja Viana assumiu a presidência da Conaes para o período 2008/2009. Professora adjunta aposentada da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Nadja é assessora pedagógica das Faculdades do Nordeste (Fanor). Ela dará continuidade aos trabalhos de aperfeiçoamento dos processos e instrumentos de avaliação da educação superior. Outro desafio da comissão, segunda ela, é implementar as propostas de acreditação dos cursos superiores nas áreas de veterinária e arquitetura no âmbito do Mercosul.

    Novos membros também integram a comissão desde o mês passado. José Rubens Rebellato tomou posse como representante da Secretaria de Educação Superior (Sesu) na Conaes e a estudante Claudia Maya, como representante do corpo discente.

    Letícia Tancredi

  • A Secretaria de Educação Básica (SEB/MEC) realiza, entre os dias 24 e 28 de abril, no Centro de Convenções Ulisses Guimarães, em Brasília, o seminário internacional Gestão Democrática da Educação e Pedagogias Participativas no Ensino Público. São esperados 350 participantes entre gestores, dirigentes, educadores, sindicatos, movimentos estudantis e sociais da Finlândia, Portugal, Japão, Venezuela, Cuba, Honduras, Colômbia, México, Chile, Espanha e Brasil.

    "A gestão democrática contribui para fortalecer e melhorar a qualidade do ensino", afirma Arlindo Cavalcante de Queiroz, coordenador-geral de Articulação e Fortalecimento dos Sistemas de Ensino da SEB. "A saída para a educação brasileira é a instituição da gestão democrática com a participação dos alunos, dos professores, dos pais, todos organizados atuando na escola, formulando política, monitorando, avaliando."

    A conferência de abertura, cujo tema é Educação, Democracia Participativa e Desenvolvimento Econômico com Igualdade Social, será feita pelo cientista político Emir Sader, professor da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) e da Universidade de São Paulo (USP), no dia 25, às 9h.

    Nos cinco dias de atividades, os participantes vão trocar experiências sobre gestão democrática, políticas participativas de gestão de sistemas de ensino e de educação escolar praticadas em redes públicas de ensino da Europa, Ásia, América Latina e Caribe.

    A partir dessas atividades, serão levantadas proposições e sugestões que, num primeiro momento, darão subsídio para o acordo bilateral Brasil-Espanha para gestão escolar democrática. O material será posteriormente publicado pela SEB e encaminhado para os sistemas públicos de educação básica, conselhos municipais de educação, sindicatos e organizações não-governamentais (ONGs) relacionados à educação.

    Destaca-se, na programação do seminário, no dia 25, o painel Política Nacional de Gestão da Educação, com a presença do secretário de Educação Básica do MEC, Francisco das Chagas Fernandes, o representante do Ministério da Educação da Espanha, Enrique Roca Cobo, e o deputado federal Carlos Abicalil.

    No dia 27, às 8h, haverá o painel Movimentos Sociais na Construção da Gestão Democrática da Educação, com Cândido Grzybowski, diretor do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase); Thiago Franco B. Oliveira, presidente da União Brasileira de Estudantes Secundaristas (Ubes); Maria Cristina Vargas, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST); Juçara Maria Dutra Vieira, da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE); e Hugo Yask, da Condeferação dos Trabalhadores da Educação da República Argentina (Ctera-Argentina). Às 13h30, será realizado o painel Pedagogias Participativas e Qualidade Social da Educação, com Moacir Gadotti, do Instituto Paulo Freire e professor da Universidade de São Paulo (USP); Jeanete Beauchamp, da SEB; Beatriz Gonzáles Soto, Viva La Ciudadania (Colômbia); Elie Jouen, da Internacional da Educação; e Pedro Maria Uruñuela Nájera, do Ministério de Educação e Ciência da Espanha.

    O MEC apresentará, durante o evento, uma série de programas de fortalecimento da gestão escolar desenvolvidos nas redes públicas da educação básica com as secretarias estaduais e municipais de educação em todo o Brasil. São eles: Programa de Apoio aos Dirigentes Municipais de Educação (Pradime), Programa Nacional de Capacitação de Conselheiros Municipais de Educação (Pró-Conselho), Escola de Gestores e Programa de Fortalecimento dos Conselhos Escolares. (Assessoria de Imprensa da SEB)

  • A formação e a valorização dos trabalhadores em educação – professores e funcionários – é um dos temas que serão debatidos pelos dois mil participantes da Conferência Nacional da Educação Básica, que terá início na próxima segunda-feira, 14, em Brasília. O quinto eixo temático do encontro levantará alternativas para garantir a capacitação de trabalhadores em escolas públicas de todo o país.

    A valorização e qualificação dos professores é considerada peça fundamental para a melhoria da qualidade da educação e está entre os objetivos do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE). Uma das metas do plano é formar um Sistema Nacional de Formação de Professores. Esse sistema se tornará possível por meio de várias ações articuladas, voltadas para a capacitação dos docentes em educação básica.

    Entre as ações que compõem o embrião do sistema, destacam-se o aumento de vagas em licenciaturas nas instituições federais de ensino superior; a oferta de cursos de formação de professores nos Centros Federais de Educação Tecnológica (Cefets), e a Universidade Aberta do Brasil (UAB), programa que oferece cursos de formação à distância. Além disso, o Ministério da Educação propôs um piso salarial nacional para os professores.

    Na Conferência da Educação Básica, que se estenderá até sexta-feira, 18, a valorização e a formação dos profissionais em educação serão tratadas juntas, por “se entender que as duas facetas são indissociáveis”, conforme está explicado no Documento Base do evento.

    Desde outubro de 2005, o MEC instituiu a Política de Valorização do Funcionário da Escola – Profuncionário. O programa oferece cursos de educação a distância, em nível médio, voltados para os trabalhadores que exercem funções administrativas nas escolas das redes públicas estaduais e municipais de Educação Básica. A Conferência Nacional de Educação Básica será realizada no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília. A construção de um sistema nacional articulado de educação deve ser o tema central da conferência.

    Ana Guimarães

  • Começa na segunda-feira, 19, o 1º Encontro Nacional de Pesquisa em Educação do Campo. O evento vai reunir cerca de 80 participantes no Hotel St. Peter, em Brasília (SHS, quadra 5), para quatro dias de discussão. O principal objetivo é debater o que está sendo produzido de conhecimento científico sobre educação do campo, mapeando a demanda de pesquisas por parte dos movimentos sociais, governo federal e universidades.

    Participam pesquisadores das áreas de ciências humanas, sociais, agrárias e educacionais, além de representantes de movimentos sociais e sindicais e das três esferas governamentais. O evento é promovido pela Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad/MEC) e pelo Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera), do Ministério do Desenvolvimento Agrário.

    O coordenador-geral de Educação do Campo da Secad, Antônio Munarim, vai representar o MEC no debate Multidimensionalidade do Campo: A Construção da Vida, junto à coordenadora nacional do Pronera, Mônica Molina. A programação inclui ainda exposição de procedimentos e projetos destinados à área. Os grupos de trabalho irão analisar e aprovar propostas.

    História - Desde o 1º Encontro Nacional de Educadores e Educadoras do Campo, realizado em 1998, a associação entre educação e pesquisa tem sido apresentada como fundamental para se conhecer as transformações recentes do campo brasileiro. (Assessoria de Imprensa da Secad)

  • Nos próximos dias 30 de novembro e 1º e 2 de dezembro, a Escola Superior do Ministério Público da União e a 6ª Câmara de Coordenação e Revisão realizam, em Brasília, o Seminário Interamericano sobre Pluralismo Jurídico e Povos Indígenas. O evento é internacional e tem o objetivo de examinar e colher parte dos avanços que os estados dos países andinos fizeram no reconhecimento de outras concepções e práticas da justiça, além de avaliar a aplicabilidade ao contexto brasileiro.

    Francisca Novantino, representante do povo Paresi e integrante do Conselho Nacional de Educação e da Comissão Nacional de Educação Indígena do MEC, é uma das debatedoras do evento, na mesa que discutirá a temática Forças e Limites do Direito Consuetudinário, o Exemplo Boliviano. A interlegalidade e os direitos próprios dos povos indígenas, nos países andinos, é o tema comum de seis palestrantes estrangeiros: Fidel Tubino, do Peru; Xavier Albó e Marcelo Fernández Osco, da Bolívia; Esther Sánchez Botero e Carlos Vladimir Zambrano, da Colômbia; e Fernando García, do Equador.

    A exposição de cada um deles será debatida por cinco especialistas em direito, antropologia e movimento indígena. As palestras acompanhadas de debates ocorrerão nos dois primeiros dias do seminário. No terceiro dia do encontro, os participantes trabalharão em grupos e farão discussões abertas, conduzidas por um moderador e registradas por dois relatores.

    Apoio – Mais informações pelo telefone (61) 3313-5100 ou pelos endereços eletrônicos Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. e Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.. A programação do seminário já está disponível. O evento tem apoio da Procuradoria-Geral da República (PGR); Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados; Associação de Juízes Federais (Ajuf); Associação Nacional dos Procuradores (ANPR); Fundação Nacional do Índio (Funai); Cooperação Alemã no Brasil (GTZ); Conselho Nacional de Pesquisas Científicas e Tecnológicas (CNPq); e Departamento de Antropologia da Universidade de Brasília.

    Repórter: Sonia Jacinto

  • Debater a promoção de uma nova cultura orientada pelos direitos humanos nas faculdades de direito é o objetivo do Seminário Nacional Práticas Jurídicas Emancipatórias e o Ensino de Direito, que será realizado nos dias 10 e 11 de novembro, no Hotel Phenícia Bittar. A abertura será  às 9h. O encontro servirá para captar prioridades que serão apoiadas financeira e tecnicamente pelo Ministério da Educação, por meio do lançamento de um edital em 2006.

    As faculdades de direito das instituições de ensino superior (IES) serão convocadas a elaborar projetos interdisciplinares ou multidisciplinares que apresentem ações de formação de estudantes. A intenção é identificar as necessidades de grupos especialmente vulneráveis em suas comunidades.

    A realização do seminário atende aos objetivos do Projeto Emancipar, que terá as seguintes fases após o seminário: preparação e publicação do edital, seleção dos projetos, criação de uma rede acadêmica de instituições para trabalhar com direitos humanos e realização de um seminário nacional para núcleos de práticas jurídicas em direitos humanos.

    A promoção de ações estratégicas para a inclusão de novos temas no ensino jurídico justifica o esforço do Ministério da Educação e do Ministério da Justiça em trabalharem com este segmento acadêmico.

    Confira a programação do seminário.

    Repórter: Cristiano Bastos

  • Minha cidade, Alpinópolis, conhecida com “Cidade das Pedras”, situa-se no sudoeste mineiro, uma região com riqueza biológica incalculável. A economia é movimentada pelo setor agropecuário e extrativista. Mas a extração de quartzito, no Parque Nacional da Serra Canastra, vem causando graves problemas ambientais, gerando polêmica entre os moradores. Há aqueles que são a favor da extração de quartzito, enquanto outros lutam pela preservação do lugar.

    Os nossos empresários começaram a extração de quartzito na Serra da Canastra em 1960, antes mesmo da criação do Parque. A extração era desordenada e sem fiscalização, o que gerou uma grande destruição. Atualmente, nove mineradoras do município são legalizadas para mineração dentro do Parque, com várias restrições para minimizar os impactos ambientais. Porém, há várias outras empresas clandestinas trabalhando de forma ilegal. Em 2006, todas as pedreiras foram fechadas e muitos empresários e extratores da cidade, como protesto, fecharam a rodovia MG-50. O caso foi parar na Justiça e muitas pedreiras foram reabertas, enquanto outras continuam fechadas.

    Segundo os empresários alpinopolenses, somos grandes exportadores mineiros de quartzito, exportamos de forma direta para outros países por meio de vários licenciamentos. Além disso, todo o beneficiamento da pedra ocorre dentro do município, gerando cerca de três mil empregos direta ou indiretamente; por isso, seria um erro fechar as pedreiras. Porém, sabemos que o “grosso” mesmo do lucro maior fica nas mãos deles, os donos das pedreiras.

    Apesar de a extração das pedras trazer benefícios, sou a favor do fechamento de todas as pedreiras, principalmente, as do Parque. Sou filha de um extrator de pedras e sei como é difícil viver na dúvida, com a possibilidade de a qualquer momento meu pai ficar desempregado. Sei que algumas pessoas podem pensar que estou sendo incoerente, já que convivo diariamente com a insegurança. Mas o problema do desemprego torna-se pequeno comparado à importância da preservação do meio ambiente e da saúde dos extratores.

    Infelizmente, nossos trabalhadores estão expostos a vários tipos de acidentes. Este ano, em junho, morreu um extrator da nossa cidade devido a uma explosão em uma pedreira da região. Além do mais, a inalação de pó de sílica pode provocar a silicose, doença que provoca lesões nos pulmões e é incurável. O mesmo resíduo que assoreia os rios entope os pulmões dos trabalhadores. O dr. Vicente de Paula, médico do INSS da região, já detectou vários casos de silicose na nossa cidade, inclusive em jovens .Conheço um rapaz que começou a trabalhar nas pedreiras ainda adolescente, aos 14 anos, em companhia do pai. Hoje, aos 22, já está aposentado, e, aposentados estão seus sonhos. O caso dele é gravíssimo, está respirando com a ajuda de uma máscara de oxigênio. É muito triste ver isso; portanto, o meu ponto de vista não pode ser diferente, como posso pensar na segurança da minha família, enquanto jovens como eu têm seus sonhos e suas vidas interrompidas?

    Enfim, reafirmo que as pedreiras devem ser fechadas e as autoridades devem fazer uma reestruturação financeira na cidade, diversificar a economia, criar novos empregos e profissionalizar a mão-de-obra desses trabalhadores. Só assim acredito que se solucionará o problema do desemprego.

    Devemos lembrar que o quartzito é um recurso não-renovável, uma vez extraído, não pode ser reconstruído pelo homem. Portanto, devemos nos unir a favor da preservação de um bem essencial para toda a humanidade. Preservar a biodiversidade da Serra da Canastra e de toda e qualquer serra é garantir vida em equilíbrio para nós e para as próximas gerações.

    Escola: E. E. DONA INDÁ
    Cidade: ALPINÓPOLIS/ MG
    Professora: Rosa Maria Mendes de Lima
    Aluna: Carolina Aparecida da Silva Alves

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