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  • Belém (PA) – Começa nesta terça-feira, 27, o Fórum Social Mundial, com uma marcha pelas ruas da capital paraense. Às 14h, foi encerrado o Fórum Mundial da Educação, que reuniu 9 mil inscritos interessados em melhorar as condições de ensino e aprendizado no mundo. Na cerimônia de encerramento, representantes da Unesco anunciaram a realização da Conferência Internacional de Educação de Jovens e Adultos (Confintea), que também ocorrerá em Belém, de 19 a 22 de maio.

    A Confintea ocorre a cada 12 anos e, pela primeira vez, será realizada num país da América do Sul. O painel sobre a conferência ocorrerá na próxima quinta-feira, 29, de 15h30 às 18h30, no auditório do bloco NAEA, na Universidade Federal do Pará.

    Alunos e ex-alunos da rede pública do estado, integrantes do grupo Ballet Folclórico da Amazônia, marcaram a cerimônia de encerramento do Fórum Mundial de Educação com danças que contam um pouco de lendas e mitos da região.

    A representante da Unesco em Hamburgo, Carol Ano Nuevo, que ajuda a organizar o encontro, ressaltou que o governo brasileiro tem sido um dos parceiros mais ativos no processo de debates que antecede a Confintea. “A conferência para a América Latina ocorreu há pouco tempo no México e o governo brasileiro apresentou contribuições impressionantes, que serão apresentadas em maio na conferência mundial”, afirmou.

    Maria Clara Machado

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  • Cerca de cinco mil pessoas participaram nesta terça-feira, 22, da Marcha Zumbi + 10. Os organizadores realizaram um ato cosmopolita pelo Eixo Monumental da cidade - saindo da Catedral de Brasília em direção ao Congresso Nacional -, que uniu negros, brancos, índios, judeus e palestinos nas mesmas reivindicações: igualdade racial, não ao racismo, à violência e à injustiça. Mais educação e inclusão social de fato.

    Ao som dos tambores e atabaques dos grupos Filhos de Gandhi, do Pelourinho (BA); Malê Debalê, de Abaeté e Itapuã (BA); Congado de Airões, do distrito de Paula Cândido (MG); quilombolas e outros, a manifestação integrou desde a vovó Ivana da Silva, 80 anos, do Rio Grande do Sul, à menina quilombola, Holdry Thais Epifânia de Oliveira, de oito anos, do quilombo Carrapato (MG). Ambas com a mesma reivindicação: acesso à educação para os negros.

    A Marcha Zumbi + 10 foi organizada por centrais sindicais e entidades não-governamentais de todo o Brasil, e contou com a participação de representantes dos estados de Tocantins, Acre, Amazonas, São Paulo, Espírito Santo, Bahia, Rio Grande do Sul, Ceará, Pernambuco, Maranhão, Alagoas, Mato Grosso do Sul, Goiás, Paraná, Distrito Federal e outros. Presentes também representantes das universidades federais de Uberlândia (UFU/MG) e Rural de Pernambuco (UFRPE), e a secretária de Educação de Salvador, Olívia Santana.

    Desde o início do mandato, em 2003, o governo federal instituiu uma política de ações afirmativas com o objetivo de eliminar desigualdades historicamente acumuladas. O Ministério da Educação desenvolve, promove e implementa mais de 30 programas nesta área, dentre os quais o Universidade para Todos (ProUni) - que concede bolsas de estudo a alunos de baixa renda, tem recorte racial e possibilitou o aumento de 5% de negros no ensino superior. Em números reais, o acréscimo corresponde a cerca de 50 mil alunos afrodescendentes. Também é do MEC um projeto de cotas nas universidades públicas que tramita no Congresso Nacional.

    Cotas - Uma pesquisa de opinião pública nacional feita pelo Instituto CNT/Sensus, em 2004, revelou que 61,1% dos brasileiros são a favor das cotas. Uma política que já é realidade em vários setores públicos. Exemplo disso são as prefeituras de Piracicaba, Limeira e Jundiaí - interior de São Paulo -, que adotaram o sistema para o ingresso ao serviço público local. No âmbito federal, os ministérios do Desenvolvimento Agrário, de Relações Exteriores e o Supremo Tribunal tiveram a mesma iniciativa.

    As universidades que já aderiram ao sistema de cotas são: estaduais do Amazonas (UEA); Bahia (Uneb); Londrina (UEL); Mato Grosso do Sul (Uems); Minas Gerais (Uemg); Rio de Janeiro (Uerj); Norte Fluminense (Uenf) e Rio Grande do Sul (UERGS). E as federais de Alagoas (Ufal); Bahia (UFBA); Brasília (UnB); Paraná (UFPR); São Paulo (Unifesp) e Vale do São Francisco (Univasf).

    Repórter: Sonia Jacinto

  • O ministro da Educação, Fernando Haddad, fez a abertura do lançamento do Marco Estratégico da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) no Brasil, nesta quarta-feira, 4, em Brasília. No lançamento, a Unesco apresentou aos parceiros governamentais e à sociedade civil brasileira, novas diretrizes de cooperação internacional.

    “Toda organização passa por um processo de reformulação e restabelece o seu marco estratégico condizente com a sua missão e com os desafios que, a todo o momento, se alteram”, disse o ministro Haddad na oportunidade.

    Haddad lembrou ainda que, a exemplo da Unesco, o MEC também passou por uma reformulação importante nos últimos anos, em que foram estabelecidos quatro eixos prioritários de ação (educação continuada, superior, profissional e básica) e para a qual foram utilizados três instrumentos para colocá-los em prática: financiamento, avaliação e formação de professores. “Todo esse processo contou com o apoio decisivo da Unesco”, afirmou o ministro.

    Para o MEC, sublinhou Haddad, o diálogo com a Unesco é cotidiano, ou seja, uma comunicação que serve para valorizar o trabalho, absorver conhecimentos, trocar informações e implementar novos projetos. “É uma parceria muito profunda. Os laços que unem MEC e Unesco são muito fortes”, ressaltou.

    Marco Estratégico – O Marco Estratégico tem o objetivo de promover uma melhor cooperação nas diversas áreas da Unesco, que atenda às necessidades e desafios do Brasil. No tema educação, o marco propõe apoio para atingir os objetivos do Educação para Todos (EPT); contribuir para a geração de conhecimento na educação; e prestar cooperação técnica para o fortalecimento das políticas e práticas educacionais.

    De acordo com o representante interino da Unesco no Brasil, Vincent Defourny, o Marco Estratégico procura refletir tendências atuais no contexto da cooperação internacional. “Seu propósito é de inaugurar uma nova etapa, marcada, sobretudo, por ações crescentemente qualificadas e integradas”, explicou.

    A íntegra do Marco Estratégico pode ser lida na página da Unesco no Brasil.

    Repórter: Cristiano Bastos

     

  • Foto: DivulgaçãoAtual secretária municipal de educação da prefeitura de Belo Horizonte (MG), Maria do Pilar Lacerda Almeida e Silva deixará o cargo para assumir a Secretaria de Educação Básica (SEB/MEC) no dia 5 de junho. A nomeação foi publicada no Diário Oficial da União de 30 de maio.

    Mineira de Timóteo, Maria do Pilar é professora licenciada em história pela Universidade Federal de Minas Gerais e especialista em gestão de sistemas educacionais pela Pontifícia Universidade Católica de Minas. Pilar lecionou durante 25 anos em seu estado, de 1976 a 2001.

    Maria do Pilar é presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime). Há dois anos no cargo, a professora participou das discussões para a criação do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb). Agora, deixa a presidência da entidade para se dedicar à SEB.

    A experiência profissional da nova secretária inclui assessoria na área pedagógica de diversas prefeituras de Minas Gerais e de outros estados e a  consultoria do programa de Aperfeiçoamento dos Secretários Municipais de Educação do MEC, entre 1999 e 2001, além de participação na equipe pedagógica que elaborou e implementou a Escola Plural – movimento de renovação pedagógica da prefeitura de Belo Horizonte.

    Maria Clara Machado

  • A TV Escola desta sexta-feira, 21, começa às 7h com o Especial Semana da Poesia mostrando obras selecionadas por escolas de todo o país, com reprise às 9h, 13h, 17h e 22h. Em seguida, o programa Velha História, homenageando o poeta Mário Quintana e que conta a história de um peixe e um homem, às 7h20, 9h20, 13h20, 17h20 e 22h20.

    Logo a seguir, às 7h50, O Velho e o Mar, programa baseado em um clássico mundial, misturando animação e a história do escritor Ernest Hemingway, com reprise às 9h50, 13h50, 17h50 e 22h50. A série Acervo, para o ensino médio, também fala da história do escritor, apresentando um programa comentado por professores de língua portuguesa, artes e psicologia. A série será transmitida em três horários: às 12h, 16h e 20h.

    O Salto para o Futuro traz o programa da série Linguagens e Sentidos - O Olfato e o Paladar, refletindo sobre as diferentes formas de linguagens no espaço escolar. Às 11h, 15h e 19h.

    A faixa especial é dedicada a alunos e professores de inglês, com a série Look Ahead, curso produzido pela BBC contendo 60 aulas. Doing new things vai ao ar às 21h e será reprisado às 21h30 e Planning a trip, às 21h15 e 21h45.

    A TV Escola pode ser acessada pelos canais 27 (Sky), 237 (DirecTV) e 4 (Tecsat) e também por antena parabólica analógica e digital. As grades de programação estão disponíveis no portal do MEC. (Assessoria de Imprensa da Sedd)

  • Shoppings de Porto Alegre, Curitiba, Salvador, Recife e Fortaleza receberão o ursinho Tito para contar histórias e alegrar a criançada


    Tatiana Sócrates, do Portal MEC

    Férias escolares também são um momento para incentivar a leitura. Por essa razão, a mascote Tito, do programa Conta pra Mim, do Ministério da Educação (MEC), continua sua viagem pelo Brasil com muitos livros e diversão para alegrar os pequenos e seus familiares. Neste mês de janeiro, ele estará em Porto Alegre, Curitiba, Salvador, Recife e Fortaleza. Em cada local, vai passar dois dias.

    Eis o itinerário do ursinho:

    • Porto Alegre: 10 e 11 de janeiro, das 12 horas às 20h30, no Lindoia Shopping;
    • Curitiba: 13 de janeiro, das 12 horas às 20 horas, e 14 de janeiro, das 12 horas às 20h30, no Shopping Mueller;
    • Salvador: 16 e 17 de janeiro, das 12 horas às 20h30, no Shopping da Bahia;
    • Recife: 19 de janeiro, das 14 horas às 20 horas, e 20 de janeiro, das 12 horas às 20h30, no Shopping Recife;
    • Fortaleza: 22 e 23 de janeiro, das 12 horas às 20h30, no Shopping Parangaba.

    O projeto Conta pra Mim ofertará, nos shoppings, cantinhos lúdicos onde as famílias terão acesso a uma revista com várias dicas do ursinho Tito para ajudar as crianças a desenvolverem habilidades que facilitem o processo de alfabetização. Esses espaços permanecerão durante 10 dias.

    Quem pensa que o ursinho está sozinho nessa jornada se enganou. Além dele, contadores de histórias treinados pela Secretaria de Alfabetização do MEC permanecerão nesses cantinhos ao longo dos 10 dias de duração. Eles vão ensinar práticas e atividades de literacia familiar, ou seja, técnicas de interação durante a contação de histórias e de leitura em voz alta com as crianças.

    As atividades de literacia familiar são simples, mas capazes de influenciar significativamente no desenvolvimento intelectual já na fase pré-alfabetização, antes do começo das primeiras aulas na escola. Meninos e meninas que são estimulados desde cedo à leitura e à brincadeira dentro de casa tendem a chegar mais aptos e habilidosos nos anos iniciais do ensino fundamental.

    O programa Conta pra Mim faz parte da Política Nacional de Alfabetização (PNA), lançada pelo governo federal em abril de 2019. O Tito já passou pelas cidades de Brasília, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo.

  • Shoppings em Brasília, São Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro receberão a mascote em espaços para alegria e contação de histórias até o final do ano

    Mascote Tito é apresentado pelo ministro da Educação, Abraham Weintraub, durante lançamento do programa Conta pra Mim (Foto: Gabriel Jabur/MEC - 05/12/2019)


    Dyelle Menezes, do Portal MEC

    Incentivar a leitura para crianças no ambiente familiar. É com esse objetivo que o Tito, mascote do programa Conta pra Mim, do Ministério da Educação (MEC), embarcará em uma viagem pelo Brasil. Até o final do ano, ele vai visitar quatro capitais do país para levar diversão e muita contação de histórias. Brasília, São Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro vão receber a visita do Tito. Ele vai passar dois dias em cada local, sempre de 12 horas às 20 horas.

    Além da presença do ursinho cheio de histórias, os shoppings irão ganhar espaços do Conta Pra Mim. No local, as famílias terão acesso a uma revista com várias dicas do Tito para as ajudar crianças a desenvolverem habilidades, atitudes e conhecimentos que facilitarão o processo de alfabetização. Os espaços permanecerão em shoppings durante 10 dias.

    Mas não é só o Tito que vai ajudar na diversão. Contadores de histórias treinados pela Secretaria de Alfabetização do MEC também estarão nos espaços Conta pra Mim. Eles vão ensinar práticas e atividades de literacia familiar, isto é, técnicas de interação durante a contação de histórias e de leitura em voz alta com as crianças, por exemplo.

    As atividades de literacia familiar são simples, mas capazes de influenciar significativamente no desenvolvimento intelectual já na fase pré-alfabetização, antes do começo das primeiras aulas na escola. Meninos e meninas que são estimulados desde cedo à leitura e à brincadeira dentro de casa tendem a chegar mais aptos e habilidosos nos anos iniciais do ensino fundamental.

    O programa Conta pra Mim faz parte da Política Nacional de Alfabetização (PNA), lançada pelo governo federal em abril deste ano.

  • Pais, professores, gestores e alunos do município baiano de Mata de São João, na região metropolitana de Salvador, estão mobilizados para eleger os conselheiros de 30 das 38 escolas da cidade. Eles têm prazo até o dia 28 para escolher os representantes. Os conselhos escolares foram aprovados por lei municipal sancionada pelo prefeito João Gualberto Vasconcelos em 5 de novembro.

    O movimento de escolas e comunidades de Mata de São João teve origem em duas ações da prefeitura e da Secretaria de Educação Básica (SEB) do Ministério da Educação. No Plano de Ações Articuladas (PAR) enviado ao MEC em 2007, o município informou ser prioridade a criação dos conselhos e pediu apoio técnico. Em resposta, a SEB convidou dois funcionários da secretaria municipal para participar da oficina de elaboração de projetos de implantação e fortalecimento dos conselhos. A formação ocorreu em julho, em Salvador. Para o coordenador do Programa Nacional de Fortalecimento dos Conselhos Escolares da SEB, Roberto Júnior, a iniciativa da cidade baiana mostra que ela assumiu o compromisso de melhorar a qualidade da  educação.

    Mara Saray, assessora da secretaria de educação do município, fez o  curso e, ao retornar à cidade, participou da articulação das ações que resultaram na lei de criação dos conselhos escolares. O município, segundo Mara, tem 37 mil habitantes, 10.203 alunos da educação infantil e do ensino fundamental e 38 escolas. Como oito delas são muito pequenas, têm poucos alunos e professores, a prefeitura planeja agrupar as mais próximas para, então, criar os conselhos. Nas outras 30, os conselhos serão criados este mês. Para 5 de dezembro está programado o primeiro fórum de capacitação.

    Município com Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de 3 pontos nos anos iniciais do ensino fundamental e 2,4 pontos nos anos finais, em 2007 — a média nacional é de 4,2 pontos —, Mata de São João já tem piso para os professores, mas enfrenta diversos problemas educacionais. A participação dos pais nos conselhos é um caminho  para melhorar o Ideb e reduzir a evasão escolar.

    Mara explica que a evasão ocorre principalmente nas turmas de educação de jovens e adultos, que tem 2.202 alunos em cursos noturnos. A secretaria constatou que muitos estudantes fazem a matrícula apenas para receber o kit escolar — contém duas camisas, uma bermuda ou uma saia, mochila, um par de calçado e materiais escolares (cadernos, livros, lápis, caneta e borracha).

    Padaria — Uma experiência destinada a oferecer lanche produzido na escola e apoiar as famílias dos alunos transformou-se em instrumento de redução da falta às aulas. Em 2007, a prefeitura abriu padarias em cinco escolas. Na saída, cada aluno leva quatro pães para casa. Mara explica que o pão passou a ser o mecanismo de controle da freqüência. “Hoje, a mãe faz o controle da freqüência pelo pão”, destaca. A expectativa, informa a assessora, é que, participando dos conselhos, os pais possam contribuir muito mais.

    Outro pedido apresentado pelo município no PAR é o de formação de professores. A cidade já tem um pólo da Universidade Aberta do Brasil, com quatro cursos a distância, mas em 2009 a prioridade será abrir licenciaturas para a formação dos professores da rede pública.

    O piso dos profissionais com ensino médio que lecionam na educação infantil e nas séries iniciais do ensino fundamental é de R$ 1.242 por 40 horas semanais. Os das séries finais recebem R$ 1.547. O município instituiu uma avaliação de desempenho dos professores e criou um abono anual, de 50% do salário. Entre os itens da avaliação está a participação nos cursos de formação continuada.

    Nas oficinas do Programa de Fortalecimento dos Conselhos Escolares do MEC, técnicos e dirigentes das secretarias municipais recebem informações sobre a importância e o funcionamento dos conselhos. No retorno ao município, dirigentes e técnicos tornam-se responsáveis pela capacitação dos conselheiros.

    Ionice Lorenzoni

  • A professora Erondina mostrou aos estudantes como aplicar a matemática nas situações do cotidiano. Essa fórmula melhou o desempenho dos alunos e a média da escola no estudo Aprova Brasil (Foto: João Bittar)A professora Erondina Barbosa da Silva é famosa dentro e fora do Centrão, escola pública do Distrito Federal, na qual leciona matemática há dois anos. Ela diz que isso é resultado do trabalho e do prazer de ensinar, mas os alunos garantem que é pelo “jeitinho” dela.

    Pelos corredores do Centro Educacional nº 3, na cidade do Guará II, Distrito Federal, circulam muitos elogios de alunos que aprenderam matemática. “Até na hora de brigar, ela é divertida”, diz um estudante, correndo para a aula. Os resultados da escola aparecem na Prova Brasil, avaliação do Ministério da Educação que mede o aprendizado de alunos da quarta e da oitava séries, nas disciplinas de português e matemática.

    A média da escola em matemática é 274,71 — a nacional, de 241,17. Por isso, o Centrão foi uma das 33 escolas escolhidas pelo Fundo das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unicef) no estudo Aprova Brasil, que identificou boas práticas educacionais nas escolas públicas.

    A professora Erondina relaciona o sucesso da escola à mudança de estratégia no ensino e na comunicação com os alunos. ”Percebi que eles precisam enxergar a aplicabilidade da matemática no cotidiano”, diz. E a tradição do Centrão ajudou a concretizar o conceito. A escola desenvolve projetos que aprofundam os conhecimentos sobre um determinado tema. Durante todo este ano, os 1.480 alunos da sétima e oitava  séries e do ensino médio estudaram as causas e soluções possíveis para o aquecimento global.

    O projeto de pesquisa se transformou em ação. Enquanto os estudantes  do ensino fundamental montaram uma horta com plantas medicinais e verduras, os do ensino médio construíram uma sala ecológica, que será transformada em laboratório de ciências. “Para construir uma casa ou uma horta, os alunos aplicam a matemática em um projeto palpável”, explica Erondina. E foi assim em todas as disciplinas. Dentro da sala de aula, no estudo da língua portuguesa, foram analisados textos sobre o tema, enquanto nas aulas de história os alunos estudaram as causas do aquecimento.

    Equilíbrio — Erondina procura se atualizar sobre os interesses dos alunos fora da escola. “Tenho preocupação em envelhecer como professora, ficar chata para os alunos. Mas aprendi que é possível equilibrar autoridade com jovialidade”, explica.

    Os alunos, segundo a professora, recebem muitas informações ao mesmo tempo. Por isso, é preciso estar atenta e próxima da linguagem dos jovens. “Tenho uma página em um site de relacionamentos e converso on-line com meus alunos”, diz. A recepção é imediata. Na página eletrônica de Erondina  aparecem muitos depoimentos de alunos e ex-alunos. Declarações de admiração são corriqueiras, mas o que mais aparece é o reconhecimento da função de professora.

    Carolina Rodrigues, aluna do ensino fundamental, despediu-se do ano e da professora. Em 2008, não será aluna de Erondina. No recado, fez um balanço do ano, baseado nos conselhos que recebeu: “Eu pensei e percebi que poderia ter sido melhor este ano. E tudo o que ela me disse, desde os puxões de orelha quando não estudo, é mais um tijolinho para construir meu futuro”.

    Matemática — Erondina sempre soube que seria professora de matemática. Entrou na escola já fazendo contas. “Aprendi as quatro operações em casa”, conta. Ela foi alfabetizada pelo pai, dono de mercearia. A paixão dele pela matemática a encantou. “Já na quinta série, eu sabia que ia ser professora de matemática.”

    Agora, com mestrado em educação matemática e pensando no doutorado, Erondina confirma o que sempre sonhou. “É a atividade da docência que me encanta. Adoro estar em sala de aula.”

    Manoela Frade

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  • A TV Escola abre sua programação da quinta-feira, 27, a partir das 7h, discutindo sobre matemática, com a série Falando em Matemática, que combina ficção com educação e situações do cotidiano. Serão exibidos mais dez episódios da série. Reprises às 9h, 13h, 17h e 21h.

    Depois é a vez do Salto para o Futuro trazendo mais uma produção da série A Narrativa na Literatura para Crianças e Jovens. Às 11h, 15h e 19h. O programa é inspirado em Hans Christian Andersen, precursor da literatura infantil, e tenta capacitar o professor de modo que os alunos desenvolvam o hábito da leitura e tenham um melhor desempenho.

    Fazendo Escola – A História e os Caminhos da Gestão Escolar é destinado ao ensino médio. É um programa sobre história que apresenta o processo de construção da gestão escolar no país, debate questões que abordam desde o tempo dos jesuítas até os dias de hoje e contém imagens de arquivos e gravações feitas por especialistas de todo o Brasil sobre o tema. Às 12h, 16h e 20h.

    A faixa especial traz o programa da série Es Español, curso de 39 aulas, nível intermediário, produzido pela TVE da Espanha. Às 21h, Donde está Ana?, com reprise às 21h30, e Todos Detectives, às 21h15 e 21h45.

    A TV Escola pode ser acessada pelos canais 27 (Sky), 237 (DirecTV) e 4 (Tecsat) e também por antena parabólica analógica e digital. As grades de programação estão disponíveis no portal do MEC. (Assessoria de Imprensa da Seed)

  • A Teoria do Caos, sua formulação, pelo matemático Henri Poincaré, principais conceitos e relação com a arte abrem, esta semana, a programação direcionada ao ensino médio na TV Escola. O vídeo Caos, da série Arte e Matemática, comentado por professores de arte e de física, será transmitido hoje, dia 6, no programa Sala de Professor.

    O programa trará, nesta terça-feira, 7, uma análise dos campos de batalha e o poder das armas de fogo sob o ponto de vista matemático, mas com informações relacionadas à história e à sociologia. É o programa Matemática da Guerra, comentado por professores.

    Para fechar a semana, a faixa do ensino médio apresenta o documentário Acima do Peso, que mostra, por meio de animações e depoimentos de médicos e especialistas em nutrição, o problema crescente da obesidade no mundo. Educadores das áreas de biologia, educação física e sociologia apresentam sugestões, no programa que será apresentado na próxima sexta-feira, 10.

    A faixa do ensino médio, com uma hora de duração, é exibida de segunda a sexta-feira, às 12h, 16h e 20h. A TV Escola pode ser sintonizada nos canais 28 (operadora Sky), 237 (DirecTV) e 4 (Tecsat). As grades de programação estão na página eletrônica da Seed.  (Assessoria de Imprensa da Seed)

  • Os estudantes brasileiros apresentaram aumento significativo em relação a 2003, em matemática, no  Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), em 2006. Em ciências, o desempenho foi similar em relação às duas últimas edições, e houve ligeira queda em leitura. O Pisa é uma avaliação internacional, aplicada a cada três anos, que mede o nível educacional de jovens de 15 anos em leitura, matemática e ciências.

    Em matemática, o Brasil subiu 14 pontos em relação à última avaliação, em 2003. Esse aumento só foi superado, entre os países convidados, pela Indonésia (31 pontos). Já entre os países-membros da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), entidade formada por 30 países responsável pelo Pisa, o aumento do Brasil em matemática só foi superado pelo México (20 pontos).

    Em 2006, quando a área principal avaliada foi ciências, 20 milhões de alunos de 57 países, dos quais 400 mil de 27 nações convidadas, fizeram o exame. No Brasil, país não membro da OCDE que participa da avaliação pela terceira vez consecutiva como convidado, o exame é aplicado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

    O Pisa produz indicadores que contribuem, dentro e fora dos países participantes, para discutir a qualidade da educação básica e subsidiar políticas nacionais de melhoria da educação. O Ministério da Educação usará seus resultados para orientar os investimentos e ajudas técnicas com mais efetividade. “É a primeira vez que os dados são divulgados por estado”, diz o ministro Fernando Haddad. Em 2006, a amostra em relação a 2003 mais que dobrou, com 9.295 alunos de 625 escolas em 390 municípios brasileiros. Em 2003, participaram da prova 4.452 alunos.

    Confira nas tabelas os resultados do Pisa por edição , região e gênero .

    Manoela Frade

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  • Cerca de 14 milhões de alunos de 5ª a 8ª séries e do ensino médio participaram da segunda Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas, feita em 2006. O resultado da olimpíada foi divulgado nesta segunda-feira, 12, no Ministério da Ciência e Tecnologia. A olimpíada identificou crianças e adolescentes apaixonados por números. Aos 300 alunos que mais se destacaram na prova serão conferidas medalhas de ouro. Outros 600 receberão de prata e 2.100 estudantes ganharão medalhas de bronze pelo alto desempenho mostrado. Até o presidente Luís Inácio Lula da Silva se entusiasmou com a iniciativa, tanto que pediu uma olimpíada semelhante para a matéria língua portuguesa.

    “O objetivo da olimpíada é reconhecer talentos e envolver jovens para que se apaixonem pela matemática e melhorem, a cada ano, o desempenho na escola”, afirmou o ministro da Educação, Fernando Haddad. O ministro da Ciência e Tecnologia, Sérgio Machado Rezende, fez uma analogia com o futebol para mostrar como o país precisa investir em iniciativas como esta, que privilegiam o progresso na escola. “O Brasil é campeão em futebol porque em cada município há um campo e, desde pequenos, todos passam a praticar e a gostar de futebol. Precisa ser assim com a ciência”, avaliou.

    Muitos dos que fizeram a prova e se destacaram não consideram a matemática uma matéria difícil de aprender. Para Laíse Carvalho, 14 anos e estudante do Centro de Ensino 02 de Brazlândia, a receita para gostar da matéria é antiga e o ingrediente principal é a dedicação. “Reviso sempre o conteúdo das aulas. Depois da escola, estudo mais ou menos umas três horas e faço muitos exercícios”. Laíse foi  medalha de ouro na primeira olimpíada, realizada em 2005.

    Alunos e professores de escolas militares de todo o país também investem na disciplina para fazer despertar os talentos de cada aluno. A classificação da olimpíada revela uma fórmula de sucesso, já que os três primeiros lugares do concurso são de colégios militares. Thales Barbosa, de 16 anos, é o campeão do ensino médio e estuda no Colégio Tiradentes, da Polícia Militar de Minas Gerais. Rebeca Cunha, de 15 anos, é a mais bem colocada entre os estudantes de 7ª e 8ª séries e estuda no Colégio Militar de Fortaleza. E Tiago Dias, de 12 anos, é o primeiro colocado entre alunos de 5ª e 6ª séries e estuda no Colégio Militar do Rio de Janeiro.

    “Trabalhamos com a formação civil dos alunos nos padrões militares. Eles aprendem a cumprir horários, tarefas e adotam posturas que fazem a diferença. Além disso, é preciso oferecer acompanhamento individualizado ao aluno com dificuldades, após as aulas”, ensina o professor de matemática do Colégio Militar Pedro II Adriano Vieira Nepomuceno. Adriano também inclui na receita professores bem formados e capazes de relacionar o ensino com o cotidiano dos alunos.

    Além de medalhas de reconhecimento, os três mil alunos destacados em  matemática receberão mais um estímulo: bolsas de iniciação científica jovem, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), no valor de R$ 100,00 mensais por um ano. Eles ainda terão a oportunidade de aperfeiçoar os conhecimentos em aulas avançadas do Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (Impa). Para participar da próxima edição da olimpíada, os interessados devem se inscrever, a partir do dia 2 de abril, na página eletrônica do Ministério da Ciência e Tecnologia.

    Maria Clara Machado

  • O matemático norte-americano Jerry Bona, da University of Illinois at Chicago, Estados Unidos, ministra curso até sexta-feira, dia 1º de junho, no Instituto de Matemática, Estatística e Computação Científica (Imecc) da Universidade de Campinas (Unicamp). O curso é financiado pelo programa Escola de Altos Estudos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC).

    Bona já orientou 29 alunos de doutorado, publicou mais de cem trabalhos científicos e participou de inúmeros comitês científicos e decisórios. Especialista em equações diferenciais parciais não-lineares e suas aplicações, Bona foi convidado para ministrar aulas sobre o fenômeno das ondas não-lineares.

    De acordo com a professora Marcia Scialom, responsável pela organização do curso, assistir às aulas de um dos grandes nomes da comunidade científica internacional é uma oportunidade rara. “Essa interação trará benefícios a todos os pesquisadores que participarem da atividade”, afirmou.

    A Escola de Altos Estudos foi criada para possibilitar a vinda ao Brasil, para ministrar cursos, de professores e pesquisadores estrangeiros com elevado conceito internacional. O objetivo é fortalecer, ampliar e qualificar os programas brasileiros de pós-graduação.

    As instituições interessadas em participar devem apresentar projetos com o nome e o currículo do professor que pretendem convidar, o programa e o período do curso a ser ministrado, além de uma estimativa inicial de orçamento. As inscrições ficam abertas ao longo do ano.

    Mais informações na página eletrônica da Capes.

    Fátima Schenini

  • Nos próximos dias 16 e 17 de março, o MEC realiza na Casa de Retiros Assunção (SGAN 611, módulo E), em Brasília, o Seminário Nacional de Material Didático Indígena. Durante o evento, cerca de 80 participantes entre membros da Comissão Nacional de Educação Escolar Indígena (CNEEI), especialistas, professores indígenas, técnicos das secretarias de educação e de organizações não-governamentais, além de técnicos e dirigentes do MEC, vão discutir sobre a produção de todo tipo de material didático para as populações indígenas: livros, vídeos, cd-roms, cartazes, mapas, calendários, música, teatro, jogos, brincadeiras e sítios eletrônicos.

    O apoio à produção de material didático de educação escolar indígena é uma das prioridades do Ministério da Educação, que nos últimos dois anos já financiou a publicação de 32 obras.

    A programação do seminário prevê painéis sobre experiências didáticas com áudio-visual, exposições oral e escrita, além da discussão das prioridades para publicação, republicação e produção de materiais escritos em outras linguagens. "O principal objetivo do seminário é sistematizar a política de produção e impressão de todos esses materiais para as escolas indígenas", afirma o coordenador-geral de Educação Escolar Indígena do MEC, Kleber Gesteira.

    Ensino superior - Após o término do segundo dia do seminário, os membros da CNEEI tratarão de outra pauta. Na sexta-feira, 18, técnicos da Secretaria de Ensino Superior (SESu) e da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad), pasta à qual a Coordenação Geral de Educação Escolar Indígena é vinculada, vão discutir com os representantes indígenas as políticas de ensino superior específicas para os povos indígenas.

    A população indígena brasileira é composta por 440.000 habitantes, de 220 diferentes etnias, dos quais 150.000 estudam em 2.232 escolas indígenas com currículos específicos e particulares para cada povo indígena.

    Iara Bentes

  • Rotina de acompanhamento presencial na maternidade passou por adaptações com a pandemia de Covid-19

    Todos os dias, Vanessa Moreira sonha em levar Layla Vitória para casa. Por uma malformação, a criança teve de ficar internada desde o dia em que nasceu na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal da Maternidade Escola Assis Chateaubriand (Meac), do Complexo Hospitalar da Universidade Federal do Ceará (UFC). A rotina de mãe e filha na maternidade passou por adaptações com a pandemia causada pelo novo coronavírus. Foi graças a um projeto de visita virtual implementado no hospital universitário que Vanessa viu a distância entre ela e sua filha ser amenizada.

    A mãe teve de compreender as restrições de acesso impostas pelo hospital e suspender as visitas diárias que fazia à filha. “Eu passava o dia inteiro na UTI com minha filha e chorei muito quando soube que não era mais recomendado ficar. Mas entendi que é para o bem dela”, disse. Quando soube que iria conversar ao vivo com a filha, mesmo a distância, Vanessa se emocionou. “Foi um grande presente para mim! Sei que ela está sendo muito bem cuidada, mas tem a saudade, né? Vê-la, me ajuda muito”, comentou.

    Para que encontros como esse sejam possíveis, um time de acolhimento e comunicação foi formado por assistentes sociais e psicólogos. A visita consiste numa videochamada realizada por meio de um tablet para o celular dos pais do(a) paciente. Cada uma das unidades de médio e alto risco é contemplada, pelo menos, uma vez por semana. As famílias são contatadas previamente para agendar o horário de sua visita virtual e os profissionais, devidamente paramentados com os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), efetuam a ligação ao lado do bebê. Em média, são realizadas oito ligações por dia.

    O acesso de acompanhantes e visitas está limitado, pois a diminuição do fluxo de pessoas fez-se necessária. No caso dos bebês, que possuem imunidade ainda muito baixa, a própria mãe podia vir a ser o vetor do vírus. Para a psicóloga da Unidade de Atenção Psicossocial da UFC, Socorro Leonácio, a visita virtual é uma tecnologia que tem a função de diminuir distâncias. “Aciona a ‘microbiota’ do amor, além de aumentar a imunidade emocional dessa família que se encontra distante e inundada de fantasias", explica.

    Os benefícios são visualizados já no momento do contato virtual: os sorrisos de quem está do outro lado, a emoção dos pais e o envolvimento da equipe. Um resultado comemorado por todos que sabem que a distância física é necessária, mas o elo afetivo está mais forte do que nunca.

    Ebserh - A maternidade escola da UFC é ligada à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), vinculada ao Ministério da Educação (MEC).

    Assessoria de Comunicação Social, com informações da Ebserh

  • Inseridas no grupo de risco da Covid-19, elas podem fazer o pré-natal pela internet

    Com a suspensão do atendimento ambulatorial, consultas e cirurgias eletivas nos hospitais durante a pandemia, a Maternidade Escola Januário Cicco (MEJC), instituição da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), disponibiliza consultas on-line para pacientes com pré-natal de alto risco.

    Por meio de um aplicativo de chamada, o médico entra em contato uma vez por semana com as pacientes e realiza as consultas e recomendações a distância. Em seguida, as gestantes que necessitam de consulta presencial são atendidas diariamente no turno da tarde, com o número máximo de cinco pacientes por dia.

    Segundo Maria da Guia, gerente de Atenção à Saúde da MEJC, trata-se de uma forma de continuar a prestar assistência e dar auxílio às pacientes. Para ela, a pandemia exige readaptação social, com novos formatos de relações e de contato humano. “Como instituição de referência na gestação de alto risco, temos um compromisso humano e assistencial com nossas pacientes e, portanto, foi necessário criar novas formas de atendimento”, disse.

    Atuação da Rede Ebserh – Desde os primeiros anúncios sobre a Covid-19, a Rede Ebserh tem trabalhando em parceria direta com os ministérios da Educação e da Saúde, tendo como diretrizes o monitoramento da situação no país e em suas 40 unidades hospitalares. A Rede tem realizado treinamento de funcionários, promoção de webaulas, definição de fluxos e instituição de câmaras técnicas de discussões com especialistas.

    Em algumas regiões, as unidades da Rede Ebserh têm atuado como hospitais de referência no enfrentamento à Covid-19. Em outras localidades, operam na retaguarda com atendimentos assistenciais para a população, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).

    Assessoria de Comunicação Social, com informações da Ebserh

  • Compromisso Todos pela Educação 

    A adesão ao compromisso Todos pela Educação é o primeiro passo para que estados e municípios recebam recursos e assistência técnica relativos a 40 tipos de ações previstas no Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), lançado em abril de 2007. A adesão é voluntária.

    Já aderiram os 26 estados e o Distrito Federal e 5.445 dos 5.563 municípios brasileiros. Em Mato Grosso, dos 141 municípios, 139 já fizeram a adesão.

    O Ministério da Educação oferece atendimento prioritário a 1.242 municípios que não têm condições técnicas para fazer o diagnóstico da sua realidade. Esses municípios apresentam Índice de Desempenho da Educação Básica (Ideb) menor do que a média nacional (3,8). Para essas prefeituras, o MEC enviou consultores com a missão de ajudar a fazer o diagnóstico e a montar os planos de ações articuladas (PAR).

    Estados e municípios vão dizer onde estão suas carências. Por exemplo, se um município tem população indígena, mas não tem escola específica para atender esses estudantes, pode apresentar projeto para obter recursos pelo PAR. Na segunda-feira, dia 19 de maio, 2.078 municípios assinarão convênios de cooperação técnica com o MEC.

    Plano de Ações Articuladas (PAR) em Mato Grosso:

    • O estado já o elaborou
    • 99 municípios mato-grossenses já o elaboraram
    • Municípios prioritários: 21 (todos com PAR elaborado)

    Fundo da Educação Básica (Fundeb)

    O Fundo da Educação Básica é constituído por contribuições dos estados, do Distrito Federal, dos municípios e do governo federal. Os recursos públicos são aplicados para melhorar a qualidade da educação da criança que está na creche, do jovem no ensino médio e do adulto que está se alfabetizando.

    São atendidos pelo Fundeb, hoje, 40,2 milhões de alunos. Os recursos do fundo são utilizados também para pagar o salário dos professores e para melhorar sua formação.

    Este ano, os recursos do Fundeb, de R$ 60 bilhões, são distribuídos de acordo com o número de matrículas registradas no censo escolar. Os nove estados que não conseguem aplicar o valor-padrão por aluno recebem uma complementação mensal do governo federal.

    Receita total do Fundeb em 2007: R$ 46.922.755.304,64

    • Estados: R$ 21.824.573.002,51
    • Municípios: R$ 25.098.182.302,13
    • Mato Grosso: R$ 859.193.073,35

    Previsão para 2008

    Receita de contribuição dos estados, Distrito Federal e municípios: R$ 58,8 bilhões

    • Complementação da União: R$ 3,2 bilhões
    •  Número de beneficiários: depende do Censo Escolar
    •  Alunos já beneficiados: 40,2 milhões

    Universidade Aberta do Brasil (UAB)

    A Universidade Aberta do Brasil é um sistema criado pelo governo federal para levar educação superior pública de qualidade ao interior. A UAB é composta por uma rede de 49 universidades federais que oferecem cursos a distância, com auxílio de tutores, em 290 pólos.

    Hoje, estudam gratuitamente nos pólos da UAB cerca de 30 mil universitários. Os alunos formados recebem certificados e diplomas das universidades federais parceiras.

    Em 2008, a UAB, presente em todos os estados, vai crescer ainda mais. Serão abertos 270 pólos e 90 mil vagas. As universidades parceiras serão 57.

    Pólos da UAB em Mato Grosso
    1º edital: 5 pólos e 1.355 vagas:

    • Juará
    • Pontes e Lacerda
    • Primavera do Leste
    • Ribeirão Cascalheira
    • São Félix do Araguaia

    2º edital: 11 pólos — vagas não definidas:

    Caminho da Escola

    O Caminho da Escola é um programa do MEC destinado a financiar a compra de ônibus novos e seguros para o transporte dos estudantes que moram nas áreas rurais. Os ônibus são padronizados na cor amarela e certificados pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro).

    Para baratear o preço dos ônibus, o governo federal reduziu a zero a cobrança de quatro impostos — PIS, Cofins, ICMS e IPI. A compra é feita por pregão eletrônico. Os municípios podem adquirir os veículos com recursos próprios ou por meio de financiamento junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), cujos recursos chegam a R$627,4 milhões. Outra forma de adquirir os veículos é por meio de recursos previstos no orçamento federal.

    Em dezembro de 2007, no pregão eletrônico, os preços dos ônibus ficaram abaixo dos valores mínimos orçados com base em estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) — variaram entre R$ 114 mil e R$ 173 mil, conforme a capacidade do veículo, para 23, 31 ou 44 alunos. O pregão eletrônico para os barcos destinados ao transporte fluvial de estudantes deve ocorrer este ano, após caracterização feita com o apoio do Inmetro.

    Municípios contemplados até 19/05:

    Metas:

    •  Com recursos do BNDES: aquisição de 15 mil veículos até 2011, com a previsão de três mil veículos por ano
    •  Com recursos da União: aquisição de quatro mil veículos até 2011, com a previsão de mil veículos por ano


    Expansão da rede federal de educação profissional e tecnológica

    Até 2002, havia apenas 140 escolas técnicas no país. Com o plano de expansão, em 2005, o MEC projeta a construção de 214 escolas nos estados e no Distrito Federal. O objetivo é abrir vagas e oportunidades a milhares de jovens que moram no interior e não seguirão os estudos na educação superior.

     A expansão ocorre em duas fases. A primeira, com 64 novas escolas, das quais 50 já estão em funcionamento — as demais têm obras em andamento. A segunda, com 150 novas escolas. Tudo vai ficar pronto até 2010. Com as 214 novas escolas funcionando, o Brasil abre cerca de 500 mil vagas em cursos de educação profissional e tecnológica.

    Em Mato Grosso, havia  três escolas técnicas. Com a expansão, serão mais sete unidades e mais 8,4 mil vagas.

    • Escolas técnicas (fases I e II da expansão):
      Rondonópolis
    • Pontes e Lacerda
    • Barra do Garças
    • Juína
    • Confresa
    • Campo Novo dos Parecis
    • Bela Vista
    •  8.400 novas vagas

    Expansão da educação superior pública

    Com o programa de expansão das universidades federais, o MEC atende os jovens e os adultos que vivem fora dos grandes centros urbanos ao levar até eles a universidade pública e gratuita. A expansão compreende a criação de dez universidades e de 88 campi no interior até 2010. Quando estiverem prontos, serão abertas 35 mil vagas por ano.

    Em Mato Grosso, a expansão da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT) trará 7,7 mil novas vagas quando da plena implantação dos campi de  Rondonópolis,  Sinop e  do Médio Araguaia.

    Programa de Reestruturação e Expansão das  Universidades Federais (Reuni)

    As 53 universidades federais já estabelecidas no país recebem recursos do governo federal para ampliar o número de  cursos e de vagas no turno da noite e abrir cursos de licenciatura para a formação de professores que atuarão na educação básica.

    Todas as universidades aderiram ao Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das  Universidades Federais (Reuni) e enviaram planos de trabalho ao MEC, nos quais explicam como aplicarão os recursos. O investimento no programa será de R$ 2,2 bilhões até 2012.

    Com esse investimento, as vagas nos cursos presenciais passarão das 124.196 oferecidas em 2002 para 229.270 em 2012 — aumento de 84,6%.
    Nos cursos noturnos, a ampliação no número de vagas também será significativa: de 32.871 em 2007 para 79.040 em 2012.

    Metas de crescimento da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) até 2012:

    • Cursos de graduação: de 75 para 112
    • Número de matrículas: de 3,5 mil para quase 34 mil

    Programa Universidade para Todos (ProUni)

    O Programa Universidade para Todos (ProUni) oferece bolsas de estudos integrais e parciais a estudantes de baixa renda em cursos de graduação e seqüenciais de formação específica em instituições privadas de educação superior. A contrapartida às instituições é a isenção de tributos federais — Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins); Contribuição para o PIS/Pasep; Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) e Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ).

    Números do ProUni:

    • 163.854 bolsas integrais e parciais em 2007
    • 106.048 bolsas integrais e parciais no primeiro semestre de 2008
    • 855.734 alunos inscritos no processo seletivo do primeiro semestre de de 2008
    • 380 mil bolsistas atendidos desde o início do programa

    Número de bolsas em Mato Grosso:

    • 2005: 1.775
    • 2006: 3.260
    • 2007: 3.338
    • 2008: 1.740 (apenas 1º semestre)
    • Total: 10.113


    Proinfância

    O Programa Nacional de Reestruturação e Aquisição de Equipamentos da Rede Escolar Pública de Educação Infantil (Proinfância) repassa recursos aos municípios para construção, reestruturação e aquisição de equipamentos e mobiliário de creches e pré-escolas públicas. Além de recursos financeiros, o MEC envia o projeto arquitetônico da creche ao município e apóia a construção do plano político-pedagógico.

    A intenção é permitir que a criança seja atendida com qualidade e tenha todos os espaços necessários para aprender. Os prefeitos dos 496 municípios que já aderiram ao Proinfância receberão autorização de pagamento para a construção de creches e pré-escolas públicas na segunda-feira, dia 19. Outros 331 assinarão convênios para participar do programa. O município recebe em torno de R$ 700 mil para a construção de cada unidade.

  • Foto: Tereza SobreiraO ministro da Educação, Fernando Haddad, inaugura nesta quarta-feira, 13, às 15h, a Unidade de Ensino Descentralizada (Uned) de Bela Vista, na região metropolitana de Cuiabá. O MEC está investindo R$ 1,6 milhão em infra-estrutura e equipamentos para transformar o campus de Bela Vista em Uned. Parte dos recursos, R$ 615 mil, já foi utilizada na construção do novo prédio da Unidade, vinculada ao Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet) de Mato Grosso. Antes, às 11h30, o ministro visita as obras da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT)

    O primeiro pavimento do prédio da Uned, que irá abrigar novos cursos, está pronto. Outros dois pavimentos serão erguidos, posteriormente. O campus de Bela Vista oferecia apenas o curso de química, com 200 alunos. Com a transformação em Uned, a escola vai praticamente dobrar sua capacidade de atendimento, em 2007.

    Terá inicialmente 175 novas vagas, a maioria para cursos técnicos: 25 na área de alimentos; 25 de segurança do trabalho; 25 de trânsito e 50 novas vagas para química. A Unidade ganhará também o curso superior de tecnologia em controle ambiental, com 50 vagas. O MEC autorizou o Cefet-MT a realizar concurso público para atender aos novos cursos e à nova estrutura administrativa da Uned. Um total de 32 servidores já está trabalhando.

    Expansão – O MEC está construindo ou transformando em federais 60 escolas profissionais, 18 das quais – 15 comunitárias e três municipais – estão sendo melhoradas, reequipadas e passarão ao comando do MEC. As outras 42 são escolas técnicas, agrotécnicas e Uneds que estão em construção ou cujas obras começam no ano que vem.

    Dados do Censo Escolar do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep/MEC) indicam que, em 2005, 4.861 alunos estavam matriculados nesta modalidade de ensino em Mato Grosso. A rede federal de educação profissional e tecnológica do estado é composta por quatro escolas: os Cefets de Mato Grosso e o de Cuiabá; a Escola Agrotécnica Federal de Cáceres; e a Uned de Cuiabá, esta última fazendo parte do projeto de expansão.

    O Cefet-MT oferece formação profissional em construção civil, indústria, gestão, turismo e hospitalidade, informática, química, telecomunicações e design. Oferece ensino médio, cursos de extensão, graduação e pós-graduação. O Cefet Cuiabá forma jovens nas áreas de agropecuária e informática e a Escola Agrotécnica Federal de Cáceres tem cursos de agropecuária, informática e meio ambiente.

    Repórter: Súsan Faria

     

  • Representantes de professores e gestores escolares, da educação indígena, da educação no campo, de pais e alunos, de membros da Assembléia Legislativa de Mato Grosso, entre outros, participarão da Conferência Estadual de Educação de Mato Grosso, a partir desta quarta-feira, 28, até 1º de dezembro. Serão 400 delegados — ligados a todos os setores da educação básica — interessados em discutir formas de melhorar a educação no estado e no país.

    “Já realizamos 14 encontros no interior do estado para democratizar a discussão”, revela a coordenadora da organização da conferência em Mato Grosso, Catarina Cortez. Para ela, os encontros municipais foram importantes para levar a discussão aos 141 municípios do estado e tornar familiares a todos os processos ligados à educação. “Especialmente para os pais, que não têm entidades que os representem”, exemplifica.

    Segundo Catarina, as discussões no interior levaram em conta os temas propostos pelo Ministério da Educação, que também serão discutidos na Conferência Nacional da Educação Básica, em abril, como a criação de um sistema nacional de educação.

    “Agora, todas as propostas que recebemos durante os 14 encontros serão avaliadas na conferência estadual”, afirma Catarina. Ao final da conferência no estado, os temas discutidos e as colaborações das 14 conferências municipais integrarão o documento-referência do encontro estadual, que será apresentado na conferência nacional, em Brasília.

    A conferência de Mato Grosso prevê a realização de palestras sobre a democratização da gestão escolar, a valorização dos professores, além de uma mesa-redonda sobre a construção do regime de colaboração entre os sistemas de ensino. A secretária de Educação Básica do MEC, Maria do Pilar Lacerda, discutirá o Compromisso Todos pela Educação em palestra durante a abertura do evento.

    Conferência nacional — A 1ª Conferência Nacional da Educação Básica será realizada em abril de 2008, em Brasília. Os principais temas do encontro serão o sistema nacional de educação e o regime de colaboração entre governos. A conferência nacional deve receber entre mil e 1,5 mil representantes dos estados e do Distrito Federal. Nas conferências estaduais serão indicados os delegados para a etapa nacional.

    Maria Clara Machado

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