Portal do Governo Brasileiro
Ir direto para menu de acessibilidade.
Início do conteúdo da página
  • O presidente do Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB), Demetre Basile Astassakis, reúne-se nesta terça-feira, 11, com arquitetos da Secretaria de Educação Superior (SESu/MEC) e da prefeitura de Santo André, para discutir detalhes finais do edital do concurso para elaboração do anteprojeto de arquitetura da Universidade Federal do ABC (UFABC), em Santo André, São Paulo. A reunião começa às 11h, na Fundação Santo André, futura sede provisória da nova universidade, e no período da tarde, na Secretaria de Obras da Prefeitura de Santo André.

    O edital deverá ser publicado no Diário Oficial da União, entre os dias 18 a 21 deste mês, e deverá mobilizar nacionalmente arquitetos e engenheiros. “A iniciativa do MEC de fazer um plano de expansão das universidades federais atende a uma reclamação antiga da sociedade”, comenta Demetre. Ele destaca que as universidades particulares vinham crescendo sem a contrapartida das públicas e que agora o MEC, além de expandir, está interiorizando as instituições federais de ensino superior (Ifes).

    “Mais importante ainda é que essa expansão está se dando por meio de concurso público, que é a melhor forma de adjudicação do processo”, explica Demetre. O edital do anteprojeto de arquitetura da UFABC e outros que vão ser elaborados pelo MEC para a construção de novos campi e novas universidades serão democráticos e transparentes. Na opinião do presidente do IAB, a simples concorrência de preços poderia ser aviltante. “No edital será fixado preço – todos que concorrerem vão disputar a obra pelo mesmo preço –, mas ganha quem apresentar melhor qualidade de projeto”, disse.

    O presidente do IAB avalia que a expansão e a interiorização das federais vão movimentar o mercado de trabalho dos arquitetos, engenheiros e pessoal da construção civil. “Os novos campi e universidades vão gerar muitos canteiros de obras e empregos”, explicou.

    Além de Demetre Basile, participarão da reunião, terça-feira,11, em Santo André, os arquitetos Sandra Scherrer e Márcio Ribeiro de Araújo Maciel, da Coordenação-Geral de Desenvolvimento das Instituições de Ensino Superior da SESu/MEC, e o arquiteto Joel Pereira Felipe, diretor do Departamento de Desenvolvimento de Projetos Urbanos da Prefeitura de Santo André. Eles vão definir principalmente o termo de referência que traz informações sobre o que vai ser construído no campusdo ABC, os edifícios e programas de necessidades. Esse termo virá como anexo do edital.

    Expansão - A expansão das instituições federais de educação superior (Ifes) é uma das principais metas do MEC. Dentro dessa política, estão sendo criadas nove universidades federais – algumas totalmente novas, como a UFABC, outras por desmembramento de duas instituições e outras, ainda, por transformação de faculdades isoladas em universidades. Além das novas universidades – como a Universidade Federal do Triângulo Mineiro, a Universidade Federal do Semi-Árido e a Universidade Federal de Alfenas – o MEC está criando ou consolidando 36 campi. Entre eles, o de Manaus (AM), Chapadinha (MA), Arapiraca (AL), Bom Jesus do Gurguéia (PI), Itabaiana (SE), Barreiras (BA), Crato (CE), Curimataú (RN), Diadema (SP), Teófilo Otoni (MG), Alegre (ES) e Frederico Westphalen (RS).

    Depois do concurso do anteprojeto arquitetônico para a construção da UFABC, o MEC e o IAB deverão lançar outro concurso para edificação das novas universidades e campi.

    Repórter: Susan Faria

  • O presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) do Ministério da Educação, José Henrique Paim Fernandes, vai se reunir às 15h de hoje, dia 21, com o secretário estadual da Fazenda de São Paulo, Eduardo Guardia. Henrique Paim vai propor a Guardia o estabelecimento de uma parceria entre o FNDE/MEC e o estado de São Paulo visando o acompanhamento da arrecadação do salário-educação pelos fiscais da Receita estadual paulista.

    "Essa parceria é muito importante porque cerca de 45% da arrecadação desse tributo é gerada em São Paulo", afirma Paim. O encontro de hoje é o primeiro de uma série de reuniões que ele manterá com os secretários da Fazenda dos outros estados brasileiros.

    R$ 6,2 bilhões - O FNDE quer arrecadar, em 2005, cerca de R$ 6,2 bilhões de salário-educação. Isso representará um aumento de 29,2% em relação a 2004, quando esse recolhimento totalizou R$ 4,8 bilhões - um crescimento de 20,6% em comparação com 2003.

    Para chegar a esse valor, o órgão está promovendo mudanças na arrecadação direta, com o aumento do controle, e a integração da arrecadação direta com a indireta, que é feita pela Secretaria de Receita Previdenciária (SRP) do Ministério da Previdência. Será adotada uma guia única de arrecadação do tributo, que substituirá as duas usadas atualmente: uma pelo FNDE e a outra, pela SRP. A nova guia possuirá um código próprio para a educação. Essa operação será acompanhada de um sistema de acompanhamento, no Fundo, da cobrança dos contribuintes inadimplentes.

    CND - A integração permitirá, ainda, a utilização da Certidão Negativa de Débito (CND) da Previdência por parte do FNDE. Ou seja, as empresas que não recolherem devidamente o salário-educação não receberão mais a CND do Ministério da Previdência. A fiscalização de todo o recolhimento passará para a Secretaria de Receita Previdenciária (SRP) até meados deste ano, quando a integração será efetivada.

    Todo esse processo de busca de eficiência e aperfeiçoamento na arrecadação do salário-educação reverterá em aumento dos recursos repassados pelo governo federal aos estados e municípios, sendo que 2/3 deles são transferidos diretamente pelo FNDE e o 1/3 restante, aplicado em programas do MEC, buscando a melhoria da qualidade da educação. (Assessoria de Comunicação Social do FNDE)

  • O artesanato produzido nas oficinas desenvolvidas por meio de programas e projetos da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad/MEC) faz parte da amostra de produtos expostos no seminário Diferentes Diferenças. As oficinas  proporcionam a integração da comunidade e contribuem para a geração de emprego e renda.

    Carrinhos e baús de madeira foram peças expostas pela Associação de Artesãos em Reciclagem, de Ceilândia, Distrito Federal. A madeira utilizada na produção de objetos e brinquedos é recolhida em entulhos de construções e reaproveitada nas oficinas de artesanato. Bordados e tapetes de crochê e bolsas feitas a partir de garrafas plásticas também são produzidos pela associação, que participa do programa Brasil Alfabetizado.

    A associação conta com 34 turmas de 12 a 14 alfabetizandos em média por turma. Um deles é Antônio Santos Soares, 44 anos. Nascido em Serrano, interior do Maranhão, o artesão ministra oficinas de produtos regionais utilizando palhas de tucumã e babaçu na produção de tipiti e peneira, instrumentos utilizados na produção de farinha de mandioca. Em tamanhos menores, transformam-se em objetos utilitários de decoração.

    A cada 15 dias, os alfabetizandos participam de uma feira, em Ceilândia, para a comercialização do artesanato, o que estimula a geração de renda.

    Karla Nonato

     

  • Pesquisadores nacionais, do Mercosul e de outros países têm prazo até o próximo dia 2 de fevereiro para enviar artigos para a segunda edição da Revista Brasileira de Educação Profissional e Tecnológica, que será publicada em abril. Esta edição será especial, voltada para o centenário da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, a ser comemorado em setembro. Portanto, os artigos devem ser relacionados ao tema.

    Segundo Moisés Domingos Sobrinho, coordenador editorial da publicação, “a revista foi concebida para ser um instrumento de divulgação da produção científica, pois antes não existia um veículo especializado nesta modalidade de ensino”. Para Moisés, a importância que a revista tem para o mundo acadêmico é a de propiciar um diálogo em termos de pesquisa aplicada.

    Na segunda quinzena de fevereiro, o Conselho Editorial da Revista Brasileira se reunirá para avaliar que artigos deverão ser publicados. Os textos ainda podem ser enviados para o endereço eletrônico Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.. Mais informações pelos telefones (61) 2104-8948 e 2104-8127.

    Ana Júlia Silva de Souza

  • Educação musical poderá fazer parte da vida escolar dos alunos matriculados nas escolas públicas de educação básica. (Foto: Júlio César Paes)A educação musical poderá fazer parte da vida escolar de todas as crianças matriculadas nas escolas públicas de educação básica. Um grupo de artistas pediu nesta terça-feira, 8, o apoio do ministro da Educação, Fernando Haddad, para aprovar no Congresso Nacional o Projeto de Lei nº 2.732/08, que prevê a obrigatoriedade do ensino musical nas escolas públicas.

    “Vamos nos manifestar favoravelmente ao projeto”, disse o ministro. De autoria da senadora Roseana Sarney (PMDB-MA), o projeto foi aprovado no Senado Federal e agora tramita na Câmara dos Deputados. Atualmente, é analisado pela Comissão de Educação e Cultura da Casa. O encontro com o ministro foi uma solicitação do presidente da Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado, Cristovam Buarque (PDT/DF). Estiveram presentes ainda o senador Romeu Tuma (PTB/SP) e a senadora Rosalba Ciarlini (DEM/RN).

    A proposta altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB ― nº         9.394/96), que já determina o aprendizado de arte nos ensinos fundamental e médio, mas sem especificar o conteúdo. Pelo projeto, o ensino musical deveria ser conteúdo obrigatório, mas não exclusivo do ensino de arte no currículo regular da educação básica. Ou seja, deveria fazer parte do ensino de arte.

    Os artistas presentes usaram a música para sensibilizar o ministro sobre a importância do projeto e enfatizaram a relevância da educação musical para despertar a criatividade e expressividade dos alunos. “Na mudança do presente, a gente muda o futuro”, recitou o cantor Gabriel Pensador. Juntos, ele, Daniela Mercury, Francis Hime, Olívia Hime e Roberto Frejat cantaram Vai Passar, composição de Chico Buarque, em alusão ao desejo de que o projeto passe no Congresso.

    Em contrapartida ao apoio para que o projeto se torne lei, o ministro pediu aos cantores que ajudem a traçar ações que efetivamente permitam às escolas oferecer ensino musical. Haddad também esclareceu que o ministério apenas traça diretrizes às escolas de educação básica, cuja competência fica a cargo de estados e municípios.

    O ministro também lembrou que além da dissociação com a cultura, a educação também se separou de outras áreas como o esporte e a saúde, especialmente na época da ditadura militar. “Antes, equipes de saúde visitavam escolas regularmente”, disse. Para o ministro, é preciso recuperar a unidade entre essas diversas áreas e “fazer da escola um centro em torno do qual toda a comunidade gravita”, destacou.

    Maria Clara Machado

  • Mesmo que a aplicação da lei ainda esteja bastante tímida, existem muitas escolas que desenvolvem ações e projetos que contemplam as temáticas da história da África e dos afro-brasileiros. Os alunos da educação básica e da educação de jovens e adultos (EJA) da escola Municipal Dr. João Alves dos Santos, em Campinas (SP), por exemplo, experimentam desde 2004 a inclusão dos temas: a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira, o negro na formação da sociedade nacional e enfoques sobre diversidade étnico-racial. Todos os temas são abordados em disciplinas como história, geografia, Eret (educação, relações econômicas e tecnologias), educações física e artística, português e matemática. Para o professor de história Eduardo Benedito de Almeida, a aplicação da lei nas escolas contribuirá para o estabelecimento de relações de respeito, igualdade e tolerância. “Alunos de várias etnias, origens, culturas, religiões e níveis sociais diferentes poderão construir uma cultura de paz”, acredita.

    Na Escola Classe n°16 do Gama, no Distrito Federal, a temática já vinha sendo discutida desde 1993 pelas professoras Marizeth Ribeiro e Valmária Martins, mas com a promulgação da lei em 2003, “a nossa escola intensificou o trabalho que já vinha sendo feito”, relata a diretora Regina Célia. Ela conta ainda que no caso da Escola Classe nº 16, a temática é tratada de forma interdisciplinar, “o que favorece a inclusão do tema em todas as atividades realizadas em sala de aula”, complementa. Mas a diretora lamenta que muitas escolas não cumpram a lei de forma adequada. “Realizar atividades no dia 13 de maio ou 20 de novembro não é implementar a Lei nº 10.639”, informa. “No nosso caso, não só os professores e alunos mudaram, a comunidade também acaba se envolvendo nos projetos desenvolvidos pela escola”, enfatiza.

    Ivonne Ferreira

  • I
    Minha terra é pequenina
    Fica aqui no Ceará
    No Vale do Jaguaribe
    Alto Santo aqui está
    No Comando das Marias
    Que progride esse lugar

    II
    Tem Maria sertaneja
    Valente feito um trovão
    Daquela que desde cedo
    Faz o cultivo do chão
    E a Maria tratorista
    Que ajuda na plantação

    III
    Tem Maria lá na câmara
    Que é a vereadora
    Tem Maria que cedinho
    Limpa a rua com a vassoura
    Tem aquela que ensina
    A Maria professora

    IV
    A Maria forrozeira
    Rodeia feito pião
    Tem a Maria louceira
    Transforma o barro com a mão
    E a Maria morena
    Com corpo de violão

    V
    Maria que no mercado
    Vende o quente e o frio
    E a Maria lavadeira
    Faz espuma lá no rio
    E a Maria açougueira
    Com a faca faz desafio

    VI
    Maria no hospital
    A Maria enfermeira
    Lá na fábrica de tecidos
    A Maria costureira
    E aqui na minha casa
    A Maria verdadeira

    VII
    Lá no altar da igreja
    Maria diz o amém
    Implora ao padroeiro
    Para todos viver bem
    A mãe do Menino Deus
    Que é Maria também

    VIII
    Ah! Se em todo lugar tivesse
    Assim tantas alegrias
    E que fosse como meu
    Nessa paz do dia-a-dia
    Que faz o calor do sol
    Dar força a essas Marias

    Escola E. M. E. F. URCESINA MOURA CANTÍDIO
    Cidade ALTO SANTO
    UF CE
    Professora MARIA GISELIA BEZERRA GOMES
    Aluno CARLOS VICTOR DANTAS ARAÚJO
    Sexo M
    Série 6º ANO


    Poesia vencedora da Olimpíada Brasileira de Língua Portuguesa.  

  • Números divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na Síntese de Indicadores Sociais, nesta quarta-feira, 24, revelam que 8,4% das crianças de sete a 14 anos ainda não sabem ler e escrever, mesmo matriculadas na escola. Para combater o analfabetismo nessa faixa etária, o Ministério da Educação tem investido nas políticas de educação infantil e na verificação do efetivo aprendizado, a partir de avaliações como a Prova Brasil e a Provinha Brasil.

    Dentro do percentual de crianças em idade de cursar o ensino fundamental que ainda não sabem ler e escrever, 29% têm sete anos e 14,1% têm oito, idades em que ainda estão no processo de alfabetização. A partir daí, quando já deveriam estar alfabetizadas, o percentual começa a cair: 8,9% têm nove anos, 5,5% têm dez e, por fim, 1,7% são adolescentes de 14 anos.

    Das 24,8 milhões de crianças com idades entre oito e 14 anos, 1,1 milhão não sabem ler nem escrever, embora freqüentem a escola. No Nordeste está a maior parte desses meninos e meninas: 745,9 mil, o que corresponde a 65,3%. Por isso, o MEC tem dado atenção especial à região, considerada de atendimento prioritário nas ações do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE).

    “Não podemos ignorar nem brigar com os dados. Em vez de lamentar, cabe ao poder público tomar medidas concretas para diminuir essa diferença”, diz a secretária de educação básica do MEC, Maria do Pilar Lacerda. “Temos como saber quem são e onde estão esses alunos, pelo censo escolar. Trabalhando em regime de colaboração, devemos resgatar a dívida de um país que não priorizou no passado a educação para todos”.

    A secretária explica que a injustiça social, a má distribuição de renda e a diferença de oportunidades refletem no acesso à escola e no sucesso da aprendizagem. “As avaliações mostram que os meninos e meninas que têm dificuldade em aprender são os mais pobres. A maioria dos pais dessas crianças não é escolarizada, por isso não conseguem ajudar os filhos nem com o dever de casa”, ressalta.

    Para Pilar, medidas que ultrapassam o ensino em sala de aula, como merenda, distribuição de livros didáticos e até o bolsa-família podem ajudar a sanar o problema. “Além disso, não se pode deixar cada escola agir por si só, tem de haver uma rede, uma troca entre os profissionais da educação.” A secretária ainda aponta que o projeto político-pedagógico da escola tem que ser mais contemporâneo. “Os alunos são digitais e a escola, analógica”, compara. Uma direção forte, professores comprometidos e a participação da comunidade e das famílias no processo de aprendizagem das crianças são outros fatores que auxiliam na qualidade da educação, segundo Pilar.

    Matrículas – Os dados mostram que 97,6% dos alunos na faixa etária dos 7 aos 14 anos estão matriculados no ensino fundamental. Na educação infantil, os dados são positivos: 70% das crianças de quatro e cinco anos de idade estão na escola. Para o secretário de educação continuada, alfabetização e diversidade do MEC, André Lázaro, o mérito pelo alcance desse percentual é da atuação dos municípios. “Isso significa que temos grandes chances de ter uma geração inteira escolarizada, que começa a vida escolar aos quatro anos e vai longe”, explica Lázaro.

    De acordo com o secretário, a aprovação do Fundo da Educação Básica (Fundeb) no Congresso Nacional é outro fator de sucesso, já que incluiu a educação infantil no financiamento. Para aumentar a porcentagem das crianças de quatro e cinco anos na escola, segundo Lázaro, é preciso manter a linha de trabalho em curso: financiamento adequado e construção de estabelecimentos de educação infantil, por meio do programa Proinfância, que está construindo mil unidades em 953 localidades. “O MEC tem tratado a educação como política de estado, não de governo ou partido. A intenção é fazer com que a educação seja compromisso de toda a sociedade.”

    Letícia Tancredi

  • Foto: Júlio César PaesO Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep/MEC) apresenta um balanço do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb) a partir de 1995, com os resultados da última edição, em 2005. É avaliado o desempenho acadêmico dos alunos da quarta e da oitava séries do ensino fundamental e da terceira série do ensino médio, em língua portuguesa e matemática.

    Em 2005, participaram da amostra do Saeb mais de 190 mil alunos de quase seis mil escolas espalhadas pelas 27 unidades da Federação. O Saeb avalia estudantes de escolas urbanas e rurais, tanto da rede pública quanto da privada. O universo de participação é apresentado em níveis nacional e regional e por unidade da Federação para as séries e disciplinas avaliadas, sem detalhamento para municípios ou unidades de ensino. As médias rurais são comparáveis apenas em âmbito nacional. As informações permitem ao Ministério da Educação e às secretarias estaduais e municipais definir ações de correção das distorções e debilidades identificadas nas redes de ensino.

    As médias do Saeb são apresentadas em uma escala que varia de zero a 500. Cada uma das disciplinas tem uma interpretação específica da escala, que é única para as três séries avaliadas. As médias apontam os distintos graus de desenvolvimento de habilidades, competências e aquisição de conhecimentos pelos estudantes ao longo dos anos de estudo.

    Alunos com média igual a 175,52 em língua portuguesa, que é a média nacional para a quarta série da rede urbana, por exemplo, são capazes de entender expressões com discurso indireto, narrativas de temática e vocabulário complexos, identificar marcas dos distintos gêneros de texto e a finalidade de um texto jornalístico, entre outras habilidades. Como a escala é cumulativa, esses estudantes também têm todas as habilidades descritas nos pontos mais baixos, como interpretar histórias em quadrinhos e poemas, identificar temas de textos mais simples e sentido de palavras em cantigas populares e expressões próprias da linguagem coloquial.

    Matemática — Em matemática, a média 239,38 (média nacional para a oitava série da rede urbana) indica que o estudante consegue, entre outras ações, localizar dados em tabelas mais complexas, identificar gráfico de colunas correspondentes a números positivos e negativos, converter medidas de peso e calcular o perímetro e a área de figuras. Alunos com essa média também têm desenvolvidas as capacidades descritas em níveis mais baixos, como a de calcular resultados de subtrações complexas, ler horas em relógios de ponteiros e digital, estimar medida de comprimento usando unidades não-convencionais e reconhecer a decomposição em dezenas e unidades de números naturais.

    As tabelas contêm informações sobre participação e as médias de desempenho no Saeb, por série e disciplina avaliada, em cada unidade da Federação, no período de 1995 a 2005. (Assessoria de Imprensa do Inep)

     

  • Gramado (RS) – Os debates que marcaram o encerramento do 5º Congresso Brasileiro de Ensino Superior a Distância e 6° Seminário Nacional de Educação a Distância foram centrados na perspectiva de futuro dessa modalidade de ensino. A cerimônia ocorreu nesta sexta-feira, dia 25, em Gramado.

    Após quatro dias de discussões intensas, trocas de experiências e palestras, ficou evidente o horizonte de avanços alcançados e que ainda devem ser trabalhados. Durante o encerramento, o coordenador da Universidade Aberta do Brasil (UAB), Celso Costa, afirmou que o futuro da educação a distância (EAD) não é incerto, mas está sendo construído.

    Para Costa, o desenvolvimento da EAD deverá passar por discussões contínuas quanto à regulação, a processos de avaliação e ao estabelecimento da cultura de educação a distância no país.

    Na cerimônia, Sérgio Franco, presidente da Universidade Virtual Pública do Brasil (Unirede) – consórcio que reúne universidades e faculdades federais, estaduais e municipais para o desenvolvimento da educação a distância –, afirmou que a sensação é de dever cumprido. “Atingimos nossos objetivos, mas ainda temos um vasto horizonte pela frente”, observou.

    Já o presidente da Associação Brasileira de Educação a Distância (Abed), Frederic Litto, falou sobre os 150 anos dos cursos a distância ofertados pela Universidade de Londres. “Mahatma Gandhi e Nelson Mandela foram alunos do curso de direito da universidade”, ressaltou.

    Renata Chamarelli

  • O titular da Secretaria de Educação Básica (SEB/MEC), Francisco das Chagas Fernandes, participa nesta terça-feira, 26, de audiência pública na Assembléia Legislativa de Mato Grosso, em Cuiabá. O objetivo da audiência, proposta pela deputada estadual Verinha Araújo (PT/MT), é discutir a criação do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). O evento será a partir das 9h, no Plenário Oscar Soares.

    Repórter: Heloisa dArcanchy

  • Parlamentares de Minas Gerais vão discutir a greve dos professores universitários nesta quarta-feira, 23, às 14h15, no Plenarinho I da Assembléia Legislativa de Minas Gerais, em Belo Horizonte. A audiência pública foi pedida pela Comissão de Educação, Ciência, Tecnologia e Informática da Assembléia. Participam dirigentes do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), Fórum dos Professores das Instituições Federais de Ensino (Proifes) e Federação de Sindicato de Trabalhadores das Universidades Federais (Fasubra). O requerimento da audiência foi feito pelo deputado Paulo Piau (PPS-MG).

    “É importante que os parlamentares participem da discussão sobre a greve nas universidades, inclusive porque em Minas Gerais está o maior número de instituições de ensino superior do país”, explicou o presidente da Associação Profissional dos Docentes da Universidade Federal de Minas Gerais (Apubh) e vice-presidente do Proifes, Robson Mendes Matos.

    Ele lembra que em Minas Gerais existem 11 universidades federais, entre as quais seis não entraram em greve, como a UFMG e a Faculdade de Medicina do Triângulo Mineiro. No estado há 7.137 funções docentes nas Ifes, o que significa 13,7% de todas essas funções das federais no país.

    Estado de greve – “A UFMG não entrou em greve porque o entendimento foi de que as negociações ocorriam com o governo federal”, disse Robson Mendes. Segundo ele, o movimento entendeu que a proposta do governo é boa e ficou só em estado de greve, caso as reivindicações não fossem atendidas. Robson lembra que, após um ano de negociações com o MEC, os professores das Ifes poderão, finalmente, ver aprovados vários itens de uma pauta de reivindicações, incluídas em projeto de lei a ser enviado pelo governo federal ao Congresso Nacional nos próximos dias.

    Durante as negociações, o governo federal propôs a concessão de R$ 395 milhões, oferta que subiu para R$ 500 milhões a mais no orçamento da folha de pagamento dos professores das universidades federais em 2006. A proposta de aumento do número de pontos da Gratificação por Estímulo à Docência (GED) subiu duas vezes: de 65 pontos para 90 pontos e, depois, para 115 pontos. A proposta do MEC para os professores das federais propicia um aumento médio de 9,45% para toda a categoria. Mais informações sobre a audiência pública, com Ronaldo Almeida, telefones (31) 3223-0736 e (31) 9119-9348.

    Repórter: Susan Faria

  • Conhecer as diferentes formas de aproveitamento dos medicamentos alternativos extraídos de plantas e ervas e ensinar  a usá-los corretamente é o objetivo do projeto Fitoterápicos Utilizados pelas Famílias do Assentamento Bom Jardim, da Escola Técnica de Saúde da Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Os trabalhos tiveram início em 2004, em Araguari (Minas Gerais).

    Entre os objetivos do projeto está o levantamento, com base em conhecimentos populares, de todos os tipos de produtos fitoterápicos, identificar suas propriedade e descobrir de que forma são utilizados pelos assentados na pecuária e no controle de pragas e de doenças que acometem as pessoas. Outra finalidade é orientar os assentados sobre a forma de cultivo, coleta e preparação das plantas medicinais. Dosagens e freqüência de uso também são ensinadas. Está prevista, ainda, a implantação de um sistema de produção e distribuição de produtos fitoterápicos, em conjunto com as secretarias de Saúde de Uberlândia e Araguari e a UFU. Após todas essas etapas, os produtos seriam catalogados e armazenados em banco de dados.

    O projeto integra o Programa de Apoio Científico e Tecnológico aos Assentamentos de Reforma Agrária (Pacto), numa parceria entre o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e a universidade.

    Visitas — Segundo o clínico geral e fitoterapeuta Mário Paulo Paes, integrante da equipe do projeto, foram realizadas visitas aos assentamentos de Bom Jardim e Ezequias dos Reis, em Araguari, e aos de Zumbi dos Palmares e Rio das Pedras, em Uberlândia. O propósito foi conhecer a população assentada, sua realidade sociocultural e seus anseios com relação ao uso de plantas medicinais. Constatou-se que inúmeras pessoas fazem uso dessas plantas e  que muitas se queixam de estresse e de doenças relacionadas à ansiedade. A equipe procurou selecionar plantas com reconhecidas propriedades ansiolíticas, de fácil cultivo e acesso, como a Lippia alba (erva-cidreira) e a Passiflora alata driand (maracujá).

    Paes salientou que, no Brasil, grande parte da população tem pouco acesso aos serviços de saúde. Além disso, a disponibilidade de medicamentos é precária, particularmente no meio rural. Para a coordenadora do projeto, Jureth Couto Lemos, o uso de plantas medicinais é uma alternativa economicamente viável para a população assentada.

    Repórter: Ana Júlia Silva de Souza

  • Os 59 alunos de assentamentos da reforma agrária de estados da região Nordeste iniciaram, em 28 de fevereiro, o terceiro semestre do curso de engenharia agronômica, oferecido pela Universidade Federal de Sergipe (UFSE). O curso especial, destinado a jovens e adultos assentados, é realizado pela universidade em convênio com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e com a Fundação de Apoio à Pesquisa e Extensão de Sergipe (Fapese).

    O objetivo do curso, que tem duração de quatro anos e meio, é oferecer condições para o desenvolvimento socioeconômico e dar sustentabilidade aos assentados. A turma única começou com 60 alunos de diversos assentamentos da região e no primeiro ano só teve uma desistência e nenhuma reprovação. Os estudantes ficam alojados no assentamento Moacir Wanderlei, povoado Quissamã, em São Cristóvão, e freqüentam as aulas no campus rural da UFSE, têm aulas práticas na fazenda experimental da universidade, no povoado Timbó, e nos laboratórios da cidade universitária.

    Para reforçar o aprendizado, além das aulas práticas e teóricas, os alunos são acompanhados por monitores que os auxiliam no estudo de cada disciplina. Nas férias da universidade, cada estudante vai para um assentamento em seu estado fazer diagnósticos sobre os temas abordados no semestre anterior. Na avaliação do supervisor pedagógico do curso, Givaldo Hipólito Dantas, os alunos vêm superando as expectativas no aproveitamento dos estudos. (Ionice Lorenzoni com informações da assessoria de imprensa da UFSE)

     

     

  • A 17ª Reunião Anual do Fórum de Assessorias das Universidades Brasileiras para Assuntos Internacionais (Faubai) tem início nesta quarta-feira, dia 11, em Cuiabá, e se estende até sexta-feira, 13. As Relações Internacionais Acadêmicas: Perspectivas para uma Política Nacional são o tema central do encontro, organizado pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), em parceria com a entidade.

    A assessora de relações internacionais da UFMT, Maria Inês Portugal, destaca a importância do tema em discussão, especialmente no momento em que o Brasil analisa, debate e define os novos contornos da educação superior e os rumos que a reforma universitária sinalizará para o Brasil.

    O evento será aberto às 19h30, no Teatro Universitário, pela presidente do fórum, Luciane Stallivieri, da Universidade de Caxias do Sul (Rio Grande do Sul), pelo presidente do Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras (Crub), Manassés C. Fonteles, e pelo reitor da UFMT, Paulo Speller. São esperados mais de cem gestores de cooperação acadêmica internacional, que refletirão sobre os rumos do processo de internacionalização pelo qual passam as instituições de ensino superior brasileiras.

    O Faubai, criado em 1988, reúne gestores ou responsáveis por assuntos internacionais e promove a integração e a capacitação desses profissionais por meio de seminários, workshops e reuniões regionais e nacionais, além de divulgar a diversidade e as potencialidades das instituições de ensino superior brasileiras junto às agências de fomento, representações diplomáticas, organismos e programas internacionais.

    O fórum tem, ainda, a finalidade de promover o aperfeiçoamento do intercâmbio e da cooperação internacionais como instrumentos para a melhoria do ensino, da pesquisa, da extensão e da administração das instituições filiadas. Propõe-se, também, a estimular o constante aperfeiçoamento da gestão do intercâmbio e da cooperação internacionais.

    Confira a programação completa no portal da UFMT, seção Eventos, link 17ª Reunião Anual do Faubai. (Assessoria de Imprensa da UFMT)

  • Consultoria na área de empreendedorismo e cooperativismo, capacitação de docentes brasileiros e intercâmbio de experiências sobre sistema de acesso foram alguns dos saldos das visitas técnicas realizadas por docentes dos colleges canadenses aos centros federais de educação tecnológica (Cefets) que estão executando o programa Mulheres Mil. O intercâmbio faz parte da cooperação entre a Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec) e a Association of Comunity College of Canadá para implantação do programa no Brasil.

    Durante as visitas, que começaram dia 29 de novembro e se estenderam até o sábado, 6 de dezembro, professores canadenses e dos Cefets discutiram diversas possibilidades de parcerias. O New Brunswick College of Craft and Design, por exemplo, que oferta cursos na área de moda e design, vai contribuir com o desenvolvimento dos projetos do Tocantins e Aracaju.

    Os Cefets de Fortaleza, Ceará e Manaus, que estão oferecendo capacitação na área do turismo, farão intercâmbio de experiências com o George Brown e o Mont’Morency, que ofertam cursos na mesma área.

    Em Alagoas, Roraima, Pernambuco e Maranhão, as parcerias serão com o Red River e o Cégep regional de Lanaudiére. Estas instituições ofertam cursos de capacitação na área de alimentos.

    Os Cefets do Rio Grande do Norte e da Paraíba, que oferecem cursos de capacitação em pesca, artesanato e processamento de frutas, serão acompanhados pelo Cégep de la Gaspesie et des Iles, que tem especialização na área. Já o New Brunswick Community College e o Mare-Victorin darão assessoria aos projetos de Belém e Teresina que estão capacitando mulheres para a área de moda e confecção.

    Para possibilitar o intercâmbio sistemático de informações, serão promovidos fóruns virtuais entre os docentes canadenses e brasileiros.

    Assessoria de Imprensa da Setec

  • O ministro da Educação, Tarso Genro, assinou, na manhã desta quinta-feira, 16, portaria que cria a unidade de ensino descentralizada (Uned) de Guarulhos do Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet) de São Paulo. A cerimônia, no gabinete do Ministério da Educação, contou com a presença do secretário de Educação Profissional e Tecnológica, Antonio Ibañez; do prefeito de Guarulhos, Elói Pietá; e do representante do Cefet-SP, professor Gersoney Tonini Pinto.

    A educação profissional foi definida pelo ministro Tarso Genro como um dos quatro vértices norteadores da política educacional do governo Luiz Inácio Lula da Silva, “ao lado da alfabetização com inclusão, da reforma universitária e do investimento estratégico no ensino básico”. O ministro anunciou para o próximo dia 22, no Palácio do Planalto, reunião do presidente da República com toda a rede federal de educação profissional.

    Projeto – A portaria consolida projeto iniciado em 1994, com a prefeitura de Guarulhos doando terreno para o então chamado Centro de Treinamento Profissional (CTP) e, em convênio com o Ministério da Educação, construindo e equipando dois prédios.

    De 1996 a 2004, o Programa de Expansão da Educação Profissional (Proep) repassou recursos de R$ 2 milhões para o centro, administrado pela ONG Agência de Desenvolvimento de Guarulhos. A verba possibilitou a conclusão de obras de infra-estrutura física e a obtenção de equipamentos e material didático, além do início da construção de um terceiro prédio, destinado a salas de aula.

    Vagas – A importância de se oferecer à população uma unidade de ensino tecnológico associada ao padrão de excelência dos Cefets foi destacada pelo prefeito Pietá. Segundo ele, a instalação da Uned Guarulhos vem preencher uma lacuna: a cidade, que tem o segundo maior PIB estadual e o nono nacional, e é a segunda mais populosa do estado de São Paulo, não contava com oferta de ensino superior público – apenas privado.

    A Uned Guarulhos oferece cinco cursos, nas áreas de automação, eletrônica, gestão, hospitalidade e telecomunicações. Com a portaria, a instituição planeja abrir mais 385 vagas.

    Repórter: Mauricio Caleiro

  • Foto: Wanderley PessoaCom o objetivo de universalizar a prática de esportes nas escolas, os ministérios da Educação e dos Esportes assinaram um termo de cooperação técnica para o desenvolvimento do esporte educacional. O acordo foi firmado nesta sexta-feira, 16, pelos ministros Fernando Haddad e Agnelo Queiroz, da Educação e Esportes, respectivamente.

    São 34 milhões de estudantes do ensino básico, em fase de formação, que, com a parte esportiva, terão um desenvolvimento integral das habilidades e dos valores. “Está comprovado cientificamente que o esporte é uma ferramenta importante para o desenvolvimento físico e intelectual”, avaliou o ministro dos Esportes.

    Agnelo Queiroz lembrou que a prioridade do ministério é a construção de quadras esportivas nas escolas que são utilizadas pela comunidade, nos fins de semana, no projeto Escola Aberta. Ele ressaltou que o programa Xadrez nas Escolas já é praticado por cerca de 300 mil estudantes.

    O ministro também afirmou que os ministérios estão introduzindo uma modalidade esportiva para o desenvolvimento educacional das crianças. “O xadrez ajuda no desenvolvimento intelectual, na concentração, na visão espacial e no ensino lógico”, explicou.

    Cooperação – O ministro da Educação, Fernando Haddad, disse que a assinatura de cooperação irá potencializar o que já vem sendo realizado. “Quero parabenizar as equipes dos ministérios, pois é justamente com este trabalho em conjunto que conseguiremos aplicar políticas públicas eficazes e duradouras”, observou.

    A cooperação dos ministérios terá vários financiamentos, entre os quais a loteria Timemania, que alocará 3% dos recursos para o esporte educacional, para as escolas de todos os estados.

    Repórter: Sandro Santos

  • Com investimento de R$ 10,6 milhões até 2007, o Ministério da Educação assinou nesta quarta-feira, 14, um convênio com a Universidade Federal de Alagoas (Ufal) para implantação de campus na cidade de Arapiraca, interior do estado. A medida faz parte do processo de expansão e interiorização do ensino superior e representa a consolidação do sétimo convênio deste ano, de um total de 11 previstos. Nesta quinta-feira, 15, será assinado o oitavo, com a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

    O novo campus de Arapiraca entrará em funcionamento em julho de 2006, com 16 cursos de graduação, entre eles turismo, medicina veterinária e engenharia de pesca. Serão oferecidas 640 vagas (40 por curso) e o MEC já autorizou a contratação de 173 docentes e 45 técnicos. A área de abrangência da nova unidade é de 38 municípios.

    A reitora Ana Dayse Rezende Dórea salientou que o projeto da Ufal coincide com a proposta do MEC de melhorar os baixos indicadores sociais do estado, promovendo desenvolvimento por meio de investimentos na educação. “A universidade concebeu este projeto visando atender aos campi do sertão e do litoral norte. Expandir a universidade é levar desenvolvimento, cultura, arte e produção científica para a região.”

    O ministro da Educação, Fernando Haddad, frisou que o projeto de expansão trouxe de volta para muitos o sonho de freqüentar a universidade. “O acesso à educação superior pública e a qualificação da educação básica são bandeiras consensuais no país, e nos orgulha muito ter feito parte desta equipe, que conseguiu organizar a agenda que hoje está no Congresso Nacional.”

    Segundo a reitora, 68,5% dos estudantes do ensino médio de escolas públicas e particulares de Alagoas estão no interior do estado; 56% dos alunos da Ufal têm renda familiar menor que quatro salários mínimos; e a residência universitária só dispõe de 96 vagas, muito aquém do necessário. “Muitos alunos ingressam na instituição e não conseguem se manter na capital (Maceió)”, lembrou.

    Pesquisa - Uma pesquisa realizada recentemente pela Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) constatou que 43% dos estudantes da Ufal são oriundos de famílias cuja renda mensal não atinge quatro salários mínimos.

    Parlamentares nordestinos compareceram em peso à cerimônia de assinatura do convênio com a Ufal. Estiveram presentes o presidente do Senado, Renan Calheiros (que é alagoano), outros senadores, vice-governadores, prefeitos, deputados, reitores, professores e representantes de entidades sindicais.

    Repórter: Sonia Jacinto

  • Foto: Tereza SobreiraO Ministério da Educação e as universidades federais de Pelotas (UFPel) e de Santa Maria (UFSM) assinaram nesta terça-feira, dia 22, acordo de cooperação técnica para a implantação da Universidade Federal do Pampa (UFP). A instituição oferecerá, em cinco anos, 67 cursos de graduação em dez campi.

    Para o reitor da UFPel, Antonio César Borges, a criação da universidade concretiza o sonho da metade sul do estado de ampliar o ensino superior público e desenvolver a região. Segundo Paulo Jorge Sarkis, reitor da UFSM, o grande desafio para a sociedade é permitir o acesso ao ensino superior, com programas de assistência estudantil para os alunos que moram em localidades distantes. Ele ressaltou que o governo federal está respondendo com o aumento no número de vagas e facilitando o acesso da população dos municípios do interior.

    Foto: Tereza SobreiraO MEC está implementando dez instituições de ensino superior federais e criando 49 campi, de modo a distribuir, de maneira igualitária, as universidades no país. “O governo antecipa fenômenos econômicos. É uma ação preventiva em determinados locais, mas uma retomada e a consolidação do que foi feito”, disse o ministro da Educação, Fernando Haddad. “Estamos levando esperança, desenvolvimento e modernidade às regiões.”

    O convênio com as duas universidades do Rio Grande do Sul é, segundo Haddad, um resgate da dívida social com a região, que recebeu pouca atenção e teve o orçamento reduzido nas últimas décadas. “Vamos aproveitar os recursos naturais e humanos do sul do estado. A educação superior leva desenvolvimento ao local e fixa o jovem na região”, afirmou.

    Vestibular — Os campi da UFP estarão distribuídos nos municípios de Bagé, Jaguarão, São Gabriel, Santana do Livramento, Uruguaiana, São Borja, Caçapava do Sul, Dom Pedrito, Itaqui e Alegrete. Após a total implantação, a universidade deverá abrigar 13.250 alunos. Cada campus deve contar com cerca de dois mil alunos e cem professores.

    O primeiro vestibular está marcado para abril do próximo ano. Os primeiros cursos terão início em agosto. Serão 17 cursos das faculdades de engenharia, educação, ciências e letras, ciências agrárias e ciências da saúde.

    Repórter: Raquel Maranhão Sá

Fim do conteúdo da página