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  • O projeto UbatubaSat envolveu cerca de 300 estudantes, que estudaram eletrônica básica e surpreenderam especialistas no Brasil e no mundo (Foto: Divulgação) Ao saber que uma empresa norte-americana estava comercializando kits de satélites espaciais, junto com o serviço de lançamento, o professor de matemática Cândido Oswaldo Moura, da Escola Presidente Tancredo de Almeida Neves, de Ubatuba (SP), propôs a seus alunos do sexto ano do ensino fundamental construir o equipamento. Foi assim que teve início, em 2010, o Projeto UbatubaSat, que resultará no lançamento do satélite em janeiro de 2017, no Japão.

    A trajetória do professor e de seus alunos é contada no filme Projeto UbatubaSat – Uma Jornada do Conhecimento, que será exibido pela primeira vez na televisão, no dia 6 de outubro, na TV Escola, às 11h, com reprise às 17h. A experiência foi registrada pela jornalista Daniela Gross. “A história é muito bacana, ver um professor tão entusiasmado, com vontade de fazer diferente, me entusiasmou também”, disse ela.

    Após conseguir patrocínios, Cândido criou um grupo de professores e, com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e a Agência Espacial Brasileira (AEB), deu início aos trabalhos, em 2010. Cerca de 300 alunos participaram. Um grupo de seis estudantes mais experientes trabalhou na construção. O projeto é inédito, pela idade dos estudantes envolvidos, e atraiu a atenção de instituições da Inglaterra, Estados Unidos e Japão. 

    Experimento – Para aprender a montar o satélite, os alunos que compõem o grupo passaram por cursos de solda com qualificação espacial e de eletrônica básica. Desde então, o projeto científico não parou de surpreender a todos. Chicago, nos Estados Unidos, e Nagoya, no Japão, foram lugares visitados pela equipe da escola.

    A equipe promoveu um concurso para a rede pública de Ubatuba e uma jovem gravou uma mensagem que vai ser transmitida de órbita para a escola, em inglês e português. Mas o satélite também tem uma importante função – ou carga útil, como se diz tecnicamente: servir de ferramenta para um experimento do Inpe, que pretende estudar as chamadas bolhas de plasma da atmosfera, fenômeno ionosférico que compromete a captação de sinais de satélite e antenas parabólicas em países localizados na linha do Equador. São causadas pelas variações dos ciclos solares.

    Expectativa – “Eles são considerados os jovens mais novos do mundo a ingressar na área espacial”, observa a jornalista Daniela Gross. Com isso a produtora do documentário garante que o projeto traz uma expectativa diferente para os estudantes de Ubatuba. O município do litoral de São Paulo é considerado uma cidade turística e de atividades de pesca.

    O professor Cândido destaca que educar é formar pessoas para mudar o mundo. “Não consigo ver a escola de outro jeito, gosto de pegar na mão e ensinar a andar no mundo”, comenta o professor, ao defender que o convívio com a ciência e a tecnologia ajuda a enfrentar desafios. “Quando você constrói um satélite aos 11 anos, você consegue qualquer coisa, ninguém te segura”, garante.

    Visite a página da Escola Tancredo Neves, de Ubatuba

    Assessoria de Comunicação Social 

  • Dyelle Menezes, do Portal MEC

    Os cerca de um milhão de estudantes que vão participar da segunda etapa da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep) de 2019 já podem consultar o local de aplicação da prova a partir desta terça-feira, 27 de agosto. Esta edição da olimpíada ocorrerá às 14h30 (horário de Brasília-DF) do dia 28 de setembro.

    Para conferir o endereço, os alunos, de escolas públicas e privadas, devem acessar o site da Olimpíada. A lista de classificados para a segunda fase da competição foi divulgada na plataforma no dia 5 de julho. A divulgação dos vencedores está marcada para 3 de dezembro.

    A Obmep está na 15ª edição e é a maior competição científica do país. É destinada a estudantes dos ensinos fundamental (6º ao 9º ano) e médio, e realizada pelo Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa). Neste ano, tem como tema os povos indígenas.

    Serão premiados, separadamente, alunos de escolas públicas e privadas. Aos primeiros serão concedidas 6.500 medalhas (500 ouros, 1.500 pratas e 4.500 bronzes) e até 46.200 certificados de Menção Honrosa.

    Estudantes de instituições particulares, por sua vez, receberão 975 medalhas (75 ouros, 225 pratas e 675 bronzes) e até 5.700 certificados de Menção Honrosa. Os premiados com medalha de ouro, prata ou bronze garantem o ingresso em programas de iniciação científica.

    Desde a criação, em 2005, a Obmep tem como metas estimular o estudo da Matemática, revelar talentos – incentivando seu ingresso nas áreas científicas e tecnológicas – e promover a inclusão social pela difusão do conhecimento.

  • Os estudantes paulistas, que estão em Brasília para realizar pesquisas sobre identidade e política, foram recebidos por Mercadante no MEC (Foto: Isabelle Araújo/MEC)O ministro Aloizio Mercadante recebeu em audiência nesta quarta-feira, 6, no Ministério da Educação, em Brasília, alunos do nono ano do ensino fundamental da Escola Castanheiras, de São Paulo, a quem apresentou as novas oportunidades de preparação para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Ele conversou sobre a Plataforma Hora do Enem, lançada na terça, 5, pelo Governo Federal.

    “Daqui a pouco vocês vão começar a pensar no Enem. A Hora do Enem é um professor particular e um cursinho gratuito. Ferramenta útil, principalmente, para quem nunca pode ter nem um nem outro”, sintetizou Mercadante.

    Gabriela Câmara, Arthur Brenner e Aline Vieira, de 14 anos, e João Vitor Pugsley, de 13, estão em Brasília para realizar atividades de um projeto interdisciplinar sobre identidade e política. O grupo tem entrevistado representantes dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário sobre suas atribuições e responsabilidades, e visitado iniciativas educacionais de organizações da sociedade civil que atuam em outras cidades do Distrito Federal.

    Ao ministro da Educação perguntaram sobre prioridades e planos da pasta. Ouviram Mercadante falar sobre os avanços na inclusão educacional e o desafio do cumprimento das metas do Plano Nacional de Educação (PNE), da alfabetização na idade certa a pós-graduação, além da importância de impulsionar a formação dos professores.

    Saiba mais sobre a Hora do Enem

    Assessoria de Comunicação Social

     


  • A receita que misturou aulas de história, sociologia e culinária tornou mais atrativo o aprendizado de alunos do ensino médio de Jaboatão dos Guararapes, região metropolitana do Recife. Quem conduziu todos os ingredientes para um resultado de sucesso foi a professora Daniela Martins de Menezes. A história dessas estudantes é o tema desta semana do programa 
    Trilhas da Educação, produzido e transmitido pela Rádio MEC.

    Depois de participar de um curso de formação oferecido pela Fundação Gilberto Freyre, que buscava aproximar educadores das obras desse sociólogo, antropólogo e escritor pernambucano, a professora Daniela aproveitou para incrementar os aprendizados em sala de aula. A docente mobilizou estudantes de cinco turmas da escola estadual Professor Benedito Cunha Melo, na disciplina de história, e lançou uma competição culinária.

    O ponto de partida foi a obra Açúcar: uma Sociologia do Doce, que traz uma análise histórica sobre a sociedade açucareira no período colonial, e que reúne diversas receitas tradicionais de iguarias como bolos e doces da região – presentes nas receitas dos escravos e na cozinha dos senhores de engenho.

    Daniela conta que a escola em que leciona está localizada em um bairro de periferia, com um índice muito grande de evasão e de alunos que são envolvidos com a criminalidade. “Foi um desafio aproximar os meninos da obra de Gilberto Freyre, porque eu tinha uma carência de material, eu tinha uma carência de interesse. Então, apresentei as obras aos meninos e fiz uma competição culinária de doces na escola ”, cita a professora.

    Cerca de 170 alunos foram divididos em equipes. Cada grupo escolheu um doce descrito no livro para preparar as receitas. Durante o processo, os estudantes desempenhavam tarefas que envolviam também outras disciplinas, passando por assuntos diversos e que aparecem na obra do autor. A comunidade também foi convidada a participar.

    Os competidores se organizavam e preparavam as receitas sempre um dia antes das apresentações. Um dia na casa de um, outro dia na casa de outro. Mas para garantir que todos participassem e que realmente colocassem a mão na massa, as equipes tinham que registrar todo o trabalho em pequenos vídeos-tutoriais, posteriormente postados nas redes sociais.

    O resultado do empenho e criatividade dos estudantes surpreendeu a professora.  “As aulas de história após este processo ganharam outro significado. Eles prestam mais atenção nas aulas, eles participam mais, eles leem mais. Eles entenderam a importância do ensino de História na vida deles. ”

    As atividades de culinária foram destaque no ano passado na escola estadual Professor Benedito Cunha Melo, e agora a professora Daniela planeja repetir a iniciativa com outros estudantes da instituição.  Como prêmio, a equipe vencedora visitaria o museu Gilberto Freyre, a Casa-Museu Magdalena e Gilberto Freyre, antiga residência do famoso autor, no bairro de Apipucos, na capital pernambucana.

    Assessoria de Comunicação Social

     

  • Em uma sociedade onde informação e comunicação são cada vez mais valorizadas, a capacidade de ler e compreender bem um texto, e saber se expressar com qualidade, tanto na escrita quanto oralmente, torna-se cada vez mais importante na formação escolar dos brasileiros. Na Base Nacional Comum Curricular (BNC), a área de linguagens reúne quatro componentes curriculares: língua portuguesa, língua estrangeira moderna, arte e educação física.

    A Base Nacional Comum Curricular considera na área de linguagens os conhecimentos relativos à atuação dos sujeitos em práticas de linguagem, nas diversas esferas da comunicação humana, da linguagem informal à modalidade formal que algumas situações exigem. Esses conhecimentos possibilitam mobilizar e ampliar recursos expressivos, para construir sentidos com o outro em diferentes campos de atuação, e compreender como o ser humano se constitui como sujeito e como age no mundo social em interações mediadas por palavras, imagens, sons, gestos e movimentos.

    Uma equipe de especialistas nos diferentes componentes já iniciou o processo de revisão da proposta de Base Nacional Comum Curricular, quantificando e analisando as contribuições de escolas, professores, organizações da sociedade civil e cidadãos. O Ministério da Educação convidou as sociedades científicas brasileiras dos componentes curriculares incluídos na proposta para darem sua contribuição nessa revisão.

    Para a professora Begma Tavares Barbosa, que integra a equipe de revisão no componente língua portuguesa da Base Nacional Comum Curricular, o conhecimento de linguagens acompanha o estudante em todo o período escolar, como instrumento para compreensão dos demais conteúdos. “A capacidade de ler bem e de escrever impacta todo o aprendizado escolar. Na avaliação do Enem, por exemplo, que é essencialmente uma avaliação de leitura e escrita. É o que se espera do estudante depois de 13 anos de escolarização, que ele seja um excelente leitor, que faça o uso competente da escrita”, disse.

    O bom uso da língua portuguesa, explica a professora, implica ser um bom leitor de textos dos informais aos mais formalizados e técnicos.  “Aprender a língua na escola é aprender a ler bem com competência e adequar os textos às normas de produção que os contextos indicam. É dominar as capacidades de leitura, escrita e oralidade, e também conhecer o funcionamento da língua que você usa para ler e escrever com competência.”

    O conhecimento da língua, ainda de acordo com Barbosa, oferece autonomia aos estudantes. “Quando a gente pensa em um projeto de formação de leitores e de usuários competentes da língua, esperamos que possam construir autonomia, que sejam capazes de se envolver em atividades de pesquisa, construir seu aprendizado com autonomia e orientação dos professores”, afirmou a professora. “A perspectiva de você construir possibilidades de igualdade na educação brasileira, principalmente quando você fala na qualidade da educação... formar estudantes com autonomia e cidadania. O que a gente deseja, é que, ao final de 13 anos de escolarização básica, os nossos jovens tenham condição de continuar aprendendo fora da escola”, concluiu.

    Colaborações – Ainda é possível apresentar contribuições à Base. Escolas públicas e particulares, professores, organizações da sociedade civil e cidadãos têm prazo até 15 de março para fazê-lo. As contribuições podem ser individuais ou coletivas, sejam originárias das redes de ensino, de movimentos e organizações da sociedade civil ou de qualquer cidadão que queira colaborar. Também podem ter caráter geral ou tratar pontualmente de cada tema.

    A Base Nacional Comum Curricular é uma das estratégias estabelecidas pelo Plano Nacional de Educação (PNE) para melhorar a educação básica, que abrange a educação infantil, o ensino fundamental e o ensino médio. De acordo com o PNE, a segunda versão da Base, preparada por uma equipe de especialistas a partir da consolidação das sugestões apresentadas, deve ser entregue ao Conselho Nacional de Educação (CNE) até junho de 2016.

    Assessoria de Comunicação Social

    Ouça:

  • Os brasileiros têm estudado e aprendido mais. A conclusão faz parte do relatório Indicadores de Desenvolvimento Brasileiro 2001-2012, lançado nesta terça-feira, 27, em Brasília.

    O diretor de estatísticas educacionais do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), Carlos Eduardo Moreno, explicou que os indicadores educacionais resumem os avanços sociais conquistados pelo Brasil desde 2001. “Os dados são resultado da decisão estratégica do governo federal de articular políticas públicas para garantir o acesso à educação e melhorar a trajetória regular e o desempenho dos alunos na educação básica”, disse. De acordo com ele, os dados refletem os avanços e os desafios que estão sendo enfrentados para garantir o direito à educação.

    O secretário nacional de avaliação e gestão da informação do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Paulo Jannuzzi, afirmou que a publicação “apresenta um conjunto mais amplo de indicadores que de forma sensível e expressiva dão conta de refletir todo o esforço e investimento do governo brasileiro em sofisticadas políticas públicas de inclusão social, aliadas ao crescimento econômico”.

    Hoje, segundo o secretário, o governo brasileiro investe 25% do Produto Interno Bruto (PIB) em políticas sociais. O relatório apresenta também dados sobre o aumento da renda e redução de desigualdades, mercado de trabalho, saúde e acesso a bens e serviços.

     

    Gráfico 1

    Qualidade – Em todas as faixas etárias, os dados apontam crescimento constante nas taxas de frequência, com destaque na faixa de 4 e 5 anos, de 55% em 2001 para 79,1% em 2012. Também indicam a universalização do acesso, com 98,3% das crianças de 6 a 14 anos frequentando a escola.

    A permanência na escola também aumentou no período, em todas as faixas. O dado revela que está cada vez maior a proporção de estudantes com escolaridade adequada para sua idade. Nos anos iniciais do ensino fundamental, por exemplo, 77,4% das crianças de 12 anos têm, pelo menos, quatro anos de estudo. Em 2001, essa proporção era de 68,8%.

     

    Gráfico 2

    O aumento nos anos de estudo, a queda no analfabetismo e a melhoria na qualidade do ensino também receberam destaque na publicação. Para aferir a qualidade, o Inep criou o índice de desenvolvimento da educação básica (Ideb). O indicador é calculado a cada dois anos, levando em conta o desempenho do estudante em avaliações nacionais e as taxas de aprovação. “O Brasil avançou com destaque para os anos iniciais do ensino fundamental”, apontou Moreno.

    O relatório foi elaborado pela Assessoria Econômica do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, com a participação do MDS e dos ministérios da Educação, Saúde e Comunicações; Inep, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e Secretaria de Planejamento e Investimentos Estratégicos do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.

    Confira a publicação completa

    Assessoria de Comunicação Social, com informações do Inep

  • Capacitar os professores é a opção mais viável para melhorar o desempenho dos alunos. É o que aponta o estudo Formação Continuada de Professores no Brasil, do Instituto Ayrton Senna e do Boston Consulting Group, lançado nesta segunda-feira, 7, em São Paulo. A cerimônia de lançamento contou com a participação do ministro da Educação, Henrique Paim.

    De acordo com o estudo, que apresenta desafios e oportunidades relacionados à formação continuada de docentes no Brasil, estudantes expostos a bons professores aprendem de 47% a 70% a mais do que aprenderiam em média em um ano escolar. A pesquisa ainda destaca que é possível atuar em todas as etapas da carreira, e promover a melhoria da formação em serviço apresentaria melhores resultados no curto prazo.

    Segundo a presidenta do Instituto Ayrton Senna, Viviane Senna, o estudo discute possíveis linhas de ação que podem contribuir para acelerar a formação continuada e a qualificação dos professores no Brasil. “A capacitação dos professores é a alavanca acionável para a melhoria da qualidade da educação no curto e médio prazo”, disse.

    Segundo o ministro, o diagnóstico da pesquisa está de acordo com os levantamentos do Ministério da Educação, que identificam um distanciamento entre a formação oferecida nas universidades e a realidade nas salas de aula. “A palavra-chave é amadurecimento. A relação entre educação básica e a educação superior precisa ser aperfeiçoada para melhorar a formação inicial e continuada dos professores”, afirmou o ministro, reconhecendo a que este é um dos gargalos da educação no país.

    Para o estudo Formação Continuada de Professores no Brasil, foram entrevistados, por meio eletrônico, 2.732 pessoas entre secretários de Educação, supervisores de ensino, diretores de escolas, coordenadores pedagógicos e professores entre novembro de 2012 e março de 2013.

    Durante a cerimônia, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoa de Nível Superior (Capes), anunciou um edital para desenvolver a formação de quadros em competência socioemocional (aptos a lidar com estudantes em situação de instabilidade), da graduação ao doutorado, em psicologia, pedagogia e licenciaturas. Serão oferecidas bolsas para 30 doutorandos, 60 mestrandos, 150 professores de educação básica das escolas públicas e 300 estudantes de graduação.

    Assessoria de Comunicação Social

    Matéria republicada com alterações

  • O ministro da Educação, Rossieli Soares, homologou nesta sexta-feira, 14, a etapa do ensino médio da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Assim, a BNCC da Educação Básica está completa, com a definição dos conteúdos que todos os alunos têm o direito de aprender no decorrer do percurso escolar. “O Brasil está definindo pela primeira vez onde cada aluno precisa chegar em cada um dos anos do ensino médio”, comemorou o ministro. “O que vem agora é uma etapa muito importante de discussão com as escolas, pais e professores, para construção dos currículos.”  

    Rossieli destacou, ainda, a integração entre as áreas do conhecimento a partir da aprovação da BNCC. “O que foi aprovado é para que trabalhemos por área, com todos os professores de todos os componentes. Queremos trazer flexibilidade, protagonismo para os jovens e que eles possam discutir o seu projeto de vida. Vamos estar mais próximo deles nesse processo de aprendizagem para que eles entendam por que estão estudando. Este ensino médio que foi pedido pelos estudantes por muito tempo”, disse.

    O documento soma-se às etapas da educação infantil e do ensino fundamental, homologadas em dezembro de 2017. Durante a solenidade, realizada no Conselho Nacional de Educação (CNE), em Brasília, o ministro anunciou a liberação de R$ 58 milhões aos estados e ao Distrito Federal, por meio do Programa de Apoio à Implementação da Base Nacional Comum Curricular (ProBNCC) do Ensino Médio, para que comecem o processo de implementação dessa etapa. Na ocasião, ele também lançou o Portal Novo Ensino Médio, que reúne informações sobre todas as políticas e ações que têm sido organizadas pelo MEC nesse período e que estão à disposição dos gestores e da comunidade em geral. 

    Para a secretária de Educação Básica do MEC, Kátia Smole, o foco está na continuidade de um trabalho conjunto entre os estados e o MEC. “O ensino médio como um todo vai exigir bastante da sociedade, dos educadores. Chegamos aqui com um documento robusto que precisa virar currículo, ação afirmativa junto aos estados e instituições formadoras. O Brasil avançou em educação nos últimos anos de jeito maduro, trazendo estados e municípios para junto do Ministério da Educação”, falou.

    Na mesma linha, o presidente do CNE, Luiz Roberto Liza Curi, pontuou que o documento homologado é resultado de longas discussões. “Foi um processo extenso. A etapa que preparou a entrega da Base em 2016 foi antecedida por uma longa discussão nacional e o documento homologado expressa o conjunto dessas participações. Os próximos passos são de implantação. São os passos mais complexos e relevantes”. Já o presidente da Comissão do Ensino Médio no CNE, Eduardo Deschamps, destacou que “a versão final é robusta, dá clareza quanto aos objetivos de aprendizagem e preserva a flexibilidade curricular norteada pela Lei 13.415/2017, que reformou o ensino médio”. 

    O documento foi entregue pelo MEC em abril de 2018 ao CNE e a aprovação no colegiado ocorreu em 5 de dezembro. O texto homologado foi aprimorado com as contribuições dos segmentos sociais, secretarias e conselhos estaduais de educação, gestores escolares, professores e alunos. As alterações foram feitas no sentido de dar maior clareza ao documento, tanto em relação às competências e habilidades, quanto a aspectos como a progressão de aprendizagem, projeto de vida, trabalho e mundo digital.

    Com o objetivo de alinhamento à base, deverá ser implementada a Política Nacional de Formação de Professores e revisados o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD) e o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb).

    Com a BNCC completa, o ministro acredita que o Brasil pela primeira vez define onde cada aluno precisa chegar a cada etapa do ensino médio (Foto: Luís Fortes/MEC)

    Currículos – Os currículos deverão estar estruturados até junho de 2019. Entre julho e setembro, haverá consultas públicas regionais nos estados. Os novos documentos deverão ser analisados e aprovados pelos conselhos estaduais de educação entre outubro e dezembro, para serem aplicados a partir do início do ano letivo de 2020. As primeiras turmas irão se formar em 2022.

    A Base está organizada por áreas do conhecimento (linguagens, matemática, ciências da natureza e ciências humanas). Língua portuguesa e matemática devem ser ministradas em cada um dos três anos do curso. Os demais componentes curriculares continuam obrigatórios e serão abordados conforme os arranjos curriculares das escolas. A carga total será de 3.000 horas, sendo 1.800 para os conteúdos da base e 1.200 para os itinerários formativos, que visam aprofundar as áreas de conhecimento e a formação técnico-profissional, conforme a escolha do aluno.

    Ainda nesta sexta-feira, o MEC anunciou que está finalizando o documento dos Referenciais para a Elaboração dos Itinerários Formativos previstos na BNCC e estruturados conforme as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) do Ensino Médio. São cinco itinerários correspondentes a cada área do conhecimento e ao ensino técnico-profissional. Eles deverão ser organizados em torno de um ou mais entre os seguintes eixos estruturantes: investigação científica, processos criativos, mediação e intervenção sociocultural, e empreendedorismo.

    Portal – O Portal Novo Ensino Médio reúne informações sobre as políticas, programas e ações desenvolvidas pelo MEC no processo de implementação da etapa do ensino médio. Na página, é possível ter acesso, por exemplo, ao Guia de Implementação do Novo Ensino Médio, que traz estudos e diagnósticos, a implementação da nova arquitetura dessa etapa de ensino, o questionário de escuta dos estudantes e o compartilhamento de boas práticas.  

    O novo portal também detalha as diretivas de programas como o ProBNCC do Ensino Médio, que possibilita a organização de equipes de currículo com bolsistas por estado, e o Programa Dinheiro Direto na Escola do Novo Ensino Médio, que prevê apoio financeiro com o objetivo de garantir a implementação do projeto de vida dos estudantes, flexibilização curricular e carga horária anual para, no mínimo, mil horas. Ao todo, serão cerca de 3,7 mil unidades escolares beneficiadas, que serão escolas-piloto para a implementação do Novo Ensino Médio.

    Já o Programa de Apoio ao Novo Ensino Médio oferece assistência técnica em variadas frentes, inclusive na elaboração do Plano de Implementação, oferta de materiais de orientação, ferramentas digitais de acompanhamento. Além disso, com auxílio do Banco Mundial, será oferecido suporte financeiro mediante acordo de empréstimo firmado até 2022.

    Informações sobre o Ensino Médio em Tempo Integral também podem ser acessadas pelo novo portal. O programa visa ampliar as matrículas e melhorar os índices de aprendizagem dos alunos, mensurados a partir de indicadores como Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb) e mesmo o Enem.

    Acesse o portal do Novo Ensino Médio

    Assessoria de Comunicação Social

  • A maior taxa de evasão revelada pelo Censo Escolar entre 2014 e 2015 foi de 12,7% dos alunos matriculados na primeira série do ensino médio, seguida por 12,1% dos matriculados na segunda série. A terceira maior taxa de evasão é no nono ano ensino fundamental, que registrou 7,7%. Os números fazem parte dos indicadores de fluxo escolar na educação básica, divulgados pela primeira vez pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), nesta terça-feira, 20.

    A terceira série do ensino médio teve 6,7% de evasão, que chegou a 11% do total de alunos nessa etapa de ensino. A metodologia que tornou possível esse levantamento, feito a partir do acompanhamento longitudinal da trajetória dos estudantes, completa 10 anos, e os resultados foram apresentados durante o seminário 10 Anos de metodologia de coleta de dados individualizada dos censos educacionais, realizado pelo Inep.

    Os números inéditos representam um grande avanço no monitoramento da educação e na condução das políticas públicas e só são possíveis a partir da coleta de dados individualizados, adotada pelo Censo Escolar desde 2007, e que permitiram um acompanhamento do estudante ao longo de sua trajetória escolar. Uma das principais contribuições é a possibilidade de acompanhar os indicadores de todo o território nacional.

    A série histórica revela, em todas as etapas de ensino, uma queda progressiva na evasão escolar de 2007 a 2013, mas o comportamento se altera em 2014, quando as taxas aumentam. A evasão é maior nas escolas rurais, em todas as etapas de ensino. O estado do Pará tem a mais alta taxa de evasão em todas as etapas de ensino, chegando a 16% no ensino médio.

    Migração – A migração para a Educação de Jovens e Adultos (EJA) é mais expressiva ao final do ensino fundamental, quando chega a 3,2% e 3,1%, no sétimo e oitavo anos, respectivamente. Em relação à rede de ensino, a migração é maior na rede municipal dos anos finais do ensino fundamental, quando alcança uma taxa de 3,8%. Já no ensino médio, a migração é mais expressiva na rede estadual de ensino, com 2,2%.

    Já os indicadores de promoção e repetência não são inéditos, mas pela primeira vez são divulgados com detalhamento para todo o território nacional. É possível, por exemplo, observar as taxas de cada unidade da Federação e município. Entre 2014 e 2015, a repetência na primeira série do ensino médio chega a 15,2%. O índice também é alto no sexto ano do ensino fundamental, com taxas de 14,1% de repetência.

    Rendimento – Os indicadores de rendimento se referem à situação final do aluno ao final de um período letivo declarada no Censo Escolar, podendo o mesmo ser aprovado, reprovados ou ter abandonado a escola durante aquele ano letivo. Já os indicadores de fluxo escolar avaliam a transição do aluno entre dois anos consecutivos considerando os seguintes cenários possíveis: promoção, repetência, migração para EJA e evasão escolar.

    O Seminário 10 Anos da Metodologia de Coleta de Dados Individualizados dos Censos Educacionais faz parte das comemorações dos 80 anos de fundação do Inep e será encerrado nesta quarta-feira, 21, em Brasília.  A programação envolve debates sobre os ganhos informacionais com a mudança da metodologia de coleta de dados, a potencialidade de uso das bases de dados estatísticos e os desafios futuros.

    Nesta quarta-feira, 21, o Inep reapresentará os indicadores de trajetória do discente da educação superior, divulgados no Censo da Educação Superior 2015, além de divulgar dados inéditos sobre a remuneração média dos docentes da educação básica.

    Assessoria de Comunicação Social 

  • A cerimônia de entrega do texto da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) pelo ministério da Educação ao Conselho Nacional de Educação (CNE), nesta quinta-feira, 9, contou com a presença de diversas autoridades da área educacional – desde secretários municipais e estaduais a presidentes de entidades nacionais e ex-ministros da Educação.

    Segundo o ministro Mendonça Filho, o evento demonstrou a verdadeira amplitude e desafio do projeto, que contou com a contribuição por consulta pública na internet de 12 milhões de pessoas e foi tema de discussões com mais de 900 mil professores. “Foi uma obra coletiva”, destacou. “Algo muito além de um governo ou resultado de um ponto de vista político e ideológico.”

    Maria Helena Guimarães, secretária executiva do MEC, acompanhou de perto todo o processo. “A Base foi uma construção democrática e compartilhada, muito maior que a gestão de uma pasta”, afirmou. “Teve a primeira versão em setembro de 2015. A segunda ficou pronta em maio de 2016. Foram acolhidas mais sugestões e agora o MEC chega ao conteúdo final, com três anos e meio de debate.”

    De acordo com o presidente do CNE, Eduardo Deschamps, caberá agora uma análise bastante técnica da BNCC. “Certamente estaremos à altura desse trabalho. Junto com a comissão bicameral e depois com o conselho pleno, esperamos entregar até o final do ano um bom documento, a ser homologado pelo MEC.” Deschamps informou, ainda, que haverá uma série de audiências regionais, que também servirão de espaço para novas sugestões.

    Assessoria de Comunicação Social 

  • Alunos do sexto ao nono ano do fundamental e das três séries do ensino médio podem se inscrever na Obmep (Foto: Wanderley Pessoa) Até a manhã desta sexta-feira, 23, a 8ª Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep) recebeu 12,2 milhões de inscrições de estudantes da educação básica de 27,3 mil escolas.

    A adesão das secretarias estaduais e municipais de educação e a inscrição de escolas e alunos podem ser feitas até dia 30 de março, pela internet. Na Obmep, a inscrição dos estudantes deve ser feita pelas escolas. Podem participar alunos do sexto ao nono ano do ensino fundamental e das três séries do ensino médio.

    A coordenadora da olimpíada, Mônica Souza, lembra aos gestores das escolas e aos professores que o regulamento da edição da Obmep 2012 traz três alterações no quesito premiação.

    A primeira mudança se refere ao aumento do número de estudantes convidados a participar do programa de iniciação científica júnior, com bolsa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), que passa de 3,2 mil para 4,5 mil alunos. A segunda é o aumento do número de certificados de menção honrosa, de 30 mil para 46,2 mil; e a premiação será estendida a 1 mil professores.

    Calendário– As datas da Olimpíada são as seguintes: dia 30 de março, encerramento das inscrições; 5 de junho, aplicação das provas da primeira fase nas escolas; 26 de junho, último prazo para as escolas enviarem os cartões-resposta dos classificados para a segunda fase; 15 de agosto, divulgação dos classificados para a segunda fase e do local de realização das provas; 15 de agosto a 14 de setembro, período para as escolas indicarem, na página eletrônica da Obmep, os professores dos alunos classificados para a segunda fase; 15 de setembro, às 14h30 (horário de Brasília), provas da segunda fase; 30 de novembro, divulgação dos premiados na página eletrônica da olimpíada.

    Promovida pelos ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação e da Educação, a Obmep é realizada pelo Instituto Nacional de Matemática Pura Aplicada (Impa) com o apoio da Sociedade Brasileira de Matemática.

    Ionice Lorenzoni

    Confira o regulamento da 8ª edição na página eletrônica da Obmep.
  • Na mesa do seminário sobre a Base, a secretária-executiva do Movimento pela Base Comum, Alice Ribeiro; o presidente da Undime, Alessio Costa Lima; o ministro Mercadante e a representante da Unesco, Marlova Noleto (Foto: João Neto/MEC) Uma das prioridades do Ministério da Educação, a Base Nacional Comum Curricular é tema de seminário iniciado na manhã desta quarta-feira, 20, em Brasília. Com a participação do ministro da Educação, Aloizio Mercadante, o evento foi aberto durante a reunião do Conselho Nacional de Representantes da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime).

    A entidade é uma das parceiras do MEC na mobilização da comunidade escolar para contribuir para a Base. Durante o evento, Mercadante lembrou que o documento “é essencial para garantir o direito de aprendizagem dos nossos jovens e de nossas crianças”, em qualquer parte do país e de forma democrática. “Mas é claro que precisamos compatibilizar essa essência, que não é o todo. O todo do currículo tem de respeitar a diversidade cultural, histórica de cada uma das nossas regiões”, disse.

    A participação dos professores, das escolas e das secretarias de educação é importante, segundo o ministro, porque sem ela o documento não terá aderência em sala de aula. Até agora, 34 mil instituições de ensino já se cadastraram no sistema que recebe as colaborações, enquanto o número de professores chega perto de 170 mil.

    “Então, esse processo de contribuição é pra valer. Cada contribuição vai ser lida, analisada, vai ser classificada e poderá ser incorporada ou não pela qualidade do processo. A UFMG [Universidade Federal de Minas Gerais] e a UnB [Universidade de Brasília] estão cuidando exatamente de organizar essas contribuições”, garantiu Mercadante, lembrando que a análise técnica do que está proposto está sendo feita pelos leitores críticos, grandes nomes do meio acadêmico. “Portanto, é um diálogo”, completou.

    O ministro lembrou que, apesar dos prazos previstos pelo Plano Nacional da Educação (PNE) para a conclusão da Base, a prioridade será entregar um currículo que encontre convergência no país. “Vamos trabalhar com prazo, mas sobretudo vamos fazer a coisa bem feita.” 

    Outro ponto destacado por Mercadante é a necessidade de articular a Base com a formação continuada do professor. Segundo o ministro, esse é o próximo desafio do MEC. “Nós vamos ter que, junto da Base e logo após a Base, lançar um programa de formação dos professores, por exemplo, de licenciatura multidisciplinar. Se não, nós vamos fazer um excelente currículo e no dia seguinte o professor vai dar aula do jeito que sempre deu”, apontou o ministro.

    Equidade - O presidente da Undime, Alessio Costa Lima, destacou a promoção da equidade e da transparência como dois grandes ganhos para a educação brasileira trazidos pela Base. “Nessa perspectiva, a gente entende que ela é um instrumento de igualdade de oportunidade e de acesso à aprendizagem da criança brasileira como um todo. Serve também como instrumento de transparência para a família acompanhar e participar da aprendizagem dos seus filhos e até mesmo cobrar da escola o que a criança deveria ter aprendido ou não”, afirmou Alessio.

    A secretária-executiva do Movimento pela Base Nacional Comum, Alice Ribeiro, também destacou a importância do documento, que “é um elemento fundamental para darmos um passo na equidade e na qualidade da educação no país”, disse. Alice ainda parabenizou o Ministério da Educação e seus parceiros, como a Undime, pela coragem de levar o texto para debate público.

    O seminário, que será encerrado nesta quinta-feira, 21, contou também com a participação do secretário de Educação Básica do MEC, Manual Palácios, e de representantes de entidades da sociedade civil que levaram suas sugestões e críticas para a discussão. Com base no que for discutido e no estudo do texto preliminar de cada componente curricular, os conselheiros da Undime se dividirão em grupos e apresentarão um parecer oficial da associação.

    A consulta pública sobre o texto preliminar da Base continua aberta até 15 de março.

    Assessoria de Comunicação Social

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  • O Ministério da Educação deu início às reuniões para traçar as estratégias de mobilização de 68 mil escolas públicas em torno da 4ª Conferência Infantojuvenil pelo Meio Ambiente. Lançada pelo ministro Aloizio Mercadante durante a Rio+20, a conferência traz o tema Vamos Cuidar do Brasil com Escolas Sustentáveis.

    A conferência passa por três etapas até o encontro nacional, previsto para outubro de 2013. A primeira etapa ocorre nas escolas, em trabalhos desenvolvidos por alunos e professores do sexto ao nono ano. Em seguida são realizadas conferências regionais ou municipais e as estaduais. A primeira reunião do Conselho Consultivo Nacional, composto por membros de outros ministérios e órgãos do governo federal, foi realizada nesta terça-feira, 21.

    “A nossa expectativa é atingir de 15 a 20 mil escolas, chegando a 5 milhões de alunos”, comenta José Vicente de Freitas, coordenador geral de educação ambiental no MEC.

    Segundo ele, um conjunto para orientação (composto de um manual para o professor, um livro sobre escolas sustentáveis e quatro cadernos sobre mudanças climáticas) será enviado até novembro a todas as escolas públicas que tenham turmas de anos finais do ensino fundamental – o público que participa da conferência.

    Na primeira etapa, a escola define a temática com a qual pretende trabalhar e elege os delegados para representá-la nas conferências municipais ou regionais e, depois, nas estaduais. “A conferência é uma ação que vem sendo executada desde 2003 e é uma forma que o MEC tem para que as escolas trabalhem o tema da sustentabilidade”, diz o coordenador.

    Assessoria de Comunicação Social

    Ouça o coordenador José Vicente de Freitas

  • A 4ª Conferência Infantojuvenil pelo Meio Ambiente será aberta no sábado, 23, e se estende até 28 de novembro. O evento reúne em Luziânia (GO), 1.077 participantes, sendo 673 estudantes de 11 a 14 anos de idade, que representam as 18 mil escolas que aderiram à conferência, e cerca de 250 educadores de todas as unidades da Federação. Participam também técnicos dos ministérios da Educação e do Meio Ambiente e oficineiros.

    Durante seis dias, os alunos vão discutir o tema da 4ª Conferência – Vamos cuidar do Brasil com escolas sustentáveis – e os subtemas – terra, água, fogo e ar –, além de participar de oficinas e de atividades culturais. Esta quarta edição do evento conta com a maior adesão de escolas, nos dez anos de realização de conferências infantojuvenis, informa Clélia Brandão, diretora de políticas em Direitos Humanos e Cidadania da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi).

     

    A dinâmica da conferência nacional, explica Clélia Brandão, é de atividades em grupos, em que os estudantes vão apresentar e discutir os projetos de ação das escolas que foram trabalhados durante o ano de 2013 e debater formas de agir para transformar as escolas em espaços educadores sustentáveis. São 13 tipos de oficinas que vão abordar como usar técnicas de rádio, publicidade, fotografia, teatro, entre outras, para tratar temas ambientais dentro e fora da escola.

     

    Na tarde da segunda-feira, 25, os participantes da conferência terão um encontro, no Palácio do Planalto, com a presidenta da República, Dilma Rousseff, e com os ministros da Educação, Aloizio Mercadante, e do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.

     

    Escolas sustentáveis- Os educadores que participam da conferência, cerca de 250, têm uma série de atividades específicas para que as ações tenham continuidade. No domingo, 24, por exemplo, eles vão conhecer o Programa Nacional Escolas Sustentáveis. O programa selecionou 10 mil escolas situadas em 310 municípios com vulnerabilidade ambiental - áreas de risco (deslizamentos, enchentes), que participaram de edições anteriores da Conferência Infantojuvenil pelo Meio Ambiente, que têm professores com formação na área e que têm estruturada a Comissão de Meio Ambiente e Qualidade de Vida (Com Vida). Elas receberão verbas do Programa Dinheiro Direto na Escola – PDDE Escolas Sustentáveis, para concretizar projetos.

     

    Trajetória - Promovida pelos ministérios da Educação e do Meio Ambiente, a 4ª Conferência Infantojuvenil pelo Meio Ambiente – vamos cuidar do Brasil com escolas sustentáveis, tem como proposta fortalecer a educação ambiental nos sistemas de ensino com a participação ativa das escolas na construção de políticas públicas. A primeira edição da conferência, em 2003, contou 15.452 escolas; a segunda, em 2005/2006, foi realizada em 11.475 escolas. Em 2008/2009, o evento mobilizou 11.630 escolas.


    Ionice Lorenzoni

     

    Acesse o guia da 4ª Conferência Infantojuvenil pelo Meio Ambiente

     

     

  • Aproximadamente 1,7 mil brasileiros que vivem fora do país participaram nesse fim de semana do Exame Nacional de Certificação de Competências (Encceja 2015). O Japão teve o maior número de inscritos, 870, seguido de Portugal, 243; Estados Unidos, 119; Espanha, 110; Inglaterra, 98; Bélgica, 94; Suíça, 91, e Guiana Francesa, 29. O exame, realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), é destinado a brasileiros residentes no exterior que não puderam concluir os estudos na idade apropriada.

    Os resultados do Encceja no exterior permitem ao candidato obter a certificação de conclusão dos ensinos fundamental e médio. Para concorrer ao certificado de conclusão do ensino fundamental é preciso ter no mínimo 15 anos completos na data de realização das provas. Quem pretende obter o certificado do ensino médio deve ter a idade mínima de 18 anos completos na data de realização das provas do Encceja.

    Os gabaritos das questões objetivas serão divulgados na página do Inep na internet até o décimo dia útil seguinte ao dia de realização do exame.

    Áreas– Foram aplicadas quatro provas objetivas, com 30 questões, em cada área de conhecimento. Para o nível de ensino fundamental, houve provas de linguagens, códigos e suas tecnologias (língua portuguesa, língua estrangeira moderna, artes, educação física e redação); matemática, história e geografia, e ciências naturais.

    Para o nível de ensino médio, as provas foram de linguagens, códigos e suas tecnologias e redação; matemática e suas tecnologias; ciências humanas e suas tecnologias, e ciências da natureza e suas tecnologias.

    Assessoria de Comunicação Social do Inep


  • O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgou na tarde desta segunda-feira, 26, durante entrevista coletiva, os números consolidados do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2017. No total, foram registrados 7.603.291 inscritos, dos quais 6.731.186 (88,5%) estão confirmados.

    De acordo com o Inep, foram feitas 694 solicitações de uso do nome social, o maior número em proporção desde 2015, quando o recurso começou a ser oferecido. Destas, 303 foram deferidas.

    Do total de inscrições confirmadas, 1.486.449 (22,1%) foram de concluintes do ensino médio que tiveram direito automático à gratuidade na taxa. Também foi concedida isenção a 2.322.026 (34,5%) candidatos que tiveram a carência deferida por lei e a 923.112 (13,7%) por decreto. Outros 2 milhões de participantes pagaram a Guia de Recolhimento da União (GRU).

    Também na coletiva foram divulgadas as datas do Exame Nacional de Certificação de Competências (Encceja) de 2017 e as mudanças e prazos do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb). Com as melhorias do Enem anunciadas após consulta pública, no início deste ano, a função da certificação do ensino médio voltou para o Encceja e a responsabilidade pelo boletim da escola passa a ser do Saeb.

    Assessoria de Comunicação Social 

  • Saiba o que é verdade e o que não é sobre o Enem


    Da equipe do Inep

    Às vésperas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), todas as informações que os participantes precisam a respeito da aplicação estão disponíveis nos canais de comunicação do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e do Ministério da Educação (MEC). Para responder algumas dúvidas frequentes e esclarecer quais orientações disseminadas nas redes sociais são verdadeiras e quais são falsas, o Inep destacou várias questões para quem vai fazer Enem.

    1. Os lanches dos participantes do Enem 2019 deverão estar em embalagens transparentes.

    FALSO

    Os lanches dos participantes NÃO precisarão estar em embalagens transparentes. Itens industrializados poderão estar em suas embalagens originais, com rótulo, porém, todos os alimentos serão vistoriados, conforme previsto no edital do Enem 2019.

    2. Documentos válidos vencidos serão aceitos para identificação no Enem 2019.

    VERDADEIRO

    Documentos permitidos, conforme edital do Enem 2019, serão aceitos para identificação dos participantes mesmo que estejam fora do prazo de validade.

    3. Os participantes do Enem devem estar com os cabelos presos para realização das provas.

    FALSO

    Não há nenhuma orientação do Inep para que os participantes estejam com os cabelos presos durante as provas do Enem. Apenas não será permitido o uso de itens de chapelaria, como chapéus e bonés.

    4. Se o celular ou qualquer outro aparelho eletrônico tocar durante as provas, o participante será eliminado do Enem 2019.

    VERDADEIRO

    O participante que deixar o telefone celular ou outro aparelho eletrônico emitir qualquer som durante a prova, mesmo que o item esteja desligado e na embalagem lacrada fornecida pelo aplicador, será imediatamente eliminado do Enem 2019.

    5. A Declaração de Comparecimento é obrigatória para todos os participantes do Enem.

    FALSO

    A Declaração de Comparecimento no Enem é direcionada aos participantes que precisarem comprovar a presença no exame, seja para justificativa no trabalho, seja para qualquer outro motivo particular. Ela não é obrigatória. Quem precisar deve imprimir a declaração na Página do Participante. Ela é personalizada e não poderá ser impressa no local de prova. O Inep não fornece a declaração após o exame.

    6. A única caneta permitida para a realização do Enem é a esferográfica de tinta preta, fabricada em material transparente.

    VERDADEIRO

    Nas provas do Enem, só é permitido portar caneta esferográfica de tinta preta, fabricada em material transparente. Lápis, lapiseiras e outros tipos de caneta não poderão estar sobre a mesa durante a realização do exame.

    7. O participante do Enem deverá utilizar roupa específica para fazer as provas.

    FALSO

    Não há nenhuma regra sobre a vestimenta dos participantes do Enem. No entanto, o Inep orienta que sejam utilizadas roupas leves e confortáveis, para o bem-estar durante as provas.

    8. Participantes que ficaram grávidas após a inscrição do Enem deverão solicitar atendimento específico.

    FALSO

    Gestantes que descobriram a gravidez após o período de inscrição no Enem 2019 poderão fazer as provas normalmente. Se for gerado algum incômodo durante o exame, essas participantes poderão comunicar a situação ao aplicador, para que sejam tomadas as providências necessárias.

    Horário – O Inep recomenda que os estudantes cheguem ao local do exame com antecedência. Os portões abrirão ao meio-dia (12h), pelo horário oficial de Brasília, e serão fechados às 13h. Outro ponto de atenção é a lembrança de que, em 2019, não há horário de verão.

    Enem – O exame é composto por quatro provas objetivas, totalizando 180 questões, e uma redação. As provas serão realizadas neste e no próximo domingo, 3 e 10 de novembro.

  • Os resultados do Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja Nacional) de 2014 podem ser consultados pela internet. Também estão disponíveis os resultados do exame para pessoas privadas de liberdade e para jovens sob medidas socioeducativas, assim como daqueles que fizeram a prova no exterior.

    O exame é aplicado desde 2002 a jovens e adultos residentes tanto no Brasil quanto no exterior. O objetivo é promover a certificação de pessoas que não concluíram os estudos na idade apropriada. A participação é voluntária e gratuita. Este ano, 112.607 candidatos inscreveram-se para o Encceja Nacional e outros 11.544 nas unidades prisionais e socioeducativas. No exterior, 2.303 pessoas.

    Para obter o certificado do ensino fundamental é necessário ter no mínimo 15 anos de idade completos na data de realização das provas. Para quem deseja obter o de ensino médio é necessário ter no mínimo 18 anos completos. O participante pode pedir o aproveitamento dos resultados de uma ou mais áreas de conhecimento avaliadas, em quaisquer edições anteriores, para fins de certificação.

    Para o ensino fundamental, são aplicadas provas estruturadas em língua portuguesa e estrangeira moderna, artes, educação física, matemática, história, geografia, ciências naturais e redação. Para o ensino médio, a prova é composta por linguagens, códigos e suas tecnologias, matemática e suas tecnologias, ciências humanas e suas tecnologias, ciências da natureza e suas tecnologias e uma proposta de redação.

    Os resultados do Encceja podem ser conferidos na página do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) na internet.

    Assessoria de Comunicação Social, com informações do Inep

  • Sistema de ensino em Rio das Ostras (RJ) registrou elevado crescimento no Ideb em quatro anos ao implantar método próprio de avaliação dos estudantes (foto: riodasostras.rj.gov.br)Em 2007, o município de Rio das Ostras, na Região dos Lagos fluminense, implantou o Sistema de Avaliação Educacional (Saero), com o propósito de reduzir a distorção idade-série e o número de reprovações. O índice de desenvolvimento da educação básica (Ideb) nas séries iniciais do ensino fundamental das escolas municipais era então de 5,0. Quatro anos depois, em 2011, Rio das Ostras alcançou o índice de 5,7 e superou as metas estabelecidas no Ideb para aquele ano. Em razão dos bons resultados, o sistema de avaliação foi institucionalizado pela Lei Municipal nº 1.764/2012.

     

    O Saero consiste na obtenção de dados que apontem avanços e defasagens no desempenho escolar de cada estudante do ensino fundamental. Antes de se tornar lei municipal, a experiência foi uma das dez vencedoras, em 2011, do Prêmio Inovação em Gestão Educacional, promovido pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep).

     

    De acordo com o diretor do Departamento de Avaliação Sistêmica da Secretaria de Educação de Rios das Ostras, Maurício Santana, a conquista do prêmio foi fundamental para o Saero ser transformado em lei. “Com a promulgação da lei, a previsão, em 2013, é de avaliarmos mais de 16 mil estudantes do ensino fundamental”, destaca Santana. É meta da secretaria, em 2014, estender a aferição a outras etapas da educação básica.


    Prêmio — Até o dia 30 próximo estão abertas as inscrições para a quarta edição do Prêmio Inovação em Gestão Educacional. Podem concorrer experiências desenvolvidas por órgãos municipais gestores do ensino. Elas devem estar em vigência e implantadas há pelo menos 18 meses, além de já ter apresentado resultados. Os dirigentes municipais podem inscrever até quatro experiências, uma para cada área temática do prêmio:

    Gestão pedagógica — Relacionada ao planejamento e à organização do sistema educacional do município e das unidades escolares quanto ao gerenciamento de recursos e à elaboração e execução de projetos pedagógicos.

    Gestão de pessoas — Relacionada ao uso de métodos e técnicas que envolvam a formação e o desenvolvimento dos profissionais, bem como ao incentivo à participação em decisões políticas e técnicas e valorização de mérito.

    Planejamento e gestão — Relacionada ao uso de métodos e técnicas de gestão pública na educação do município.

    Avaliação e resultados educacionais — Relacionada ao desenvolvimento e ao uso de instrumentos e de tecnologias de avaliação e de monitoramento dos processos e resultados educacionais do município e seu uso na orientação em tomadas de decisões de gestão e de práticas educativas.


    Assessoria de Comunicação Social do Inep

  • O Ministério da Educação, por meio do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), levou a experiência brasileira na área de alimentação escolar para o exterior. Durante cinco dias, representantes de diversos países estiveram reunidos em Roma, na Itália, para a 43ª Sessão do Comitê de Segurança Alimentar (CSA), que discutiu sistemas alimentares sustentáveis, nutrição e mudança do clima. O evento, encerrado nesta sexta-feira, 21, foi promovido pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).

    O diretor de Ações Educacionais do FNDE, José Fernando Uchôa, destacou a relevância do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), considerado um dos maiores programas na área de alimentação escolar do mundo. “Atualmente, cerca de 50 milhões de refeições são servidas diariamente a mais de 40 milhões de alunos no Brasil, com o apoio do Pnae”, disse. O programa atende a todos os estudantes matriculados na educação básica das redes públicas de ensino.

    “Durante muitos anos, o Brasil esteve tristemente inserido no Mapa da Fome da ONU, mas, atualmente, o Pnae faz parte do relatório da FAO como um exemplo de política pública eficaz de promoção de segurança alimentar e nutricional”, comemorou Uchôa. “O Pnae evoluiu de um programa assistencialista para um programa que assegura o direito humano à alimentação adequada.”  

    O Ministério da Educação já repassou R$ 2,7 bilhões em 2016 para a alimentação nas escolas. A previsão é fechar o ano com um repasse de R$ 3,6 bilhões. Pelo menos 30% desse valor deve ser investido na compra direta de produtos da agricultura familiar. “Acreditamos na agricultura familiar como fator fundamental para superar nossos desafios”, afirmou o diretor do FNDE.

    Os bons resultados do Pnae levaram o Brasil a fechar uma parceria com o Centro de Excelência contra a Fome, da FAO, pelo qual apoia os governos de 26 países na África e dois na Ásia para criação, desenvolvimento e aperfeiçoamento dos programas nacionais de alimentação escolar, com o fortalecimento da ligação com a compra local dos pequenos agricultores. Na África, 24 países já trabalham seus programas de alimentação com base na experiência brasileira.

    As discussões e propostas apresentadas no comitê deverão contribuir para a implementação da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, que corresponde a um conjunto de programas, ações e diretrizes que orientarão os trabalhos das Nações Unidas e de seus países membros rumo ao desenvolvimento sustentável.

    Assessoria de Comunicação Social

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