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  • O Ministério da Educação divulgou nesta terça-feira, 27, a relação das 70 instituições públicas de ensino superior que tiveram propostas aprovadas para a abertura de cursos de formação continuada de professores da educação básica, na modalidade presencial. Desse grupo de instituições, 53 são federais (39 universidades, 13 institutos e um Cefet) e 17 estaduais.

    De acordo com a coordenadora geral de formação de professores da Secretaria de Educação Básica (SEB) do MEC, Helena Costa Lopes Freitas, as instituições vão oferecer cursos em 14 áreas para qualificar profissionais da educação infantil e dos ensinos fundamental e médio. A formação atende também a uma série de especificações pedidas pelos sistemas estaduais e municipais, entre elas, a educação no campo, indígena e nas prisões.

    Os cursos, que serão abertos a partir de agosto, são para os educadores que fizeram pré-inscrições na Plataforma Freire em 2009 e no início de 2010 e para as solicitações feitas por estados e municípios nos planos de ações articuladas (PAR), em 2007 e 2008. São candidatos à formação, educadores com magistério de nível médio (técnico ou normal), das licenciaturas e da pedagogia.

    Planos de trabalho – Para receber os recursos públicos, as universidades e institutos precisam apresentar ao MEC planos de trabalho detalhando vagas, formato dos cursos, carga horária, duração. As instituições estaduais têm prazo até dia 14 de maio para enviar os planos e assinar convênios; as federais, que não precisam assinar convênio, podem entregar os planos até julho. Os recursos serão transferidos pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), que é a autarquia do MEC que trata do setor financeiro.

    Nos dias 4, 5 e 6 de maio, as secretarias de Educação Básica (SEB), Especial (Seesp) e de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad) farão reuniões, em Brasília, para tirar dúvidas das instituições. Segundo Helena Freitas, da SEB, as universidades e institutos serão convocados por correio eletrônico, sendo um grupo por dia.

    As 70 instituições com projetos de formação continuada aceitos pelo MEC passam a integrar a Rede Nacional de Formação de Professores da Educação Básica, criada em 2009. Desde o ano passado, fazem parte da rede as universidades federais do Rio Grande do Sul (UFRGS), do Rio de Janeiro (UFRJ), de Pernambuco (UFPE), do Espírito Santo (Ufes), e do Amazonas (Ufam) e as estaduais de Campinas (Unicamp) e de São Paulo (Unesp).

    A relação das instituições está na Portaria nº 525, publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira, 27, na seção 1, páginas 13 e 14.

    Ionice Lorenzoni

  • A coleta de dados do Censo Escolar da Educação Básica 2015 teve início nesta segunda-feira, 8, em todo o país. Para este ano, a principal novidade é que serão coletadas informações sobre o ensino a distância.

    O prazo para envio das informações pelas instituições de educação básica segue até 12 de agosto. A data de referência dos dados é a última quarta-feira de maio (27).

    Os formulários devem ser preenchidos por meio da plataforma do Educacenso, pelo diretor ou responsável pela escola, com apoio das secretarias municipais e estaduais de educação. Para mais informações, os gestores podem acessar a página do Censo Escolar no portal do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

    Panorama –O Censo Escolar é um levantamento de dados estatístico-educacionais de âmbito nacional realizado todos os anos e coordenado pelo Inep. O levantamento é feito com a colaboração dos estados, Distrito Federal e municípios e tem a participação de todas as escolas públicas e privadas do país.

    A partir das informações coletadas pelo censo, é possível formular, implementar, monitorar e avaliar políticas públicas. É com base nos dados do censo que são executados programas governamentais na área da educação. Além disso, a riqueza das informações serve de subsídio para análises e estudos sobre as características da educação básica no Brasil.

    Dados de 2014 –o Censo Escolar 2014 registrou 49,8 milhões de matrículas na educação básica brasileira. O número de escolas foi de 188.673, sendo 79% públicas e 21% privadas.

    Assessoria de Comunicação do Inep

    Acesse a página do Educacenso

  • Informações vão subsidiar a emissão da nova carteirinha digital e gratuita, a ID Estudantil


    Guilherme Pera, do Portal MEC

    As instituições de ensino da educação básica, profissional e tecnológica e superior devem indicar um representante para abastecer o Sistema Educacional Brasileiro (SEB). Na prática, ele funciona como um banco de dados nacional que reúne informações sobre matrículas e cursos, por exemplo. A ferramenta ajudará na emissão da ID Estudantil, carteirinha digital e gratuita do Ministério da Educação (MEC).

    Os profissionais escolhidos devem ter vínculo com as instituições de ensino. A indicação precisa ser realizada pelos procuradores institucionais, no caso da educação superior, e pelos gestores escolares nas escolas públicas e privadas. O registro deverá ser feito pelo sistema.

    A função dos representantes é alimentar a plataforma, a partir de 11 de novembro, com informações como nome completo, foto recente, número do CPF e data de nascimento do aluno. Também devem registrar nível e modalidade de educação de ensino. As carteiras digitais do MEC serão disponibilizadas em lojas virtuais pelo celular.

  • As instituições públicas de educação superior interessadas em participar da coordenação da avaliação pedagógica do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) terão prazo maior para se inscrever. A nova data é 30 de junho. Aviso de alteração foi publicado pela Secretaria de Educação Básica (SEB) do Ministério da Educação nesta quarta-feira, 10, no Diário Oficialda União.

    Serão selecionadas até sete instituições, que vão coordenar a avaliação das obras de língua portuguesa, matemática, história, geografia, ciências da natureza, língua estrangeira moderna (inglês e espanhol) e arte. Os livros, inscritos no PNLD de 2017, serão destinados a estudantes e professores dos anos finais do ensino fundamental.  A avaliação deve ser feita em estrita observância ao edital do PNLD e em atendimento a pressupostos éticos, pedagógicos e estéticos.

    Para participar, as instituições devem manifestar interesse institucional, projeto de avaliação pedagógica e equipe de avaliação, em observância ao Decreto nº 7.084, de 27 de janeiro de 2010. As propostas devem ser entregues em papel timbrado, rubricado pelo dirigente máximo da instituição, e encaminhadas por Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

    É necessário ainda, no prazo de até três dias úteis após o envio por meio eletrônico, encaminhar toda a documentação exigida, impressa, pelos correios, para o Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, Coordenação-Geral de Materiais Didáticos, Esplanada dos Ministérios, bloco L, anexo II, sala 412, CEP 70.047-900, Brasília, DF. Mais informações podem ser obtidas no Edital de Chamada Pública nº 1/2015, da SEB, e no Edital do PNLD de 2017.

    Assessoria de Comunicação Social

    Acesse o aviso de alteração no Diário Oficialda União
    Acesse o decreto
    7.084/2010
    Acesse o edital
    de chamada pública nº 1/2015
    Acesse o edital
    do PNLD 2017

  • Instituições públicas federais de educação superior podem participar do Programa Nacional de Formação e Certificação de Diretores Escolares. Os editais de chamada pública da Secretaria de Educação Básica (SEB) do Ministério da Educação foram publicados nesta quarta-feira, 13. O prazo vai até 27 de maio próximo.

    As instituições podem se credenciar para concorrer no eixo de formação ou no de certificação. No primeiro, serão escolhidas instituições aptas a coordenar e executar os processos de formação continuada dos diretores de escolas públicas de educação básica por meio de cursos de extensão a distância. O segundo edital prevê a aplicação de processos avaliativos para certificação inicial e avançada dos diretores em exercício.

    Uma das modalidades previstas no edital de formação é o curso em nível de aperfeiçoamento, com 180 a 200 horas e duração estimada de seis meses. Essa categoria é voltada para o diretor escolar e também para os candidatos à função de direção escolar.

    Os diretores em exercício aprovados em exame de certificação inicial pelo programa devem fazer um curso de nível de atualização — segunda modalidade a ser ofertada pelas instituições credenciadas pelo edital. Nesse caso, a carga horária deve ser de 100 a 120 horas, com duração estimada da formação de quatro meses.

    O edital de certificação estabelece dois processos a serem realizados pelas instituições. A certificação inicial, que pode ser pleiteada por diretores escolares ou candidatos à função de direção de escola, e a certificação avançada, somente para diretores escolares em exercício e que tenham sido aprovados na anterior.

    A certificação inicial será obtida por meio de exame com questões de múltipla escolha e abertas. Já a avançada, com análise e avaliação de portfólios elaborados a partir de orientações recebidas nos cursos de extensão em nível de atualização do programa.

    Experiência — Um dos pré-requisitos para participar dos certames é que as instituições tenham experiência acumulada na coordenação e execução de cursos de formação continuada para diretores escolares ou equipes gestoras escolares. Outra condição é que só concorram em um dos editais.

    Os detalhes da documentação a ser encaminhada ao MEC constam dos editais da SEB nº 39/2016, que torna pública a chamada de credenciamento das instituições interessadas em participar do eixo de formação do programa, e nº 40/2016, sobre o credenciamento das instituições interessadas em participar do eixo de certificação do mesmo programa, publicados no Diário Oficial da União desta quarta-feira, 13.

    Assessoria de Comunicação Social

    Ouça:

  • Mercadante destacou a necessidade de o país evoluir nas propostas: “Tivemos um avanço fantástico com nossa política de cotas, mas temos ainda um caminho a percorrer” (foto: Mariana Leal/MEC)Em encontro com servidores do Ministério da Educação, na tarde desta quarta-feira, 11, o ministro Aloizio Mercadante anunciou mais uma medida que representa avanço na política de ações afirmativas da educação brasileira. Ele assinou portaria que estabelece prazo para as instituições de educação superior apresentarem propostas de inclusão de negros, pardos, indígenas e pessoas com deficiência em seus programas de pós-graduação.

    “Tivemos um avanço fantástico com nossa política de cotas, mas temos ainda um caminho a percorrer”, disse Mercadante sobre o quadro de inclusão nos cursos de mestrado, mestrado profissional e doutorado. “As universidades têm 90 dias, respeitadas as suas autonomias, para estabelecer as ações afirmativas.”

    Além disso, as instituições devem formar comissões próprias para dar continuidade ao processo de discussão e aperfeiçoamento das ações. Segundo o titular da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi) do MEC, Paulo Gabriel Nacif, esse ponto do documento também é importante porque põe em outro patamar a discussão sobre a presença de negros, pardos e pessoas com deficiência nos programas de pós-graduação. “Isso é algo que nunca existiu no Brasil”, disse Nacif.

    “Essa discussão sempre foi marginal, e agora, por determinação do ministro, todos os programas, todas as universidades devem apresentar propostas para que a diversidade brasileira seja reconhecida e esteja presente nos programas.”

    A portaria também dá à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) a incumbência de coordenar a elaboração periódica de um censo discente da pós-graduação, que permitirá o acompanhamento das ações de inclusão. “Para a gente saber como está a evolução das pessoas com deficiência, dos negros e indígenas e para a gente, de fato, ter a segurança de que estamos evoluindo”, explicou Mercadante sobre um dos objetivos do estudo.

    Conforme o documento, o MEC vai instituir grupo de trabalho para acompanhar e monitorar as ações previstas na portaria. “Precisamos lembrar que 53% da população brasileira se autodeclara negra; então, não é possível que a gente tenha o desenvolvimento científico-tecnológico do Brasil com 53% da sua população brasileira sendo excluída da sua elite”, salientou Paulo Nacif.

    Parecer—Durante a reunião, o ministro também homologou parecer da Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de Educação (CNE) que trata das diretrizes curriculares nacionais para a formação inicial e continuada dos funcionários da educação básica. O objetivo é capacitar os funcionários da rede pública de educação básica para atender as especificidades nas diferentes etapas e modalidades desse nível de ensino.

    De acordo com Mercadante, a qualidade da educação também passa pela capacitação e valorização dos não docentes. “Eles fazem parte das escolas, e a formação desses servidores é muito importante para a educação”, disse.

    Assessoria de Comunicação Social

     

  • Seis instituições federais de ensino superior de Pernambuco, Rio Grande do Norte, Bahia e Sergipe oferecem 65 vagas para o Mestrado Profissional em Ensino de Física. Podem concorrer às vagas professores graduados em física que estejam no exercício da atividade docente na disciplina e estudantes do último semestre do curso. As inscrições devem ser feitas até a próxima quinta-feira, 12, na internet.

    A pós-graduação em física é um curso em rede nacional, organizado pela Sociedade Brasileira de Física (SBF), desenvolvido em polos de universidades e institutos federais vinculados à Universidade Aberta do Brasil (UAB). A formação é semipresencial, gratuita, com duração de dois anos, dirigida a professores que lecionam na educação básica, superior ou na disciplina de ciências no ensino fundamental.

    A capacitação abrange o domínio de conteúdos de física e técnicas atuais de ensino para aplicação na sala de aula. Entre as técnicas, estão recursos de mídia eletrônica e meios tecnológicos para motivação, informação, experimentação e demonstração de fenômenos físicos.

    Curso – Neste edital são oferecidas dez vagas em cada polo das seguintes universidades federais: Rural de Pernambuco (UFRPE), em Garanhuns; Vale do São Francisco (Unvasf), em Juazeiro (BA); Rural do Semiárido, em Mossoró (RN); de Sergipe (UFSE), em São Cristóvão. O Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN) abre dez vagas em Natal, e a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), 15 vagas, em Caruaru.
    A seleção dos educadores será realizada em duas etapas, ambas de caráter eliminatório e classificatório, com pontuação de zero a dez. A primeira fase é uma prova escrita sobre tópicos de física geral, aplicada em 1º de março, às 13h, horário de Brasília, no polo onde o professor fez a inscrição.

    A segunda fase da seleção é oral. O candidato ao mestrado profissional vai discorrer sobre sua trajetória profissional e o plano de trabalho a ser desenvolvido durante o mestrado. A defesa será nos dias 12, 13 e 14 de março, no polo. Os aprovados devem fazer a matrícula no período de 23 a 27 de março.

    Trajetória – A primeira turma do Mestrado Profissional em Ensino de Física selecionou 360 professores em novembro de 2013; a segunda, em setembro de 2014, abriu 483 vagas em 38 polos de 34 instituições federais de ensino superior. A pós-graduação em física integra a série de mestrados profissionais criados pelo Ministério da Educação para qualificar professores da educação básica, com prioridade para trabalhadores do ensino público. O primeiro mestrado profissional foi de matemática, o Profmat, aberto em 2011; o segundo, letras, o Profletras, lançado em 2013. Em 2014, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) aprovou mestrados profissionais em história, artes e administração pública.

    Ionice Lorenzoni

    Confira no portal da Sociedade Brasileira de Física o Edital MNPEF/SBF nº 1/2015

  • Instituições públicas de ensino superior já podem organizar a oferta de cursos de formação continuada a professores da educação básica. Para isso, podem consultar a lista de docentes pré-inscritos, por estado, na Rede Nacional de Formação Continuada de Professores. A lista mostra o número de educadores que desejam participar dos cursos, em cada área do conhecimento.

    O Ministério da Educação recebe, até a próxima segunda-feira, 29, propostas das instituições de ensino superior públicas para a oferta de cursos de formação continuada, nas modalidades presencial e semipresencial. A análise das propostas será feita entre os dias 5 e 9 de abril.

    A ação faz parte do Plano Nacional de Formação dos Professores da Educação Básica. Podem apresentar projetos as universidades federais e estaduais que desenvolvam atividades de pesquisa, ensino e extensão nas áreas especificadas no edital e os institutos federais de educação, ciência e tecnologia que ofereçam cursos de licenciatura.

    O objetivo, além de ampliar a rede de instituições que atuam na formação de docentes, é promover uma articulação entre elas e as escolas públicas de educação básica, para assegurar o direito de crianças, jovens e adultos a uma educação de qualidade. A partir do envio de projetos pelas instituições, também será possível associar a pesquisa e a produção acadêmica à formação de professores, com a finalidade de contribuir para a melhoria do aprendizado dos estudantes.

    Assessoria de Comunicação Social

    Confira os pré-inscritos por estado.
    Veja o edital.
    Plano de trabalho - Projeto Básico
    Anexo 1 - Proposta orçamentária
    Anexo 2 - Itens financiáveis
  • Giulliano Fernandes, do Portal MEC

    O prazo para as instituições de ensino interessadas em participar do Programa Ciência na Escola foi prorrogado para as 23h59 de 12 de julho. O cadastro das propostas tinha se encerrado em 24 de junho. A iniciativa busca aprimorar o ensino de ciências na educação básica, em especial nos anos finais dos ensinos fundamental e médio.

    As propostas devem ser submetidas por universidades federais pelo site do programa. Estas devem se juntar com pelo menos um Instituto Federal de Ciência e Tecnologia (IF) ou um Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet). O consórcio/rede de instituições pode ainda conter:

    • instituições de educação superior públicas ou privadas;
    • institutos de ciência e tecnologia;
    • redes educacionais estaduais; 
    • redes educacionais municipais;
    • espaços científicos e culturais, como museus, planetários e observatórios.

    O investimento do Ministério da Educação (MEC) para o projeto, que ainda conta com o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), é de R$ 100 milhões. São até R$ 20 milhões para propostas regionais — que envolvam ao menos três estados da mesma Região do País —, R$ 10 milhões para interestaduais — dois estados da mesma Região — e R$ 4 milhões para iniciativas em um só estado.

    Os objetivos do Programa Ciência na Escola são:

    • aprimorar o ensino de ciências nas escolas de educação básica;
    • promover o ensino por investigação voltado à solução de problemas;
    • intensificar a qualificação de professores da educação básica para o ensino de ciências;
    • estimular o interesse dos alunos da educação básica pelas carreiras científicas;
    • identificar jovens talentos para as ciências;
    •  fomentar a implementação de soluções inovadoras que contribuam para aprimorar o ensino e o aprendizado de ciências; 
    • incentivar o uso de novas tecnologias educacionais e novos métodos de ensino de ciências; 
    • fortalecer a interação entre escolas de educação básica, instituições de ensino superior, espaços de ciência e outras instituições de ciência, tecnologia e inovação; 
    • democratizar o conhecimento e popularizar a ciência.

    O programa teve início em abril deste ano. Foram quatro ações simultâneas: chamada pública para instituições, chamada pública para pesquisadores, Olimpíada Nacional de Ciências e especialização a distância em ensino de ciência. 

    O Ciência na Escola valoriza a perspectiva pedagógica de que o aluno seja o protagonista na construção e na apropriação do conhecimento, além do aprimoramento do ensino de ciências na educação básica com elementos de ensino por:

    • investigação; 
    • mão na massa;
    • abrangência;
    • criatividade; 
    • inovação;
    • diversidade;
    • democratização do conhecimento;
    • popularização da ciência.

    O que se espera é que as propostas selecionadas promovam o aprimoramento do ensino de ciências e que sua execução seja capaz de:

    • intensificar a vivência de alunos das redes públicas de ensino fundamental e médio com métodos de investigação científica para a resolução de problemas, com aplicação no cotidiano;
    • estimular a aproximação e a interação entre atores relevantes à produção do conhecimento científico, escolas de ensino fundamental e médio, instituições de ensino superior, espaços de ciência e outras instituições de ciência, tecnologia e inovação em benefício do ensino de ciências nas escolas públicas de educação básica;
    • despertar, estimular e incentivar talentos e habilidades em alunos da educação básica para as ciências;
    • promover a qualificação de professores da educação básica para o ensino de ciências sob a perspectiva da aprendizagem pela investigação e adoção de procedimentos científicos;
    • contribuir para a redução das desigualdades socioeducacionais no país.
  • Crianças de mil municípios participaram, entre 1999 e 2005, de programas de combate à repetência, à distorção idade/série e de alfabetização, oferecidos pelo Instituto Ayrton Senna. De acordo com estudos do economista Ricardo Barros, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), os estudantes atendidos avançaram seis vezes mais do que as crianças que não receberam o apoio.


    Os resultados do impacto dessa tecnologia educacional aplicada às escolas públicas municipais foram apresentados nesta quarta-feira, 29, ao ministro da Educação, Fernando Haddad, em Brasília. “O MEC apoia essas iniciativas inovadoras, que ajudam a promover a equidade”, disse o ministro.


    Na visão de Haddad, muitas crianças vivem em condições socioeconômicas que dificultam o aprendizado e precisam de atenção redobrada de governos e sociedade. “Um terço das crianças mal se alfabetiza, apesar de frequentar a escola, sobretudo por questões socioeconômicas”, ressaltou.


    De acordo com Barros, a tecnologia de correção de fluxo do Instituto Ayrton Senna ajuda especialmente as crianças das séries iniciais do ensino fundamental a encurtar a distância entre a série que cursa e a que deveria cursar de acordo com sua idade. Para o ministro, o acesso à educação de qualidade nos anos em que os alunos se alfabetizam interfere substancialmente em seu aprendizado futuro.


    “A distância entre os alunos que receberam boa educação nas séries iniciais e os outros tende a se cristalizar ao longo do tempo”, ressaltou. Por isso, é preciso estimular boas experiências e oferecer oportunidades para equalizar as condições de ensino.


    Para auxiliar prefeitos e governadores a escolher boas tecnologias educacionais e ajudar os alunos a superar dificuldades, o Ministério da Educação criou o guia de tecnologias educacionais. “O MEC pré-testa as tecnologias e confere um selo de certificação àquelas que apresentam impacto positivo no aprendizado”, explicou Haddad.


    Em relação aos programas do Instituto Ayrton Senna, o ministro disse que pretende estimular a sua adoção na rede pública com apoio da União. “Agora, o FNDE está estudando como o apoio financeiro pode ser dado ao instituto”.

    Maria Clara Machado

  • O ministro Aloizio Mercadante e o presidente do Inep, Luiz Cláudio Costa, explicaram o Guia do Participante (foto: Fabiana Carvalho)Os participantes do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) têm mais uma ferramenta para se preparar para as provas. A Redação no Enem 2012 – Guia do Participante foi lançado na tarde desta segunda-feira, 30, pelo Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). O ministro Aloizio Mercadante e o presidente do Inep, Luiz Cláudio Costa, apresentaram o manual.

    O guia detalha os critérios de correção das redações do Enem, orienta os estudantes e apresenta exemplos de redações que obtiveram nota máxima no exame. Além de estar disponível na internet, 1,6 milhão de exemplares do guia serão distribuídos para escolas da rede pública.

    Para a edição deste ano do Enem o número de corretores teve um aumento de 40%, e o sistema de correção foi aperfeiçoado. A nota da redação será dividida entre cinco competências: demonstrar conhecimento da norma culta padrão da língua escrita; compreender a proposta de redação e aplicar conceitos para desenvolver o tema dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo; selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista; demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários à construção da argumentação, e elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos.

    Cada redação será avaliada por dois corretores independentes. Caso haja diferença superior a 80 pontos em qualquer competência ou maior que 200 pontos no total, a prova será reavaliada por um terceiro corretor. Persistindo as discrepâncias, uma banca avaliadora dará a nota final.

    De acordo com o ministro Aloizio Mercadante, apresentar os critérios de correção fortalece o exame. “Neste guia está definido o que se espera de cada uma das competências da redação, para que o estudante saiba o que os avaliadores esperam. É a primeira vez que temos um material que ajude os estudantes”, explicou o ministro.

    O ministro ainda destacou que os estudantes terão acesso à correção das redações para fins pedagógicos, mas a forma como os textos serão divulgados ainda não está definida. A divulgação é parte do termo de ajustamento de conduta firmado pelo MEC com o Ministério Público Federal.

    O guia pode ser acessado gratuitamente na página do Inep na internet.

    Assessoria de Comunicação Social
  • João Marques de Oliveira, estudante de mecânica do IFSC, ganhou 4 medalhas de ouro e agora dá aulas para quem quer participar da Obmep (Foto: Divulgação)

    A Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep) tem agitado os institutos federais pelo país. Várias instituições têm realizado cursos preparatórios para seus próprios estudantes e, também, para alunos de escolas públicas dos municípios onde estão sediados. Além do foco no desempenho na Obmep, tem sido uma oportunidade para integrar a comunidade escolar. A primeira etapa da competição acontece em 21 de maio.

    Em Joinville (SC), o Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) fez uma parceria com a Escola Municipal Zulma do Rosário Miranda. São 85 estudantes atendidos em duas turmas de nível 1, para quem está nos sexto e sétimo anos, e duas de nível 2, para oitavo e nono anos. As aulas são realizadas no contraturno na escola e no IFSC.

    “Eu percebi na Obmep uma maneira de elevar o ensino de matemática nas escolas de uma forma geral”, conta o coordenador do projeto e professor da disciplina, Paulo Amaro dos Santos. “Incentivar os alunos a participar da Obmep, dar uma melhor preparação para eles, faz com que eles acabem ganhando em qualidade do ensino da matemática.”

    As aulas tiveram início em março e seguem até a véspera da segunda etapa da Obmep, com intervalo apenas durante as férias de julho. As aulas são ministradas por quatro estudantes do IFSC, que também vão participar da Obmep do ensino médio.

    João Marcos de Oliveira é um dos estudantes do IFSC que participa como tutor do projeto. Ele tem 16 anos e está no terceiro semestre do curso técnico integrado de mecânica. “Tenho achado muito interessante porque aprendo bastante com eles, assim como passo um pouco da minha experiência. Essa troca é muito interessante e é boa para todo o mundo”, reflete.

    Ele já participou de quatro edições da Obmep durante o ensino fundamental e em todas ganhou medalha de ouro. No ensino médio participou novamente e conquistou a medalha de bronze. Este ano ele também estará na competição. E tomou gosto pelo ofício do ensino. “O projeto despertou em mim essa vontade de ser professor. Achei fantástica a experiência de estar em sala de aula”, conta.

    Outra medalhista da Obmep é a estudante Bianca Retzlaff. Aos 14 anos, ela está no nono ano da Escola Municipal Zulma do Rosário Miranda e já participou de três competições. No ano passado veio o ouro. “É algo muito incrível! É muito bom pensar em tudo o que acontece por conta da medalha de ouro. É algo mágico”, afirma. Para ela, as aulas com os estudantes do IFSC estão acrescentando muito conhecimento. “É bom ter alguém explicando o conteúdo pessoalmente. Vejo que está me ajudando.”

    Iniciativas – No campus de Caxias do Instituto Federal do Maranhão (IFMA), o professor de matemática Iramar Batista orienta o programa de estudos para a Obmep da instituição. Ele conta que durante a primeira fase da competição as aulas são direcionadas para os estudantes do próprio IFMA. Concluída essa etapa, o projeto será aberto para os estudantes de escolas públicas do município.

    “Nós preparamos e damos orientações para os nossos acadêmicos realizarem esse trabalho. Vejo os estudantes muito motivados porque outro objetivo do projeto também é oferecer a prática da docência”, explica.

    Participam 148 estudantes do ensino médio do campus Caxias. E o cursinho está sendo desenvolvido por acadêmicos do curso de licenciatura em matemática.

    Obmep – Criada em 2005 para estimular o estudo da matemática e identificar talentos na área, a Obmep é um projeto nacional dirigido às escolas públicas e privadas brasileiras, realizado pelo Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (Impa), com o apoio da Sociedade Brasileira de Matemática (SBM), e promovida com recursos dos ministérios da Educação e da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC).

    Seus principais objetivos são estimular e promover o estudo da matemática, contribuir para a melhoria da qualidade da educação básica, identificar jovens talentos e incentivar seu ingresso em universidades, nas áreas científicas e tecnológicas.

    Além disso, incentiva o aperfeiçoamento dos professores das escolas públicas, contribuindo para a sua valorização profissional, contribui para a integração das escolas brasileiras com as universidades públicas, os institutos de pesquisa e com as sociedades científicas e promove a inclusão social por meio da difusão do conhecimento.

    O público-alvo são alunos do sexto ano do ensino fundamental até o último ano do ensino médio. Em 2018, mais de 18 milhões de estudantes participaram da olimpíada.

    Assessoria de Comunicação Social

  • Professora há 30 anos, Mariza Teresa Chiari Dantas acredita que a escola e a comunidade estão diretamente ligadas e que uma educação de qualidade depende da interação entre escola e família. “Não há como pensar em educação sem o envolvimento da família nesse processo”, destaca Mariza, vice-diretora da Escola Estadual Archimedes Aristeu Mendes de Carvalho, no município paulista de São Carlos. “Educar é sem dúvida um papel que recai sobre a família e a escola. Por isso, quanto mais estreita for essa relação, melhor será o resultado.”

    Pedagoga, com especialização em gestão educacional, Mariza coordena na instituição, desde 2012, o programa Escola da Família. Criado pela Secretaria da Educação do Estado de São Paulo em 2003, o programa tem o propósito de possibilitar o desenvolvimento de uma cultura de paz, despertar potencialidades e ampliar os horizontes culturais dos participantes por meio de atividades que contribuam para a inclusão social. Assim, espaços da escola são usados para receber toda a comunidade em atividades de lazer, cultura, saúde, esporte e qualificação profissional.

    Segundo Mariza, a unidade de ensino organiza as atividades nos eixos esporte, cultura, saúde e trabalho. “Nesses eixos, incluímos ética e cidadania como base para a melhoria da qualidade de vida”, diz.

    De acordo com a professora, o programa Escola da Família tem assegurado benefícios ao relacionamento entre instituição e comunidade. “A participação em reuniões com professores aumentou, assim como no dia a dia da escola”, revela. Além disso, os pais sabem que podem contar com a escola como um espaço seguro de lazer e cultura, nos fins de semana, para os filhos. “A comunidade torna-se participativa, e a escola passa a ser um local agradável de conviver”, avalia.

    Curso — Uma das atividades desenvolvidas pelo programa é o curso Escola de Pais, que tem como proposta de trabalho a vivência das famílias, com a reflexão sobre seu papel no atendimento à criança e ao adolescente. “Os temas desenvolvidos abrangem assuntos do dia a dia que muitas vezes, enquanto pais, não sabemos como tratá-los com nossos filhos”, ressalta Mariza. Assuntos como cuidados essenciais com a criança, como educar os filhos, sentimentos e comportamentos infantis — medo, ciúme, mentira —, adolescência, sexualidade humana e manifestação do amor são tratados em conversas, apresentações de vídeos, músicas e outras dinâmicas de grupo.

    “O curso é destinado, em primeiro lugar, àqueles pais que se interessam, mas procuramos incentivar os que apresentam algum tipo de dificuldade de relacionamento em relação aos filhos”, diz Mariza. Os dias e horários dos cursos são estabelecidos em comum acordo com os participantes.

    De acordo com a coordenadora regional do programa, Mara Silvio Olívio, o curso Escola de Pais nasceu na França. “O ambiente familiar deve ser um lugar saudável, com afetividade, respeito, segurança, mas impondo limites e sabendo dizer não quando necessário”, enfatiza.

    Fátima Schenini

    Saiba mais no Jornal do Professor e na página da Escola de Pais do Brasil na internet

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  • O Ministério da Educação deve publicar ainda esta semana portaria no Diário Oficial da União lançando oficialmente o programa Quero ser Cientista, Quero ser Professor. A iniciativa será direcionada aos estudantes do ensino médio das escolas da rede pública, com objetivo de estimular o interesse e a vocação nas disciplinas de matemática, química, física e biologia.  De acordo com o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, deverá ser oferecida uma bolsa de R$ 150 para que os estudantes possam participar do programa, que é baseado nos moldes da iniciação científica no ensino superior.

    “O objetivo é despertar o interesse que já existe em alguns estudantes, que têm excelentes desempenhos. Se você não estimular, se ele não tiver motivação, ele pode depois perder esse interesse. O Brasil precisa de mais profissionais nessas áreas”, salientou Mercadante. “Essas são áreas que a demanda no ensino superior é muito baixa, em torno de 3% de matrículas apenas. As engenharias cresceram, passaram direito. Mas matemática, física e química não crescem”, completou.

    O ministro esclareceu que após a publicação da portaria no DOU, os estados terão que fazer adesão ao programa. Inicialmente, serão 30 mil bolsas para os estudantes do ensino médio. A meta do MEC é chegar a 100 mil bolsas. Os moldes do Quero ser Cientista, Quero ser Professor preveem uma bolsa para um professor orientador, bem como tutoria de um professor na universidade.

    “O estudante vai ter uma jornada a mais, ele terá tarefas a fazer, ele terá que ir à universidade, terá acompanhamento de professor. Ele tem que se dedicar plenamente ao programa. É uma bolsa de estímulo, como é a bolsa de iniciação cientifica. É uma iniciação júnior, que começa no ensino médio”, explicou Mercadante, ao final do 2º Congresso do Todos pela Educação, realizado nesta terça-feira, 10, em Brasília.

    Kit– O MEC ainda prevê a distribuição de um kit chamado Aventuras na Ciência, que terá materiais de matemática, física, química, biologia e astronomia. Segundo o ministro, cientistas brasileiros são responsáveis pelo kit.

    Assessoria de Comunicação Social
  • O investimento público direto em educação, em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), chegou a 5% no Brasil – ou seja, alcançou a meta proposta para este ano. O valor representa 1% a mais do que foi investido até 2003 e é o maior já registrado na história do país. Os dados, referentes ao ano de 2009, são do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

    “Agora, estamos ficando alinhados com o que ocorre nos países desenvolvidos”, disse o ministro da Educação, Fernando Haddad, nesta quarta-feira, 3. Ele se referia ao padrão de investimento dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE): em torno de 6% do PIB.

    Haddad salientou que todo o incremento, em relação aos anos anteriores, se deu na educação básica. Este ano, o investimento nessa etapa chegou a 4,3% do PIB, enquanto na educação superior o percentual chegou a 0,7%.

    O ministro também informou que a distância entre o investimento na educação básica e na educação superior, por aluno, diminuiu ainda mais. Em 2000, a diferença era de 11 vezes. Em 2009, caiu para 5,1 vezes.

    Série histórica – O maior salto no investimento público em educação relativo ao PIB se deu em 2006, quando passou de 3,9% no ano anterior para 4,3%. Nos anos seguintes, o percentual subiu para 4,5%, 4,7%, até chegar ao patamar dos 5% em 2009.

    No cálculo do investimento público em educação relativo ao PIB não estão incluídas as despesas com aposentadorias e pensões, bolsas de estudo e financiamento estudantil. Os dados referem-se à destinação de recursos consolidada do governo federal, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios.

    Letícia Tancredi
  • O investimento público direto em educação em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) já é de 4,6% no Brasil. O valor é o maior registrado na história do país e se aproxima do padrão de investimento dos países desenvolvidos – de 5%, de acordo com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). O crescimento se concentra na educação básica, que reúne 3,9% do investimento. Na educação superior, o percentual se manteve em 0,7%.

    Os dados são do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e se referem ao ano de 2007 – medição mais recente. “Batemos nosso próprio recorde”, destacou o ministro da Educação, Fernando Haddad, nesta terça-feira, 14. Em 2006, o mesmo tipo de investimento alcançou 4,4% – salto significativo em relação ao ano anterior, que apontava 3,9%.

    O ministro acredita que o crescimento é fruto de uma decisão política de todos os entes federativos a favor da educação. “Isso mostra que o Estado brasileiro tem condições de priorizar a área”, enfatizou. De acordo com Haddad, a intenção é chegar à marca dos 5% em 2010. “O Brasil tem que chegar, gradualmente, a um investimento mínimo de 6%.”

    Haddad lembrou que a medição de 2007 contabilizou apenas o primeiro ano do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), quando o aporte foi de R$ 2 bilhões. Este ano, já está em R$ 5 bilhões. Com o fim da Desvinculação de Recursos da União (DRU), se aprovada no Congresso, o valor do investimento proporcional ao PIB pode subir ainda mais. “Se não houvesse a DRU, já teríamos, pelo menos, 0,3% a mais em cada etapa educacional. O valor total já poderia estar em 4,9%”, afirmou Haddad.

    No cálculo do investimento público em educação relativo ao PIB não estão incluídas as despesas com aposentadorias e pensões, bolsas de estudo e financiamento estudantil. Os dados referem-se à destinação de recursos consolidada do governo federal, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios. O Inep vai divulgar em breve as informações por estado.

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    Investimento por aluno na educação básica e superior está mais equilibrado

    Letícia Tancredi
  • O investimento público por aluno relativo à educação básica e à educação superior está mais equilibrado. Dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira (Inep) de 2007 – medição mais recente – revelam que a proporção do que se investe por estudante na educação superior é apenas seis vezes maior do que na básica. Essa diferença, em 2006, foi de 6,7. Em 2002, estava em dez.

    Na educação básica, o valor investido em 2007 foi de R$ 2.005 por aluno, em comparação aos R$ 1.852 investidos no ano anterior. Os anos finais do ensino fundamental foram os que concentraram o maior valor dentro da etapa: R$ 2.317 por estudante. Já na educação superior – graduação e pós-graduação –, o investimento por aluno ficou em R$ 12.322, se mantendo praticamente estável desde 2004.

    O custo de um aluno da educação superior é naturalmente maior do que de um da educação básica; não há como igualar. De acordo com o ministro da Educação, Fernando Haddad, o Brasil se aproxima do patamar em que os países desenvolvidos estão: uma diferença de cinco vezes entre as duas etapas. “Mas miramos em torno de quatro. Podemos chegar a esse ideal em pouco tempo, ainda temos espaço para melhorar”, afirmou o ministro nesta terça-feira, 14.

    Isso porque, segundo Haddad, os dados de 2007 ainda não contabilizavam o Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni) e a totalidade do Fundo de  Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb). O Reuni amplia o orçamento das universidades, em troca de um crescimento mais do que proporcional da matrícula, o que diminui o custo por aluno. Já o Fundeb, que substitui o antigo fundo do ensino fundamental, o Fundef, contempla toda a educação básica.

    Letícia Tancredi

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    Investimentoem educação cresce e já é o maior registrado na história
  • Quando o professor Nelson Rodrigues de Barros passou a lecionar para a sua primeira turma, do quinto ano do ensino fundamental da Escola Municipal Professora Maria Madalena Xavier de Andrade, em Natal, percebeu a dificuldade que os alunos tinham nas operações matemáticas, especialmente a divisão. Por isso, resolveu colocar em prática o projeto “O bicho papão da matemática virou um gatinho”. A iniciativa deu tão certo que ele se tornou o vencedor da etapa estadual do mais recente Prêmio Professores do Brasil, concedido pelo Ministério da Educação. Essa história você confere esta semana no programa Trilhas da Educação, produzido e transmitido pela Rádio MEC.

    O professor conta que a ideia surgiu no início de 2018 ao ver a dificuldade dos estudantes em realizar as operações matemáticas. Naquele momento ele participou de uma formação de professores voltada para a disciplina de matemática. O objetivo era que eles apresentassem uma proposta no final do ano. Mas, diante do desempenho dos estudantes, Nelson decidiu colocar sua ideia em prática imediatamente.

    “Como teria que criar alguma coisa nova, decidi criar logo no início para ver se as crianças aprendiam. Comecei a elaborar um formato (de divisão) em que não houvesse multiplicação. Comecei a decompor os números, simulando um restaurante”, contou. A forma era simples: verificar a quantidade de comida que seria servida aos clientes.

    Ele conta que “deu tão certo que em apenas uma semana praticamente 95% da turma já estava fazendo divisão na casa dos milhões”.

    O sucesso imediato levou a direção da escola a convidar o professor para aplicar o método em outras turmas e, pouco tempo depois, estava recebendo solicitações de outras instituições em busca do que parecia uma boa solução para facilitar o entendimento dos estudantes. A estimativa é que aproximadamente 300 alunos tenham se beneficiado do projeto ao longo de 2018.

    “A coordenadora ficou espantada com alunos aprendendo a divisão em apenas um dia. Os alunos também começaram a levar para os pais, avós, vizinhos. Então, foi algo muito interessante e gratificante”, comemora.

    Símbolo – Uma estudante em especial se tornou o símbolo de eficiência do método criado pelo professor Nelson. “Foi uma coisa tão mágica, maravilhosa, que tinha uma estudante que havia repetido de ano e tirava notas muito baixas. Mas ela aprendeu o jogo de tal maneira que passou a tirar 10. Ela que não interagia com ninguém, passou a ir no quadro e a se sentir capaz. E não melhorou só em matemática, mas em outras matérias e se tornou um símbolo na escola. E muitos outros alunos que não sabiam divisão aprenderam também”, relembra.

    Além de eficiente, o jogo não requer nada além do quadro negro para ser feito. Isso permite sua aplicação em qualquer sala de aula sem qualquer custo. Basta entender a essência do jogo. Com o sucesso, ele já expandiu o jogo para as outras operações matemáticas, como a multiplicação.

    O professor Nelson tem 50 anos e sua chegada às salas de aula, há cerca de um ano e meio, teve um caminho diferente: radialista, ele ajudava as estagiárias da emissora de televisão onde trabalhou a fazer os trabalhos do curso de pedagogia. E acabou tomando gosto pela área. Agora, ele deve juntar as duas coisas, pois lançará em breve um canal no Youtube e um livro para compartilhar seu método.

    Assessoria de Comunicação Social

  • A jornada ampliada de sete horas chegará a 60 mil escolas públicas do Brasil no final de 2014. A informação foi dada pelo ministro Henrique Paim nesta terça-feira, 27, no programa de rádio Hora da Educação, produzido pela Assessoria de Comunicação Social do Ministério da Educação.

    Atualmente, 49 mil escolas de todo o país adotam a jornada ampliada. O programa Mais Educação está com prazo de cadastramento aberto até 30 de junho, para que escolas públicas interessadas façam sua adesão.

    “Temos tido uma demanda muito grande pela educação de tempo integral e uma boa parceria com as secretarias dos estados e municípios, o que torna factível e possível atingirmos em dez anos a meta do Plano Nacional de Educação (PNE), que é de 25% das matrículas em educação integral”, afirmou o ministro.

    Paim ressaltou também o crescimento de 140% nas matrículas nessa modalidade, de 2010 a 2013, revelado pelo Censo da Educação Básica de 2013. “Foi basicamente um crescimento nas escolas públicas. Se considerarmos somente o período de 2012 para 2013, tivemos um crescimento de 45%, o que mostra que estamos no caminho certo”, afirmou.

    O cadastramento das escolas deve ser feito por meio do acesso ao sistema do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) interativo. O Mais Educação oferece educação integral por meio da diversificação de atividades educacionais, entre as quais esporte e cultura.

    As escolas do Mais Educação passam a oferecer orientação de estudos e leitura, com acompanhamento pedagógico, obrigatória para todas as escolas. As atividades no contraturno recebem monitoria, preferencialmente, de estudante de licenciaturas vinculadas ao Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (Pibid), ou de estudantes de graduação com estágio supervisionado.

    Assessoria de Comunicação Social

    Acesse o Programa Dinheiro Direto na Escola interativo

    Ouça o programa Hora da Educação. Emissoras de rádio poderão utilizar o áudio, em versão integral ou editada


  • Já pensou em aprender a história da capoeira por meio de um jogo de tabuleiro? Pois é exatamente isso que está acontecendo em algumas escolas da rede pública de Campina Grande (PB). A iniciativa partiu de uma pesquisa acadêmica e mistura arte marcial, dança, música e cultura popular. Essa história você escuta nesta semana no Trilhas da Educação, programa produzido e transmitido pela Rádio MEC.

    O projeto, do designer Wagner Porto Alexandrino da Silva, debate a representatividade negra de forma lúdica e intuitiva com os jovens do ensino fundamental. Tudo começou em 2018, quando Wagner estava envolvido com o trabalho de conclusão do curso de design, na Universidade Federal de Campina Grande (UFCG).

    A partir do trabalho, surgiu a vontade de colocar em prática um projeto sobre representatividade negra. Foi quando ele mergulhou, por meio de pesquisa, no universo da capoeira – e desse contato com a história e tudo que a cercava, teve início a produção do material.

    “Pesquisando temas, eu decidi que ia trabalhar com a representatividade negra. Eu sei a importância disso e o quanto isso tem que ser discutido em nosso país”, conta o designer. “Resolvi focar na capoeira. Eu não conhecia a capoeira, não pratico a capoeira, e pesquisando eu vi ainda mais o valor que ela tem para o nosso país, para nossa cultura e para a cultura afro-brasileira.”

    Em 2008, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) tombou a capoeira como uma forma de expressão e, em 2014, como Patrimônio Imaterial da Humanidade. A capoeira reúne cantigas, movimentos, músicas e símbolos da herança africana. É na roda de capoeira que os iniciantes são batizados, consagrados e onde se formam os grandes mestres.

    “Eu comecei a falar com especialistas, praticantes, mestres de capoeira, pessoas que pesquisaram isso na minha graduação. Também peguei bibliografias sobre a cultura brasileira, a cultura negra. Li muitas coisas, pesquisei muito”, relembra. Depois da fase de pesquisa, ele começou a produzir o jogo.

    Paranauê - E foi assim que surgiu o Paranauê. Um jogo que se passa no século dezoito, quando a capoeira era perseguida no Brasil. Para jogar, cada participante assume a identidade de um mestre que precisa montar a sua própria roda de capoeira. Para testar a ideia, Wagner convidou os amigos, vizinhos e crianças conhecidas para jogar. Dessa forma, foi adaptando o jogo até chegar ao conceito final.

    Com a metodologia definida, partiu para a prática e apresentou a proposta aos alunos da rede pública de Campina Grande. “Eu levava para as salas de aula. Muitos já tinham tido contato com a capoeira, algumas crianças já a praticavam, e elas se identificaram muito com o projeto”, conta.

    Além dos estudantes, os professores e diretores também ficaram encantados com o jogo. Agora, Wagner estuda a viabilidade de produção do material para distribuição nas escolas que se interessarem pela ideia.     

    Assessoria de Comunicação Social

     

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