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  • Começa nesta quinta-feira, 27, no Mato Grosso do Sul, o primeiro curso de capacitação do Programa Nacional de Formação Continuada a Distância nas Ações do FNDE – Formação pela Escola. Na sexta-feira, 28, o curso será iniciado no Distrito Federal e no dia 3 de abril, em Alagoas. No decorrer do ano, cursos serão ministrados nos demais estados da Federação.

    O Formação pela Escola - programa realizado em parceria entre o FNDE e a Secretaria de Educação a Distância do MEC - está voltado para profissionais de ensino, técnicos e gestores públicos estaduais e municipais, representantes da comunidade escolar e da sociedade civil envolvidos com a educação pública. Consiste na oferta de capacitação, em que os participantes conhecem os detalhes da execução das ações e programas da autarquia, sua concepção, diretrizes, principais objetivos, agentes envolvidos, operacionalização, prestação de contas e mecanismos de controle social.

    Segundo o coordenador do programa, Adalberto Domingos da Paz, “sua característica é o de ensino a distância com acompanhamento dos tutores locais e dois encontros presenciais, no início e no término. No encontro final, os participantes apresentam projetos com base em suas experiências, que são socializadas”. Por enquanto, os alunos utilizam material impresso e os disponíveis na página eletrônica do FNDE, mas está em fase de desenvolvimento um ambiente virtual de aprendizagem, que visa facilitar as pesquisas das turmas.

    Piloto – Um projeto-piloto foi executado entre 2005 e 2006 em municípios de Goiás, Ceará, Piauí, Rondônia, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro. Nessa fase, formaram-se 240 turmas, num total de 3.962 alunos capacitados nos módulos de competências básicas e temáticos, que tratam dos programas do livro, de alimentação e transporte escolar e Dinheiro Direto na Escola.

    A partir de setembro de 2007 foi capacitada a rede de tutoria, composta por 34 multiplicadores, 62 orientadores educacionais e 587 tutores. No primeiro semestre de 2008, serão atendidos 410 municípios, atingindo cerca de 90 mil participantes.

    Em Mato Grosso do Sul, a aula inaugural será na sede da Secretaria Municipal de Educação de Campo Grande, Rua Onicieto Severo Monteiro, 460 - Vila Margarida, para 80 alunos inscritos previamente. O evento está marcado para as 8h30, com a presença do prefeito de Campo de Grande, Nelson Trad Filho.

    A aula inaugural em Brasília será na sexta-feira, 28, às 9h, no auditório da Escola de Aperfeiçoamento do Profissional da Educação do DF (Eape), situada  no SGAS 907, conjunto A, antiga Escola Normal.

    Lucy Cardoso

    Republicada com acréscimo de informações

  • Cerca de 3 mil técnicos e dirigentes das secretarias estaduais e municipais de educação de todo o país começam na próxima segunda-feira, 3 de novembro, um curso de formação continuada, a distância, sobre conselhos escolares. Promoção da Secretaria de Educação Básica (SEB) em parceria com o Centro de Educação a Distância da Universidade de Brasília (UnB), o curso tem como núcleo o estudo da gestão democrática da educação e a participação da comunidade no conselho da escola.

    Durante 80 horas, os funcionários públicos das secretarias vão aprofundar os conteúdos sobre os conselhos escolares, temática que abrange desde a criação, por lei, à representação e responsabilidade que têm os conselhos na busca da qualidade do ensino básico. O curso começa em novembro e vai até maio de 2009, com um intervalo no mês de janeiro.

    O coordenador do Programa Nacional de Fortalecimento dos Conselhos Escolares da SEB, Roberto Júnior, explica que cada cursista, selecionado entre 6 mil inscritos, receberá esta semana uma senha para começar a formação na segunda-feira. Assim que entrar na plataforma do curso, o aluno encontrará uma mensagem do tutor que vai acompanhá-lo nos próximos seis meses e iniciar as primeiras tarefas.

    O coordenador recomenda que para ter bom aproveitamento e obter o certificado de extensão da UnB, é importante que o servidor estabeleça um cronograma de estudos, defina pelo menos uma hora por dia para as atividades e que dialogue com o tutor e com seus colegas de turma.

    Mesmo que seja um curso a distância, explica Roberto Júnior, dirigentes e técnicos pertencerão a uma turma de 40 a 50 alunos de diferentes localidades do país, coordenados por um tutor. Uma vez por semana, horário que será combinado entre os alunos e o tutor, haverá um chat (bate-papo virtual) com um especialista, sobre os conteúdos dos cadernos de estudo, que são a base do curso. Os alunos também terão vídeos, textos e uma biblioteca virtual disponíveis na plataforma moodle.

    Têm preferência na formação os técnicos e dirigentes dos 1.821 municípios prioritários nos planos de ações articuladas (PAR) e dos municípios com Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) abaixo da média nacional, que em 2007 foi de 4,2 pontos, numa escala de zero a dez. Roberto Júnior explica que cerca de 2 mil servidores farão a primeira fase do curso (correspondente aos cinco primeiros cadernos) e outros 600, a fase dois (cadernos de seis a dez da coleção).

    Evolução – A formação de técnicos e dirigentes municipais e estaduais de educação sobre conselho escolar começou em 2005. Naquele ano, participaram da primeira fase 3.854 cursistas; em 2006, 3.148; e no primeiro semestre de 2008, 1.098 (primeira fase) e 408 (segunda). Em 2007, a SEB desenvolveu um projeto piloto com conselheiros escolares estaduais e municipais de escolas públicas de Natal. O objetivo, explica Roberto Júnior, foi testar o funcionamento do modelo de formação a distância para pais, alunos, professores, diretores. A conclusão da Secretaria de Educação Básica é que a comunidade escolar tem maior aproveitamento quando o curso combina encontros presenciais e a distância.

    Ionice Lorenzoni

  • Mais de mil pessoas participaram no último domingo, 23, da abertura oficial da 2ª Conferência Nacional Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente (CNIJMA), que está sendo realizada no CNTI, em Luziânia (GO). A solenidade contou com a participação da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva; do secretário de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad), Ricardo Henriques - representando o ministro da Educação; da coordenadora mundial da Carta das Responsabilidades Humanas pela Aliança por um Mundo Responsável, Plural e Solidário, Edith Sizoo, da França; e mais de 600 estudantes de 11 a 14 anos de todo Brasil, eleitos delegados e delegadas de suas escolas e comunidades.

    Durante a abertura, Marina Silva destacou a importância de trocar experiências com os jovens ao pensar a política ambiental brasileira e de reforçar o respeito ao uso correto das riquezas do país. “Estamos cuidando do futuro com a ajuda de quem vai viver o futuro”, afirmou.

    Todos os temas propostos durante o trabalho realizado nas escolas e comunidades no ano letivo de 2005 tiveram como base os acordos internacionais dos quais o Brasil é signatário. Na etapa preparatória, a 2ª Conferência envolveu mais de 12 mil escolas, mobilizando cerca de quatro milhões de pessoas no programa Vamos Cuidar do Brasil. O debate foi estimulado nas escolas de 5ª a 8ª série, e no segmento das ações afirmativas em comunidades quilombolas, indígenas, de assentamentos rurais e meninos e meninas de rua.

    Palestras - Estiveram presentes ao encontro, nesta segunda-feira, 24, o coordenador-geral da Conferência Nacional de Meio Ambiente, Pedro Ivo Batista; o secretário executivo do Ministério do Meio Ambiente, Cláudio Langone, que abordou o tema Mudanças Climáticas; o secretário substituto de Segurança Alimentar, Crispim Moreira, que apresentou a temática Segurança Alimentar e Nutricional; a ministra da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir/PR), Matilde Ribeiro, que proferiu palestra sobre diversidade étnico-racial; e a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, que finalizou a programação com o tema Biodiversidade.

    Nas oficinas, que ocorrem nesta terça-feira, 25, e quarta, 26, as próprias crianças e adolescentes irão expressar as responsabilidades assumidas nas escolas e comunidades e construir, de diversas formas, a Carta das Responsabilidades, que será entregue ao presidente Lula após a Caminhada pelas Responsabilidades, que ocorrerá na Esplanada dos Ministérios, a partir das 16h do dia 27 de abril.

    evento é uma promoção do Órgão Gestor da Política Nacional de Educação Ambiental, formado pelos ministérios da Educação e do Meio Ambiente. Em sua segunda edição, a conferência já mobilizou mais de 27 mil escolas e cerca de 10 milhões de pessoas em todo Brasil.

    Hellen Falone

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    Estudantes de todo o país discutem meio ambiente em conferência

  • O 1º Festival Ser Diferente É Normal – Jogos da Inclusão vai reunir em Brasília, no próximo domingo, 16, pessoas com e sem deficiência para combater o preconceito e aproximá-las com atividades recreativas, como jogos, aulas de dança e capoeira. O evento será a partir das 9h, no Parque da Cidade, próximo à Administração. Outras cidades, como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Fortaleza e Sorocaba, pretendem continuar a campanha de inclusão.

    “A gente quer ajudar de todas as formas a inclusão das pessoas com deficiência na escola, no trabalho, na sociedade. A gente quer ajudar em todo esse processo e principalmente no combate ao preconceito. O que mais incomoda em quem tem deficiência é ouvir um comentário maldoso ou receber um olhar enviesado. Se houvesse mais oportunidade de conviver com pessoas com dificuldades, não haveria esse tipo de situação”, acredita Patricia Almeida, coordenadora do evento.

    O festival contará com 120 voluntários e espera atrair cerca de três mil pessoas. Já estão confirmadas as presenças de profissionais da Faculdade Alfa, de Goiânia, pioneira na inclusão de pessoas com deficiência no ensino superior no Centro-Oeste, e do Instituto Saber, que oferta o curso de pós-graduação em Educação Especial Inclusiva. Técnicos do Ministério da Educação estarão prestando informações sobre ensino inclusivo. Recentemente, o ministério aprovou a criação do primeiro curso de graduação bilíngüe para deficientes auditivos, de português/Libras, do Instituto Nacional de Educação de Surdos (Ines), no Rio de Janeiro.

    Segundo dados do Censo 2000, 14,5 % da população brasileira apresenta algum tipo de incapacidade ou deficiência. São aproximadamente 24,6 milhões de pessoas com alguma dificuldade para enxergar, ouvir, locomover-se ou alguma deficiência física ou mental.

    Repórter: Raquel Maranhão Sá

  • Começa nessa semana a distribuição dos livros didáticos para 2009 (foto: Júlio César Paes)Começa nesta semana a distribuição dos 103 milhões de livros didáticos que serão utilizados pelos alunos da rede pública de ensino fundamental e médio a partir de 2009. Responsável pela execução dos programas do livro didático, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) trabalha para que todos os exemplares estejam nas escolas até o início de fevereiro, quando começa o próximo ano letivo.

    Premiada internacionalmente, a distribuição dos livros didáticos brasileiros é feita pelos correios, que os levam diretamente às escolas de todo o país, com exceção daquelas localizadas em áreas rurais. Nesses casos, as obras são entregues nas prefeituras, que ficam responsáveis por encaminhar os exemplares às unidades de ensino.

    Em 2009, todos os 7,2 milhões de estudantes do ensino médio receberão livros de português, matemática, biologia, física e geografia, num total de 43 milhões de exemplares. Também serão beneficiados todos os alunos da primeira série do ensino fundamental e haverá reposição e complementação de livros para as demais séries desse nível de educação, num total de mais de 60 milhões de livros.

    Cada livro tem durabilidade prevista de três anos, ou seja, deve beneficiar três alunos em três anos consecutivos. A exceção fica por conta do material para a primeira série do ensino fundamental, que é utilizado apenas por um estudante.

    Assessoria de Comunicação Social do FNDE

  • Ao abrir o 9º Encontro Técnico Nacional dos Programas do Livro, que está sendo realizado na Fundação Joaquim Nabuco, em Recife, o diretor de Ações Educacionais do Fundo Nacional de Desenvolvimento Educacional (FNDE/MEC), Daniel Silva Balaban, expôs aos cerca de 200 participantes que a principal função do FNDE, como autarquia do Ministério da Educação, é prover recursos e executar ações para o desenvolvimento educacional brasileiro.

    Balaban expôs também as modalidades de operação do órgão e seus principais programas, como o Programa Nacional do Livro Didático – que, este ano, distribuiu 110 milhões de livros a todos os alunos do ensino fundamental público do país –, e o Programa Nacional de Alimentação Escolar, que repassa recursos a todos os estados e municípios brasileiros para a merenda escolar de 36,4 milhões de estudantes das escolas públicas brasileiras. “Muitos desses programas surgiram a partir de sugestões colhidas em encontros como este. Estamos abertos a novas idéias e, por isso, é tão importante a contribuição de todos vocês para o sucesso de nossas ações”, afirmou.

    O coordenador-geral dos programas do livro do FNDE, Alexandre Serwy, falou a respeito das conquistas do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), que comemora 20 anos no próximo dia 19. Ele enfatizou a evolução na área pedagógica, com as avaliações sistemáticas dos livros didáticos, e também na parte operacional, com a agilidade dada ao processo de negociação e aquisição das publicações didáticas.

    Serwy destacou, ainda, algumas ações do PNLD para 2006, como a produção e distribuição de livros didáticos em braille, para crianças e jovens estudantes cegos, contendo o mesmo conteúdo dos livros utilizados pelos demais alunos.

    Ao falar dos avanços do PNLD nos últimos vinte anos, a diretora de Políticas de Educação Infantil e Ensino Fundamental do MEC, Jeanete Beauchamp, ressaltou a necessidade de aperfeiçoar, no ensino fundamental, a utilização do dicionário escolar. Segundo ela, não se deve trabalhar apenas com o trabalho de um autor, mas com vários dicionaristas, acrescentando que, “antes, o aluno levava o dicionário para casa, mas, agora, trabalha com ele em sala de aula”. Segundo ela, entre os desafios do PNLD está “a participação ampla dos setores envolvidos na produção e na utilização do livro didático: professores, universidades, comunidade científica e secretarias municipais e estaduais de educação”.

    Rumos dos Programas dos Livros Didáticos para o Ensino Médio foi o tema da palestra da diretora de Políticas do Ensino Médio do MEC, Lucia Lodi. A professora adiantou que, até 2007, o Ministério da Educação irá distribuir livros didáticos de todas as disciplinas obrigatórias do currículo das três séries do ensino médio, para os estudantes matriculados em todas as escolas públicas brasileiras. Este ano, o Programa Nacional do Livro Didático do Ensino Médio (PNLEM) distribuiu livros de português e de matemática para todos os alunos da primeira série do ensino médio das escolas públicas do Norte e do Nordeste. Em 2006, o programa se estenderá a todo o Brasil.

    “O livro didático do ensino médio é um instrumento fundamental de aprendizagem e um fator de inclusão social. Para o fortalecimento do programa são necessários a articulação e o desenvolvimento de uma ampla política do livro e da leitura, a formação inicial e continuada do professor e a produção de material de apoio, como livros regionais e periódicos”, salientou  a educadora.

    Os textos de todas as palestras do 9º Encontro Técnico Nacional dos Programas do Livro estão disponíveis na página eletrônica do FNDE, em Livro Didático do Ensino Fundamental / Consultas / 9º Encontro Técnico Nacional dos Programas do Livro. (Assessoria de Comunicação Social do FNDE)

  • O presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE/MEC), Daniel Silva Balaban, participou da abertura do 10º Encontro Técnico Nacional dos Programas do Livro, na cidade goiana de Pirenópolis, nesta terça-feira, dia 20, à noite. “Em time que está ganhando também se deve mexer, porque amanhã o adversário pode ser outro time, surgem novos desafios”. As palavras não são do técnico da seleção brasileira de futebol, Carlos Alberto Parreira, mas de Balaban, que se referia aos quatro prêmios já ganhos por estes programas: de Gestão e Logística, da Escola Nacional de Administração Pública (Enap), o World Mail Awards, o da Associação Brasileira de Movimentação e Logística (como maior e melhor logística de distribuição do país), todos em 2002, e, em 2005, o prêmio de gestão da Enap, pelo Sistema de Controle e Remanejamento de Reserva Técnica (Siscort).

    O encontro conta com a participação de técnicos de programas do livro de secretarias estaduais e municipais de Educação, representantes da Undime nos estados e secretários de Educação e vai servir para aperfeiçoar os programas do FNDE de distribuição de livros didáticos e de literatura a estudantes dos ensinos fundamental e médio das redes públicas brasileiras. “Vocês é que nos mostram o caminho a ser seguido, são nossos ouvidos na ponta do sistema”, disse Balaban. Atualmente, o FNDE executa três programas de distribuição de livros didáticos, de literatura e dicionários: o Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), o Programa Nacional Biblioteca da Escola (PNBE) e o Programa Nacional do Livro para o Ensino Médio (PNLEM), este último criado recentemente.

    Durante a solenidade, foi feita a premiação aos vencedores do Prêmio Siscort, para os estados que mais utilizaram o Sistema de Controle e Remanejamento de Reserva Técnica (Siscort), ferramenta disponível no sítio do FNDE e que serve para auxiliar as redes públicas de ensino fundamental a remanejar os livros didáticos distribuídos pelo Fundo. Esta é a primeira edição do prêmio, instituído durante o 9º Encontro Técnico, realizado no ano passado, em Recife. O primeiro colocado foi o Estado do Tocantins, seguido pelos estados de Rondônia e Ceará. Após a premiação, a cerimônia foi encerrada com uma apresentação da Orquestra Sinfônica Jovem da Educação, de Goiás, sob a regência do maestro Andryw Antonio Batista.

    Também estiveram presentes à solenidade o chefe de gabinete da Secretaria Executiva do MEC, José Luis Balalaica dos Santos, a diretora de Políticas de Educação Infantil e Ensino Fundamental da Secretaria de Educação Básica do MEC, Jeannete Beauchamp, a diretora de Políticas de Ensino Médio da SEB/MEC, Lucia Helena Lodi, a representante da executiva nacional da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Cleuza Repulho, o prefeito de Pirenópolis, Rogério Abreu Figueiredo, e a secretária municipal de Educação de Pirenópolis, Catia Caixeta Gomes da Costa. (Assessoria de Comunicação Social do FNDE)

  • Haddad entrega a aluna Maria Lúcia o notebook (Foto: Wanderley Pessoa)A Secretaria de Educação Especial (Seesp/MEC) iniciou nesta terça-feira, 24, a distribuição de 774 notebooks para as escolas públicas do país que têm alunos cegos matriculados no ensino médio. Começou também a distribuição dos primeiros livros didáticos em áudio e braille produzidos para alunos cegos do ensino médio. Em ato simbólico, dois alunos do Centro de Ensino Médio Setor Leste, de Brasília, receberam os livros e um notebook do ministro da Educação, Fernando Haddad.

    Para Haddad, a possibilidade de ler o livro em braille e de ouvir o livro falado no computador, com o aplicativo de leitura para áudio, é algo que deve orgulhar o Brasil. Os notebooks estão equipados com o programa Dosvox, desenvolvido pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

    O ministro ressaltou a importância da educação inclusiva ao afirmar que ela não beneficia apenas aquele que é incluído, mas sobretudo os estudantes da escola pública brasileira. “Todos ganham com a educação inclusiva, a começar pelos alunos e professores que passam a contar com um elemento de diversidade na sala de aula, que pela própria presença já educa para a tolerância, a diferença, o respeito e para o desenvolvimento humano”, diz.

    Segundo a secretária de Educação Especial do MEC, Cláudia Dutra, o Programa Nacional do Livro Didático para o Ensino Médio (Pnlem) democratiza o acesso à educação, mas não estaria completo se não tivesse contemplado a produção em formatos para alunos cegos. “De acordo com o Censo Escolar 2006, existem mais de nove mil alunos cegos no Brasil. Deste total, 784 cursam o ensino médio em escolas públicas”, informa. Cada um receberá dois livros em aúdio, de português e biologia, e um livro em braille, de matemática. A distribuição dos livros e dos computadores está prevista para ser concluída até o final de agosto.

    Participaram da cerimônia de entrega dos livros e notebooks o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, o secretário de Educação do Distrito Federal, José Luiz da Silva Valente, o diretor do Centro de Ensino Médio Setor Leste, Sidney Marinet Guedes de Almeida, e demais gestores escolares.

    Para Maria Lúcia Rodrigues e Paulo Lafaiete, que cursam o primeiro ano do ensino médio no Centro de Ensino Médio Setor Leste, em Brasília, ficará mais fácil estudar. Os dois alunos, que foram os primeiros do país a receber os livros e o computador, aprovaram a iniciativa do MEC, que permitirá o estudo de forma não fragmentada. “Antes, a gente só tinha acesso a capítulos dos livros e agora temos o livro inteiro”, comemora Maria Lúcia. 

    Maria Pereira Filha

  • A partir desta quarta-feira, 26, os mais de 2,9 milhões de participantes do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) deste ano começam a receber em  casa o boletim de desempenho. Pela previsão do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), até 5 de dezembro a distribuição alcançará todos os estudantes que preencheram corretamente os dados residenciais.

    A entrega dos boletins impressos será feita pelos Correios. Os primeiros a receber serão os residentes nas regiões Norte e Nordeste. Em seguida, os do Centro-Oeste e do Sudeste e, por último, os do Sul. A consulta do resultado pela internet está disponível desde o dia 21.

    O participante que até 15 de dezembro não receber o boletim pode entrar em contato com o Inep para solicitar a segunda via. Aqueles que preencheram incorretamente o endereço residencial no momento da inscrição devem atualizar os dados na internet para que o boletim seja enviado ao endereço correto. No boletim individual de desempenho consta a média alcançada pelo participante nas provas objetiva e de redação, comparada com a média nacional.

    O Enem é requisito obrigatório para o candidato a vaga no Programa Universidade para Todos (ProUni), que oferece bolsas integrais e parciais em universidades particulares. É necessário que o estudante tenha obtido, na média entre prova objetiva e redação, nota igual ou superior a 45 pontos para  pleitear vaga no programa. O candidato não precisa esperar pelo boletim. Ao lançar os dados (número de inscrição e CPF) na ficha do ProUni, o próprio sistema mostra a nota obtida pelo estudante no Enem.

    Assessoria de Imprensa do Inep

     

    Republicado com correções

     

  • Médicos, enfermeiros e dentistas de seis municípios do Amazonas, Mato Grosso e Tocantins iniciam na próxima segunda-feira, 13, um curso a distância de especialização em saúde indígena, o primeiro nesta modalidade aberto no país. A especialização vai atender 240 profissionais que já trabalham com saúde indígena nessas localidades, selecionados entre 900 inscritos.

     

    Ministrado pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), em parceria com a Universidade Aberta do Brasil (UAB) e com os municípios de Manacapuru, Maués e Lábrea (AM), São Félix do Araguaia e Juara (MT), e Palmas (TO), o curso vai qualificar profissionais da saúde que prestam serviço a cerca de 50 povos que vivem nos seis municípios e no entorno. Para o médico Douglas Rodrigues, coordenador do curso, é importante que os profissionais que trabalham na área compreendam que estão lidando com outras culturas, outras visões de mundo e com concepções diferentes das nossas sobre o processo saúde-doença.

     

    A antropologia, que não está presente na graduação dos profissionais de saúde brasileiros, será um dos cinco capítulos do curso. Essa disciplina, explica Douglas Rodrigues, ajudará os profissionais a entender a visão indígena do processo saúde-doença e a estabelecer um diálogo intercultural e uma troca de conhecimentos e procedimentos.

     

    O projeto pedagógico compreende cinco disciplinas, desenvolvidas em módulos, que somam 420 horas de estudo. O curso será na plataforma Moodle, com apoio de tutores, de materiais de estudo virtuais e impressos, e de seis pólos vinculados à Universidade Aberta do Brasil, equipados com laboratórios de informática, computadores, internet e biblioteca. O curso vai de 13 de outubro deste ano a 13 de novembro de 2009.

     

    Em 13 meses, os participantes da especialização vão estudar as políticas e a organização dos serviços de saúde indígena; antropologia e saúde; intervenções clínicas – principais doenças que acometem a população indígena, programas de saúde da criança, da mulher, do adulto e do idoso, e a saúde da boca; epidemiologia aplicada; processos educativos em saúde indígena. A última etapa do curso será uma monografia. Para obter o certificado de especialização em saúde indígena, o aluno precisa alcançar, no mínimo, 70 pontos em todas as disciplinas, entregar o trabalho de conclusão do curso e participar da avaliação presencial.

     

    Experiência – A Universidade Federal de São Paulo tem 43 anos de experiência no campo da saúde indígena. Desenvolve no Parque do Xingu, em Mato Grosso, desde 1965, programas de formação profissional, assistência e promoção da saúde e faz pesquisas. Atua também no Ambulatório do Índio, em São Paulo; produz pesquisas sobre intervenção, monitoramento, avaliação e promoção da saúde com cerca de 20 povos do Alto Rio Negro (AM) e os povos guarani e pancararu, em São Paulo, e com os xavantes, no interior de Mato Grosso. A Unifesp participou das duas chamadas públicas da UAB e teve aprovados cinco cursos a distância, sendo três especializações na área de saúde, uma de informática em saúde e um curso de aperfeiçoamento em oftalmologia.

     

    Ionice Lorenzoni

  • Os 60 professores com deficiência auditiva e ouvintes, selecionados pelo Instituto Nacional de Surdos (Ines/MEC), em fevereiro e março deste ano, iniciam segunda-feira, 8, no Rio de Janeiro (RJ), o curso Magistério Superior Bilíngüe Português/Língua Brasileira de Sinais (Libras). A faculdade é voltada para surdos e constitui a primeira experiência do gênero no país.

    Com duração de 3.536 horas e estágio supervisionado de 408 horas, os professores serão habilitados a trabalhar com educação infantil e anos iniciais do ensino fundamental. A certificação será feita pelo Instituto Superior Bilíngüe de Educação, unidade do Ines. Os 60 alunos da graduação estão divididos em duas turmas mistas de deficientes auditivos e ouvintes. De acordo com a diretora do Ines, Stny Basílio Fernandes do Santos, a turma da tarde, que terá aula das 13h às 18h, tem oito alunos surdos e 22 ouvintes e a turma da noite, que terá aula das 18h às 22h, tem nove surdos e 21 ouvintes.

    Como o Magistério Superior Bilíngüe Português/Libras é uma faculdade voltada para surdos, as aulas serão ministradas em Língua Brasileira de Sinais e os estudantes ouvintes selecionados no vestibular tiveram que provar fluência em Libras. O objetivo do curso é formar professores bilíngües para atender à política de educação inclusiva nas redes públicas e nas escolas especializadas sem fins lucrativos. Para a diretora do Ines, os estudantes surdos têm acesso à universidade, mas os cursos são voltados para a maioria, ou ouvintes. “Este faz a inclusão e visa garantir o espaço deles dentro da sociedade”, explica.

    Parceria – No segundo semestre deste ano, a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em parceria com outras nove instituições de ensino superior públicas, abrirá um curso de licenciatura em letras e Libras. Professores leigos (surdos) que trabalham com Libras em sala de aula formam o público-alvo desta graduação. Serão abertas 500 vagas, 50 por instituição. O curso, com duração de quatro anos, será nas modalidades presencial e a distância e os recursos, R$ 5 milhões, serão repassados às instituições parceiras da UFSC pelo Ministério da Educação, por meio das secretarias de Educação a Distância (Seed) e de Educação Especial (Seesp).

    Ionice Lorenzoni

  • Terá início nesta terça-feira, 4, em Brasília, na Academia de Tênis, o curso de formação continuada de professores em atendimento educacional especializado. Vindos de vários estados do Brasil, 147 professores serão orientados a atuar no atendimento de alunos com necessidades especiais. A formação será oferecida por especialistas da Universidade Federal do Ceará (UFC) e do grupo de pesquisa sobre educação especial da Universidade de Campinas.

    Até a próxima quinta-feira, 6, os professores estarão reunidos para tratar de propostas pedagógicas voltadas para alunos surdos ou com deficiência mental, física e visual. Depois de receberem a formação, os professores retornam aos seus municípios como tutores e oferecem um curso a distância para três professores do seu município e para outros nove docentes de municípios vizinhos. Assim, eles tornam-se multiplicadores do atendimento educacional especializado.

    Com os cursos a distância, que serão coordenados pela UFC, calcula-se que cerca de 1.700 professores obtenham a formação ainda este ano. Um dos objetivos do curso é garantir que o atendimento educacional especializado não seja substituído pelo ensino regular. “Atualmente, a escolarização das crianças com necessidades educacionais especiais na escola regular é prerrogativa da Política Nacional de Educação Especial. Para alcançar a aprendizagem e participação destes alunos, a organização do atendimento educacional especializado torna-se uma prioridade”, explica Denise Alves, coordenadora-geral de Articulação da Política de Inclusão nos Sistemas de Ensino do Ministério da Educação. De acordo com ela, a orientação atual é matricular todos os alunos com necessidades educacionais especiais no ensino regular e garantir o atendimento especializado no horário oposto às aulas.

    O curso de formação continuada de professores em atendimento educacional especializado é uma das ações do Programa Educação Inclusiva: direito à diversidade. O programa, desenvolvido desde 2003, tem o objetivo de disseminar a política de educação inclusiva nos municípios brasileiros e apoiar a formação de gestores e educadores como forma de efetivar os sistemas educacionais inclusivos.

    A abertura do evento contará com a participação da secretária de Educação Especial, Claudia Pereira Dutra, e das professoras Maria Teresa Eglér Mantoan e Rita Vieira de Figueiredo, coordenadoras do curso.

    Ana Guimarães

  • As universidades federais de Brasília, Minas Gerais, Sergipe e Bahia abrem este ano 220 vagas em cursos de licenciatura em educação do campo. Elas integram um projeto-piloto do Ministério da Educação que pretende abrir cursos específicos de formação de professores para trabalhar nos anos finais do ensino fundamental e médio nas escolas rurais do país.

    O primeiro curso, ministrado pela Universidade de Brasília (UnB), selecionou 60 educadores populares e de movimentos sociais e sindicais do campo das regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul. O curso será de quatro anos, desenvolvido em oito etapas semestrais que somam 3.525 horas. A formação se alterna em etapas presenciais denominadas Tempo-Escola, que acontecem em regime de internato, com oito horas diárias de atividades num período que varia de 40 a 60 dias por semestre; e fases, chamadas Tempo-Comunidade, em que os alunos aplicam a teoria à prática, desenvolvem pesquisas ou mobilizam a comunidade onde residem e trabalham.

    De acordo com Lais Mourão, uma das coordenadoras do curso da UnB, a universidade fez parceria com o Instituto Técnico de Capacitação e Pesquisa da Reforma Agrária (Iterra), do Rio Grande do Sul, que tem 12 anos de experiência na área, para construir seu projeto pedagógico. “A parceria vai ajudar a UnB a se capacitar na formação de educadores do campo”, diz. No desenvolvimento do projeto, o Iterra oferece sua estrutura física e pedagógica onde acontecem as aulas, oficinas, atividades coletivas e a UnB participa com professores, pesquisadores, tutores e os recursos repassados pelo MEC, além de definir linhas de pesquisa e produção de materiais didáticos e pedagógicos. As aulas do Tempo-Escola ocorrem no Instituto de Educação Josué de Castro, em Veranópolis, região serrana do Rio Grande do Sul.

    Com cerca de 500 inscritos para o vestibular do curso, a UnB selecionou 60 estudantes, sendo 42 do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, 12 de assentamentos do Vale do Jequitinhonha (MG), três de São Paulo, um do Rio de Janeiro e dois do Distrito Federal.

    Inovação – Com projeto pedagógico inovador, o Programa de Apoio à Formação Superior em Licenciatura em Educação do Campo (Procampo) pretende articular conhecimento teórico e prática. Para atingir esse objetivo, a licenciatura é multidisciplinar com abordagem de quatro áreas: linguagens e códigos – onde o aluno adquire formação para trabalhar em português, literatura e artes; ciências da natureza e matemática, que capacita para lecionar matemática, química, física e biologia; ciências humanas e sociais, para trabalhar com filosofia, sociologia, história, geografia; e ciências agrárias.

    No currículo do curso da UnB, diz a coordenadora Anna Izabel Costa Barbosa, da Faculdade de Educação, nos primeiros quatro semestres, o aluno recebe formação nas quatro áreas do conhecimento e no quinto semestre faz opção por uma área. No projeto-piloto, a opção de formação específica se restringirá à linguagens e códigos e à ciências da natureza e matemática.

    Procampo – É uma iniciativa da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad) que visa formar educadores para trabalhar nas escolas rurais e aumentar o tempo de escolaridade das pessoas que vivem no campo. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2006, indicam que a escolaridade média da população do campo é de quatro anos, enquanto que a dos que residem na área urbana é de 7,3 anos.

    Um dos caminhos para aumentar e qualificar a educação do campo, explica Marise Souza Carvalho, da coordenação-geral de educação do campo da Secad, é formar educadores capazes de dialogar com esse segmento e construir currículos e materiais que atendam suas necessidades. Para o projeto-piloto, cada uma das quatro universidades públicas vai receber R$ 240 mil em 2008 para custear as despesas do curso. Para desenvolver pesquisas, produzir conhecimentos, materiais didáticos e pedagógicos, cada universidade receberá R$ 300 mil para aplicar em quatro anos.

    Ionice Lorenzoni

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    Minas, Bahia e Sergipe também abrem cursos

  • O povo indígena mura, que vive em seis áreas descontínuas no município de Autazes (AM), distante cerca de 250 quilômetros de Manaus, começa nesta quarta-feira, 30, a formação universitária de seus 60 primeiros professores.

    A abertura do curso de licenciatura é resultado de uma parceria da Organização dos Professores Indígenas Mura (Opim) com a Universidade Federal do Amazonas (UFAM) e a prefeitura de Autazes. A construção do curso contou com recursos do Programa de Formação Superior e Licenciaturas Indígenas (Prolind), do Ministério da Educação.

    A licenciatura mura tem 60 vagas, das quais 37 foram preenchidas por professores com magistério e 23 por indígenas escolhidos pela comunidade. A Opim adotou alguns critérios de seleção dos candidatos ao curso, entre eles, ter concluído o ensino médio, ser mura e morar nas aldeias de Autazes.

    Com duração de cinco anos, o curso terá duas etapas anuais de aulas presenciais, que serão ministradas no prédio da Secretaria Municipal de Educação de Autazes. A primeira etapa terá duração de um mês, que, em 2008, acontecerá de a 31 de maio; e a segunda nos meses de setembro e outubro. Como a formação será em serviço, nos outros meses os 37 professores continuam lecionando e os 23 universitários voltam para suas atividades nas aldeias.

    De acordo com a coordenadora do curso da UFAM, Rosa Helena Dias da Silva, professora do departamento de educação da universidade, a licenciatura mura terá duração de cinco anos. Nos dois primeiros anos, os alunos fazem as disciplinas básicas para a formação geral; nos dois anos seguintes eles escolhem um entre três eixos de formação – letras e artes, ciências humanas e sociais, ciências exatas e biológicas –, e no quinto ano voltam a se reunir para os módulos de integração. Na última etapa, explica Rosa Helena, eles vão finalizar os projetos de pesquisas. O curso prepara os professores muras para lecionar nos anos finais do ensino fundamental e o ensino médio, que é uma das carências comuns nas escolas indígenas.

    Para o professor Gersen dos Santos Luciano Baniwa, antropólogo e membro do Conselho Nacional de Educação, que fará a abertura do curso, nesta quarta-feira, o traço marcante do povo mura nos dias de hoje é ter aprendido a lidar com o mundo dos brancos. Como perdeu a língua materna há cerca de três séculos, período em que foi aliado do povo manaós, dizimado no século 18, a luta hoje é pela reafirmação da sua cultura, explica Gersen Baniwa.

    A formação de professores para assumir as escolas indígenas do município é uma das tentativas de valorização cultural, uma vez que a língua está extinta. No encontro que terá com os universitários mura, Gersen Baniwa vai falar da importância da educação como instrumento de fortalecimento das culturas dos povos. “A escola não deve ser apenas um espaço para adquirir conhecimentos, mas deve funcionar como instrumento de afirmação da identidade”, diz o antropólogo.

    O Amazonas tem 60 povos indígenas, mas hoje apenas os ticunas, que vivem na região do Alto Solimões, na divisa do Brasil com a Colômbia e o Peru, e agora os muras têm cursos específicos para formação superior de seus professores. O curso dos ticunas é da Universidade do Estado do Amazonas (UEA). Para Baniwa, a UFAM tem entre seus desafios, abrir oportunidades de educação universitária e intercultural para todos os povos do estado. A população Mura em Autazes é de 6 mil pessoas.

    Outros cursos – Em todo o país, outras nove universidades federais e estaduais oferecem cursos de licenciaturas indígenas, onde 1.044 professores estão em formação. A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) tem 140 professores indígenas; a Universidade Federal de Roraima (UFRR), 239; a Universidade Estadual do Amazonas (UEA), 250; a Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), 100; a Universidade de São Paulo (USP), 80; a Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) em Mato Grosso do Sul, 111; as universidades federais de Goiás (UFGO) e de Tocantins (UFTO), conveniadas no mesmo curso, tem duas turmas com 94 professores; e a Universidade Federal do Amapá (Unifap), 30.

    A Universidade Federal do Acre (UFAC) fez vestibular com 50 vagas para duas turmas. A primeira, com 25 professores, começa o curso em agosto deste ano e a segunda, em 2009. A Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), na Paraíba, e a estadual da Bahia (Uneb) construíram projetos de licenciaturas específicas para professores indígenas, mas ainda não abriram os cursos.

    Ionice Lorenzoni

  • Da próxima segunda-feira, 13, ao dia 17, o Ministério da Educação realiza, em São Tomé e Príncipe, a capacitação de 14 tutores que vão acompanhar a formação de 120 professores nos próximos dois anos. A qualificação de professores leigos será feita pelo Programa de Formação de Professores em Exercício (Proformação), da Secretaria de Educação a Distância (Seed/MEC), dentro de um acordo de cooperação entre os governos do Brasil e de São Tomé e Príncipe.

    Curso a distância, de nível médio, o Proformação habilita professores leigos a lecionar nas séries iniciais do ensino fundamental, alfabetização de crianças e educação de jovens e adultos. No primeiro curso, que ocorreu em São Tomé entre 2004 e 2006, a Seed certificou 73 professores dos distritos de Cauê e Cantagalo. O curso que começa agora atenderá aos três distritos restantes.

    De acordo com a coordenadora do Proformação, Luciane Sá de Andrade, 14 tutores de Lembá, Lobata e Princípe receberão formação de 40 horas, em cinco dias. A partir daí, eles vão acompanhar, durante dois anos, a formação de 120 professores leigos. O Proformação tem 3.200 horas de estudos, divididas em quatro módulos, com etapas presenciais e a distância. Ao final do curso, o professor está habilitado ao magistério, na modalidade normal.

    Junto com Luciane Sá de Andrade, que fará a formação dos tutores, a professora aposentada da Universidade Federal de Minas Gerais, Regina Godoy, vai capacitar especialistas do país para fazer a adaptação de materiais didáticos e pedagógicos do Proformação. Os conteúdos do programa são baseados na realidade brasileira, diz Luciane, mas para que sua aplicação tenha eficiência em outro país, precisam ser adaptados. Entre as áreas que merecem atenção estão as disciplinas de história, geografia, ciências, artes e a legislação educacional.

    Merenda — De 10 a 21 de setembro, uma equipe técnica do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE/MEC) vai a São Tomé e Príncipe fazer diagnóstico das possibilidades de produção de alimentos para a universalização da oferta de merenda escolar para alunos do ensino fundamental. Como outros países, especialmente os da África, São Tomé recebe assistência do Programa Mundial de Alimentos (PMA), órgão das Nações Unidas. Como entre 2010 e 2012 o PMA vai dirigir sua atenção à assistência humanitária, até lá os países devem providenciar a produção e oferta da merenda para suas escolas. O programa de merenda escolar desenvolvido pelo FNDE foi indicado pela ONU como modelo a ser seguido pelos países hoje atendidos pelo PMA.

    Segundo Alexandre Silveira, assessor do MEC responsável pelo projeto de cooperação com São Tomé, além do diagnóstico, o FNDE também dará assistência técnica para que o país desenvolva um programa auto-sustentável de merenda. Entre os pontos do programa devem constar itens como a produção de alimentos em hortas escolares, gestão dos recursos, controle social e cardápios. As atividades desenvolvidas pelo MEC em São Tomé, diz Silveira, têm apoio da Agência Brasileira de Cooperação (ABC), órgão do Ministério das Relações Exteriores.

    País africano de Língua Portuguesa situado na linha do Equador, São Tomé e Príncipe é formado por duas ilhas. Tem 157 mil habitantes, taxa de analfabetismo de adultos de 15% e Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de 0,60. A escala do IDH vai de zero a um.

    Ionice Lorenzoni

  • A 10ª Reunião Regional da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) começa hoje, 31, às 19h, no auditório da concha acústica da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), e vai até o próximo dia 3, quinta-feira. Sob o tema Qualidade de Ensino e Responsabilidade Social, o encontro contará com 245 atividades entre minicursos, oficinas, mesas-redondas e conferências. As reuniões regionais da SBPC são dedicadas aos professores do ensino fundamental e médio, com o objetivo de atualizá-los e estimulá-los em seu trabalho essencial para a educação da juventude.

    O evento é coordenado pela Secretaria Regional da SBPC em Pernambuco e tem como parceiros os ministérios da Educação (MEC), Ciência e Tecnologia (MCT), UFPE, Prefeitura de Recife, Companhia Hidroelétrica do São Francisco (Chesf), Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco (Facepe), Coordenadoria de Ensino de Ciências e de Tecnologias do Nordeste (Cecine) e Espaço Ciência. A reunião conta com mais de quatro mil inscritos e a expectativa dos organizadores é que esse número chegue a seis mil. A professora Edla Soares e o professor Paulo Rosas (em memória) serão os homenageados da reunião. As conferências e mesas-redondas serão abertas ao público em geral.

    Participantes - Para a abertura da reunião estão sendo esperados, além do ministro da Ciência e Tecnologia, Eduardo Campos; o prefeito de Recife, João Paulo Lima e Silva; o secretário estadual de Ciência e Tecnologia, Claudio Marinho, representando o governador Jarbas Vasconcelos; o diretor da Facepe, José Carlos Wanderlei; o presidente da Chesf, Dilton da Conti; o presidente da Finep, Sergio Resende; o reitor da UFPE, Amaro Lins; o reitor da UFRPE, Valmar Correa de Andrade; o reitor da Universidade de Pernambuco, Emanuel Dias; a secretária de Educação de Recife, Maria Luiza Aléssio; o secretário estadual de Educação, Mozart Ramos; o presidente da Comissão de Ciências e Tecnologia da Assembléia Legislativa do estado, João Fernando Coutinho; e a ex-secretária de Educação de Recife, Edla Soares. Completarão a mesa o presidente da SBPC, Ennio Candotti, e o secretário regional da SBPC/PE, Ivan Vieira de Melo, além de representantes do MEC, Capes e CNPq.

    Conferências - A 10ª Reunião Regional da SBPC contará com a presença de quatro pesquisadores da Fundação Joaquim Nabuco, que vão participar das conferências e mesas-redondas. No dia 2 de fevereiro, às 10h30, o pesquisador João Suassuna apresentará o tema Rio São Francisco: Erros e Transposição, em conferência no auditório do Centro de Tecnologia e Geociências (CTG) da UFPE. Nos mesmos dia e horário, no Centro de Artes e Comunicação, Lúcia Carvalho discute sobre a importância da Ciência e da Tecnologia. Abraham Benzaquén será o mediador desta conferência.

    No último dia do evento, às 10h30, no CTG, João Suassuna integra a mesa-redonda que discute o projeto de transposição do Rio São Francisco. Às 16h30, Adriano Batista, da Coordenação-Geral de Estudos em Ciência e Tecnologia (Citec), participa da conferência Alto Déficit de Educação, Crescimento com Lentidão: uma Inescapável Relação. A palestra será no auditório do Centro de Ciências Biológicas. (Assessoria de Comunicação Social do MEC)

  • A partir desta terça-feira, 22, estarão abertas as inscrições aos exames de proficiência na Língua Brasileira de Sinais (Libras) 2008, para instrutor e tradutor/intérprete. As inscrições serão feitas pela internet e os exames serão oferecidos em instituições públicas de ensino superior nas 27 unidades da Federação. As inscrições vão até 21 de agosto.

    Pessoas surdas ou ouvintes poderão se inscrever para a certificação de proficiência no uso e no ensino da Libras ou para a certificação de proficiência em tradução e interpretação da Libras/língua portuguesa/Libras. Nos dois exames, podem participar candidatos com ensino médio ou superior completos até o dia da realização da prova objetiva.

    Os exames do Prolibras serão realizados em duas fases: a primeira será uma prova objetiva, com 20 questões sobre a compreensão da Língua Brasileira de Sinais, no dia 28 de setembro. O exame terá duração de duas horas, será formulado em Libras e abordará conhecimentos sobre Libras e a legislação específica da língua. A segunda fase será uma prova prática individual no dia 30 de setembro. O candidato terá que discorrer sobre um tema definido, conforme a ordem de classificação de cada participante e em cada categoria e nível de formação. Esta prova terá duração de 15 minutos por candidato.

    Locais das provas – No ato da inscrição, o candidato ao Prolibras terá que indicar, obrigatoriamente, em qual instituição fará os exames. São 26 universidades públicas, uma por estado, e o Instituto Nacional de Ensino de Surdos (Ines): a UnB, em Brasília; UFSC, em Florianópolis; UFCE, em Fortaleza; UFGO, em Goiânia; Ufam, em Manaus; Ines, no Rio de Janeiro; UFBA, em Salvador; UFRGS, em Porto Alegre; Unicamp, em São Paulo; UFMG, em Belo Horizonte; UFPR, em Curitiba; Ufes, em Vitória; UFSE, em Aracaju; Ufal, em Maceió; UFPE, em Recife; UFPB, em João Pessoa; UFRN, em Natal; UFPI, em Teresina; Uema, em São Luís; UFPA, em Belém; Unifap, em Macapá; Ufac, em Rio Branco; Unir, em Porto Velho; UFRR, em Boa Vista; UFTO, em Palmas; UFMT, em Cuiabá; e a UFMS, em Campo Grande.

    Em 2008, acontece o terceiro exame de proficiência em Libras, em cumprimento à Lei nº 10.436/2002, que reconheceu Libras como língua, e ao Decreto nº 5.626/2005, que determina a promoção de exames durante dez anos, 2007 a 2016. Na primeira edição, em 2007, se inscreveram 4.773 candidatos . Destes, 1511 foram aprovados.

    O Edital nº 5, da Comissão Permanente do Vestibular (Coperve) da Universidade Federal de Santa Catarina e a ficha de inscrição estarão disponíveis a partir desta terça-feira, 22.

    Ionice Lorenzoni

    Republicada com acréscimo de informações

  • A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) vai financiar a formação de recursos humanos para o Sistema Brasileiro de TV Digital (SBTVD). As inscrições para que grupos de pesquisa apresentem projetos interdisciplinares estão abertos até 21 de dezembro.

    Os projetos poderão ser apresentados por programas de pós-graduação stricto sensu (cursos de mestrado e doutorado) com áreas ou linhas de concentração em engenharia de software, ciências da computação, engenharia elétrica, gestão, produção, veiculação, interatividade e educação a distancia na TV Digital. Além disso, poderão participar grupos de pesquisa de cursos das áreas de microeletrônica e telecomunicações. O edital também permite que instituições que não tenham pós-graduação stricto sensu concorram, mas será necessário que elas façam parcerias com instituições de ensino superior que possuam tais cursos.

    Por meio do edital serão apoiadas missões de estudos para os estudantes participantes dos projetos. Serão concedidas bolsas de mestrado e doutorado dentro do país e de doutorado-sanduíche para o exterior. Além disso, há auxílio para moradia e passagens aéreas. Cada projeto selecionado receberá por ano R$ 420 mil e terá duração máxima de quatro anos para execução orçamentária.

    Estimular a criação de novas linhas de pesquisas no país sobre TV Digital é outro objetivo do edital. Pesquisadores e professores poderão realizar atividades com a concessão de diárias e passagens aéreas. Informações adicionais sobre o edital na página eletrônica da Capes.

    A projeção digital deverá alcançar até 2009 o número de 34 mil estações implantadas em todo o Brasil. Segundo o presidente da Capes, Jorge Guimarães, o país abriu espaço para competir com inovação. “O crescimento é garantido, com mão-de-obra gerenciada e capacitação na área de engenharias.” O cronograma oficial de implantação do sistema digital prevê que as transmissões sejam iniciadas pelo estado de São Paulo, em dezembro deste ano.

    Adriane Cunha

  • Com uma visita à empresa Marcopolo, em Caxias do Sul (RS), o presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), Daniel Balaban, deu início nesta terça-feira, 29, às inspeções que serão feitas, com o Instituto Nacional de Metrologia (Inmetro), aos fabricantes dos ônibus escolares, no âmbito do programa Caminho da Escola. “Nossa presença é importante para garantir o cumprimento de todas as especificações constantes do edital de licitação”, afirma Balaban, para quem tais ônibus servirão como padrão para o transporte escolar no país.

    Segundo o diretor de administração e tecnologia do FNDE, José Carlos Freitas, “todas as empresas passarão por um processo de inspeção de conformidade das especificações dos protótipos, que servirão de referência para a produção das demais unidades”.

    De acordo com o diretor executivo da Marcopolo, Nelson Gehrke, a empresa chegou a produzir, no início desta década, veículos escolares. No entanto, o mercado não demonstrou muito interesse por eles. “Acho louvável o governo ter tomado uma iniciativa como esse programa, com destaque especial para a preocupação com itens de segurança.”

    Além da vistoria do protótipo de cada fabricante, o FNDE e o Inmetro avaliarão cada um dos veículos produzidos para o programa nos estados. Até hoje, já foi autorizada a produção de 535 veículos escolares, sendo 284 da Marcopolo. Espera-se que até o final do ano sejam entregues mais mil ônibus.

    Zonas rurais – O programa Caminho da Escola é uma das ações do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE). O novo programa de transporte escolar voltado para os 8,4 milhões de estudantes da educação básica pública que moram em áreas rurais vai permitir a renovação da frota, para oferecer maior segurança ao transporte dos estudantes.

    Os veículos são adaptados à zona rural e certificados pelo Inmetro, que elaborou com o FNDE o conjunto de especificações técnicas de cada categoria. Os ônibus terão cor padronizada em todo o país (amarelo e preto).

    Entre outras características, devem possuir suspensão do tipo metálica e mais alta que os veículos convencionais para circulação em terrenos acidentados; filtros de ar para o funcionamento do motor em estradas empoeiradas; e pneus de uso misto para uso em estradas de terra e asfalto e em trajetos de curtas e médias distâncias. Aqueles com mecanismo de acessibilidade devem ter plataforma elevatória e espaço reservado para cadeiras de rodas, com o sistema de retenção das cadeiras para o transporte de alunos portadores de necessidades especiais.

    Assessoria de Comunicação Social do FNDE

  • O Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet) do Pará e o Lycée Professionnel de Balata, da Guiana Francesa, assinaram este mês convênio para intercâmbio técnico e cultural de estudantes. O acordo, que visa a desenvolver um programa especial de mútua cooperação técnica, científica, educacional, cultural e lingüística nos campos da educação, pesquisa e extensão, levará alunos do Pará à escola na Guiana Francesa e estudantes do Lycée ao Cefet-PA.

    A primeira atividade será a ida, em outubro, de professores do Cefet à Guiana Francesa. O intercâmbio dos alunos está previsto para março e abril de 2008. Devem participar da experiência cerca 50 alunos a cada ano. “Representar o Pará em outro país é um grande desafio. Agora, temos de colocar em prática os projetos pedagógicos e o domínio da língua francesa”, afirmou o vice-diretor do Cefet-PA, João Pinto. Segundo ele, trata-se de importante momento para a instituição e para a Região Norte.

    Instituto — O Lycée, instituto técnico especializado em construção civil, tem 900 alunos e 85 professores, que “estarão de braços abertos para receber os amigos brasileiros”, afirmou o professor Bruno Niedertcorn, em Belém. Segundo ele, o Lycée vai colocar à disposição dos estudantes um professor de português e um assistente para que eles se familiarizem com a língua portuguesa antes de embarcar para o intercâmbio.

    A integração entre os alunos e professores dos dois países também está sendo preparada. Torneios de xadrez e de futebol serão promovidos para incentivar a troca de experiências. “Pouco vale a tecnologia se não for para atender a necessidade humana”, disse Bruno.

    Mais informações no Cefet-PA, pelo telefone (91) 3201-1798.

    Sophia Gebrim

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