O poeta maranhense Ferreira Gullar e a escritora gaúcha Lygia Bojunga Nunes participam neste sábado, 14, do Espaço da Leitura, que acontece todas as tardes no estande do Ministério da Educação na Bienal Internacional do Rio de Janeiro. Ferreira Gullar vai falar sobre fábulas infantis às 15h30. Às 17h30, será substituído na arena por Lygia Bojunga Nunes.
Pela manhã, às 11 horas, as crianças que visitarem o estande poderão se divertir na oficina de ilustração, promovida pelo artista plástico Guto Lins e ouvir histórias contadas por José Mauro Brant.
Na tarde do domingo, às 15 horas, o escritor Affonso Romano de Sant Anna conversará com os estudantes no estande. Às 19 horas, o cartunista Ziraldo falará sobre sua obra, aos visitantes.
Ferreira Gullar - O poeta maranhense, Ferreira Gullar, começou a escrever poemas com 13 anos. Em 1945, na escola, descobriu a vocação para a escrita e decidiu estudar português para se tornar escritor.
Em 1951, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde tornou-se amigo de Mário Pedrosa e dos jovens pintores da época. Seu primeiro livro, "A luta corporal", foi lançado em 1954.
Participou do movimento concretista, com o qual rompeu em 1957. Escreveu o "Manifesto neo-concretista" e a "Teoria do não-objeto", que deram novo ritmo à vanguarda brasileira. O manifesto, publicado por ocasião da 1ª Exposição Neo-concreta, foi assinado também por Amílcar de Castro, Aluísio Carvão, Franz Weissmann, Hélio Oiticica, Lygia Clark, Lígia Pape, Reynaldo Jardim e Theon Spanúdis.
Em 1964, ao lado de Oduvaldo Vianna Filho, Paulo Pontes e Thereza Aragão, fundou o Grupo Opinião e escreveu, em parceria com Vianna, a peça "Se comer o bicho pega, se ficar o bicho come". Em 1961, Gullar começou a ver com outros olhos o experimentalismo que até então marcava sua obra. Iniciou a construção do Museu de Arte Popular e abandonou a vanguarda. Em 2000, a exposição "Ferreira Gullar 70 anos" foi aberta no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, para marcar o aniversário do poeta. Em dezembro de 2004, recebeu o Prêmio Príncipe Claus, da Holanda, dado a artistas, escritores e instituições culturais de fora da Europa, que contribuíram para mudar a sociedade, a arte ou a visão cultural de seu país.
Lygia Bojunga Nunes - Lygia Bojunga nasceu em Pelotas, Rio Grande do Sul, em 26 de agosto de 1932. Aos oito anos mudou-se para o Rio de Janeiro. Escolheu estudar medicina, mas desistiu de prestar vestibular porque se tornou atriz profissional. Do teatro foi para a tevê e para o rádio, representando, escrevendo roteiros, traduzindo e adaptando peças e livros para serem encenados. Apaixonou-se pela literatura e passou a escrever livros. Recebeu muitos prêmios nacionais e internacionais. Em 1982, pelo conjunto de sua obra, recebeu a medalha "Hans Christian Andersen". Em 2004, foi premiada com o Astrid Lindgren Memorial Award (Alma) - prêmio equivalente ao Nobel para escritores de literatura infantil -, pelo conjunto de sua obra. (Assessoria de Comunicação do FNDE)