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  • A psicóloga baiana Ana Luíza Gama é uma das  novas servidoras do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE/MEC). Com ela, outras 176 pessoas tomaram posse nesta quinta-feira, 10, em Brasília. “Vocês atuarão da creche ao ensino médio para dar sustentação às políticas educacionais”, disse o ministro da Educação, Fernando Haddad, aos novos servidores.

    Ministro fala da importância do FNDE aos novos servidores da autarquia (Foto: Júlio César Paes)Haddad lembrou que há três anos o FNDE não tinha uma carreira organizada, e os servidores representavam apenas 23% do quadro. “Hoje, inclusive, a alta direção da autarquia é formada por servidores públicos federais”, destacou. Para Haddad, é importante ampliar o quadro de servidores para que o FNDE cumpra sua finalidade técnica sem servir a causas políticas, mas “unicamente à causa educacional”.

    O ministro ressaltou ainda que o plano de carreira do FNDE é fundamental para atrair novos talentos. Quanto ao orçamento, informou que é três vezes superior ao de três anos atrás. “Saltamos de R$ 6 bilhões para R$ 15 bilhões nesse período”, afirmou.

    Na visão do presidente do FNDE, Daniel Balaban, as mudanças devem estimular os servidores a cumprir com seriedade e competência suas funções. “Está em nossas mãos a boa execução das políticas públicas”, disse. Segundo ele, o bom desempenho na autarquia faz a diferença no cotidiano das escolas e dos alunos. “É bom ver que as crianças estão bem alimentadas e que há livros nas estantes das escolas”, exemplificou.

    A psicóloga Ana Luíza está entusiasmada. “É uma carreira respeitada”, salientou. A nova servidora diz sentir-se feliz e esperançosa por trabalhar com políticas educacionais. “Valeu a pena estudar intensivamente durante três meses, seis horas todos os dias.”

    Do total de servidores empossados, entre técnicos e especialistas, 43 devem reforçar as áreas de controle da autarquia; 20 trabalhão com auditoria e 23 com prestação de contas.

    Maria Clara Machado

  • O Núcleo de Estudos Canadenses (NEC) da Faculdade de Letras da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) realizará, de 16 a 18 próximos, no campus Pampulha, o 2º Encontro do NEC, cujo tema será História e Cultura Brasil-Canadá. Depois da solenidade de abertura, no dia 16, às 9h, no auditório da Reitoria, haverá um recital de música brasileira, às 9h30, com a soprano Mônica Pedrosa e o violonista Fernando Araújo.

    Às 10h30, será realizada a primeira conferência, L'affirmation des Francophones et l'Adaptation à la Diversité Culturelle au Québec dans la Seconde Moitié du XXième Siècle, com Paul-André Linteau, da Université du Québec à Montréal (UQAM).

    À tarde, às 15h, o professor Jean-Nicholas de Surmont, pesquisador em Música, fará a conferência La Chanson au Québec. Às 15h30, a professora Claudette Berthiaume Zavada, da Universidade de Montreal, comentará o tema Musiscope sur le Québec. Às 17h, o professor Gregory Lewis Smith, da Royal Roads University, proferirá a palestra Sustainable Development as a Template for Canada, Brazil and the World. Às 18h30, no auditório da Escola de Música, haverá concerto da Orquestra Sinfônica da unidade acadêmica.

    As inscrições devem ser feitas até sexta-feira, dia 11, no Núcleo de Estudos Canadenses da Faculdade de Letras, nos endereços eletrônicos Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. e Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. ou pelos telefones (31) 3291-6227, 3291-4817 e 8844-4817.(Assessoria de Comunicação da UFMG)

  • As instituições de ensino superior públicas têm prazo até o próximo dia 28 para inscrever projetos no Programa de Ações Afirmativas para a População Negra nas Instituições Públicas de Educação Superior (Uniafro), desenvolvido pela Secretaria de Educação Superior (SESu/MEC) em parceria com a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad/MEC). O ministério destinou R$ 2,5 milhões para a concretização do programa que envolve um acordo de cooperação entre o MEC e os Núcleos de Estudos Afro-Brasileiros (Neabs) para o desenvolvimento de programas e projetos de ação afirmativa para a população negra.


    As propostas só poderão ser feitas via Internet. O formulário-padrão para as inscrições encontra-se disponinilizado na página eletrônica da SESu.


    Na Universidade Federal da Bahia, Jocélio Teles dos Santos, diretor do Centro de Estudos Afro-Orientais - criado em 1959, o mais antigo do país -, vai inscrever um programa de ações afirmativas entre os dias 24 e 25. "O nosso programa é composto por cinco ações, dentre elas a de acesso e permanência", disse o professor.


    No caso da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG), a coordenadora do núcleo, Cláudia Onelina, disse que a instituição vai concorrer com um projeto voltado para o curso de extensão. "É o projeto Educação da Cultura Afro-Brasileira e Africana voltado para a extensão. Já definimos que ele terá 160 horas de duração e período de sete meses. Mas já estamos preparando um programa para enviar no próximo edital do Uniafro", afirmou ela.


    Conforme a chefe do Núcleo de Estudos Étnico-Raciais, Maria de Lourdes Silva, da Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul (UEMS), uma comissão está decidindo quais propostas serão enviadas e as linhas gerais das mesmas. "Estamos propondo uma atuação de intervenção comunitária e uma articulação com a educação básica, tendo em vista a implementação da Lei nº 10.639", comentou Maria de Lourdes.


    Sonia Jacinto

  • No próximo dia 5 de julho, às 8h30min, será lançado, na Câmara Municipal de Assu (RN), o projeto de implantação de catorze Núcleos Cooperativos de Produção de Mel em assentamentos e comunidades rurais das regiões do Vale do Açu e Mato Grande. Esses núcleos terão como metas a geração de emprego e renda e a qualificação profissional de jovens e adultos. Serão beneficiadas 250 famílias.

    O Projeto do Mel, no qual serão investidos 423 mil reais, foi proposto pelo Centro Federal de Educação Tecnológica do Rio Grande do Norte – Cefet-RN e aprovado junto ao Programa Petrobrás Fome Zero, tendo como interveniente a Fundação de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico do Rio Grande do Norte (Funcern). A coordenadora técnica será a professora Andréa Lessa, mestre em Pesquisas e Tecnologias de Desenvolvimento Regionais.

    Além da formação nos núcleos, os jovens e adultos das comunidades participantes receberão capacitação para serem multiplicadores em gestão sustentável da apicultura, cooperativismo e gestão dos recursos ambientais, incluindo saneamento rural e saúde pública.

    Os assentamentos também serão beneficiados com ações de educação ambiental coordenadas por alunos dos cursos técnicos e superior em tecnologia ambiental e licenciaturas em Física e Geografia do Cefet-RN. (Assessoria de Comunicação do Cefet-RN)

  • O Programa Nacional de Informática na Educação (ProInfo/MEC) já montou 418 núcleos de tecnologia educacional (NTEs) no País. Os núcleos contam com equipe interdisciplinar de professores e técnicos qualificados para oferecer formação contínua aos professores e assessorar escolas da rede pública no uso pedagógico e na área técnica (hardware e software). Os NTEs são braços da integração tecnológica nas escolas públicas de ensino básico.

    O estado com maior número de núcleos é São Paulo (94), seguido do Paraná (35), e do Rio Grande do Sul (33). Apesar de montados pelo ProInfo com equipamentos adquiridos pelo Ministério da Educação, os núcleos estão subordinados às secretarias de educação. Alguns governos estaduais assumiram os NTEs como parte de sua estrutura. A partir daí, ampliaram a iniciativa, segundo Antônio Carlos Carvalho, coordenador-geral do Departamento de Infra-Estrutura Tecnológica (Ditec) da Secretaria de Educação a Distância (Seed/MEC).

    Na Região Sudeste, estão instalados 148 NTEs; na Nordeste, 96; na Sul, 83; na Centro-Oeste, 47; na Norte, 44. “Para o MEC, interessa que os NTEs sejam ampliados e funcionem bem”, disse Antônio Carlos. Além de capacitar profissionais para prestar suporte pedagógico e técnico às escolas, os núcleos são utilizados para pesquisas, reciclagem de conhecimentos e disseminação de experiências pedagógicas.

    Participação — Para participar do ProInfo, a escola deve apresentar à coordenação estadual do programa, na Secretaria de Educação do estado, um projeto político-pedagógico de uso das tecnologias da informação e comunicação (TIC) na educação e formalizar o compromisso de prover a infra-estrutura para o adequado funcionamento dos núcleos.
     
    O ProInfo foi criado em abril de 1997 para promover o uso pedagógico da informática na rede pública de ensino fundamental e médio. O programa é responsável pela doação e instalação de computadores nas escolas públicas de educação básica, as quais passam a contar com a assistência dos NTEs.

    Mais informações pelo telefone (61) 2104-8961 e na página eletrônica do ProInfo.

    Súsan Faria

  • As matrículas de estudantes indígenas cresceram cerca de 40% entre 2003 e 2005 e as escolas tiveram uma expansão de 36,2% no mesmo período. Os números fazem parte de uma avaliação preliminar dos dados do censo escolar indígena divulgada nesta segunda-feira, 7, pela Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad/MEC).

    Na educação básica – infantil, fundamental, média e de jovens e adultos – estão matriculados 164.018 alunos indígenas, contra 117.171 em dezembro de 2002. Já o número de escolas subiu de 1.706 para 2.324, o que significa que, em três anos, entraram em operação 618 novos estabelecimentos.

    Para o coordenador da Educação Escolar Indígena do MEC, Kleber Gesteira, uma série de fatores explica a expansão, entre os quais a taxa de crescimento populacional da maioria dos povos indígenas, que se aproxima dos 4% (a média nacional é de 1,4%); o aumento da demanda por escolas nas aldeias; a formação de cerca de oito mil professores indígenas nos últimos dez anos; e a chegada da merenda escolar nas escolas, que serviu de incentivo e favoreceu a permanência dos alunos.

    Os dados do censo escolar 2005 mostram uma evolução ainda mais significativa na oferta do ensino médio em terras indígenas. O censo de 2002 registrou 18 escolas nas aldeias; em 2005, esse número sobe para 72, o que representa uma expansão de 300%. A evolução das matrículas no ensino médio também cresceu na mesma proporção: de 1.187 matrículas em 2002 para 4.749 em 2005.

    Números – O censo escolar de 2005, realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), informa que os 164.018 alunos indígenas estão assim distribuídos nos quatro níveis de ensino: educação infantil, 18.583; 1ª a 4ª série do ensino fundamental, 104.573; 5ª a 8ª série, 24.251; ensino médio, 4.749; educação de jovens e adultos, 11.862.

    Repórter: Ionice Lorenzoni

  • O número de alunos que freqüentam cursos a distância no Brasil cresceu, no ano passado, 62%, atingindo 1,2 milhão de alunos. O dado foi divulgado no Anuário Brasileiro Estatístico de Educação Aberta e a Distância (Abraead), lançado esta semana, em Brasília. A região Sul foi a que apresentou maior crescimento, subindo de 14.930 alunos, em 2004, para 109.163, em 2005, registrando 631,2% de acréscimo.

    O material promovido pela Associação Brasileira de Educação a Distância (Abed) em parceria com a Secretaria de Educação a Distância (Seed/MEC) e do Instituto Monitor apontou, também, que, no mesmo período, o número de instituições credenciadas a ofertar educação a distância no país aumentou em 30%, subindo de 166 para 217. Nos ensinos fundamental e médio (técnico) a educação a distância cresceu 40%, envolvendo também jovens e adultos.

    Segundo o titular da Seed, Ronaldo Mota, o crescimento deve-se ao impulso que o MEC dá a esta modalidade de ensino, principalmente nos últimos dois anos. “Estamos trabalhando em programas e projetos que potencializem a educação a distância. O projeto Universidade Aberta do Brasil, por exemplo, que pretende levar o ensino superior público a todas as cidades brasileiras, por meio de parcerias com prefeituras e estados, surge como uma alternativa de atendimento às demandas reprimidas por educação superior no país. Afinal, no Brasil, apenas 11% dos jovens entre 18 e 24 anos freqüentam esta etapa do ensino”, observou o secretário.

    Mota destacou ainda que 77% das instituições credenciadas de educação a distância têm taxa de evasão menor que 30%, a média constatada nos cursos presenciais. “Educação a distância é uma modalidade de educação cada vez mais presente em nosso cotidiano, fortemente impulsionada pelas novas tecnologias de informação e comunicação, cujas potencialidades apontam para o atendimento às demandas inéditas da sociedade contemporânea, em particular no Brasil, país privilegiado com dimensões continentais”, afirmou.

    Pesquisa – Um total de 180 instituições em todo o país participou da pesquisa do anuário, que levantou dados como formatos dos cursos, métodos de ensino e apoio aos alunos, desenvolvimento das atividades, formas de avaliação e resultados. (Assessoria de Imprensa da Seed)

  • O Brasil precisa quadruplicar o número de doutores na área de engenharia, nos próximos seis anos, para expandir o desempenho industrial e empresarial. Esta foi uma das conclusões do Fórum Brafitec, que reúne pesquisadores brasileiros e franceses em Fortaleza. O programa Brafitec é uma parceria da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC) com a Conferência de Diretores de Escolas e Formação de Engenheiros da França (Cdefi), que financia o intercâmbio de estudantes de engenharia entre os dois países.

    “O número de doutores na área das engenharias é insuficiente para atender a demanda. O que formamos mal substitui as aposentadorias dos núcleos de pesquisa das universidades”, disse o presidente da Capes, Jorge Guimarães. Em 2005, o Brasil formou 1.114 doutores em engenharias de um total de 8.989 titulados no mesmo ano. Terá de formar pelo menos quatro mil em 2010.

    Segundo Guimarães, a velocidade do desenvolvimento de empresas e indústrias de um país depende da disponibilidade de engenheiros altamente qualificados. “Não temos falta de qualidade, mas de quantidade”, salientou. O País tem 4.894 professores nas engenharias. São 139 cursos de doutorado, 98% dos quais em instituições públicas. “Há enorme demanda de pessoal qualificado nas áreas de energia, petróleo e gás, minas e metalurgia, automação industrial, bens de capital e muitas outras.”

    A demanda é manifestada à Capes por diversas empresas e se estende a pessoal técnico de nível médio.

    No Brasil, há pelo menos 13 centros de alto nível apoiados pela Capes para a formação de recursos humanos pós-graduados em engenharias nas universidades e em outras instituições. Também há a preocupação de investir em iniciativas de qualidade em várias regiões do país. “Precisamos, de forma urgente, reforçar as ações que qualificam o ensino de matemática e ciências nos níveis fundamental e médio porque isso é decisivo na hora da formação do estudante”, constatou Guimarães.

    Nesta quinta-feira, dia 19, a Capes promove o Fórum Franco-Brasileiro: Empresas e Formação de Engenheiros, no Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp). O encontro começa às 9h.

    Adriane Cunha

  • Uma das propostas da UAB é oferecer formação inicial a professores de educação básica em efetivo exercício na rede pública que ainda não tenham título superior (Foto: João Bittar)Com o encerramento do prazo de inscrições de projetos no âmbito do segundo edital do programa Universidade Aberta do Brasil (UAB), na sexta-feira, dia 20, o Ministério da Educação registrou 805 inscrições de propostas de pólos de apoio presencial. Além disso, 123 instituições de ensino superior apresentaram propostas de cursos, a serem iniciados em 2008, para a implantação do sistema UAB. A novidade é a incorporação das universidades públicas estaduais e municipais.

    Segundo o secretário substituto de educação a distância, Hélio Chaves Filho, o número de propostas foi duas vezes superior ao do primeiro edital, no qual foram selecionadas 49 instituições federais — universidades e centros federais de educação tecnológica (Cefets) — para a oferta de 794 cursos superiores, 520 dos quais voltados para a formação inicial e continuada de professores da educação básica. Os cursos serão levados, ainda este ano, aos 291 pólos de educação a distância em todos os estados.

    Por meio do programa UAB, o governo federal está implantando um amplo sistema nacional de ensino superior a distância, com a participação de instituições públicas de educação superior e em parceria com estados e municípios. Dessa forma, estabelece um regime de colaboração sem precedentes na área.

    O principal objetivo da UAB é oferecer formação inicial a professores de educação básica em efetivo exercício na rede pública que ainda não tenham título superior. Isso significa atender uma grande demanda, formar  professores e garantir formação continuada a quase dois milhões de profissionais que carecem de atualização permanente.

    Após as inscrições, os proponentes devem apresentar a documentação comprobatória dos projetos a serem avaliados. O MEC promoverá processo seletivo para selecionar pelo menos mais 250 pólos.

    Mais informações na página eletrônica da UAB. (Assessoria de Imprensa da Seed)

  • 4.004.715 estudantes farão o Enem, dia 31 deste mês, domingo, às 13h (horário de Brasília) (Foto: Wanderley Pessoa)O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) registrou número recorde de inscrições em sua 11a edição, este ano: 4.004.715 estudantes farão a prova, marcada para 31 deste mês, domingo, às 13h (horário de Brasília). É a primeira vez que esse número supera os 4 milhões. No ano passado, 3,5 milhões se inscreveram. O exame é realizado desde 1998.

    O balanço consolidado de inscritos e participantes só sairá no final do ano, com as médias de proficiência do País e unidades da Federação. Dados preliminares do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) indicam que a região Sudeste teve o maior número de inscritos, com 1.887.779 candidatos. São Paulo recebeu 1.052.031 inscrições, sendo o estado com o maior número de concorrentes.

    Com 289.360 candidatos, a região Norte foi a que teve a menor adesão ao Enem. Na seqüência, vêm as regiões Centro-Oeste (324.704), Sul (484.948) e Nordeste (1.017.634).

    As mulheres são as que mais se interessam pelo exame: são 2.431.413 candidatas. Já os inscritos do sexo masculino somam 1.477.414. Outros 95.888 estudantes não informaram essa opção.

    O Enem é composto por 63 questões de múltipla escolha e uma redação. O inscrito terá cinco horas para realizar a prova. A prova é um dos requisitos para o estudante concorrer a uma bolsa no Programa Universidade para Todos, o ProUni. Além disso, mais de 500 instituições utilizam o resultado do Enem como critério de seleção para o ingresso no ensino superior. O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgou o número de inscritos, separados por estado e região.

    Assessoria de Imprensa do Inep

  • O número de inscritos na 2ª Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep) cresceu 35% em relação ao ano passado, quando 10,5 milhões de estudantes participaram da competição. Este ano, se inscreveram 14.158.917 alunos e 32.603 escolas.

    A competição tem como objetivo estimular o estudo da matemática nos ensinos médio e fundamental e criar novos vínculos entre o aluno e a escola. Segundo a diretora da Olimpíada, Sueli Druck, a experiência mostra que muitos participantes de olimpíadas de matemática melhoram seu desempenho em outras disciplinas escolares. “Além disso, os alunos desenvolvem sua auto-estima quando se destacam entre milhares de outros estudantes”, disse.

    A escolha dos melhores alunos será feita em duas fases: a primeira prova no dia 29 de agosto e a segunda no dia 18 de novembro. Em março de 2007, serão divulgados os nomes dos vencedores. Todos os estados brasileiros estão participando da disputa. Os estudantes paulistas formam o maior contingente de participantes, com mais de três milhões de inscritos, seguidos pelos mineiros (1,6 milhão) e baianos (1,2 milhão).

    A premiação é dividida entre alunos, professores, escolas e municípios que se destacarem no país. Para os estudantes, serão distribuídas medalhas e 2.001 bolsas de iniciação científica júnior do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Os cem professores com alunos mais bem classificados ganharão um curso de aperfeiçoamento no Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa). Além disso, cem escolas receberão laboratórios de informática e cinco municípios (um de cada região do país) receberão quadras de esportes.

    A Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas é organizada pelo Impa, Sociedade Brasileira de Matemática e ministérios da Educação e da Ciência e Tecnologia.

    Flavia Nery

  • Foto: Júlio César PaesCom um total de 8,3 milhões de alunos inscritos, contra os seis milhões esperados inicialmente, a 1ª Olimpíada de Matemática das Escolas (Obmep) superou as expectativas quanto ao número de participantes. Já as escolas, são mais de 22 mil inscritas em todo Brasil.

    A presidente da Sociedade Brasileira de Matemática (SBM) e uma das coordenadoras da olimpíada, Suely Druck, diz que não ficou surpresa com a grande procura das escolas e aposta na melhoria da qualidade do ensino de matemática na rede pública: “A aceitação ficou muito acima da expectativa. As inscrições para a olimpíada foram um sucesso, principalmente porque o assunto em questão é a matemática, que não é das disciplinas mais populares. Por outro lado, não surpreendeu, porque existe uma demanda muito grande pela disciplina nas escolas públicas, que não tem sido atendida. Então, pela primeira vez, há um projeto que premiará alunos e professores que se interessam pelo tema”, explica.

    O objetivo da olimpíada é estimular o estudo da matemática por meio da resolução de problemas que despertem o interesse e a curiosidade de professores e estudantes. A competição está dividida em três níveis, envolvendo estudantes de 5a a 8a série e ensino médio. As provas serão aplicadas em duas fases. A primeira é objetiva e ocorre em 16 de agosto. A segunda, discursiva, será realizada em 8 de outubro.

    A olimpíada é uma iniciativa do MEC, do Ministério da Ciência e Tecnologia, do Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (Impa) e da SBM, com o apoio do Ministério do Esporte.

    Repórter: Cristiano Bastos

  • O Brasil tem 122.295 estudantes de pós-graduação, dos quais 76.323 são de mestrado acadêmico, 4.008 de mestrado profissional e 41.964 de doutorado. O levantamento é da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Ensino Superior (Capes/MEC). De acordo com o presidente da Capes, Jorge Almeida Guimarães, há um crescimento no setor que precisa da cooperação dos estados, empresas estatais e iniciativa privada para aumentar o número de bolsas de pós-graduação.

    "Não há nenhuma maneira das duas agências federais, Capes e CNPq, seguirem a lógica da demanda na pós-graduação", disse. Empresas como a Petrobras, Fundação Ford, Cemig, Vale do Rio Doce, Usiminas, Motorola, Siemens e Furnas já oferecem bolsas para o curso. "A participação dos estados nas bolsas é pequena. Estamos buscando parcerias", avalia Jorge Almeida.

    Segundo ele, há 40 mil alunos de pós-graduação sem bolsas. Muitos, porém, têm vínculo empregatício e não podem receber o benefício. "O aumento dos alunos da pós-graduação não é acompanhado pelo orçamento das agências. Na Capes, o crescimento foi de 2% ao ano". Dos 122.295 estudantes matriculados em 1.925 programas de pós-graduação reconhecidos pelo MEC, 44.112 são bolsistas. Destes, 23.801, ou 54%, são financiados pela Capes; 13.166 pelo CNPq; 4.249 pelas fundações de amparo à pesquisa (FAPs) e 2.896 por outras instituições.

    Números - Em 1996, existiam 67.820 alunos da pós-graduação no país (45.622 de mestrado e 22.198 de doutorado). Já em 2003 eram 112.237 estudantes de pós-graduação (66.959 de mestrado acadêmico, 5.065 de mestrado profissional e 40.213 de doutorado). Nos últimos oito anos, o número de cursos de pós-graduação aprovados pela Capes tem crescido em média 9% ao ano. As áreas com maior número de alunos são ciências humanas e engenharias, ciências da computação e ciências da saúde.

    A região Sudeste concentra o maior número de pós-graduandos: 31.274 no doutorado; 45.856 no mestrado acadêmico e 2.893 no mestrado profissional. Na região Norte há 228 doutorandos e 1.507 mestrandos. São Paulo tem mais da metade dos futuros doutores, 21.161 dos 41.964 alunos da área. Dos 76.323 alunos de mestrado acadêmico, 27.716 estão em São Paulo; 10.721 no Rio de Janeiro; 61 em Rondônia; oito, no Tocantins; e quatro no Acre. "As regiões Norte e Centro-Oeste, excluindo o DF, têm os índices mais baixos de matriculados na pós-graduação e, conseqüentemente, de bolsas", diz o presidente da Capes.

    Repórter: Susan Faria

  • O Ministério da Educação pretende dobrar o número de matrículas no ensino superior nos próximos seis anos. A informação foi dada pelo ministro Fernando Haddad nesta quarta-feira, dia 28, no Palácio do Planalto, durante a solenidade de assinatura de convênios para a expansão e interiorização das universidades federais. Segundo o ministro, devem ser criadas 700 mil vagas gratuitas em 2006. De acordo com o Censo da Educação Superior de 2004, o Brasil tem 1.178.328 universitários em instituições públicas.

    Nesta quarta-feira, foram assinados 16 convênios entre o MEC e universidades federais para criação de campi, num total de R$ 266.527.104,22, dos quais R$ 137.393.999,08 serão liberados em 2006. Para 2007, serão R$ 129.133.105,43. Este ano, o ministério liberou R$ 192 mil para o programa Expandir e contratou 2.250 professores universitários por meio de concursos públicos.

    Haddad destacou que o MEC está investindo R$ 500 milhões na expansão e na interiorização do ensino superior gratuito, o que representa o ingresso de 125 mil estudantes nos novos campi e universidades. O ministro explicou que a reforma da educação superior, a ser enviada ao Congresso Nacional, vai gerar outras 125 mil vagas. Somadas essas 250 mil às 450 mil do Programa Universidade para Todos (ProUni), serão mais de 700 mil. “Teremos atendido mais de 700 mil jovens, que de outra maneira não teriam acesso à educação superior gratuita”, ressaltou Haddad.

    Já foram criadas quatro universidades federais no atual governo — a da Grande Dourados (Mato Grosso do Sul), do Recôncavo Baiano (Bahia), do ABC (São Paulo) e a do Pampa (Rio Grande do Sul). O MEC promove ainda a transformação de faculdades isoladas ou integradas em universidades, que resultam em cinco novas instituições, e a consolidação de 41 campi. “O MEC oferece educação superior, acessível, pública, gratuita e de qualidade para dar oportunidade principalmente aos jovens de baixa renda, que estão completamente fora do sistema e sem oportunidades”, disse o ministro.

    Outra meta do ministério é a Universidade Aberta do Brasil, aprovada pelo colegiado de reitores, destinada a acolher centenas de jovens dos pólos de apoio nas universidades. Com essas medidas, de acordo com Haddad, o Brasil estará próximo de atingir a meta do Plano Nacional de Educação (PNE), de ter 30% dos jovens entre 18 a 24 anos na universidade. “Hoje, apenas 11% estão matriculados no ensino superior. O Chile tem 24%”, exemplificou. Os convênios assinados nesta quarta-feira beneficiam instituições do Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Sul, São Paulo e Sergipe.

    Dívida— “Era preciso terminar o ano registrando um ato inusitado”, afirmou o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante a solenidade. Ele lembrou que o Brasil disputa espaços importantes no exterior não só para exportar produtos in natura, mas também tecnologia. Investir nas universidades, portanto, traz progresso e desenvolvimento para as regiões onde elas são instaladas. Segundo o presidente, é necessário reparar a dívida com aqueles que não puderam estudar.

    Lula disse ainda que o Fundo da Educação Básica (Fundeb) precisa ser aprovado até janeiro próximo, pelo Congresso, antes da votação do Orçamento da União. “Quem votar contra o Fundeb não vota contra o presidente, mas contra milhões de crianças”, destacou. O fundo prevê repasse de R$ 1,3 bilhão da União para a educação básica pública dos estados e municípios em 2006 e mais R$ 4,5 bilhões nos próximos quatro anos.

    Na opinião do reitor da Universidade Federal do Amazonas, Hidembergue Ordozgoith da Frota, os convênios são a realização de um sonho de mais de 30 anos. “No Amazonas, vamos ter seis mil vagas a mais no ensino superior público”, disse. “E professores morando nos municípios onde estão sendo criados os campi.”

    O reitor da Universidade Federal do Piaui, Luis de Sousa Santos, afirmou que este é um momento ímpar para fortalecer as instituições federais e responder às novas demandas e procedimentos pedagógicos. “Vamos elevar o nível da formação superior, principalmente no interior do país”, afirmou. “Essa expansão das universidades é fantástica. Não vamos ver seus frutos crescidos e maduros em três anos, mas eles serão muitos”, disse o prefeito de Diadema, São Paulo, José de Filippi Júnior.

    Repórter: Súsan Faria

     

  • Floresta, vida e sangue!
    Enquanto a mão do homem
    A mata devasta,
    O progresso se expande

    Na cidade as gangues.
    Na floresta, o clamor,
    O anúncio, o comércio,
    Ganância, fome e dor

    Seguindo rio abaixo
    Um gigante triunfante
    O lixo do homem civilizado
    Poluindo, degradando, destruindo

    A seca do rio, a cheia de novo!
    É como o tocar de uma orquestra
    Às vezes interrompido e regido
    Pelo som da motosserra

    Boca do Acre
    Vive um contraste
    Tem que crescer e progredir
    Mas não pode se destruir

    Algumas perguntas vou deixar,
    Rio Purus
    Rio Acre
    Vão continuar a respirar?

    Quando os próximos chegarem,
    Vão poder pescar?
    Não sei, não sei...
    Só sei que aqui quero ficar

    Nesta terra, viver, trabalhar
    E no final do dia
    Olhar pro céu, pra mata
    E ouvir a natureza.

    Escola – ESCOLA BENÍCIO RODRIGUES PENA
    UF AM
    Município Boca do Acre
    Professora ADRIANA LOSANO ONOFRE
    Aluna CAROLINA LIMA LOPES

    Contatos: (97) 34535169


    Poesia vencedora da Olimpíada Brasileira de Língua Portuguesa.  

  • Estão abertas até o dia 30 de agosto as inscrições para o Concurso de Monografias e Desenhos Ciência pela Paz e pelo Desenvolvimento, que tem como tema O Brasil no Espaço: Qual a Importância da Ciência e da Tecnologia Espaciais para o Desenvolvimento Nacional?. Podem participar estudantes da 7ª e 8ª séries do ensino fundamental e do ensino médio, de escolas públicas e privadas do Distrito Federal. O objetivo é incentivar a discussão sobre os impactos da pesquisa e do desenvolvimento científico e tecnológico para o desenvolvimento do país, contribuindo para o fortalecimento da iniciação científica e tecnológica entre os estudantes.

    Serão premiados os alunos e professores orientadores dos dez melhores desenhos e das dez melhores monografias, que ganharão computador com impressora; visita a uma instituição de ensino e pesquisa em território nacional; coleção de publicações na área de ciências; publicação da monografia ou do desenho em livro e certificado do concurso. A cerimônia de premiação será realizada no dia 10 de novembro de 2006, data em que se comemora o Dia Mundial da Ciência pela Paz e pelo Desenvolvimento. Todas as informações sobre o concurso estão disponíveis na página eletrônica da Unesco. A lista dos premiados estará disponível na mesma página no dia 10 de outubro de 2006.

    O concurso é promovido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) em parceria com os ministérios da Ciência e Tecnologia, Educação, Saúde, Agência Espacial Brasileira, Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict), Secretaria de Educação do DF, Academia Brasileira de Ciências (ABC), Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Embaixada da Finlândia, Conselho Britânico e Universidade de Brasília (UnB).

    Produção - No Brasil, a produção de conhecimento científico e tecnológico sobre o espaço remonta à década de 70, quando foi criado o Grupo de Organização da Comissão Nacional de Atividades Espaciais. O trabalho envolve ações coordenadas de diferentes instituições, públicas e privadas, que permitiram o desenvolvimento de infra-estrutura de pesquisa científica no setor e, ainda, capacitação de recursos humanos de alto nível dedicados ao Programa Espacial brasileiro. A atuação dessas instituições conferiu visibilidade internacional ao Brasil e ao seu Programa Espacial, culminando com o convite da Agência Espacial Russa ao Governo Brasileiro para que o Tenente-Coronel-Aviador Marcos Pontes participasse de vôo à Estação Espacial Internacional em março de 2006, permanecendo a bordo por aproximadamente oito dias, quando realizou vários experimentos. A missão se constituiu num marco nas atividades espaciais brasileiras e se tornou referência na história do nosso país.

    Flavia Nery com informações da assessoria de imprensa da Unesco

  • A inclusão educacional é um desafio para os sistemas de ensino. Com esse espírito, está sendo realizado, até o dia 15 de abril, em Brasília (DF), o 2º Seminário Nacional de Formação de Gestores e Educadores do Programa Educação Inclusiva: Direito à Diversidade, organizado pela Secretaria de Educação Especial (Seesp/MEC). O seminário conta com a participação de profissionais da área de educação especial de todo o país.

    O objetivo do encontro é garantir o acesso e a permanência de todas as crianças, jovens e adultos com necessidades educacionais especiais no sistema regular de ensino, disseminar a política de construção de sistemas educacionais inclusivos e apoiar o processo de implementação nos municípios brasileiros.

    Diversos eixos temáticos estão sendo trabalhados no seminário, entre os quais, escola e família, tecnologia assistiva na educação inclusiva, experiências educacionais, atendimento educacional especializado e inclusão de alunos cegos ou com baixa visão. Nesta terça-feira, 12, o debate foi em torno do tema Experiências Educacionais Inclusivas. Participaram da discussão os dirigentes estaduais de educação especial de Goiás, Dalson Borges Gomes, e do Rio Grande do Norte, Suzana Maria Lima, e as secretárias municipais de educação de Belo Horizonte (MG), Maria do Pilar e Silva, e do Recife (PE), Mércia Melo dos Santos.

    A diretora de Políticas da Educação Especial do MEC, Cláudia Maffini Griboski, que mediou os debates, comentou a importância de se relatar e disseminar, para todo o Brasil, experiências que demonstrem a prática educacional das secretarias municipais e estaduais em relação aos alunos portadores de necessidades especiais.

    Experiências educacionais inclusivas - O dirigente educacional Dalson Borges expôs as ações tomadas em Goiás, a partir de 1999, quando houve um processo de sensibilização dos administradores públicos. Segundo ele, foi realizada articulação da política de inclusão da Secretaria Estadual de Educação com os subsecretários regionais de educação e com a Superintendência de Ensino Especial. "Ações como a implantação gradativa de unidades escolares inclusivas e a implementação de programas, como o Projeto Escola Inclusiva, também colaboraram para a evolução do sistema de educação especial em Goiás", afirmou.

    A representante do Rio Grande do Norte, Suzana Lima, falou sobre a inserção de crianças com necessidades especiais nas escolas do seu estado, entre 1988 e 1989: "A inclusão não deve estar apenas no bojo da educação especial, mas em todos os níveis da administração pública. É também uma discussão que diz respeito a toda a sociedade", defendeu a educadora.

    Na opinião dela não se deve pensar em extinguir a educação especial, "deve-se, sim, fortalecê-la nos estados e municípios", afirmou. Ela citou, entre as fragilidades da educação especial no Brasil, as estruturas educacionais arcaicas ainda vigentes em escolas por todo o país.

    Repórter: Cristiano Bastos

  • Os leitores do Portal Domínio Público, do Ministério da Educação, elegeram José de Alencar entre os romancistas com mais obras pesquisadas e lidas nos últimos três anos. O portal coloca à disposição dos leitores 27 obras do romancista, jornalista, advogado, político, nascido há 159 anos.

    Três obras de Alencar estão entre as campeãs de acesso: Iracema, escrita em 1865, foi vista 24.782 vezes até esta segunda-feira, 14; Senhora, 19.599; e Cinco Minutos, 11.942. Além de consultas, o leitor ou pesquisador pode ler e reproduzir os textos disponíveis no Portal Domínio Público. Com três anos de funcionamento, o espaço tem 68.720 obras cadastradas e um registro de 7,7 milhões de visitas (dados de janeiro deste ano). Estão disponíveis, gratuitamente, obras literárias, artísticas e científicas no formato de texto, som e imagem.

    José de Alencar nasceu em Mecejana, no Ceará, de onde saiu com seus pais aos nove anos de idade rumo à Bahia, depois Rio de Janeiro e São Paulo. Foi essa viagem, que aconteceu por terra entre 1838 e 1839, do Ceará ao Rio, que mostrou ao futuro escritor um panorama do sertão nordestino. Essa influência está explícita em O Sertanejo, onde ele conta a história de um destemido vaqueiro. Ali estão as cores e as paisagens do interior nordestino.

    A obra de Alencar se distribui pelo espaço geográfico brasileiro. O litoral está representado com Iracema; o pampa, com O Gaúcho; a zona rural paulista, com Til; a mata fluminense, com O Tronco do Ipê; a cidade, com Segundo Reinado, Diva, Lucíolae Senhora; e o sertão, com O Sertanejo. As obras de Alencar e de outros autores podem ser vistas no Portal Domínio Público.

    Ionice Lorenzoni

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  • Apaixonado por livros, um pescador de Pirapora (MG), criou um clube de leitura para crianças. Uma professora do interior do Maranhão inventou o projeto Jegue-Livro, que leva obras de literatura às comunidades rurais. E em Marília (SP), os bebês do berçário municipal ouvem histórias e manuseiam livros. Os três projetos integram o grupo de 15 selecionados que concorrem ao Prêmio VivaLeitura 2006, que será entregue nesta segunda-feira, 13, em Brasília.

    Promoção dos ministérios da Educação e da Cultura e da Organização dos Estados Ibero-Americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI), o VivaLeitura tem patrocínio da Fundação Santillana, da Espanha. O prêmio de R$ 75 mil será distribuído aos três vencedores – R$ 25 mil, cada – nas categorias escolas, bibliotecas e pessoas. Os ganhadores serão conhecidos nesta segunda-feira, 13, às 19h, no Memorial JK, durante entrega do prêmio pelos ministros da Educação, Fernando Haddad, e da Cultura, Gilberto Gil.

    Pescador e feirante em Pirapora, Leonardo da Piedade Diniz Filho criou junto à feira onde vende peixes um clube de leitura para entreter as crianças, enquanto os pais fazem compras. Reuniu livros com amigos e vizinhos e, em pouco tempo, atraiu a atenção de crianças e adolescentes que se tornaram freqüentadores do clube de leitura. Em um ano, Leonardo registrou 607 leitores. Ele concorre na categoria pessoas.

    No Maranhão, a 339 quilômetros de São Luís, outra iniciativa entrou no concurso. A formadora de professores Alda Beraldo precisou de jegues, livros e voluntários para fazer funcionar o projeto Jegue-Livro. A cada 15 dias, o acervo de leitura da Casa do Professor, que pertence à Secretaria de Educação de Alto Alegre do Pindaré, vai para uma das 12 comunidades rurais do município. Lá, os diretores das escolas e voluntários promovem atividades de incentivo à leitura. Em pouco mais de um ano, o Jegue-Livro atendeu 6.500 moradores. O projeto concorre na categoria bibliotecas.

    E no berçário municipal Mãe Cristina, em Marília (SP), a professora Creuza Prates Galindo Soares misturou fraldas com histórias, contos e poesias no projeto Broto de Leitura. Ela implantou no berçário a leitura para bebês e o manuseio dos livros pelas crianças, além de levar o grupo a uma biblioteca para que conheça a casa onde moram os livros. E não ficou nisso. Toda sexta-feira, cada família leva para casa um livro para as crianças. Quando devolve o livro na segunda-feira, a mãe ou o pai deve relatar a reação do bebê ao ouvir a história. O projeto concorre na categoria escolas.

    Sucesso – Na primeira edição, o VivaLeitura recebeu 3.031 projetos de todo o País. A categoria bibliotecas recebeu 161 trabalhos; escolas, 1.351; e pessoas e instituições, 1.519. O comitê VivaLeitura, composto por promotores do evento e parceiros, selecionou 15 finalistas, cinco por categoria. O prêmio tem quatro objetivos: democratizar o acesso à leitura de crianças, jovens e adultos; fomentar a leitura e a formação do cidadão; valorizar o livro e a leitura; apoiar a criação e a produção literárias.

    VivaLeitura é o nome dado no Brasil ao Ano Ibero-Americano da Leitura, comemorado em 21 países das Américas e da Europa desde 2005. No Brasil, além do prêmio, os ministérios da Educação e da Cultura instituíram, em 11 de agosto deste ano, o Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL) como política de Estado, que visa assegurar o acesso ao livro e à leitura a todos os brasileiros e a formar uma sociedade de leitores. O PNLL tem duração de três anos, 2006 a 2008.

    Ionice Lorenzoni

     

  • Os ministros da Educação, Fernando Haddad, e da Cultura, Gilberto Gil, instalam, nesta quarta-feira, 30, no Rio de Janeiro, o Conselho Diretivo do Livro e Leitura e a Câmara Interministerial de Cultura e Educação. Haddad vai liberar R$ 1,5 milhão para reequipar o Museu Nacional e Gil anunciará a captação de recursos - por meio da Lei de Incentivo à Cultura - para a restauração do Palácio Imperial de São Cristóvão e obras de emergência no Horto Botânico.

    A agenda dos ministros começa às 10h30, no Palácio Capanema, no Centro, com as instalações do Conselho do Livro e Leitura e da Câmara Interministerial. Às 15h, no Museu Nacional, na Quinta da Boa Vista, em São Cristóvão, Haddad e Gil assinam termo de cooperação técnica que transfere recursos para o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), responsável pelas obras de restauração do Museu Nacional.

    Previsto no Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL), criado pelos dois ministérios em 10 de agosto, o conselho tem sete membros. Entre suas atribuições, deve coordenar o PNLL e zelar pela implementação. A instalação do conselho será seguida da posse. Representam o MEC, André Lázaro, secretário executivo adjunto, e Jeanete Beauchamp, diretora de Políticas da Educação Básica; e o MinC, Juca Ferreira, secretário executivo, e Muniz Sodré, presidente da Fundação Biblioteca Nacional. Moacyr Scliar representa os autores; Osvaldo Siciliano, os editores de livros; e Tânia Rösing, os especialistas em leitura. Na solenidade, José Castilhos Marques Neto, da Fundação Editora da Universidade Estadual Paulista, assume a Secretaria Executiva do Plano Nacional do Livro e Leitura.

    Câmara Interministerial de Cultura e Educação - A função da câmara será integrar as ações de educação e cultura na esfera nacional. Será composta pelos ministros e secretários executivos da Educação e da Cultura. Dependendo da reunião, participam secretários das áreas. A câmara será instalada nesta quarta-feira, e já faz sua primeira reunião para definir calendário e temas que serão tratados de setembro a dezembro deste ano.

    Entre as atividades, estão a integração de políticas públicas na educação e cultura, gestão integrada e promoção de políticas para o ensino da língua portuguesa. Para os 37 museus das universidades federais e planos e programas, destacam-se o Plano Nacional de Educação (PNE) 2001/2010, Plano Nacional de Cultura (em elaboração) e Plano Nacional do Livro e Leitura 2006/2008.

    Repórter: Ionice Lorenzoni

     

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