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  • Estudos acadêmicos sobre gravidez na adolescência apontam para resultados que divergem do senso comum. Algumas das crenças contestadas são as de que a gestação precoce seja causada pela iniciação sexual precoce, pela influência da mídia e pela falta de informação sobre métodos contraceptivos.

    É o que indica o resultado da pesquisa Gravidez na Adolescência: Estudo Multicêntrico sobre Jovens, Sexualidade e Reprodução no Brasil (Gravad), apresentada durante o seminário Diferentes Diferenças, promovido pela Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad/MEC).

    O senso comum atribui a iniciação sexual precoce à mídia, especialmente às novelas e filmes, à exaltação da sexualidade e do erotismo. Entretanto, dados da pesquisa mostram que os aspectos socioeconômicos e a trajetória familiar são os grandes responsáveis pela situação, principalmente entre as jovens de classes sociais menos privilegiadas.

    As meninas não têm perspectivas profissionais e enxergam na gravidez a realização de um papel social. É o fenômeno da maternidade social, apontam os especialistas.

    O principal aspecto abordado durante o seminário é o da evasão escolar entre as meninas que engravidam. As pesquisas apontam que, no primeiro ano após o nascimento do bebê, 25% das jovens param de estudar temporariamente, 17% param definitivamente e 42% já estavam fora da escola antes da gravidez.

    Os especialistas sugerem que a educação sexual deve ser trabalhada de forma aberta, abordando aspectos relacionais de gênero e as dimensões afetivas da sexualidade. Outro alerta é trabalhar a educação sexual a partir de critérios etários e não de escolaridade, além de assegurar condições para evitar a evasão escolar de meninas que engravidam, bem como criar estratégias para a reinserção das jovens que engravidam depois de deixar a escola.

    A Pesquisa Gravad, que ouviu 4.634 jovens de 18 a 24 anos, foi realizada pelas universidades federais da Bahia (UFBA) e do Rio Grande do Sul (UFRGS) e pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), nas cidades de Salvador, Porto Alegre e Rio de Janeiro.

    Karla Nonato

  • Dados preliminares do Mapeamento Nacional de Iniciativas de Alfabetização de Jovens e Adultos indicam que existem 900 instituições – secretarias de educação, empresas, cooperativas, igrejas, Sistemas(Sesi, Sesc e Senac) e ONGs – oferecendo cursos de alfabetização no Brasil. O mapeamento, cujo lema é Quem ajuda o Brasil a ler e a escrever precisa ser conhecido, é coordenado pelo Ministério da Educação.

    O estudo traz dados desde o segundo semestre de 2004 até abril deste ano e indica que existem 40 mil turmas, com um milhão de alfabetizandos. Das 900 instituições, 460 são parceiras do Brasil Alfabetizado. Mato Grosso do Sul, São Paulo, Bahia, Pernambuco, Rio Grande do Sul e Amazonas estão entre os estados com maior mobilização. Os dados foram coletados a partir de questionário entregue pelo MEC ao setor de educação de jovens e adultos das secretarias estaduais de educação e disponível no endereço eletrônico.

    Um segundo questionário será liberado na internet, em junho, pedindo informações detalhadas sobre cursos, atendimento a portadores de necessidades especiais, articulação com EJA, merenda escolar e material pedagógico. O primeiro questionário identifica as instituições que realizam alfabetização, número de turmas e alunos, onde os cursos são realizados e quais os parceiros. Os dois questionários devem ser respondidos até julho.

    A Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad/MEC) contratou 34 agentes para auxiliarem os municípios a fazer o mapeamento. “É um trabalho descentralizado, feito pelo MEC”, diz Rodolfo Marino, coordenador-geral de Estudos e Avaliação da Secad. Segundo ele, houve boa receptividade e iniciativas como a promoção de videoconferência pelas secretarias e mobilização das prefeituras. “O mapeamento é fundamental para o poder público planejar ações de alfabetização.”

    Campanha – O questionário já chegou a Rondônia. “As instituições locais responderam ao documento”, disse o agente de coleta de dados, Ricardo Azevedo. Ele visitou cidades para falar da iniciativa e telefonou para secretários, representações do Sistema S e ONGs. Os questionários alimentam o banco de dados da Secretaria Estadual de Educação e serão enviados ao MEC. A Secad distribuiu 50 mil folders e 50 mil cartazes sobre o programa a ONGs, secretarias e estatais. O mapeamento ajuda o MEC a construir um diagnóstico que possibilitará conhecer iniciativas e instituições envolvidas na alfabetização de jovens e adultos. Informações pelos telefones (61) 2104-8490 e 0800-616161.

    Repórter: Susan Faria

  • Em 2004, o Brasil tinha 987.890 estudantes em assentamentos, matriculados em 8.679 escolas de 1.651 municípios. Os dados são da Pesquisa Nacional da Educação na Reforma Agrária (Pnera), realizada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep/MEC). Os dados da pesquisa servirão para orientar as políticas educacionais e sociais do setor.

    O estudo, que começou em outubro do ano passado, em parceria com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), por meio do Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera), faz, pela primeira vez, um retrato abrangente da educação nos assentamentos de reforma agrária no Brasil.

    Em 5.595 assentamentos cadastrados pelo Incra desde 1985, em todo o país, a Pnera entrevistou diretores, professores, presidentes de associações de produtores rurais e famílias assentadas. A pesquisa coletou, por meio de amostragem, informações de 10,2 mil famílias. Chegou-se ao número de 524.868 famílias assentadas, numa população de 2,5 milhões de pessoas. As regiões Nordeste e Norte são as que mais têm assentados - 33,06% e 41,85%, respectivamente. No Centro-Oeste estão 14,22%. Seguem-se Sudeste (5,54%) e Sul (5,33%). O Nordeste é também a região com maior número de escolas (4.230), seguida do Norte (2.414), Centro-Oeste (937), Sul (622) e Sudeste (476).

    Do número total de 987.890 estudantes no país, 457.870 (45%) estavam no Nordeste e 313.124 (32%), no Norte. Das escolas pesquisadas, 79,2% estão nos assentamentos e 20,8%, no entorno.

    Escolas - Como ocorre em boa parte da zona rural, a maioria das escolas é pequena, construída com materiais inadequados e instalações em situações precárias. Cerca de 48% têm só uma sala de aula e 22,8%, duas salas. É um dos motivos para que 70,5% das escolas de ensino fundamental tenham turmas multisseriadas. Entre os motivos para a existência dessas turmas está a escassez de alunos em cada série ou ciclo (81% das escolas), falta de professores (20%), poucas salas de aula para distribuir os alunos (32%) e opção pedagógica (8%).

    O nível de ensino fundamental nas séries iniciais (primeira à quarta) é o mais oferecido pelas escolas dos assentamentos. O atendimento de alunos é equivalente ao da média nacional (95,7%). Só 4,3% das unidades têm ensino médio, apenas 3,5% têm creche e 30%, pré-escola. A educação de jovens e adultos é oferecida por 0,7% dos estabelecimentos. A superior, por 0,1%. A profissionalizante no nível básico, por 0,2%. Mais de 18% das famílias disseram que a falta de vagas para jovens e adultos é um problema.

    Na educação infantil, a pesquisa mostra que 96% das crianças até três anos (creche) estão fora da escola. Dentre as de quatro a seis anos, 53% não freqüentam estabelecimentos de ensino. Daquelas entre sete e dez anos, 95,7% estudam. Dessas, 92,5% estão nas séries iniciais. Na faixa etária de 11 a 14 anos, 94% estão na escola, mas só 45% nas séries finais do ensino fundamental (quinta à oitava série).

    Dentre os assentados de 15 a 17 anos, 76% estudam. Desses, apenas 17% cursam o ensino médio regular. Entre os de 15 a 17 anos que estão fora da escola, 48,1% estudaram apenas da primeira à quarta série. Na faixa etária subseqüente (18 anos ou mais), dos que estão fora da escola, 45% estudaram apenas da primeira à quarta série e 14% nunca freqüentaram a escola. Dos que estão fora da escola, a maioria é do sexo masculino (55,3%), ao contrário do que se percebe entre os que estudam (51% são mulheres).

    O programa Educação de Jovens e Adultos (EJA), de quinta à oitava série, é oferecido em apenas 5,8% dos estabelecimentos.

    As condições físicas de muitas dessas escolas são precárias. Muitas funcionam em instalações improvisadas, como galpões, ranchos, casas de farinha, casas do professor, igrejas e outros. As construções provisórias são 29,3%, enquanto 23,9% têm cobertura de zinco ou amianto e 6,1% de palha ou sapé. Apenas 7,6% dispõem de refeitório para os alunos e 68,2% têm cozinha.

    Dessas escolas, 75,2% não têm acesso a meios de comunicação e apenas 9% dispõem de computador, mas em apenas 2,6% os alunos recebem aulas de informática.

    Muitas escolas carecem de água tratada. Do total, 40% contam com cacimba, cisterna ou poço para abastecimento. O poço artesiano é utilizado por quase 30%. Apenas 10,2% são servidas pela rede pública de água e esgotos. Dos estudantes assentados, 20% bebem água sem tratamento.

    A rede elétrica pública chega a apenas 60% das escolas. O lampião é usado por 7% e 21,1% não têm nem mesmo esse tipo de iluminação.

    Falta banheiro em 22,7% das escolas. Somente 35,7% declararam ter banheiro adequado.

    Além da sala de aula, nenhum outro tipo de espaço (cozinha, sala de diretoria, depósito, outras dependências) é encontrado em 17% das escolas. Bibliotecas, por exemplo, existem em apenas 9% e 3% são servidas por bibliotecas-volantes. O restante conta com poucos livros.

    Apenas 18% têm na merenda produtos do próprio assentamento onde se localizam. Não há horta ou pomar em 85% dessas unidades e apenas 2% contam com pomar.

    No item Atitudes Relacionadas à Educação e ao Desenvolvimento Rural, 85% dos entrevistados disseram que os alunos têm aprendido coisas importantes. Mais de 37% concordaram que estudar no assentamento é melhor do que na cidade, enquanto 22,6% discordam dessa posição.

    A grande maioria acredita que quanto mais o homem do campo estuda, mais quer ir para a cidade, mas discorda da idéia de que os alunos da cidade tem melhor aprendizado. Mais de 50% dos pais acham que a escola do assentamento não oferece boas condições de ensino, mas discordam da idéia de que os professores não entendem os alunos do campo.

    Mais de 97% dos entrevistados discordam da tese de que os filhos que trabalham na roça não precisam estudar, enquanto 70% alimentam a esperança de que os jovens do assentamento entrem na universidade.

    Para 77%, a escola é uma conquista da comunidade. (Assessoria de Comunicação INEP)

  • O Instituto Euvaldo Lodi (IEL), a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais e a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) estão concluindo pesquisa que revela o grau de integração entre as empresas e as universidades mineiras. De acordo com o documento de apresentação do levantamento, as universidades têm um papel importante em um sistema nacional de inovação. Elas atuam como formadoras de cientistas e engenheiros e como fonte de conhecimentos científicos e de pesquisas que fornecem técnicas úteis para o desenvolvimento tecnológico industrial.

    Segundo a superintendente do IEL em Minas Gerais, Heloísa Menezes, a pesquisa ajudará as instituições públicas e privadas no desenvolvimento de projetos e políticas de apoio à inovação tecnológica para estimular a competitividade da indústria da região. “Vamos fazer um mapeamento do estágio de inovação das indústrias para que possamos estimular ainda mais as parcerias entre centros de conhecimento e indústrias”, explica.

    O estudo, que tem o apoio da prefeitura de Belo Horizonte, do governo do estado e do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), será apresentado durante o Fórum de Inovação na Indústria de Minas Gerais. Os debates do fórum mineiro serão realizados nos dias 3 e 4 de agosto, em Belo Horizonte, simultaneamente à Conferência Regional de Ciência, Tecnologia e Inovação.

    Além da necessidade de ampliar a integração das universidades com as empresas, o encontro vai discutir o papel das fundações de amparo à pesquisa no novo modelo de financiamento à tecnologia e os investimentos das pequenas empresas em pesquisa e desenvolvimento. As conclusões do fórum serão levadas ao Congresso Brasileiro de Inovação na Indústria, que a Confederação Nacional da Indústria (CNI) realiza nos dias 15 e 16 de setembro, em Brasília.

    Repórter: Flavia Nery

  • Foto: Wanderley PessoaO Ministério da Educação vai divulgar no final de abril a pesquisa mais abrangente já realizada sobre o transporte escolar, a partir de dados colhidos em cerca de 60% dos municípios do país. O estudo conterá uma série de informações, como a dimensão do custo do transporte por aluno dependendo da região, a situação da frota de veículos e se o serviço é próprio do município ou terceirizado.

    De acordo com o coordenador de execução dos programas de saúde, uniforme e transporte escolar do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE/MEC), José Maria Rodrigues de Souza, a pesquisa também vai mostrar qual serviço de transporte é mais barato para o município. “A pesquisa vai fornecer dados que serão usados para aprimorar e baratear o transporte escolar não só para o governo federal, mas também para os estados e municípios”, explica.

    A pesquisa anterior sobre o transporte de alunos foi feita em 218 municípios e revelou que 36% dos veículos que transportam crianças não são recomendados, como caminhões, carros de passeio, motos e até carroças. Grande parte do problema decorre da terceirização do serviço, como o aluguel de veículos irregulares.

    Programas - Para facilitar a ida de alunos à escola pública, o Ministério da Educação tem dois programas voltados a esta atividade: o Programa Nacional de Transporte Escolar (PNTE) e o Programa Nacional de Apoio ao Transporte do Escolar (Pnate). O serviço é fundamental para que milhões de crianças e jovens com necessidades especiais ou residentes em áreas rurais cheguem até a escola.

    Criado em 2004 para atender alunos do ensino fundamental público residentes em áreas rurais, o Pnate investiu até o ano passado R$ 441 milhões e atendeu 3,3 milhões de estudantes, em 5.427 cidades com escolas rurais, quase a totalidade do país. O orçamento para este ano é de 270 milhões. Em 2002, o governo investiu somente R$ 44 milhões no transporte escolar.

    O programa repassa automaticamente aos estados e municípios recursos para custeio, manutenção de veículos e contratação de serviços terceirizados de transporte escolar. Ao implantar o Pnate, o MEC atendeu a uma antiga reivindicação dos estados e municípios, que dispunham de veículos escolares, mas não tinham recursos para manter o serviço.

    Já o Programa Nacional de Transporte Escolar, implantado em 1994, foi modificado em 2004. Agora, o PNTE repassa recursos somente às organizações não-governamentais sem fins lucrativos que mantenham escolas especializadas de ensino fundamental, atendendo até 100 alunos com necessidades educacionais especiais. As entidades recebem, em uma única parcela, o valor máximo de R$ 35.000,00, mediante celebração de convênio, para compra de veículo escolar zero quilômetro, com capacidade mínima para nove passageiros.

    Repórter: Flavia Nery

     

  • As 148 escolas profissionalizantes federais, estaduais e comunitárias inscritas no Programa de Expansão da Educação Profissional (Proep) terão de responder, até o próximo dia 30, à pesquisa de acompanhamento das escolas participantes do programa. O levantamento vai permitir a elaboração de um recorte do desempenho das escolas frente ao projeto, revelando quantos e quais cursos técnicos, tecnológicos e de formação inicial e continuada estão sendo ofertados, o número de matrículas preenchidas em 2006 e informações sobre os alunos beneficiados com gratuidade nas escolas comunitárias.

    Em um segundo momento, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE/MEC) e a Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec/MEC) utilizarão a mesma base da pesquisa para implementar um sistema de acompanhamento anual das escolas ligadas ao Proep. A direção do FNDE já começou a enviar a senha e o login para que os responsáveis pelas escolas possam acessar o Sistema de Informações, Pesquisa, Acompanhamento e Avaliação, disponível no sítio do órgão.

    Programa — O Proep visa à implantação da reforma da educação profissional, determinada pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB). Abrange tanto o financiamento de construção ou reforma e ampliação, aquisição de equipamentos de laboratórios e material pedagógico como ações voltadas para o desenvolvimento técnico-pedagógico e de gestão das escolas, como capacitação de professores e de pessoal técnico, implantação de laboratórios, de currículos e de metodologias de ensino e de avaliação inovadoras, flexibilização curricular, adoção de modernos sistemas de gestão que contemplem a autonomia, flexibilidade, captação de recursos e parcerias.

    O programa decorre do acordo de empréstimo nº 1.052/0C-BR, assinado entre o Ministério da Educação e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), e tem vigência até maio de 2007. O valor total de investimentos é de US$ 312 milhões (aproximadamente R$ 620 milhões), dos quais 50% vieram do financiamento do BID e 50% de contrapartida do governo brasileiro. A lista das escolas que devem responder à pesquisa já está disponível.

    Lucy Cardoso

  • O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) está investindo R$ 3 milhões em uma pesquisa que deverá analisar a eficácia do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae). Serão avaliados o consumo alimentar e o perfil nutricional de crianças de seis a 14 anos, nas escolas públicas e filantrópicas do país.

    O estudo será desenvolvido em parceria entre o MDS e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), com acompanhamento do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea) e apoio do Ministério da Educação (MEC) – que desenvolve o Pnae por meio do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

    Os primeiros resultados da pesquisa devem ser divulgados em março e abril de 2006. Albaneide Peixinho, coordenadora-geral do Pnae, lembra que em 50 anos de programa foram realizadas apenas duas pesquisas para avaliá-lo. Segundo ela, os gestores públicos querem conhecer a realidade do Pnae para traçar ações concretas junto às escolas. Além do consumo alimentar e do perfil nutricional das crianças, também serão avaliados a gestão do programa e o controle social.

    A seleção para execução da pesquisa foi aberta a fundações públicas e institutos, além de associações de direito privado sem fins lucrativos. O nome da instituição executora deverá ser divulgado no dia 27 de dezembro. Mais informações sobre o processo de seleção podem ser obtidas na página eletrônica da Finep.

    “É a primeira vez que um governo aporta recursos para fazer esse tipo de análise. O trabalho, executado por uma instituição qualificada, vai nos trazer informações de todo o país, que vão subsidiar as políticas públicas nesta área”, comemora a coordenadora-geral de Educação Alimentar e Nutricional do MDS, Ana Cláudia Vasconcelos.

    “O objetivo principal da pesquisa é avaliar o impacto do Pnae sobre o estado nutricional dessas crianças. Como conseqüência, servirá para orientar essa importante política pública de segurança alimentar. Por isso, a parceria com o MDS”, explica Maurício França, chefe do Departamento de Tecnologias Sociais da Finep.

    Benefícios – O Pnae repassa recursos para garantir a oferta de alimentação escolar, de forma a suprir, no mínimo, 15% das necessidades nutricionais dos alunos. O programa atende todos os estudantes da educação infantil (creche e pré-escola) e ensino fundamental matriculados em escolas públicas e filantrópicas, cadastradas no censo escolar.

    Repórter: Sonia Jacinto

  • Ftoto: Wanderley PessoaMais de 900 mil alunos estudam em assentamentos da reforma agrária, 70% dos pais desses estudantes querem que eles tenham a oportunidade de fazer um curso superior, mas apenas 23,4% dos jovens de 15 a 17 anos estão fazendo o ensino médio. Esses dados fazem parte da primeira pesquisa feita pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep/MEC) sobre a realidade dos assentamentos do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) criados a partir de 1985.

    Entre 29 de novembro de 2004 e 5 de janeiro deste ano, a Pesquisa Nacional da Educação na Reforma Agrária (Pnera), realizada pelo Inep em parceria com o Incra, foi a 5.595 assentamentos de 1.651 municípios de todo o país. Nesses assentamentos, a Pnera identificou 8.679 unidades de ensino e entrevistou diretores, professores, presidentes de associações rurais e famílias para conhecer as particularidades da educação local. De acordo com o presidente do Inep, Eliezer Pacheco, o objetivo do trabalho foi conhecer a realidade e identificar problemas para que os ministérios da Educação e do Desenvolvimento Agrário possam definir ou redefinir políticas públicas para os assentamentos. "Os problemas dos assentamentos apontados pela pesquisa não são diferentes daqueles da área rural", explicou. Entre esses problemas, Eliezer Pacheco citou a deficiência na formação de professores, a carência de materiais didáticos próprios e a precariedade dos espaços físicos escolares. Quanto aos pontos positivos trazidos pela Pnera, foram destacadas a valorização do espaço da escola como produto da luta dos trabalhadores rurais e a expectativa dos pais de que os filhos tenham acesso a todos os níveis de ensino.

    Dados - O universo da pesquisa apontou que nos 5.595 assentamentos do Incra vivem 2,5 milhões de pessoas e, destas, 987.890 são estudantes. Das 8.679 escolas, 83% são municipais, 8,3%, estaduais, 4,4%, federais e 3,7% são privadas. A Pnera constatou que a maioria das escolas rurais é pequena, construída com materiais inadequados e possui instalações precárias. Cerca de 48% têm apenas uma sala de aula e 22,8%, duas salas. Esse é um dos motivos, informa a pesquisa, para que 70,5% das escolas de ensino fundamental atuem com turmas multisseriadas, isto é, oferecem várias séries ou ciclos em um mesmo espaço físico, ao mesmo tempo. Na avaliação de Eliezer Pacheco, como as turmas multisseriadas são, em geral, pequenas, não têm impacto negativo na aprendizagem. "É quase uma aula particular", disse.

    Educação básica - Nos assentamentos, 95,7% dos alunos de 1ª a 4ª série do ensino fundamental estão na escola, o que equivale à média nacional, mas apenas 3,5% dessas unidades oferecem creches, 30%, pré-escola e 4,3%, o ensino médio. O estudo mostra também distorções no ensino fundamental: 95,7% das crianças entre sete e dez anos estão estudando. Dessas, 92,5% estão nas séries iniciais. Na faixa de 11 a 14 anos, 94% estão na escola, mas apenas 45% estão nas séries finais do ensino fundamental - de 5ª a 8ª série -, o que revela uma distorção idade/série.

    A situação dos assentados de 15 a 17 anos é a seguinte: 76% estudam, mas apenas 17% deles estão cursando o ensino médio regular. Entre os de 15 a 17 anos que estão fora da escola, 48,1% estudaram até a 4ª série do ensino fundamental; dos que têm 18 anos ou mais e que estão fora da escola, 45% fizeram até a 4ª série e 14% nunca foram à escola.

    Particularidades - De todas as modalidades de ensino oferecidas nos assentamentos, quando se fala em quantidade, a Pnera apontou que as mulheres se destacam em duas áreas: são maioria no ensino médio e nos cursos superiores. Freqüentam o ensino superior 152 mulheres contra 51 homens. Sobre o tempo que um estudante leva para chegar à escola, a pesquisa diz que 50,2% gastam menos de meia hora, mas que 3,8% levam de uma hora e meia a duas horas. Sobre a água que os alunos bebem na escola, 20,4% não recebem água tratada e o pior índice, 60,7% destas escolas, está na região Sul. No item merenda escolar, a pesquisa apontou que em 81,7% das escolas a merenda não contém alimentos produzidos no assentamento e que em 65,7% predominam produtos industrializados. Sobre a idade da população, o maior índice, 38,4%, tem até 15 anos e 26% têm entre 16 e 30 anos. Para conhecer a versão preliminar da pesquisa consultar a página eletrônica do Inep.

    Ionice Lorenzoni

  • A qualidade da educação é a principal preocupação da sociedade brasileira, segundo pesquisa da Secretaria de Gestão e Comunicação Estratégica da Presidência da República, comentada nesta terça-feira, 25, pelo ministro da Educação, Fernando Haddad. “Não há desenvolvimento econômico e democracia se a população não tiver educação”, disse. Na avaliação do ministro, é preciso haver um pacto para a educação, que provoque investimentos contínuos nos próximos 20 anos, independentemente de governo ou partidos políticos. “A educação deve ser uma paixão social e não só dos educadores”, espera.

    A revelação foi feita durante o lançamento do Programa Mídias na Educação, que vai formar profissionais para o uso pedagógico de tecnologias da informação e da comunicação dentro de sala de aula. O objetivo é preparar educadores para que eles tornem a aprendizagem dos alunos crítica, criativa e produtiva, a partir da utilização de mídias, como TV, vídeo, informática, rádio e impressos.

    Desenvolvido por meio do ensino a distância on-line, o programa vai formar até o fim deste ano 1.200 tutores. Em 2006, serão atendidos dez mil profissionais da educação básica, a partir do envolvimento de 70 universidades em todo o país. Só em 2005, o MEC vai investir R$ 2,5 milhões para a produção de materiais e formação de tutores multiplicadores.

    Tecnologia – De acordo com a diretora da TV Escola, do Ministério da Educação, Carmem Castro Neves, o programa tem seis diretrizes: ensinar o professor a produzir tecnologia, democratizar o acesso e a formação de profissionais da educação, integrar a tecnologia ao programa, promover um trabalho colaborativo, dar autonomia para as escolas implementarem outras atividades e ser referência em cursos on-line. “Queremos ensinar os profissionais a produzir, criar e inovar com as mídias”, revela.

    Serão oferecidos três ciclos de formação: básico, intermediário e avançado. Segundo o secretário de Educação a Distância do MEC, Ronaldo Mota, a intenção do ministério é ampliar o programa para técnicos e comunidade, oferecendo os módulos de capacitação a partir de 2006. O Mídias na Educação é uma parceria da Secretaria de Educação a Distância (Seed/MEC), universidades públicas e secretarias estaduais de educação.

    Repórter: Flavia Nery

  • Os ministérios da Educação e da Ciência e Tecnologia e a Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres preparam um conjunto de incentivos para a produção de pesquisas e estudos sobre a desigualdade entre homens e mulheres, no Brasil, composto por três ações. A primeira visa dar apoio financeiro a pesquisas e estudos sobre relações de gênero, no valor de R$ 1,2 milhão.

    A idéia é estimular a produção científica acerca das relações de gênero e promover a participação das mulheres no campo das ciências e carreiras acadêmicas. Os recursos serão para duas categorias: projetos de pesquisa cujos coordenadores sejam doutores há menos de sete anos, que receberão R$ 16 mil; e aqueles cujos coordenadores sejam doutores há mais de sete anos, que terão R$ 50 mil.

    Com o incentivo, o governo federal pretende estimular a produção científica sobre a desigualdade de gênero, contribuindo para aumentar o conhecimento da sociedade sobre temas pouco abordados no universo acadêmico. A intenção é aperfeiçoar a formulação de políticas públicas governamentais e não-governamentais na busca da igualdade entre homens e mulheres.

    Um grupo de trabalho interministerial, com representantes das três pastas, elabora propostas de estruturação e definição das temáticas a serem abordadas. Está em estudo, ainda, a realização de um seminário nacional com núcleos e grupos de pesquisas sobre a questão do gênero das universidades federais. Os trabalhos estão em fase de conclusão e deverão ser anunciados em agosto.

    Concurso – O Concurso Nacional de Redações e Trabalhos Científicos Monográficos é a segunda ação, que tem o objetivo de sensibilizar a comunidade estudantil para a questão das relações de gênero na sociedade. O concurso vai premiar duas categorias: estudantes do ensino médio e do ensino superior. Os primeiros concorrerão com redações que respondam a perguntas como: Meninos podem ser feministas? Como os livros didáticos mostram as mulheres e os homens? Por que existe a homofobia? Paternidade é realização ou obrigação? Meninos também engravidam? E outras.

    Os três melhores trabalhos de graduação serão premiados com R$ 5 mil e com bolsas de iniciação científica. Alunos de pós-graduação terão prêmio de R$ 10 mil e bolsas de mestrado ou doutorado.

    A terceira iniciativa é a realização de um encontro nacional de núcleos e grupos de pesquisa sobre a desigualdade de gênero. O encontro, inédito no país, está previsto para o fim de setembro e pretende mapear e analisar o campo de pesquisa sobre gênero e ciências, no Brasil; estimular a produção de estudos relacionados à questão; e propor ações que contribuam para a promoção das mulheres no campo das ciências e carreiras acadêmicas.

    Repórter: Sonia Jacinto

  • Todos os estados, o Distrito Federal e mais de cinco mil municípios com alunos do ensino fundamental residentes na área rural e que dependem de transporte para ir à escola devem responder a um   questionário do Ministério da Educação até o dia 31. As respostas vão determinar a correção de valores dos repasses da União a estados e municípios.

    Os dirigentes devem informar o tipo de transporte usado, se terrestre ou aquaviário, veículo próprio ou terceirizado, tipo de veículo, número de escolas e alunos do ensino fundamental, se eles são do ensino regular ou especial. Além dos dados de estados e municípios, o MEC leva em conta mais três fatores na hora de definir o repasse: tamanho da área rural do município, população residente no campo e Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Dados do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), órgão do MEC responsável pelo repasse de recursos da educação, indicam que 5.534 municípios (dos 5.564), todos os estados da Federação e o Distrito Federal registram alunos do ensino fundamental residentes na área rural.

    O questionário, explica o coordenador-geral dos programas de Transporte, Saúde do Escolar e de Educação de Jovens e Adultos do FNDE, José Maria Rodrigues de Souza, é a primeira pesquisa abrangente sobre transporte escolar realizada no Brasil. A resposta é uma oportunidade dada aos dirigentes municipais e estaduais de informar ao governo federal como o transporte escolar funciona, quais suas deficiências, dificuldades, custos. Conhecendo a realidade, diz José Maria, o MEC vai trabalhar sobre dados concretos na distribuição dos recursos públicos do transporte escolar.

    Em 2004, quando foi criado o Programa Nacional de Apoio ao Transporte do Escolar (Pnate), e em 2005, a distribuição dos recursos federais foi igual para todos os alunos, R$ 80,00 per capita. Em 2006, o FNDE utilizou dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) para fazer uma distribuição mais qualificada. Os dados do IBGE e do Ipea permitiram diferenciar os valores do repasse beneficiando alunos das áreas rurais mais pobres, especialmente das regiões Norte e Nordeste. O repasse anual por aluno variou de R$ 81,56 a R$ 116,36. Pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), o transporte escolar é responsabilidade de estados e municípios. A União atua em caráter suplementar.

    Repasses — Pelo Pnate, o MEC transfere recursos a estados e municípios em nove parcelas mensais entre março e novembro, que corresponde ao período letivo. A base é o número de alunos registrados no censo escolar do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep/MEC) no ano anterior. Em 2004, o repasse foi de R$ 3,2 milhões; em 2005, R$ 3,3 milhões; em 2006, R$ 3,5 milhões. O questionário está disponível na página eletrônica do FNDE. Técnicos da autarquia também tiram dúvidas pelos telefones (61) 3212-4420 e 3212-4208.

    A transferência de recursos da União para as organizações não-governamentais sem fins lucrativos, que mantêm escolas do ensino fundamental para alunos com deficiência, com até 100 matrículas, é feita pelo Programa Nacional de Transporte Escolar (PNTE). O apoio às ONGs é para aquisição de veículo escolar zero quilômetro. O repasse máximo é de R$ 35 mil, em cota única. 

    Ionice Lorenzoni

  • Foto: Wanderley PessoaEm outubro e novembro, escolas públicas do ensino básico das cinco regiões do país vão dizer ao Ministério da Educação como elas recebem, convivem e que dificuldades têm sobre uma série de questões do cotidiano, entre elas a diversidade racial, a inclusão de alunos com deficiência, o estudante da escola rural e a educação de jovens e adultos.

    Os temas estarão na Pesquisa Nacional sobre Diversidade na Educação que está sendo elaborada pela Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad) e pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e que será realizada pelo Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

    Para o diretor do Departamento de Avaliação e Informação Educacional da Secad, Jorge Telles, a coleta de informações tem o objetivo de mapear as atitudes de discriminação que têm impacto negativo no acesso, trajetória e permanência do aluno na escola. Seu resultado vai orientar o Ministério da Educação na definição de políticas públicas para a diversidade na escola e ajudar a construir uma pesquisa quantitativa que será realizada em todos os estados em 2007. Segundo Jorge Telles, a pesquisa vai ajudar a definir, por exemplo, novos conteúdos para a formação de professores, a capacitação do pessoal que trabalha na escola e orientar projetos como a Escola Aberta (que funciona nos fins de semana em áreas de risco social) e a Escola que Protege (que atua no combate à exploração sexual infantil).

    A Pesquisa Nacional sobre Diversidade na Educação será realizada em 32 escolas de 16 municípios nos estados do Rio Grande do Sul, Paraná, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraíba, Bahia, Goiás e Amazonas. Em cada município participarão uma escola da região metropolitana e uma escola rural ou que tenha alunos moradores no campo.

    Secretários estaduais e municipais de educação, gestores e diretores de escolas vão responder um questionário. Já os professores, alunos de 5ª a 8ª série do ensino fundamental, alunos do ensino médio e da educação de jovens e adultos, profissionais da escola, pais e a comunidade serão divididos em seis grupos para debater temas sugeridos pelos pesquisadores. Entre os temas, informa Jorge Telles, estão o conflito de gerações entre alunos jovens e adultos, a aceitação de negros, indígenas, deficientes e estudantes da zona rural.

    Repórter: Ionice Lorenzoni

  • O governo federal inicia no dia 2 de abril, em todo o país, a Pesquisa Nacional do Consumo Alimentar e Perfil Nutricional de Escolares, Modelos de Gestão e de Controle Social do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae). É a primeira vez no país que um estudo dessa natureza permitirá avaliar o programa em escala nacional. E vai apontar alternativas, se necessário, para adequar o consumo da merenda, visando reduzir riscos de várias doenças entre as crianças atendidas.

    Serão visitados, nos próximos dois meses, 690 municípios e 21.600 estudantes do ensino fundamental serão entrevistados em 1.080 escolas. Também serão entrevistados 1.980 membros de Conselhos de Alimentação Escolar (CAE), 1.080 merendeiras, 1.080 professores e 1.080 diretores de escolas federais, estaduais e municipais, públicas e filantrópicas (inclusive quilombolas, indígenas e assentados).

    A pesquisa recebeu R$ 3 milhões do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) e será executada pela Associação Brasileira de Nutrição (Asbra). Além do MDS, o projeto envolve ações de várias instituições: os ministérios da Educação (MEC), Ciência e Tecnologia (MCT), Saúde (MS) e o Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea). São co-executores as universidades federais de Pernambuco e do Paraná, o Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase) e a União Social Camiliana/Centro Universitário São Camilo. Apóiam o trabalho os centros colaboradores em Alimentação e Nutrição Escolar da Universidade de Brasília (UnB) e da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

    Programa — Segundo o presidente do Consea, Francisco Antonio da Fonseca Menezes, a pesquisa é “fundamental para o acompanhamento da questão alimentar e nutricional no país e dos impactos que os programas sociais exercem sobre os grupos mais vulneráveis à insegurança alimentar”. O acompanhamento, diz a professora Andrea Polo Galante, presidente da Asbran e coordenadora da pesquisa, é necessário quanto ao cumprimento da recomendação nutricional para a merenda. “É importante avaliar o programa de alimentação escolar e se as recomendações nutricionais estão sendo cumpridas, com cardápios equilibrados em energia, proteínas, lipídios, vitaminas e sais minerais, bem como o estado nutricional desses escolares”.

    Os recursos do Pnae são repassados diretamente aos estados, Distrito Federal e municípios. Em 2005, os recursos chegaram a cerca de R$ 1,3 bilhão, beneficiando 34 milhões de alunos. Por isso é importante avaliar a eficiência, eficácia e efetividade do programa, especialmente porque, até o momento, não há informações sistemáticas sobre o consumo alimentar praticado nas escolas públicas e filantrópicas, nem mesmo estudos representativos e consolidados da realidade nacional acerca dos cardápios oferecidos nas diferentes regiões brasileiras.

    Para alcançar o objetivo, será feita a análise dos cardápios, de sua aceitabilidade e adequação do consumo em relação às necessidades nutricionais. Também será feito o diagnóstico do estado nutricional das crianças e avaliado o aspecto da segurança alimentar em relação ao controle do alimento, à infra-estrutura e às condições higiênico-sanitárias do local de produção e distribuição da alimentação escolar. (Assessoria de Comunicação do FNDE/MEC)

  • O idealizador do Instituto Internacional de Neurociências de Natal, Miguel Nicolelis, vai apresentar o projeto da 1ª Escola de Ciências do país voltada para o ensino básico aos representantes do Conselho Nacional dos Dirigentes dos Centros Federais de Educação Tecnológica (Concefet). O encontro que será realizado em julho, em Natal, foi acertado nesta quarta-feira, 30, em audiência entre o ministro da Educação, Fernando Haddad, o professor Nicolelis e o ministro da Educação, Ciência e Tecnologia da Suíça, Charles Kleiber.

    Inaugurada em fevereiro, a Escola de Ciências é vinculada ao Instituto Internacional de Neurociências e atende 300 alunos do ensino fundamental e médio da rede pública. “Os alunos freqüentam a escola no contraturno de suas aulas e aprendem na prática a construir máquinas e robôs, além de noções de química e física”, diz o neurocientista e professor da Universidade de Duke (EUA), Miguel Nicolelis. O sucesso da iniciativa foi tão grande que a previsão, segundo ele, é ampliar o atendimento para mil crianças em agosto.

    O ministro Haddad ficou impressionado com a experiência e convidou o professor para apresentar o projeto aos dirigentes do Concefet. “Como a rede federal de educação tecnológica está sendo remodelada para divulgar a educação científica no ensino básico, essa experiência será proveitosa”, falou. Haddad também acertou com Nicolelis que participará da apresentação para conhecer pessoalmente como funciona a Escola de Ciências.

    Na avaliação do neurocientista, o Brasil precisa criar um sistema educacional específico para acelerar a formação de novos cientistas. “O Brasil não pode esperar mais. Um cientista demora 30 anos para ser formado”, justifica. De acordo com ele, é preciso identificar os talentos mirins nas escolas para colocá-los nesse sistema acelerado de formação de cientistas.  

    Instituto — O Instituto Internacional de Neurociências de Natal foi idealizado há quatro anos por Miguel Nicolelis, um respeitado neurobiólogo. Formado pela Universidade de São Paulo (USP), Nicolelis é o autor das pesquisas com microeletrodos neurais implantados em macacos que, entre outros resultados, podem levar ao desenvolvimento de próteses para seres humanos, tais como braços e pernas artificiais, ou seja, membros robóticos com movimentos comandados diretamente pelo cérebro.

    O ministro suíço pediu a Haddad que o Brasil estreite as cooperações com seu país nas áreas de ciência, tecnologia e educação. Haddad adiantou que a Escola de Altos Estudos, lançada há um ano pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC), permite parcerias imediatas. O programa traz cientistas internacionais renomados, nas diversas áreas do conhecimento, para dar aulas a estudantes e professores da pós-graduação.

    Flavia Nery

  • Catherine Snow é referência em alfabetização e pesquisa o assunto há três décadas

    Luciano Marques, do Portal MEC

    Um dos maiores problemas da educação brasileira é o alto índice de analfabetismo. A norte-americana Catherine Snow, uma das maiores referências em alfabetização nos Estados Unidos, participou da Conferência Nacional de Alfabetização Baseada em Evidências (Conabe), nesta terça-feira, 22 de outubro, e contou como pesquisas e dados ajudaram os Estados Unidos a melhorar sua educação.

    Psicóloga educacional e linguista, Snow é professora de pós-graduação da Harvard Graduate School of Education, uma das principais universidades do mundo. Nos últimos 30 anos, ela se concentrou na alfabetização da primeira infância, investigando fatores linguísticos e sociais que contribuem ou prejudicam a alfabetização.

    “As crianças devem ler, escrever e entender. As três habilidades cruciais que os bons leitores têm são: o entendimento do princípio alfabético, a conscientização de que é preciso compreender (o significado) e interpretar o que se está lendo e adquirir fluência suficiente na leitura”, aponta Snow.

    A especialista deu exemplos de como estudos e evidências podem melhorar a educação de um país e apontou momentos-chave nos Estados Unidos, como o “A Nation At Risk” (Uma Nação em Risco), de 1983, um relatório da National Commision on Excellence in Education (Comissão Nacional de Excelência em Educação) que alertava para a precária qualidade da educação no país. O documento informava que, à época, 23 milhões de americanos adultos eram analfabetos funcionais.

    Snow também falou sobre o programa federal “No Children Left Behind” (Nenhuma criança deixada para trás), lançado em 2001 pelo então presidente George W. Bush, como resposta às graves observações feitas pelo relatório.

    Segundo ela, para que as crianças possam se alfabetizar, é preciso focar não só apenas no código, mas também no conteúdo. “É um desafio. É sempre o código versus a linguagem. Os pequenos precisam entender, interpretar aquilo que estão lendo. Precisamos ensinar letras, ensinar que palavras são compostas por sons representados por letras, mas não podemos parar aí e esquecer o conteúdo”, destaca a norte-americana.

    Catherine Snow também ajuda a desenvolver melhorias na alfabetização norte-americana. “Temos muito trabalho ainda. Nós já tivemos aqui a mesma discussão que está acontecendo agora no Brasil. É preciso incentivar nas crianças o gosto pela leitura, mas não apenas isso. É necessário fazer com que elas tenham uma perfeita compreensão naquilo que estão lendo e também dar maior suporte e especialização aos professores”, concluiu.

    A Conabe segue até sexta-feira, 25 de outubro, na Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, em Brasília.

  • De acordo com a pesquisa, o nutriente protege o sistema nervoso e pode ser usado no tratamento e na prevenção da doença

    O surto do vírus da zika, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, preocupou toda a população brasileira, principalmente as gestantes. Segundo o Ministério da Saúde, mais de três mil casos foram confirmados entre 2015 e 2019. A boa notícia é que o projeto de pesquisadoras de Brasília descobriu que o ômega-3 pode ser usado no combate vírus.

    A pesquisa foi feita pela biotecnóloga Heloisa Antoniella, atualmente mestranda pelo Programa de Patologia Molecular no Laboratório de Imunologia e Inflamação (LIMI) da Universidade de Brasília (UnB) e pela bióloga e professora da UnB, Kelly Grace Magalhães.

    Segundo as pesquisadoras, o zika vírus pode causar inflamação e morte celular nos neurônios e estresse oxidativo, que é quando o vírus libera substâncias tóxicas que causam danos à mitocôndria, uma parte importante da célula.

    O nutriente é um importante aliado no combate ao vírus porque preserva o sistema nervoso. “O ômega-3 é uma molécula neuroprotetora, ou seja, ela protege o sistema nervoso contra doenças neurodegenerativas, protege contra muitas doenças relacionadas a morte celular de neurônios e também sabemos que o ômega-3 é uma molécula anti-inflamatória”, afirmou a bióloga.

    As duas pesquisadoras trabalham juntas em um laboratório que tem uma linha de pesquisa focada no detalhamento das consequências do vírus nas células. “Pensamos que seria interessante não só mostrar como o vírus causa esse tipo de problema nessas células, esse tipo de morte, mas a gente também conseguiria proteger, explicou a biotecnóloga.

    O ômega-3 também pode apresentar bons resultados na prevenção e no tratamento de doenças virais já existentes porque torna as células mais resistentes.

    “A nossa pesquisa tem muito a acrescentar para a saúde pública do país, principalmente porque o ômega-3 é de fácil acesso. Você pode encontrar na dieta, pode encontrar facilmente na farmácia e existem faixas de preços que cabem no bolso de diferentes públicos”, afirmou Heloísa Braz de Melo.

    A pesquisa já foi publicada na revista científica Scientific Reports, uma das mais importantes do mundo no segmento.

    Saiba mais – A pesquisa sobre o uso ômega-3 no combate ao zika vírus é o tema do Trilhas da Educação desta sexta-feira, 6 de março, da Rádio MEC.

  • Pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) concluíram, em pesquisa encomendada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que quase todas as propagandas de medicamentos veiculadas na mídia têm irregularidade. A informação é da professora Cláudia Maria Oliveira Simões, do Departamento de Ciências Farmacêuticas, do Centro de Ciências da Saúde. A professora é a coordenadora na UFSC do projeto Monitoração e Fiscalização de Propaganda, Publicidade, Promoção e Informação de Produtos Sujeitos à Vigilância Sanitária, da Anvisa.

    O estudo envolve 20 universidades públicas. A UFSC ingressou no projeto em janeiro e recebeu investimentos da Anvisa de R$ 42 mil para fazer o monitoramento. Na universidade, o projeto envolve 15 bolsistas de cursos de graduação em medicina, farmácia, odontologia, enfermagem, jornalismo, publicidade e direito, além da professora Marlene Zannin, do Departamento de Patologia, e da farmacêutica Marisete Canelo Resener.

    “O projeto envolve monitoramento das propagandas e é feito a partir da gravação da programação de quatro rádios da grande Florianópolis: Band FM, Itapema FM, CBN AM e Guararema AM, em horários aleatórios. Na televisão, são analisadas as programações de duas emissoras locais: SBT e Barriga Verde, e os programas Casseta e Planeta e Malhação, da TV Globo”, diz Cláudia Maria. Segundo ela, são checados diariamente dois jornais catarinenses, A Notícia e Diário Catarinense, e folhetos publicitários em doze farmácias selecionadas, clínicas médicas, odontológicas e de fisioterapia.

    Após coletadas, as propagandas são analisadas pelos alunos do projeto. A análise é norteada pela Resolução nº 102, da Anvisa, publicada em 2000, que regula a propaganda de medicamentos na mídia. Legislações mais amplas, como o Código de Defesa do Consumidor, também são utilizadas. Para cada peça publicitária, é feito um formulário, preenchido com quatro pareceres sucessivos: técnico-científico, risco sanitário, análise publicitária e enquadramento legal e conclusivo. O técnico-científico é feito por alunos de farmácia, medicina, odontologia e enfermagem. Eles analisam possíveis erros nas propagandas, de acordo com a literatura científica disponível.

    Saúde – Depois, é feito o parecer de risco sanitário, onde a propaganda é analisada segundo seus efeitos e riscos à saúde da população, para a qual é direcionada a propaganda em análise. O terceiro passo é o da análise publicitária, em que a propaganda é checada pelos alunos da área da comunicação. Por último, a propaganda recebe um parecer de enquadramento legal e conclusivo, por alunos de direito, que discutem aspectos jurídicos da peça publicitária.

    As atividades ocorrem na sala anexa ao Centro de Informações Toxicológicas, no Hospital Universitário, onde o projeto está instalado. Após as análises de todas as peças publicitárias monitoradas, os relatórios mensais, com os pareceres, são enviados à Anvisa, em Brasília. Lá, os técnicos da agência avaliam a possível retirada da peça publicitária de circulação e o estabelecimento de multas. (com informações da Assessoria de Imprensa da UFSC).

    Repórter: Sonia Jacinto

  • A produção científica brasileira cresceu 19% em 2005, comparada ao ano anterior. O ranking dos 30 países com maior número de artigos científicos publicados em revistas altamente qualificadas no exterior foi divulgado nesta segunda-feira, 17, pelo presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior do Ministério da Educação (Capes/MEC), Jorge Guimarães, durante a 58º Reunião Anual da SBPC, em Florianópolis, Santa Catarina.

    Apesar do crescimento, o Brasil manteve a mesma posição de 2004, a 17ª posição, o que corresponde a 1,8% da produção mundial. “A cada cinco anos, o país teve um crescimento de cerca de 50%. Isso significa que, em três anos, o Brasil ocupará a 15ª posição neste ranking, ultrapassando dois grandes países a nossa frente atualmente, que são a Suíça e a Suécia”, disse o presidente da Capes.

    Guimarães alerta que o país precisa de mais cientistas. Para cada 100 mil habitantes quatro são doutores. Já na Coréia do Sul, para cada 100 mil habitantes, 30 profissionais possuem esta qualificação. “A proporção de cientistas para a população brasileira é muito baixa, em comparação com países com mais larga tradição, como esses vários países que o Brasil ultrapassou nos últimos 15 anos, como Bélgica, Israel, Noruega, e muitos outros. Hoje temos cerca de 140 mil estudantes de mestrado e doutorado, que são orientados por 34 mil doutores. É pouco”, argumenta. O presidente da Capes, lembrou que a meta do Plano Nacional de Pós-graduação (PNPG 2005-2010) é formar 16 mil doutores em 2010.

    De acordo com o levantamento, o Brasil cresceu 49% nos últimos cincos anos. Anualmente, o país quebra seu próprio recorde do ano anterior. Isso vem ocorrendo desde 1981. Quem estava na 17ª posição era a Suécia, que agora está na 16ª. A qualidade da produção brasileira vem crescendo da mesma maneira.

    No topo do ranking estão os Estados Unidos, que são responsáveis por 32,7% da produção científica mundial, e em seguida Japão, com 8,5%; Alemanha com 8,4%; Inglaterra com 7,4%; e em quinto lugar, China com 6,7%. O ranking é baseado no Institute for Scientific Information (ISI), ligado à Thomson Scientific. A base reúne as maiores e mais importantes publicações científicas do mundo.

    Adriane Cunha

  • Pesquisadores da Fundação Joaquim Nabuco vão está na 10ª Reunião Regional da SBPC - Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência. Eles participam de conferências e mesas-redondas. O encontro acontece entre os dias 31 de janeiro e 3 de fevereiro, na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

    No dia 2 de fevereiro, às 10h30, o pesquisador João Suassuna apresentará o tema Rio São Francisco: Erros e Transposição, na conferência que ocorre no auditório do Centro de Tecnologia e Geociências (CTG) da UFPE. Também, ao mesmo tempo, no Centro de Artes e Comunicação a pesquisadora Lúcia Carvalho discute sobre a importância da ciência e da tecnologia. Abraham Benzaquén será o mediador dessa conferência.

    No último dia de evento, às 10h30, no CTG, João Suassuna integra mesa-redonda que discute o projeto de transposição do rio São Francisco. Às 16h30, Adriano Batista, coordenador da Coordenação-Geral de Estudos em Ciência e Tecnologia (Citec), participa da conferência Alto Déficit de Educação, Crescimento com Lentidão: uma Inescapável Relação. A palestra ocorrerá no auditório do Centro de Ciências Biológicas.

    (Assessoria de comunicação da Fundaj)

     

  • Mais de 50 pesquisadores do Brasil estão participando do 1º Encontro Nacional de Pesquisa em Educação do Campo, que começou nesta segunda-feira, 19, e vai até quinta-feira, 22, no Saint Peter Hotel, em Brasília. O evento, promovido pelo Ministério da Educação, é desenvolvido em parceria com os ministérios do Desenvolvimento Agrário (MDA) e da Ciência e Tecnologia (MCT), além da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (Anped).

    A finalidade do encontro é reunir e debater as produções científicas sobre educação do campo para subsidiar a formulação de políticas nessa área em âmbito nacional. O secretário de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade do MEC, Ricardo Henriques, abriu o encontro e lembrou o ineditismo do ministério em organizar um espaço para integrar todos os pesquisadores de educação do campo, convergindo assim suas formulações para pensar políticas públicas, e não somente teses abstratas.

    “O objetivo do MEC é revitalizar a área de pesquisa sobre o campo, que foi desmantelada ao longo dos últimos 20 anos. O ministério entende que só é possível dar um salto hoje, do ponto de vista do desenho, da formulação e implantação de programas para a educação do campo, incorporando os pesquisadores que estão há décadas neste processo, e que cada vez menos têm sido ouvidos”, declarou Ricardo Henriques.

    O coordenador-geral de Educação do Campo do MEC, Antonio Munarim, comentou, dentre as ações desenvolvidas no setor, a operacionalização de dois grandes eixos para a construção de uma política nacional. “Um deles é a articulação com as secretarias estaduais de educação e, particularmente, com municípios e movimentos sociais do campo. O outro é o programa de educação de jovens e adultos (EJA), com qualificação social e profissional para o trabalho no campo da agricultura familiar.”

    Pesquisas - Não há números oficiais, mas o Projeto Terra Negra, que integra o Programa Nacional de Crédito Fundiário, do MDA, estima que 22% dos agricultores familiares no Brasil têm origem africana. “Para mim, uma educação do campo tem de ter essa história afro-brasileira contemplada por excelência, como todas as outras etnias. E creio que este é um salto de qualidade grande num encontro como este”, disse Marcos Rodrigues da Silva, representante do MDA.

    Segundo Silva, somente 1% das mulheres negras do campo tem algum grau de escolaridade. Entre os homens, o número não chega a 3%. Ele completou dizendo que a maioria também não possui a documentação da terra.

    A professora Ivanilde Apoluceno de Oliveira, da Universidade Estadual do Pará, participa do encontro com a pesquisa Cartografias Ribeirinhas, uma radiografia de saberes e representações sobre práticas sociais do cotidiano de alfabetizandos da Amazônia.

    Programação - O encontro prossegue nesta terça-feira, 20, com uma programação que inclui espaços interativos de identidades e territórios. Haverá também uma mesa-redonda de produção pedagógica dos movimentos sociais e sindicais, com Pedro Ivan Christoffoli, da Confederação Nacional das Cooperativas de Reforma Agrária no Brasil (Concrab/MST), Maria do Socorro Silva, da Universidade de Brasília (UnB) e Sônia Meire Azevedo, da Universidade Federal de Sergipe (UFS).

    Repórter: Sonia Jacinto

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