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  • Água, lixo, saneamento básico, degradação da natureza e preservação da diversidade biológica são algumas das principais questões que influenciam a relação entre escolas e comunidades. A inserção da educação ambiental na formação de jovens e crianças pode ser uma forma de sensibilizar os estudantes para um convívio mais saudável com a natureza.

    De acordo com Hedy Vasconcelos, representante da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (Anped), a educação ambiental pode melhorar a qualidade de vida dos alunos. “Eles passam a atuar como cidadãos ativos para melhorar o meio ambiente do lugar onde moram”, afirmou. Para tanto, Frederico Loureiro, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), defende a universalização da educação ambiental. “É preciso contemplar dois níveis de ações. O primeiro refere-se a uma rediscussão curricular. O segundo é o fortalecimento de espaços para a discussão dentro das escolas”, disse. 

    A inserção da educação ambiental na educação formal não é simples. As principais dificuldades são a precariedade de recursos materiais e a falta de tempo para o planejamento e realização de atividades extracurriculares. Os dados são do projeto O que Fazem as Escolas que Dizem que Fazem Educação Ambiental, uma parceria entre o Ministério da Educação e cinco universidades federais — Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Mato Grosso do Sul, Pará e Rio Grande do Sul. A pesquisa foi realizada em 450 escolas de 12 estados.

    Experiências — Durante o seminário Diferentes Diferenças, promovido pela Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad/MEC), foram relatadas experiências bem-sucedidas de educação ambiental. Uma delas é a de Terezinha Meireles, de Roraima. Com auxílio dos alunos, a professora implantou uma agenda baseada nos problemas ambientais de sua escola. Os estudantes participam de oficinas de hip-hop, arte e reaproveitamento de lixo.

    Apesar de o projeto existir há menos de um ano, a professora nota resultados significativos. “Os alunos pararam de riscar a escola, já não se vê tanta sujeira, nem desperdício”, disse. “Foi uma forma que encontramos para sensibilizar os alunos e a comunidade.”

    Cíntia Caldas

  • Cerca de 30 escolas da rede pública estadual de Santa Catarina iniciam, ainda este ano, o programa de integração do ensino médio com o técnico profissionalizante. O projeto do Ministério da Educação pretende assegurar ao aluno da educação básica uma assistência pedagógica que o prepare para a continuidade dos estudos e o qualifique para o trabalho.

    A diretora de Ensino Médio do MEC, Lúcia Lodi, explica que o ministério oferece apoio financeiro para a transição. É que serão necessárias adequações, tanto na estrutura física das escolas quanto na qualificação dos professores. “Esta modalidade de ensino integrado exige ajustes nos laboratórios, atualizações nas bibliotecas e a ampliação física da rede. A capacitação dos professores também será necessária. Existem disciplinas de natureza profissionalizante, então o corpo de professores deverá realizar cursos de formação continuada”, explica a diretora.

    Lúcia Lodi lembra que o ensino integrado quer realizar um projeto de desenvolvimento social e econômico. E que, portanto, os cursos levarão em consideração as áreas locais e regionais.

    Investimentos – A previsão do Ministério da Educação é que em Santa Catarina, até 2006, estejam funcionando 60 turmas com o ensino médio integrado. O MEC investirá um total de R$ 39 milhões nas redes públicas estaduais de todo o Brasil. Dos recursos, R$ 25 milhões serão destinados ao programa de Qualidade da Educação Básica e R$ 14 milhões vão para o Programa de Expansão da Educação Profissional (Proep).

    Para discutir a concepção e o plano de implementação do ensino médio integrado foram realizados seminários nos estados de Pernambuco, Paraíba, Santa Catarina e Tocantins. No próximo dia 31, ocorrerá o seminário no Piauí e, em setembro, a implantação do programa será discutida em âmbito nacional.

    Repórter:Sandro Santos

  • O Ministério da Educação, por meio da Secretaria de Educação Profis-sional e Tecnológica (Setec), tem investido na formação de mão-de-obra qualificada para o mundo do trabalho. Exemplos disso têm sido mostrados na 2ª Conferência Brasileira sobre Arranjos Produtivos Locais, que termina nesta quarta, 14, no Rio de Janeiro.

    O evento, realizado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econô-mico e Social (BNDES), tem como proposta aprimorar as políticas públicas e estimular o desenvolvimento local, promovendo a troca de experiências em desenvolvimento em arranjos produtivos locais (APLs). O foco da con-ferência é a temática de financiamento, o acesso e a gestão de receitas orçamentárias nos APLs.

    A destinação de recursos públicos para a reforma, ampliação e com-pra de equipamentos para a unidade de ensino descentralizada de Cacho-eiro do Itapemirim, do Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet) do Espírito Santo é uma das maneiras de fortalecimento dos APLs. A cidade é reconhecida como centro de exportação de mármore e granito. Lá serão qualificados técnicos para todo o processo produtivo de rochas ornamen-tais, desde a extração ao design da pedra, focando o mercado europeu e asiático.

    A criação e a estruturação dos cursos técnicos em rochas ornamen-tais e em eletromecânica de manutenção serão financiadas pelo Programa de Expansão da Educação Profissional (Proep), mantido pela Setec e pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Ao todo, o Pro-ep investirá R$ 2,3 milhões na aquisição de equipamentos, obras de infra-estrutura, instalação e montagem de laboratórios. O projeto prevê tam-bém a construção de um galpão industrial, onde a planta de uma pequena indústria será simulada, com etapas para tratamento e beneficiamento das rochas.

    “Os cursos abrem perspectivas para que possamos atender à cres-cente produção, desenvolver a área tecnológica e promover o crescimento local e regional”, explica o diretor do Cefet-ES, professor Jadir José Péla.

    Cachoeiro do Itapemirim tem uma população estimada em 170 mil habitantes, mas a região a ser contemplada pelos cursos tem cerca de 400 mil pessoas. A previsão é que sejam atendidos 500 alunos por ano, incialmente.

    Outras ações estão sendo desenhadas pela Setec para apoiar os A-PLs: o atendimento à cadeia produtiva da cachaça e do vinho e a implan-tação do Projeto Sintonia, uma ferramenta de financiamento de laborató-rios e capacitação de professores da rede federal de educação profissional e tecnológica. A idéia é criar ou readequar os cursos das 144 escolas da rede federal para sintonizá-los com as demandas de mercado regionais, em especial com os 142 arranjos priorizados pelo governo federal.

    Cachaça – A Escola Agrotécnica Federal de Salinas, em Minas Gerais, criou o curso superior de produção de cachaça de alambique, atendendo à demanda de um arranjo produtivo local antigo, que data da época da es-cravidão no Brasil, no norte de Minas Gerais.

    Na região, existem 30 fábricas, que produzem anualmente 2,8 mi-lhões de litros de cachaça. O setor gera 700 empregos diretos e indiretos e tem receita bruta de R$ 7 milhões.

    Outro exemplo vem do Cefet–Petrolina, em Pernambuco, que por meio de pesquisas e formação profissional, identificou na localidade a pos-sibilidade de produzir uvas de qualidade com reduzido período de entres-safra. O fato provocou a criação de um APL de enologia e levou vinícolas de renome a se fixarem no local.

    “Esses exemplos comprovam que o desenvolvimento econômico e so-cial de uma região depende diretamente da formação do trabalhador e o MEC, atento às necessidades de cada uma delas, tem sido um importante agente condutor da política pública de desenvolvimento dos arranjos pro-dutivos locais do país”, declarou o titular da Setec, Antonio Ibañez Ruiz.

    Governo define política para APLs – A partir da identificação de 932 Arranjos Produtivos Locais (APLs) no país, 32 instituições governa-mentais e não-governamentais estão definindo uma política nacional de apoio e financiamento para estimular o desenvolvimento de micros, pe-quenas e médias empresas brasileiras.

    Os APLs são estruturas que aprimoram a demanda cultural e socioe-conômica de uma região. Dos casos de sucessos de APLs, as confecções em Nova Friburgo, no Rio de Janeiro, e no Distrito Federal, o setor calça-dista em Franca, em São Paulo, o de madeira e móveis de Macapá, no Amapá, Paragominas, no Pará, e o de Ubá, em Minas Gerãos, são os mais conhecidos.

    Na 2ª Conferência Brasileira sobre Arranjos Produtivos Locais, João Araújo, da Associação Brasileira das Indústrias Mobiliárias, destacou a im-portância de centros tecnológicos para a formação e o desenvolvimento dos APLs.

    Em parceria com o MEC, ele foi o responsável pela implantação do Centro Tecnológico de Formação Profissional da Madeira e do Mobiliário de Votuporanga, em São Paulo, que hoje atende a 65 municípios da micror-região de São José do Rio Preto e forma cerca de 470 técnicos por ano em cursos direcionados ao segmento.

    “Não há como imaginar o alcance de uma proposta de formação pro-fissional. Estamos capacitando trabalhadores que irão atuar em todo o pa-ís”, diz.

    O valor dos recursos repassados pelo Proep/MEC para o projeto foi de R$ 1,5 milhão, utilizado para a reforma de um antigo pavilhão na cidade e a adequação de laboratórios de manipulação da madeira e design.

    Repórteres: Rodrigo Farhat e Sandra Branchine

  • A nota do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de cada escola pública de Campo Grande está afixada, em letras garrafais, no mural da escola. Assim, os pais e as crianças podem conhecer o desempenho dos colégios da cidade. Essa medida foi adotada depois que o município se uniu para elaborar o Plano de Ações Articuladas, uma espécie de lista do que deve ser feito para melhorar a qualidade da educação básica em Campo Grande.

    “Se tivermos em mente que a média nacional do Ideb é de 3,8 numa escala que vai de zero a dez, saberemos que temos muito a fazer em termos de educação no país”, destacou a dirigente municipal de educação de Campo Grande, Maria Cecília Amendola Motta. A experiência da capital de Mato Grosso do Sul serviu de exemplo, nesta terça-feira, 15, durante a Conferência Nacional da Educação Básica. O relato foi feito no colóquio sobre o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) e as Ações Articuladas (PAR).

    A experiência do PAR de Campo Grande serviu para que os educadores presentes à Conferência pudessem estabelecer um contraponto ao que está sendo feito em seus municípios. “Elaboramos uma ação para cada diretriz do Compromisso Todos pela Educação”, explicou Maria Cecília. O compromisso, que já foi assinado por mais de 5.300 municípios brasileiros, determinou metas como a alfabetização de todas as crianças com, no máximo, oito anos de idade.

    Na capital de Mato Grosso de Sul, o PAR foi apresentado a todas as escolas, todos os funcionários da secretaria de educação – incluindo os responsáveis pela limpeza - e também para os vereadores da cidade. “Queremos a mobilização de todos os envolvidos nesse processo de melhoria da qualidade da educação”, explicou a gestora educacional.

    A mobilização social também foi apontada pela presidente do Conselho Nacional dos Secretários de Educação (Consed), Maria Auxiliadora Seabra Rezende, como o principal instrumento necessário para a melhoria da qualidade da Educação Básica no Brasil. “Não conseguiremos chegar a lugar algum enquanto a sociedade não entender que a escola pública não é do governo e sim da comunidade”, explicou.

    A Conferência Nacional de Educação Básica segue levantando possibilidades para melhorar a qualidade do ensino no Brasil até a próxima sexta-feira, dia 18. Mais de dois mil educadores estão reunidos, desde ontem, para acompanhar as discussões.

    Ana Guimarães

  • Os novos diretores das escolas agrotécnicas federais (EAFs) de Catu (BA), Concórdia (SC) e Machado (MG) tomam posse nesta quarta-feira, 25, em Brasília. Na cerimônia, marcada para as 14h30, na Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec/MEC), os professores Sebastião Edson Moura, Paulo Jerônimo Pucci de Oliveira e Walner José Mendes, das EAFs de Catu, Concórdia e Machado, respectivamente, serão empossados pelo secretário Eliezer Pacheco. Seus mandatos se estendem até 2010.

    Santa Catarina – Paulo Jerônimo Pucci de Oliveira pretende priorizar a gestão participativa na EAF de Concórdia, a começar pela escolha dos coordenadores de direção. Sua idéia é que professores e servidores administrativos escolham os sete cargos na área.

    Paulo Jerônimo pretende ainda ampliar o número de cursos – atualmente são dois técnicos, em agropecuária e alimentos, e um de tecnologia, com foco na produção de derivados de carne, leite e vegetais.

    A EAF de Concórdia tem 600 alunos, 41 professores e 56 servidores administrativos.

    Bahia – Na EAF de Catu, o professor Sebastião Edson Moura planeja criar uma fundação que permita o estabelecimento de convênios com prefeituras e empresas da iniciativa privada, que resultem em investimentos na escola e na ampliação do número de vagas para estágios.

    Ele planeja ainda criar um curso de graduação em zootécnica e laboratórios de análise de solos e bromatologia, destinados aos cursos técnicos. A escola mantém, atualmente, cursos nas áreas de agricultura, agroindústria e zootecnia, integrados e isolados. São 500 estudantes e 97 servidores, dos quais 37 professores.

    Minas Gerais – Na EAF de Machado, Walner José Mendes deseja trabalhar para sua transformação em Cefet. Ele pretende ainda criar cursos técnicos nas áreas de agroindústria e administração rural e de tecnologia em biodiesel. Sua gestão focará ainda a qualificação de professores e servidores administrativos.

    A escola mantém cursos técnicos em agropecuária, informática, segurança no trabalho e enfermagem e de tecnologia do café. São mil estudantes, 42 professores e 91 servidores administrativos.

    Repórter: Rodrigo Farhat

  • Começa nesta quinta-feira, dia 31, e se estenderá até 31 de agosto o prazo para as escolas prestarem, via internet, as informações necessárias para o Censo Escolar da Educação Básica de 2007. Os dados serão informados pelas escolas por meio do sistema Educacenso.

    Nas escolas sem internet, o preenchimento será feito no formulário em papel. A digitação dos dados no sistema pode ser feita nas secretarias estaduais ou municipais de Educação ou em delegacias regionais da secretaria estadual.

    Realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep/MEC), o censo abrange todas as etapas ou níveis (educação infantil, ensino fundamental e ensino médio) e modalidades da educação básica (ensino regular, educação especial, educação de jovens e adultos e educação profissional de nível técnico). Os dados servem como base para programas do governo, como o do livro didático e da merenda escolar, e para o Fundo da Educação Básica (Fundeb).

    Este ano, o censo mostrará uma imagem mais nítida e detalhada da realidade educacional brasileira. Será feito o levantamento de dados individualizados de cada estudante, professor, turma e escola do País, tanto das redes públicas (federal, estaduais e municipais) quanto da particular.

    Sobre cada aluno será possível saber onde mora, em que turma estuda, as matérias nas quais tenha necessidades especiais. Os dados abrangem ainda informações sobre sexo, raça, necessidade de atendimento escolar diferenciado, de transporte público e de apoio pedagógico.

    As informações sobre professores em regência de classe também serão individualizadas. Além de escolaridade, será possível saber se o professor tem participado de cursos de formação continuada, em quais turmas atua e quais disciplinas leciona. Das escolas serão pedidas informações sobre infra-estrutura, equipamentos, participação em programas como o do livro didático e de alimentação escolar, modalidades e etapas oferecidas. 

    O Educacenso estará disponível na página eletrônica do Inep. Não é necessário baixar o programa. Basta fornecer os dados solicitados pelo sistema. Na mesma página há orientações sobre o preenchimento. (Assessoria de Imprensa do Inep)

  • As escolas públicas de ensino médio têm até esta quinta-feira, 15, para inscrever projetos escolares abordando o tema ética e cidadania. Para as escolas do ensino fundamental, o prazo termina em 23 de janeiro de 2006. Os trabalhos terão apoio financeiro do Ministério da Educação.

    Serão selecionados 120 projetos, que receberão até R$ 5 mil cada. A ação faz parte do Programa Ética e Cidadania – Construindo Valores na Escola e na Sociedade, elaborado pela Secretaria de Educação Básica (SEB/MEC) em parceria com a Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República.

    As propostas devem ser apresentadas por meio dos formulários padronizados e enviadas por Sedex, para o Ministério da Educação, Esplanada dos Ministérios, bloco L, edifício-sede, Secretaria de Educação Básica, Departamento de Políticas do Ensino Médio, 4º andar, sala 419, CEP 70047-900, Brasília (DF). Confira o edital e os formulários na página eletrônica . (Assessoria de Imprensa da SEB)

  • Mais de cem instituições federais de ensino profissional e tecnológico do país vão integrar o ensino médio e aumentar, em até 30%, suas vagas na modalidade de educação de jovens e adultos.

    O Diário Oficial da União publicou, nesta terça-feira, 14, a Portaria nº 2.080, do Ministério da Educação, que estabelece no âmbito dos centros federais de educação tecnológica, escolas técnicas, agrotécnicas e técnicas vinculadas às universidades federais, diretrizes para a oferta dos cursos, destinados aos jovens com mais de 17 anos que tenham completado o ensino fundamental.

    A medida integra os itens da agenda para a qualidade da educação, assinados nesta terça, 14, pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. “As medidas que estamos tomando para a reorganização do sistema de ensino vão definir qual será o futuro do Brasil”, disse o presidente, lembrando que elas atendem reivindicações históricas de estados e municípios, priorizando o ensino público de qualidade.

    De acordo com a portaria, em 2006 as instituições deverão aumentar em 10% a oferta de vagas para a educação de jovens e adulto. Em 2007, o aumento deverá ser de 20% para o setor. O parâmetro para a oferta de vagas é o ano de 2005. Em 2007, as metas fixadas serão reavaliadas para o estabelecimento de novas metas a partir de 2008.

    Carga horária – A carga horária máxima para os cursos de educação profissional técnica de nível médio integrados ao ensino médio, nesta modalidade, é de 2.400 horas, sendo que, no mínimo, 1.200 horas deverão ser destinadas à formação geral.

    A obtenção de um diploma da educação de jovens e adulto, na nova modalidade, permitirá ao estudante habilitação ao exercício profissional na respectiva área. Já o certificado de conclusão do ensino médio é o direito dele prosseguir os estudos em grau superior.

    Repórter: Sonia Jacinto

  • Professores, diretores e técnicos das secretarias municipais de educação de duas escolas brasileiras e duas argentinas participam de 14 a 18 de fevereiro, em Paso de los Libres, município da província de Corrientes - que faz divisa com Uruguaiana (RS) - de um curso de capacitação que visa preparar as escolas para a experiência-modelo de educação intercultural português/espanhol em áreas de fronteira. A capacitação será acompanhada pelos ministérios da Educação do Brasil e da Argentina.

    A experiência nas quatro escolas de ensino fundamental começa em março, com a volta às aulas. O projeto, que tem origem na declaração conjunta dos ministros da Educação, Ciência e Tecnologia da Argentina, Daniel Filmus, e da Educação do Brasil, Tarso Genro, firmada em Buenos Aires, em junho de 2004, prevê o estudo específico das duas línguas, mas também que professores de outras disciplinas, como ciências e matemática, possam ensinar esses conteúdos na língua estrangeira. O objetivo dos ministérios é reforçar o aprendizado, uma vez que a maioria dos alunos das escolas de fronteira já tem contato com a língua falada pelos países vizinhos, além de fortalecer a integração regional. A definição de quais disciplinas, em cada escola, darão apoio a esse aprendizado será tomada durante o seminário de capacitação em Paso de los Libres.

    Escolas - Para facilitar o intercâmbio entre professores, diretores, profissionais da educação e os alunos durante a experiência-modelo, Brasil e Argentina optaram por desenvolver o trabalho em escolas de municípios limítrofes. Assim, a Escola Estadual de Ensino Fundamental Paso de los Libres, no município de Uruguaiana (RS) e a Escola Vicente Eladio Verón, de Paso de los Libres, província de Corrientes, Argentina, que fazem divisa, vão trocar informações. O mesmo modelo se desenvolverá entre Santa Catarina e a província de Missiones. Lá participam a Escola Estadual Básica Theodureto de Faria Souto, do município de Dionísio Cerqueira (SC) e a Escola Mayor Juan Carlos Leonetti, município de Bernardo Irigoyen, província de Missiones.

    Repórter: Ionice Lorenzoni

  • Nova Iguaçu (RJ) ― O ministro da Educação, Fernando Haddad, participou nesta segunda-feira, 14, da cerimônia que marcou um ano do programa Bairro-Escola, desenvolvido pela prefeitura de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense (RJ). Nas palavras do prefeito da cidade, Lindberg Farias, o programa “cria uma rede de proteção social integral, envolvendo atividades de esporte, cultura, lazer e assistência social”.

    O programa, em parceria com a comunidade, oferece ensino em tempo integral a crianças de 31 escolas. Os estudantes usam as dependências de clubes, parques e de outros estabelecimentos no contraturno das aulas. A meta é alcançar as 100 escolas de ensino fundamental do município até o final deste ano. Isso levaria o programa a 60 mil alunos.

    De acordo com Haddad, aumentar o tempo do aluno na escola é um dos pontos centrais do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), lançado no final de abril. Para atingir essa meta, duas medidas estão sendo propostas. A primeira, o aumento de 25% do repasse dos recursos do Fundo da Educação Básica (Fundeb) para os municípios com projetos de ampliação do tempo das crianças na escola; a segunda, o apoio à capacitação dos professores para a aplicação desse modelo.

    O ministro do Desenvolvimento Social, Patrus Ananias, destacou que o projeto faz integração entre educação, saúde, alimentação e cultura. “Essa integração otimiza recursos e amplia as políticas sociais dos municípios que as aplicam.”

    Relatos ― Um dos principais focos do projeto é a integração com a comunidade. Um exemplo disso pode ser visto na caminhada que o ministro e o prefeito fizeram à escola Anna Maria Ramalho, no bairro Miguel Couto. Ao encontrar o ambulante Walter dos Santos, Lindberg relatou que Santos abriu mão de seu espaço na rua para dar passagem às crianças da escola. Em troca, ele teve o ponto de venda de cachorro-quente e pizza liberado para funcionar à noite.

    Ainda no caminho até a escola, o prefeito e os ministros foram parados por Georgina dos Santos, 44 anos, mãe de duas adolescentes. Ela acredita que o projeto terá função especial na redução da violência da região. Presente à cerimônia, o estudante Roberto Souza, de 9 anos, aluno da 3ª série do ensino fundamental, contou que teve contato com o esporte na prática do judô no contraturno escolar. “Gosto muito de judô, fico feliz de ir para lá. Antes, eu ficava em casa com a minha mãe.”

    A experiência de Nova Iguaçu é um dos modelos que será estudado pelo ministério antes da implementação da educação integral em todo país. Outro projeto que também será analisado é o programa Escola Integral, desenvolvido pela prefeitura de Belo Horizonte (MG).

    Rodrigo Dindo

  • Oficinas de capoeira ocupam o primeiro lugar entre as atividades mais requisitadas por estudantes e comunidades das 416 escolas da região metropolitana de Recife que participam do programa Escola Aberta. Dança, teatro e atividades esportivas são as outras preferências dos pernambucanos.

    Desenvolvido pelo Ministério da Educação em parceria com a Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco), o programa  está presente em 1.711 escolas públicas do ensino fundamental e do médio em regiões metropolitanas de 22 estados. O atendimento mensal chega a 1,5 milhão de pessoas, mas esse número deve ser ampliado, segundo a consultora Relcytam Caribe, com o ingresso das escolas de São Paulo, Paraná, Mato Grosso, Acre e Amapá, que estão em processo de adesão.

    O objetivo do programa é criar na escola um espaço de integração da comunidade para melhorar a qualidade do relaciotitle_aliasnto entre pais, alunos e professores e, assim, reduzir os índices de violência causados pela falta de oportunidades culturais, esportivas e de entretenimento em bairros das periferias. Para desenvolver as atividades aos sábados e domingos, o MEC repassa recursos do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE), em parcela única, segundo o número de participantes das atividades.

    O dinheiro deve ser usado na compra de materiais para as oficinas, no pagamento dos oficineiros e nas bolsas mensais do coordenador escolar, responsável por abrir a escola e receber a comunidade, e para o professor comunitário, que faz a integração das atividades.

    Um dos pioneiros na implantação da Escola Aberta, com Bahia e Minas Gerais, Pernambuco é o estado com maior número de escolas no programa. São 416 instituições, distribuídas em 14 municípios. A região metropolitana de Aracaju tem o menor número de escolas (seis).

    Criado em outubro de 2004, a partir de uma experiência dos governos de Pernambuco e do Rio de Janeiro, em parceria com a Unesco, o programa foi ampliado nos anos seguintes. Em 2005, tinha escolas em áreas metropolitanas de nove estados; em 2006, já eram 17 estados. Este ano, 22. Hoje, os ministérios da Cultura e do Esporte também são parceiros do MEC.

    Ionice Lorenzoni

  • Foto: Júlio César Paes

    A partir de março, as escolas brasileiras deverão buscar um padrão de qualidade estabelecido a partir dos dados do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb). As metas serão fixadas levando-se em conta as realidades de cada região, ou seja, haverá uma média nacional e outras diferentes para cada sistema educacional. A fixação de metas agora é possível porque o sistema de avaliação do ensino básico, elaborado pelo MEC, apresentou um panorama detalhado da educação no Brasil. A afirmação foi feita nesta quarta-feira, 7, pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, em entrevista coletiva para a divulgação dos dados do Saeb, do Censo Escolar e do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

    Os dados apresentados demonstram uma melhora no desempenho dos alunos da 4ª série do ensino fundamental em português e matemática. Em 2001, a nota obtida pelos estudantes em português foi de 165,1 e,em 2005, essa média subiu para 172,3. Já em matemática, o desempenho aumentou de 176,3, em 2001, para 182,4, em 2005. “Estamos há quatro anos obtendo indicadores de qualidade superiores aos do passado, nos anos iniciais do ensino fundamental. Esperamos que esse movimento de melhoria das notas comece a reverberar por todo o ciclo e alcance a 8ª série e o ensino médio”, ressaltou Haddad.

    O Fundo da Educação Básica (Fundeb) é outra medida que deve garantir a melhoria da qualidade do ensino. O ministro destacou que o Fundeb irá destinar R$ 5 bilhões para os estados que apresentarem pior desempenho escolar. A intenção é oferecer condições financeiras capazes de consolidar redes de ensino que estão se estruturando com dificuldade em regiões como o Nordeste.

    No ensino médio, os dados do Saeb demonstraram queda no aproveitamento dos estudantes. Em português, as notas passaram de 262,3, em 2001, para 257,6, em 2005. Em matemática, os números caíram de 276,7 para 271,3 no mesmo período. Entretanto, o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep/MEC), Reynaldo Fernandes, acredita que essa redução seja um reflexo de uma queda de desempenho dos alunos da 4ª série ocorrida na década de 90. ”Como nos anos 90 essa nota diminuiu drasticamente, isso está sendo refletido nos indicadores da 8ª série e do ensino médio nos dias atuais”, explicou Fernandes. Com a melhora de aproveitamento dos alunos da 4ª série atualmente, espera-se que haja um reflexo positivo no rendimento escolar dos alunos da 8ª série daqui a quatro anos.

    Ações ― Medidas adotadas nos últimos anos − como a distribuição de livros didáticos para o ensino médio e a formação de professores pelo sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB) − também devem melhorar a aprendizagem no ensino médio, aposta Haddad. A implantação de laboratórios de informática em todas as escolas de ensino médio da rede pública até abril deste ano é outra iniciativa do MEC para garantir melhor rendimento dos estudantes.

    Ana Guimarães Rosa e Flavia Nery

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  • Educadores da rede pública estadual de Santa Catarina estão elaborando o documento do Grupo Temático Educação e Trabalho, que vai orientar os professores em sala de aula a integrar a educação ao mundo do trabalho. Até a próxima sexta-feira, 10, cerca de 22 especialistas em educação, ciência e tecnologia e representantes de gerências regionais de educação do estado se reúnem das 8 às 18h, no Grande Hotel, em Itajaí, para a formulação do documento.

    Edna Batistotti, coordenadora pedagógica de Educação Profissional da Secretaria estadual de Educação de Santa Catarina, salienta que o grupo irá prever mudanças para o espaço profissional na escola. “As diretrizes devem levar os professores a perceber que a educação e a profissionalização devem estar integradas, para que a escola possa formar indivíduos mais preparados para enfrentar o mundo do trabalho e a sociedade em geral”, explica. O grupo terá a participação da consultora e palestrante Roselane Fátima Campos, professora de mestrado da Unoesc e integrante do Grupo Trabalho e Educação (Gete), da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (Amped).

    O documento final do encontro vai implementar a proposta curricular das escolas públicas estaduais, juntamente com as contribuições de outros nove grupos temáticos instituídos pela Secretaria de Educação, que também estão redigindo os seus documentos finais com princípios em: Educação e Infância, Ensino Noturno, Educação de Jovens e Adolescentes, Educação e Letramento, etc. (Assessoria de Imprensa da Secretaria de Educação de SC)

  • As escolas de todo o Brasil já podem  preencher o formulário do Censo Escolar da Educação Básica de 2007. Com base nos dados do censo, o Ministério da Educação repassa os recursos para a compra de livros didáticos e da merenda escolar e para o Fundo da Educação Básica (Fundeb).

    Este ano, as informações das escolas serão repassadas pela internet. Os dados serão informados por meio do sistema Educacenso. Os diretores das escolas que não tenham acesso à internet devem prestar as informações nas secretarias estaduais ou municipais de Educação.

    Outra novidade do censo 2007 é o detalhamento das informações. Cada aluno terá um levantamento individual de seus dados. Será possível saber, por exemplo, as matérias de interesse e as dificuldades de cada estudante brasileiro. De acordo com a diretora de estatística da educação básica do MEC, Maria Inês Pestana, o novo sistema mostrará uma imagem nítida e detalhada da realidade educacional brasileira. “O censo é o instrumento que faz o diagnóstico da educação básica no Brasil. Todas as políticas de educação são pensadas por meio dos dados levantados pelo censo. Daí a importância de todas as escolas, tanto públicas quanto privadas, responderem ao questionário”, explicou.

    Além dos alunos, os professores também terão atenção especial no censo. A partir das informações coletadas pelo questionário, será possível saber se o professor teve formação específica para lecionar.

    O prazo para o envio das informações do censo termina em 31 de agosto. O MEC espera coletar informações sobre 55,5 milhões de estudantes, 2,05 milhões de professores e aproximadamente 204 mil estabelecimentos de ensino em todo o País.

    O formulário do Censo Escolar de 2007 é encontrado na página eletrônica do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep/MEC).

    Ana Guimarães

  • As instituições de ensino abertas após o censo escolar de 2004 devem ser cadastradas ainda este mês no Sistema de Controle de Remanejamento e Reserva Técnica (Siscort). No órgão responsável pelo censo em cada secretaria de educação a instituição de ensino receberá um código do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep/MEC).

    O Siscort permite o controle e o remanejamento dos livros distribuídos pelo Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE/MEC). Os interessados têm até o dia 30 próximo para fazer o cadastro.

    O coordenador-geral de produção e distribuição do livro, Alexandre Serwy, encaminhou ofício a todos os secretários estaduais e municipais de Educação para alertá-los sobre o prazo. O Inep, órgão responsável pelo censo, suspenderá o cadastramento das escolas em maio e em junho, o que impossibilitará a inserção de novas escolas no Siscort. Portanto, quem não se cadastrar este mês ficará fora do sistema. Só a partir de julho o Inep reabrirá o cadastramento.

    Repórter: Lucy Cardoso

  • A Câmara Legislativa do Distrito Federal aprovou nesta segunda-feira, 4, o Projeto de Lei nº 1.770/05, de autoria dos deputados distritais Arlete Sampaio (PT) e Augusto Carvalho (PPS), que promove a alimentação saudável nas escolas da rede de ensino do Distrito Federal.

    Pela nova lei, ficará proibida a comercialização de produtos como balas, pirulitos, gomas-de-mascar, biscoitos recheados, refrigerantes, sucos artificiais, salgadinhos, frituras em geral, pipoca industrializada, bebidas alcoólicas, dentre outros. Depois de aprovado, escolas e respectivas cantinas terão prazo de 180 dias para se adequar ao disposto na lei.

    Vários estudos têm comprovado que a obesidade está associada ao desenvolvimento de diabetes, doenças cardiovasculares e hipertensão. A promoção da alimentação saudável é meta recomendada pela Organização Mundial da Saúde em todas as faixas etárias, particularmente na infância, quando os hábitos alimentares são formados e o controle alimentar tem grande probabilidade de sucesso.

    Repórter: Sonia Jacinto

  • Todos os dias, estudantes de escolas da rede federal de educação profissional e tecnológica criam soluções para problemas cotidianos de empresas e pessoas. Enquanto alguns desses inventos não saem do papel, outros se transformam em bons negócios e oportunidades, como o Ministério da Educação mostrou durante a Globaltech, a feira de ciência e tecnologia que ocorreu, de 17 a 22 de maio, em Porto Alegre.
    O fatiador de frios que pesa e imprime a etiqueta com dados do produto automaticamente, o sistema de gerenciamento remoto de aparelhos eletro-eletrônicos para casas inteligentes, a cadeira de rodas elétrica de baixo custo, o controlador externo de elevadores e a marcadora de placas de circuito impresso foram as novidades exibidas no estande do MEC, durante o evento.

    Filipe Giusti e Bruno de Oliveira, estudantes do curso técnico em Eletrônica do Centro Federal de Educação Tecnológica de Pelotas (Cefet-Pelotas), levaram para Porto Alegre, o controlador externo de elevadores e a marcadora de placas de circuito impresso. Enquanto o professor Rafael Galli mostrava o funcionamento de uma cadeira de rodas elétrica criada dentro da mesma escola aos visitantes, o estudante Joseph McComb, do Cefet-Amazonas, preocupado com a questão da segurança e o conforto, exibia um sistema de gerenciamento remoto de aparelhos eletro-eletrônicos utilizando um assistente pessoal digital (palm top). O fatiador três em um foi criado por Edgar Rodrigues do Carmo e Tobias Firmino Soares, ex-estudantes do Cefet-Minas Gerais.

    Controle – A cadeira de rodas elétrica, com autonomia para levar uma pessoa de até 80 quilos, a sete quilômetros por hora é comum, não fossem dois detalhes, os sistemas de ponto zero e de corrente. Enquanto o primeiro avisa ao usuário o tempo de carga restante da bateria, o segundo limita a potência do sistema e o protege contra sobrecargas. O professor de Microprocessadores do Cefet-Pelotas, Rafael Galli, assegurou: “Não existe hoje, no mercado, equipamento com tanta tecnologia”.

    Ronaldo Schwalm, de 27 anos, gostou da engenhoca. Ele sofreu um acidente há três anos e usa uma cadeira de rodas comum para se locomover. Para ele, o equipamento desenvolvido no Cefet é sensível e preciso. O empresário do setor metalúrgico elogiou o equipamento e fez uma ressalva: ela não tem a mobilidade de uma cadeira normal, que pode ser dobrada e levada no carro. O professor Rafael desfez o engano, ao tirar as duas baterias do equipamento e dobrá-lo. “Desse modo – disse – ele pode ser levado no porta-malas de qualquer veículo, como uma cadeira comum”.

    Rafael projetou o equipamento em conjunto com o mecânico Hiraldo Bunde e os engenheiros Danilo Franchine, Carlos Bunde, Márcio dos Santos e Marlon Rabassa Porto. O protótipo ficou em R$ 15 mil, mas a pretensão do professor é colocá-la em uma linha de montagem e tornar seu preço final equivalente ao de um computador, entre R$ 3 mil a R$ 4 mil. Assim, explica, “poderia ser enquadrada em uma linha de crédito já existente no Brasil e ter o preço financiado. Uma cadeira de rodas elétrica, de tecnologia nacional, sai hoje por volta de R$ 5 a R$ 7 mil.

    Circuito impresso – O estudante Filipe Giusti montou a marcadora de placas, ou plotter, junto com seu colega Mateus Matias, durante o terceiro módulo do curso de Eletrônica do Cefet-Pelotas. É um dispositivo para traçar gráficos ou desenhos, através de canetas acopladas, combinando instruções de encostar e levantar a caneta com os deslocamentos da folha de papel. Geralmente, quando são poucas as placas a serem produzidas, esses circuitos são desenhados à mão. Para o protótipo, Filipe e Mateus utilizaram três velhas impressoras matriciais que encontraram fora de uso na escola. Delas, retiraram os carros, as correias e os motores. O funcionamento é simples. De posse de um desenho em bitmap (bmp), um processador envia as informações para o circuito, que imprime o desenho na placa de cobre, através de uma porta paralela de computador.

    O estudante estima em cerca de R$ 100 o custo de seu produto. No mercado, um similar importado está entre R$ 2 mil e R$ 3 mil.
    Daniel Garcia, da GPA Informática, utiliza essas placas para produzir equipamentos eletrônicos em sua empresa, mas não as fabrica. Ao visitar a feira, ele gostou tanto do invento, que ficou de contatar Filipe para estudar a viabilidade de produzir uma marcadora semelhante em sua empresa.

    Elevatrô – Bruno de Oliveira levou para a Globaltech o Elevatrô, um controlador de elevadores, com controle externo visual. Por meio de um monitor de computador, ele acompanha toda a movimentação do transporte vertical em edifícios.

    É um sistema de segurança, criado em parceria com o colega Guilherme Patzer, que permite enviar o elevador para um determinado andar e paralisá-lo se o peso exceder à carga máxima permitida para o transporte. A porta aberta em um andar ou a paralisação entre um patamar e outro também podem ser monitoradas pelo porteiro do prédio, através do sistema.

    Durante a feira em Porto Alegre, Bruno recebeu a visita de dois funcionários de empresas de elevadores interessados em conhecer a tecnologia usada pelo Cefet-Pelotas no equipamento. Em suas companhias, há sistemas semelhantes, porém sem controle visual externo.

    3 em 1 – O fatiador de frios automatizado, com balança e impressora térmica chamava a atenção de quem passava pelo estande do Ministério da Educação na Globaltech. Simulando cortar 43 fatias por minuto de bolonhas ou salaminhos, o diferencial da invenção de Edgar Rodrigues do Carmo e Tobias Firmino Soares, do Cefet-Minas Gerais, tem a integração de três equipamentos como diferencial em relação aos concorrentes.

    Com a T-300, o nome que Tobias e Edgar deram ao produto, criado em conjunto com seus colegas do curso técnico de Eletrônica Cleber Magalhães Gonçalves e Leandro Marcos de Oliveira, o produto pode ser fatiado por peso, por número de fatias ou mesmo por preço. “Não existe equipamento similar no mercado”, garante Tobias, que teve a idéia depois que herdou uma padaria do pai e se viu às voltas com a melhoria da satisfação de seus clientes e da busca de maior produtividade de seus funcionários.

    Feita a seleção desejada, o fatiador pára quando atinge a programação selecionada. Tudo feito automaticamente, inclusive o ajuste da espessura da fatia. É isso que permite conter o desperdício e aumentar a satisfação do consumidor. “Se o cliente quer somente 200 gramas de presunto, não posso cortar 240 gramas, sob pena de perder 20% do produto ou ter que empurrar o excedente a ele”, disse Tobias.
    Depois, a balança envia as informações para a impressora térmica, que emite uma etiqueta com todas as informações necessárias sobre a mercadoria, como nome do estabelecimento, peso, quantidade de fatias, preço, data de validade, informação nutricional e código de barras, complementava Edgar.

    Casa inteligente – Preocupado com a questão da segurança residencial, Joseph McComb, ex-estudante do curso de tecnologia em Desenvolvimento de Software do Centro Federal de Educação Tecnológica do Amazonas (Cefet-Amazonas), criou um sistema de gerenciamento remoto de aparelhos eletro-eletrônicos utilizando um assistente pessoal digital, um palm top.
    Com ele, você pode viajar e, mesmo se não tiver alguém para deixar em casa, luzes serão acesas e apagadas e a música poderá ser aumentada ou diminuída, como a sinalizar a presença de um morador.
    Com investimento de apenas R$ 250,00, ele pode controlar 32 aparelhos, num raio de até cem metros, apenas programando seu palm.
    Ele bolou o equipamento sozinho, apenas com a ajuda de seu orientador, o professor Vicente Ferreira de Lucena Júnior, para o projeto de final do curso do Cefet-Amazonas.

    INCUBADORA PREPARA EMPRESAS PARA O MERCADO

    Grande parte das idéias que se tornam sucesso tiveram apoio de uma empresa como a Nynho, a incubadora de empresas do Centro Federal de Educação Tecnológica de Pelotas (Cefet-Pelotas).

    Ana Paula Matei, administradora da Nynho, levou para o estande da empresa na Globaltech, duas das cinco empresas em incubação na entidade, a Lia Raro Mídia e Educação e a Sitionet.

    Enquanto a primeira, que está na Nynho há 18 meses e trabalha com produção de suportes pedagógicos (multimídia, histórias em quadrinhos, animações e jogos) e cursos de capacitação, a segunda está focada em colocar outras empresas na internet e produz soluções estratégicas para melhorar operações de vendas, marketing, suporte e serviço, por meio de portais corporativos, intranet, cd roms, multimídia e comércio eletrônico.

    Ana Paula lembra dados do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), que mostram que, de cada dez empresas criadas no Brasil, oito quebram antes de completar dois anos de vida. Já quando elas são incubadas, essa proporção se inverte e somente duas são fechadas no mesmo período de tempo.

    A Nynho começou em 2000 e hoje, além da Lia Raro e da Sitionet, está ajudado a colocar no mercado a

    Sistecon, que gera sistemas construtivos para a construção civil, a Incofab, que trabalha com tecnologia aplicada ao agronegócio, e a TPI, empresa que faz a integração entre sistemas e soluções de tecnologia de informação.

    A administradora da Nynho conta que as empresas incubadas pagam uma taxa de R$ 7 por mês, para cobertura das despesas de infra-estrutura, como água, luz e Internet, e também de secretaria, sala para reuniões e exibição de produtos.

    As empresas são selecionadas por meio de um edital, que é publicado anualmente, mas a idéia, segundo Ana Paula, é que a inscrição passe a ser contínua, durante todo o ano. Dentre os critérios para seleção de uma empresa, estão o grau de inovação tecnológica e a viabilidade técnica, econômica e comercial da idéia, além do potencial empreendedor do candidato, explica.

    Incentivo – Marcelo Castro, um dos sócios da Sitionet, ao lado de Celso Dias, conta que a empresa já existia há um ano quando eles decidiram buscar a incubadora do Cefet-Pelotas, 18 meses atrás. “Os profissionais da Nynho estão nos ajudando a enfrentar o mercado com uma postura mais profissional”, diz Marcelo.

    A incubadora auxilia ambos na gestão e na administração inicial do negócio e também na elaboração de projetos para financiamento por órgão de fomento. Depois que a Sitionet começou a ser incubada, eles ganharam, em 2004, uma das bolsas da Bitec, para apoio ao desenvolvimento tecnológico das micro e pequenas empresas. O prêmio é financiado pelo Instituto Euvaldo Lodi (IEL), o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), o Sebrae e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

     

    Arroz – Tâmara Nascimento e Gustavo Magalhães são estudantes do curso técnico de Eletrônica do Cefet-Pelotas e estão pensando em desenvolver seu negócio em uma incubadora de empresas. Eles estudam produzir uma máquina para medir a alvura do grão de arroz.

    Segundo eles, um equipamento importado usado para esse fim custa, aos rizicultores gaúchos, cerca de US$ 5 mil. Os primeiros orçamentos feitos pela dupla mostram que o similar nacional sairá, a preço de custo, próximo a R$ 120.

    Como a tecnologia é cara, muitos produtores utilizam um profissional que usa o olho como parâmetro. O problema, diz Tâmara, é que não existe um padrão de alvura e ela pretende criar um, numa segunda etapa de seu negocio. Com ele, será possível detectar quando tempo o grão de arroz precisa ser brunido na máquina para atingir entre 30% e 40% de alvura.

    Com a máquina de medir a alvura, os produtores de arroz vão economizar energia, melhorar a qualidade do arroz e também diminuir o tempo de beneficiamento do grão. 

     

    T-300 – A balança que Edgar do Carmo e Tobias Soares, inventores formados em 2000 pelo Cefet-Minas, levaram para a Mostra Específica de Trabalhos e Aplicações do Cefet-Minas, também foi criada por uma empresa que ficou incubada, chamada Tecla. Quando terminaram o curso, Tobias e ficaram na Nascente, a incubadora de empresas do Cefet mineiro, por seis meses. Nesse período, eles avaliaram a viabilidade do negócio e também fizeram um plano de negócio e traçaram as estratégias de marketing.

    Foi nesse tempo que perceberam que não tinham como concorrer com empresas centenárias no ramo e integraram as três funções – fatiar, pesar e imprimir – num único equipamento.

    Quando os inventores adquiriram mais convicção, foram atrás de recursos para montar os primeiros protótipos. Com dinheiro do Serviço Brasileiro de Apoio as Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), eles fizeram uma versão em alumínio fundido. Descobriram que o material não permitia a repetibilidade dentro de padrões aceitáveis e trocaram o alumínio pelo aço e o plástico, com corte a laser.

    Hoje, com a patente requerida junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi), Tobias e Edgar correm atrás da certificação do Instituto Nacional de Metrologia, Normatização e Qualidade Industrial (Inmetro) e de um sócio capitalista, disposto a investir no invento que pode revolucionar o negócio de quem precisa encantar cada fatia de sua clientela.

    Repórter:Rodrigo Farhat

  • O número de matrículas das 234 escolas financiadas pelo Programa de Expansão da Educação Profissional (Proep) atingiu 176.282 alunos no ano passado, segundo pesquisa divulgada recentemente pela Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec/MEC). O estudo revelou uma série de dados dessas instituições, como origem de recursos, acompanhamento de egressos e parcerias. Há ainda informações sobre cursos e oferta de gratuidade nas escolas do segmento comunitário.

    O Proep foi criado em 1997 pelo governo brasileiro e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para expandir a oferta de cursos de formação de trabalhadores no país. Os recursos, da ordem de US$ 500 milhões – 25% do Ministério da Educação, 25% do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e 50% do BID – estão sendo utilizados para construção e reforma de centros de educação profissional, aquisição de equipamentos e de material didático. A capacitação de professores é, também, uma das propostas do acordo.

    O titular da Setec, Antonio Ibañez Ruiz, explica que, das 234 escolas do Proep, 89% responderam pelo menos um dos quatro blocos do levantamento, feito em junho de 2004. Do total de instituições, 90 são comunitárias (38,5%), 89 estaduais (38%) e 55 federais (23,5%). A região Sudeste concentra o maior número delas (82 unidades), ou 35,04%, seguida pelas regiões Nordeste (48 unidades) e Sul (46 unidades), percentuais de 20,51% e 19,66%, respectivamente. As regiões Centro-Oeste, com 30 escolas, e Norte, com 28, têm representação conjunta de 24,79%.

    Ibañez acredita que essas escolas, em sua maioria do tipo escola técnica, agrotécnica, instituto de nível médio ou centro federal, têm oferecido uma formação profissional de qualidade gratuitamente. No que se refere à origem de recursos, o orçamento público é apontado como principal fonte dessas escolas. Das 183 instituições que responderam esse quesito, 123 informaram essa opção, sendo quase todas públicas (federais, estaduais e municipais). As escolas privadas apontam as opções “mensalidades e venda de cursos”, “mantenedoras” e “prestações de serviços” como as fontes mais usuais de recursos.

    Indústria e informática lideram – Outra informação interessante diz respeito às matrículas por segmento e por área profissional. Mais da metade (95.167) das 176.282 matrículas estão nas escolas federais, segmento que concentra um número menor de instituições em relação às existentes nos segmentos estadual e comunitário. A área da indústria, nos cursos técnicos e tecnológicos, é a que possui o maior número de alunos. São 37,8% nos cursos técnicos e 30,1% nos tecnológicos. Entre os cursos técnicos, vêm em seguida as matrículas nas áreas de agropecuária e informática. Nos cursos tecnológicos, as matrículas das áreas de informática e construção civil são as mais numerosas, após as da área da indústria.

    Nos cursos de formação inicial e continuada de trabalhadores, a área de informática é a mais representativa em número de estudantes, com 29,8% do total. Em seguida, vêm as matrículas da área da indústria, com 17,2%.

    A gratuidade, prevista no contrato de empréstimo do BID como contrapartida para as escolas comunitárias que receberam recursos do Proep, isenta metade dos alunos matriculados do pagamento de quaisquer taxas, mensalidades ou contribuições.

    A taxa de gratuidade varia entre os níveis de cursos e regiões geográficas. Em média, é de 72% nos cursos de formação inicial e continuada, de 43% nos cursos técnicos e 11% nos cursos tecnológicos.

    Repórter: Rodrigo Farhat

     

  • Aparelhos de DVD beneficiarão 705 escolas do Rio Grande do Norte. As escolas já receberam as mídias (CDs) com 150 horas de programação da TV Escola e os aparelhos começam a chegar na segunda quinzena deste mês. Outros 340 computadores foram distribuídos a 34 escolas do estado para a instalação de laboratórios por meio do Programa Nacional de Informática na Educação (ProInfo). O programa Brasil Alfabetizado repassou R$ 10 milhões ao Rio Grande do Norte em 2005, beneficiando milhares de jovens e adultos.

    Esses são alguns dos programas que o Ministério da Educação disponibiliza aos municípios por meio de convênios e elaboração de projetos. Para aproximar os gestores educacionais dos recursos da União, o MEC realizou nesta sexta-feira, 7, uma oficina de capacitação envolvendo prefeitos, secretários e gestores de cerca de 150 municípios potiguares.

    Representando o MEC, o diretor de programas e projetos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE/MEC), Luiz Rangel, destacou a importância do encontro para a troca de experiências e aperfeiçoamento de programas. “Conhecer a realidade dos municípios é fundamental para melhorar a gestão dos recursos e a qualidade da educação”, afirmou.

    A presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação do Rio Grande do Norte (Undime-RN), Francisca Costa Santos, comemorou a iniciativa do MEC de “ir ao encontro dos municípios”. Segundo ela, muitos municípios do estado e do país não conhecem a estrutura para acessar todos os programas desenvolvidos pelo governo federal. “A iniciativa do MEC de descentralizar a gestão dos recursos públicos propicia uma efetiva resposta dos municípios para melhorar a qualidade da educação”, disse.

    Problema – Para a professora e deputada federal pelo Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra, o Brasil precisa superar o “problema crônico da burocracia”. As Oficinas do MEC, apontou, caminham nesta direção. “Iniciativas assim devem ser expandidas e rotineiras. Uma prática de gestão. Estamos imbuídos de um propósito que é melhorar a educação brasileira.”

    Durante o encontro, técnicos do MEC apresentaram a estrutura e funcionamento de programas como merenda e transporte escolares, distribuição do livro didático, apoio financeiro à alfabetização e à educação de jovens e adultos e programas voltados à formação de professores da educação básica. Até maio deste ano, o Ministério da Educação realizará 38 oficinas em todas as unidades da Federação.

    Repórter: Rafael Ely

  • As escolas da Região Sudeste (Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais), individualmente, são as que conseguiram os primeiros lugares na Prova Brasil. Contudo, por unidade federativa, os 39.613 alunos de 335 escolas do Distrito Federal alcançaram as melhores pontuações nas provas aplicadas para 3,3 milhões de alunos na quarta e na oitava série do ensino fundamental da rede pública.

    Escolas cariocas ocupam o primeiro e o segundo lugar, em língua portuguesa e matemática, na quarta e na oitava série.  Alunos da quarta série do Ciep 279 professor Guiomar Gonçalves, de Trajano de Morais (RJ), tiraram o primeiro lugar na prova de língua portuguesa e segundo lugar em matemática. Já os estudantes do Centro de Ensino Januário de Toledo Pizza, de São Sebastião do Alto (RJ), conseguiram o primeiro lugar em matemática e segundo lugar em língua portuguesa, também do nível da quarta série.

    Colégio de Aplicação - Os alunos de oitava série do Colégio de Aplicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro, na capital, conseguiram o primeiro lugar no ranking nacional da Prova Brasil, em língua portuguesa e matemática. O segundo lugar deste nível, também nas duas disciplinas, ficou com alunos da Unidade Humaitá II do Colégio Pedro II, ligado ao MEC.

    O terceiro lugar nas duas provas da 8a série ficou com o Colégio Militar de Juiz de Fora, Juiz de Fora (MG). Já o terceiro lugar da 4a série, na prova de língua portuguesa, ficou com a Escola Municipal Barão do Amapá, de Duque de Caxias (RJ); na de matemática foi ocupado pela Escola Helena Borsetti, de Matão (SP).

    Nordeste - Da quarta até a 10a classificação na Prova Brasil, entram escolas do Sudeste e também de três estados do Nordeste (Bahia, Ceará e Pernambuco) e uma do Distrito Federal. São elas: Unidade Centro e Unidade Hamaitá II do Colégio Pedro II, Rio de Janeiro (RJ); Colégio Militar de Salvador; Escola Municipal de Formação Professor Governador Portela, de Miguel Pereira (RJ); Colégio Militar de Fortaleza; Escola Municipal Professor José Negri, de Sertãozinho (SP); Escola Municipal Professor Doriol Beato, de Conselheiro Lafaiete (MG); Fundação Osório, Rio de Janeiro; Escola de Aplicação Professor Chaves, de Nazaré da Mata (PE); e Colégio Militar de Brasília.

    Já no nível da quarta série, em língua portuguesa, ocupam da quarta à 10a classificação as seguintes escolas: Professora Helena Borsetti, de Matão (SP); Leonor Mendes de Barros, Barra do Chapéu (SP); Unidade Tijuca I do Colégio Pedro II, Rio de Janeiro II; Escola Estadual Cônego Gétulio, Patos de Minas (MG); Professora Maria Ignez Lopes Rossi, Ribeirão Preto (SP); Escola Militar Alfredo Lopes Martins, de Trajano de Morais (RJ); e Escola Militar Victor Padrilha, de Sud Mennucci (SP).

    Neste mesmo nível, mas na disciplina de matemática, ocupam do quarto ao 10a lugar na Prova Brasil as escolas: Estadual Carvalho Brito, Guaranesia (MG); Municipal Barão do Amapá, Duque de Caxias (RJ); Unidade Tijuca I do Colégio Pedro II, Rio de Janeiro; Municipal João Batista de Oliveira, Fartura (SP); Municipal Professor Hélio Damante, Bom Jesus dos Perdões (SP); Estadual Professor Manuel Marinho, Volta Redonda (RJ); e Instituto de Aplicação Fernando da Silveira, Rio de Janeiro.

    Distrito Federal - Os alunos brasilienses alcançaram as melhores notas da Prova Brasil, nas duas disciplinas (língua portuguesa e matemática) e nas duas séries (quarta e oitava série). Fizeram não só pontuação acima da média nacional, mas também acima de suas notas no Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb) de 2003.

    A Prova Brasil avaliou o conhecimento de língua portuguesa (com foco em leitura) e matemática (com foco em solução de problemas) de 3.306.317 estudantes de 4a e 8a série do ensino básico da rede pública do pais. As provas foram aplicadas em cerca de 160 mil turmas de 41 mil escolas urbanas, em 5.398 municípios, em novembro de 2005. Os dados estão disponíveis na internet e serão enviados, a partir da próxima semana, a todas as escolas que participaram do programa.

    A Prova Brasil indica os resultados por escola e dá subsídios para maior pressão pelo ensino de qualidade, para mobilização e comparações de escola por escola, município por município e níveis estaduais e nacional. O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep/MEC) operacionalizou a aplicação da Prova Brasil em parceria com as secretarias estaduais e municipais de educação. As informações da Prova Brasil estão disponíveis na página eletrônica do Inep.

    Repórter: Susan Faria

     

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