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  • A Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro foi lançada na manhã desta segunda-feira, 3, em Recife. O lançamento regional ocorreu na Fundação Joaquim Nabuco e reuniu cerca de 200 participantes — na maioria secretários de educação municipais e estaduais. Recife é a cidade-pólo regional dos estados da Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia.

    “À tarde, nos reunimos com os secretários municipais e representantes das secretarias estaduais para apresentar um passo a passo da realização da olimpíada”, informa a diretora do Departamento de Políticas de Educação Infantil e Ensino Fundamental da Secretaria de Educação Básica (SEB/MEC), Jeanete Beauchamp, que participa do evento.

    Durante o lançamento, o secretário de educação de Pernambuco, Danilo Cabral, assinou termo de adesão da rede estadual à olimpíada. As redes de ensino interessadas em participar devem aderir até 14 de abril. No caso das escolas municipais, o termo de adesão deve ser assinado pelo prefeito e pelo secretário de educação. Após a adesão dos estados e municípios, as escolas que tiverem pelo menos um professor interessado também devem se inscrever. Não há limite de professores por escola.

    Resultado da parceria entre o Ministério da Educação, a Fundação Itaú Social, o Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec) e a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), a olimpíada deve mobilizar cerca de seis milhões de estudantes dos ensinos fundamental e médio das escolas públicas. A intenção é melhorar as habilidades de leitura e escrita dos estudantes, ao investir na formação de professores. A iniciativa pretende alcançar 200 mil professores.

    A olimpíada já foi lançada em Belo Horizonte, no dia 26 de fevereiro, e em Fortaleza, no dia 29. O lançamento nacional ocorreu em São Paulo, no dia 19. Também estão previstos lançamentos em Curitiba, 6 de março, em Belém, no dia 11 de março, e em Goiânia, no dia 13. O formulário de inscrição está disponível nas páginas eletrônicas do MEC, da Fundação Itaú Social, do Cenpec e também pode ser retirado nas secretarias de educação.

    Maria Clara Machado


  • Já foram selecionados os 500 alunos e professores que vão participar das oficinas regionais da Olimpíada da Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro. Os trabalhos desses alunos e professores foram escolhidos por uma comissão composta por especialistas em língua portuguesa e representantes das secretarias de educação, universidades e comunidade. Os semifinalistas receberão medalhas de bronze e coleções de livros nas premiações regionais.

    Os 500 alunos e professores seguem agora para oficinas, com duração de três dias, que serão realizadas nas cidades-pólo – Curitiba, Belo Horizonte, Fortaleza, Goiânia, Belém, Recife e São Paulo. A primeira, na capital do Paraná, começa na terça-feira dia, dia 21. Das oficinas regionais, serão selecionados 150 trabalhos que concorrerão à final. Os finalistas vão se encontrar em Brasília, quando serão apontados os 15 vencedores.

    Os finalistas, alunos e professores receberão medalhas de prata e aparelhos de som. Aos vencedores da etapa nacional serão entregues medalhas de ouro, computadores e impressoras. Além disso, as escolas nas quais eles estudam serão contempladas com laboratórios de informática, compostos por dez microcomputadores e uma impressora, além de livros para a biblioteca. Os municípios de origem dos vencedores receberão selo do Ministério da Educação.

    Este ano, dos 5.564 municípios brasileiros, 5.445 inscreveram pelo menos uma escola na Olimpíada da Língua Portuguesa. Todos os estados e o Distrito Federal assinaram o termo de adesão. Foram 55.570 escolas, 6.068.400 alunos e 202.280 professores participantes.

    Criado em parceria pelo Ministério da Educação, Fundação Itaú Social e Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec), a olimpíada é uma forma de estimular a leitura dos alunos e aprimorar o ensino da escrita em escolas públicas. A intenção é desenvolver a prática dos estudantes nos gêneros poesia, memória e artigo de opinião. O tema central este ano foi O Lugar onde Vivo.

    Letícia Tancredi

    Republicada com alteração de informações

  • Belo Horizonte — Em um sítio da cidade mineira de Capinópolis, cercado de verde e longe da capital (722 quilômetros de Belo Horizonte), vive Gabriel Francisco de Lima, que tem um neto, com o mesmo nome. Gabriel Neto viveu muitos anos lá, mas foi para Ituiutaba estudar. Não virou as costas para o sítio nem para o passado na roça. Achava poético. E foi com uma poesia sobre o sítio do avô que Gabriel, 11 anos, se tornou um dos finalistas da Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro, na noite de terça-feira, 28.

    Além de Gabriel, foram premiados nesta edição regional outros quatro estudantes de Minas, dois do Espírito Santo e dois do Rio de Janeiro, todos da quarta e da quinta séries (quinto e sexto anos). Eles estarão em Brasília para a grande final em 1º de dezembro.

    Os professores também serão contemplados. A cada premiação regional, um deles é homenageado pelo melhor relato. São experiências em sala de aula enviadas à coordenação da Olimpíada para que sejam promovidas melhorias no material produzido nos anos seguintes. Nesta edição regional, o melhor relato foi o da professora Maria Magali Rodrigues, do município mineiro de Coronel Xavier Chaves. Para ela, participar da olimpíada foi embarcar na aventura de ensinar e aprender. “Exigiu trabalho, insistência e entusiasmo para estimular os alunos, fazê-los acreditar que eram capazes de produzir um texto bem elaborado”, disse

    A secretária de Educação Básica, Maria do Pilar Lacerda, deixou claro que o Ministério da Educação considera a olimpíada muito mais do que um concurso. “Conversando com os professores, fica cada vez mais claro que é preciso dar poder à escola, que professores e professoras se assumam cada vez mais como profissionais, como aqueles que sabem, que definem, que garantem o aprendizado dos alunos”, afirmou. “Quanto mais conhecimento e informação eles tiverem, menos amadorismo, menos gente que não entende nada de educação vai entrar na escola para dar palpite.”

    Segundo a secretária, os profissionais da educação sabem o que alunos devem aprender, como eles devem aprender e o que fazer quando eles não aprendem. “Todo o trabalho do MEC é para fortalecer o trabalho do professor.”

    Conquista — Diretora do Itaú Social, parceiro do MEC na organização da olimpíada, Ana Beatriz Patrício reiterou o trabalho conjunto na escola como a grande conquista da olimpíada. “Os grandes artífices dessa construção são os professores e alunos, que mostram que educação se faz com competência e também com calor na alma”, disse.

    Foi essa paixão que fez a professora Paula Ribeiro Lima investir em Gabriel Neto. “Enquanto os meninos de outras séries só escreviam sobre videogames, televisão e jogos de computador, Gabriel mostrou, no papel, uma vivência muito rica”, destacou.

    Criada em parceria pelo MEC, Fundação Itaú Social e Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec), a olimpíada é uma forma de estimular nos estudantes o gosto pela leitura e aprimorar o ensino da escrita em escolas públicas. O tema central deste ano é o Lugar Onde Vivo. Este ano, a iniciativa teve a adesão de 202.280 professores, de 55 mil escolas, espalhadas por 5.444 municípios de todo o país (98% do total). Do Espírito Santo, participaram 1.106 escolas (42%), mais 2.467 do Rio de Janeiro (46%) e 6.438 de Minas Gerais (56%).

    Os finalistas selecionados em Minas Gerais vão se juntar aos da região Sul, escolhidos no último dia 24, e aos vencedores das próximas oficinas. Nesta quarta-feira, 29, tem início a de Fortaleza, que reunirá, até sexta-feira, 31, representantes do Ceará, Maranhão, Piauí e Rio Grande do Norte. Depois, virão as de Goiânia, de 3 a 5 de novembro, para alunos do Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul; Belém, de 10 a 12 de novembro, para estudantes do Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins; Recife, de 12 a 14 de novembro, para alunos de Alagoas, Bahia, Pernambuco, Paraíba e Sergipe, e São Paulo, para alunos do estado, de 17 a 19 de novembro.

    Assista à cerimônia de entrega das medalhas

    Confira os textos premiados da Olimpíada de Língua Portuguesa

    Luciana Yonekawa

    Confira a relação dos semifinalistas de todo o país

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  • O Programa Brasil Alfabetizado, do Ministério da Educação, em parceria com a Prefeitura de Olinda (PE), registra hoje, 17, um novo avanço na alfabetização de jovens e adultos e se prepara para enfrentar o desafio de oferecer o ensino fundamental aos que já aprenderam a ler e a escrever. Às 18h, no Clube Atlântico, Bairro do Carmo, serão certificados 5.606 alunos que foram alfabetizados entre setembro de 2004 e março deste ano.

    Segundo a chefe da Divisão de Educação de Jovens e Adultos (EJA), em Olinda, Jaciara França, em 2004, por meio do Programa Brasil Alfabetizado, o município certificou 5.548 jovens e adultos. Desses, 3.800 alunos estão cursando as séries iniciais do ensino fundamental. Com a alfabetização de mais de 11 mil alunos nos últimos dois anos, Olinda reduziu em cerca de 40% o índice de analfabetismo. Dados do censo de 2000 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam que dos 242 mil habitantes do município, 26.800 eram analfabetos.

    A Divisão de EJA percebeu que a maior procura por alfabetização é entre adultos acima de 30 anos e que eles preferem estudar em salas no seu bairro, à noite e com professores da comunidade. Em função disso, das 274 turmas montadas no ano passado, 265 foram no período noturno.

    Entre os desafios da Secretaria Municipal de Educação em 2005, diz Jaciara França, estão a oferta das séries iniciais do ensino fundamental para atender à demanda dos alfabetizados em suas comunidades e a motivação dos alunos para o ingresso no ensino regular. Na alfabetização, os adultos têm aulas de segunda a sexta-feira, durante duas horas. Nas turmas de EJA, a carga horária passa a ser de quatro horas diárias, com número maior de disciplinas e a exigência de estudo em casa para que o aprendizado ocorra.

    Motivação - Além de motivar os alunos, o Departamento de EJA de Olinda vai buscar novos alfabetizadores entre os estudantes dos cursos de licenciatura das instituições privadas do município e nas universidades Federal (UFPE) e Rural (UFRPE) de Pernambuco; e espaços para novas salas de aula em igrejas e associações de moradores.

    Em abril, quando a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad/MEC) lançar as resoluções sobre o Brasil Alfabetizado e EJA para turmas de 2005/2006, a prefeitura de Olinda pretende refazer o convênio com o MEC para alfabetizar jovens e adultos e oferecer ensino regular para os que já aprenderam a ler e a escrever.

    Ionice Lorenzoni

  • O Centro Federal de Educação Tecnológica de Pernambuco (Cefet-PE) terá um Núcleo de Extensão no município de Olinda. Um convênio para isso será assinado na tarde desta terça-feira, 12, entre a prefeita de Olinda, Luciana Santos, e o diretor-geral do Cefet-PE, Sérgio Gaudêncio.

    O objetivo do acordo é o desenvolvimento de atividades direcionadas à qualificação profissional dos estudantes daquele município. Na primeira etapa do projeto serão oferecidos cursos de turismo, customização, gesso para construção civil e autocad.

    As inscrições poderão ser feitas entre 10 e 14 de março. Os cursos serão ministrados na antiga Escola Dom Bosco, em Olinda, que fica na Avenida Atlântica, 24. Somente os moradores de Olinda poderão concorrer às vagas. As aulas começarão no dia 20 de abril. Mais informações poderão ser obtidas pelo telefone (81) 2125-1615.

    Assessoria de Imprensa do Cefet-PE

  • O secretário executivo do Ministério da Educação, Henrique Paim, recebeu nesta quinta-feira, 18, o coordenador da Escola Olodum, Marcelo Gentil, acompanhado da Banda Mirim Olodum. Eles demonstraram o interesse do grupo em firmar parcerias com o MEC, principalmente no que diz respeito ao Programa de Expansão da Educação Profissional (Proep), do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE/MEC).  “Entendemos que o trabalho de capacitação, formação e inserção de jovens e adolescentes no mercado de trabalho realizado pelo Olodum é muito bem adequado para a proposta do Proep”, afirmou Gentil.

    Paim disse que o MEC está aberto para contribuir com o importante trabalho realizado pela Escola Olodum e para estabelecer parcerias. “Não só o Ministério da Educação, mas todo o governo federal tem trabalhado fortemente em políticas voltadas para a juventude, principalmente na área da educação”, afirmou. O grupo mostrou ao secretário executivo o trabalho da escola e o seu projeto básico, que hoje atende 300 crianças e adolescentes na faixa etária dos sete aos 18 anos.

    Proep – O programa abrange aspectos técnico-pedagógicos, como flexibilização curricular, gestão escolar que contemple a autonomia, flexibilidade, captação de recursos e parcerias, garantindo a expansão da rede de educação profissional.

    O programa decorre de acordo de empréstimo assinado entre o Ministério da Educação e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e tem vigência até novembro de 2006. Conta com recursos de US$ 400 milhões, dos quais 50% provenientes do financiamento do BID e 50% de contrapartida brasileira.

    Olodum – A Escola Olodum, que tem como mantenedora a Associação Carnavalesca Bloco Afro Olodum, trouxe a Brasília a Banda Mirim Olodum, formada por crianças e adolescentes. Eles vieram participar das atividades do Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. A Escola Olodum, com sede no Pelourinho, em Salvador, oferece aulas de percussão, dança, cidadania, informática e preservação da cultura afro-brasileira.

    Cristiano Bastos

  • Em mensagem enviada ao Ministério da Educação, a Organização Mundial de Saúde (OMS) elogia a proposta de inclusão do tema envelhecimento humano nos currículos dos cursos de educação superior. Segundo a OMS, o assunto é da mais alta relevância, consideradas as implicações do envelhecimento da população brasileira.

    Criada pelo MEC em novembro de 2004, a Comissão Especial para Educação Superior e Envelhecimento Populacional no Brasil promoveu, em maio deste ano, seminário nacional com a temática do idoso nos cursos de graduação. Foram abordadas no encontro as peculiaridades regionais e demográficas do envelhecimento, a formação profissional nas diferentes áreas de conhecimento e as experiências de países desenvolvidos.

    A coordenadora da comissão e consultora da Secretaria de Educação Superior (SESu/MEC), Márcia Rozenthal, diz que este é um trabalho de vanguarda, fortalecido pelo reconhecimento da OMS. Ela explica que o projeto busca a integração de diversas áreas, a adequação dos currículos universitários e a formação de profissionais.

    Segundo o Plano de Ação Internacional para o Envelhecimento da Organização das Nações Unidas (ONU), devem ser estabelecidas políticas públicas sociais capazes de garantir um envelhecimento com segurança, dignidade, participação na sociedade e na família e independência.

    Conceito — Nessa perspectiva, a SESu adotou o conceito de envelhecimento ativo, criado pela OMS, apresentado na 2ª Assembléia Mundial do Envelhecimento, realizada em Madri, em 2002, como objetivo a ser perseguido pela população brasileira. O documento sugere diretrizes relacionadas ao manejo preventivo, clínico, social e ambiental para um envelhecimento saudável e ativo. Ou seja, com a participação do idoso na vida social, cultural, espiritual e cívica.

    Estudos demográficos indicam um irreversível processo de envelhecimento populacional no Brasil. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o país terá, em 2010, 9,8% de idosos; em 2015, 11,14%; em 2050, 24,66%, o que corresponderá a uma população de 64.050.979 pessoas com idade acima de 60 anos.

    Repórter: Sandro Santos

  • Minha alma cabocla
    navega por aqui
    exaltando negros e índios
    na terra do açaí.

    O Amazonas vem subindo
    pela orla da beira-mar
    nas ricas águas doces
    do meu rio-mar.

    O Amazonas é  majestoso
    e banha o meu lugar,
    aqui todos se encantam
    com a lenda do quebra-mar.

    A brincar descalço
    na beira do igarapé
    sinto teu remanso
    nas tardes quentes de maré.

    No canto das lavadeiras
    mistérios vão encontrar
    sereias, cobras e botos
    encantam este lugar.

    Com a bela brisa do mar
    na Fortaleza vou passear
    e nas margens do Amazonas
    tomar o meu tacacá.

    Estâncias de bacabas
    nova aurora vai chegar
    rio acima, rio abaixo
    marabaixo vou dançar.

    No balanço da canoa
    sob o sol do Equador
    vejo o encontro das águas
    rasgando o rio-mar.

    No teu leito majestoso
    quero sempre navegar
    e sentir a força dessa terra
    nas ondas do quebra-mar.

    Escola – E. E. SANTA MARIA
    UF – AP
    Município – Macapá
    Professora – IZA CRISTINA BATISTA DE SOUZA XERFAN
    Aluno – YAN ROBERTO LIMA SILVA

  • A Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad/MEC) encerra nesta terça-feira, dia 3, em Brasília, o Encontro Nacional das Ações Educacionais Complementares. Durante dois dias, cerca de 250 participantes assistiram a palestras, receberam orientações sobre elaboração de projetos e conheceram experiências bem-sucedidas em todo o Brasil.

    Com recursos de R$ 350 mil, a organização não-governamental UniBio, do Paraná, atende, desde fevereiro, 520 crianças e adolescentes de nove a 16 anos do município de Fazenda Rio Grande. De acordo com Rodrigo Berthé, responsável pela execução do projeto, a iniciativa tem sido um sucesso. "Prevíamos o atendimento a 250 crianças. A procura, porém, foi tão grande que tivemos de expandir o número para 520", disse. O projeto conta com 180 professores, dos quais 60 recebem bolsas. Outros 120 são voluntários.

    O projeto Educar e Transformar, resultante da parceria entre a UniBio e a Secad, baseia-se no método Raiman, de equilíbrios e desequilíbrios. Os alunos recebem um kit com oito apostilas, que abordam temas do cotidiano - cidadania, prevenção do tabagismo, saúde, alcoolismo, inclusão da pessoa com deficiência sensorial e mental, abuso sexual e conselhos municipais. Durante cinco horas semanais, professores e alunos fazem a leitura das apostilas, sempre seguida de debate. Os temas também são discutidos em casa. Uma psicóloga e uma terapeuta visitam as turmas a cada 15 dias para uma seção de terapia em grupo.

    Resultados - Em dois meses de projeto em execução, as crianças atendidas já escrevem cartas, nas quais falam da importância do projeto e destacam as mudanças em suas vidas. Um jovem da quinta série revelou que o projeto o ajudou a parar de beber e a encerrar um ciclo de violência doméstica - era espancado pelo pai. "O projeto me transforma em gigante para dar mais um passo adiante", escreveu o aluno.

    Em 2004, a Secad destinou R$ 16 milhões a projetos de ações educacionais complementares. Foram celebrados 193 convênios, que resultaram em benefícios para 1,1 milhão de pessoas de 231.351 famílias. Estiveram envolvidos 12.286 professores e 3.607 escolas em todo o país.

    Para este ano, os recursos são de R$ 20,8 milhões, com a expectativa de serem firmadas 250 parcerias. O Vale do São Francisco e a região do Semi-Árido nordestino são as áreas prioritárias.

    Repórter: Iara Bentes

  • Ser percebida como uma organização que luta pela transformação social despertando potencialidades e auto-estima das camadas populares é o lema do Grupo Cultural Afro Reggae, indicado pelo governo brasileiro, por meio do Ministério da Educação, ao Prêmio Madanjeet Sing para incentivar a tolerância e a não-violência, promovido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

    A organização não-governamental Grupo Cultural Afro Reggae (GCAR) foi agraciada com a Menção Honrosa. Um representante do grupo vai participar da entrega do prêmio, no dia 16 de novembro, em Paris, com despesas custeadas pelo MEC. O prêmio principal foi concedido a Veerasinghan Anandasangaree, natural do Sri Lanka, presidente da Frente Unida de Libertação Tamil.

    O Afro Reggae é um grupo de música surgido em 1993 e desde então desenvolve projetos sociais destinados à formação cultural e artística de jovens moradores de favelas. O grupo foi escolhido pelo Ministério da Educação, por meio da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad), porque trabalha pela inclusão social de crianças e adolescentes de favelas no Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte, atuando no campo da educação e da cultura afro-brasileira.

    A ONG desenvolve também atividades no programa Escola Aberta (Secad/MEC), no qual promove atividades como oficinas de formação de ritmos musicais, esporte de rua (basquete), grafites e produção de documentários, para os instrutores do programa. Professores de escolas públicas e pais de alunos também participam de oficinas e exposição de documentários, com temas como gravidez na adolescência e narcotráfico.

    Prêmio – A Unesco criou o Prêmio Madanjeet Sing em 1995 para identificar e recompensar as ações originais que contribuam para promover a tolerância. A cada dois anos, a organização premia instituições, organizações e pessoas que, por suas atividades, incentivem o espírito de tolerância e não-violência no campo da ciência, artes, cultura, educação ou comunicação. Este ano a premiação será no valor de US$ 100 mil – cerca de R$ 214 mil.

    Karla Nonato

  • Vídeo da ColetivaA oferta de transporte para que crianças e jovens que residem no campo possam ir à escola com segurança e a construção de creches públicas para que as crianças tenham garantido o direito de aprender, estão entre as principais ações do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) destacadas pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, nesta segunda-feira, 19, em Brasília.

    Em entrevista aos jornalistas que estão na cidade cobrindo a assinatura de convênios entre o MEC e cerca de dois mil prefeitos, o ministro apresentou dados sobre o andamento da maioria dos programas do PDE, que completou um ano em 24 de abril. Segundo Haddad, a garantia do bom desenvolvimento dos programas está no pacto que os 27 governadores e 5.445 prefeitos firmaram ao aderir ao compromisso Todos pela Educação, que tem por base o direito da criança de aprender. Sobre os 118 prefeitos que ainda não aderiram ao compromisso, o ministro disse que, se for preciso, o MEC irá “buscá-los em casa”.

    Sobre o Caminho da Escola, programa que tem, em 2008, uma linha de crédito de R$ 600 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para financiar a aquisição de ônibus escolares pelas prefeituras, Haddad disse que é a primeira vez que o governo federal prevê recursos, veículos de qualidade e a segurança dos alunos. “O cuidado com a segurança dos alunos é o ponto de destaque do programa”, afirmou.

    Os ônibus são padronizados, com estrutura para trafegar em estradas rurais, certificados pelo Instituto de Metrologia (Inmetro) e com ciclo de renovação da frota previsto para dez anos. Um grupo de trabalho do ministério, em conjunto com o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) e a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), prepara o calendário de substituição da frota escolar.

    Haddad anunciou que o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) está finalizando as especificações das embarcações que serão financiadas pelo BNDES para os municípios da região Norte, onde predomina o transporte escolar fluvial. O Caminho da Escola, explicou, passa por estradas e rios.

    Sobre a construção de creches, Haddad disse que a liberação dos recursos para começar as obras muitas vezes esbarra na falta do documento de propriedade do terreno que a prefeitura deve apresentar ao FNDE. O terreno é a contrapartida do município ao programa das creches. Hoje, por exemplo, o MEC liberou o pagamento dos 496 primeiros convênios celebrados com municípios para a construção de 515 creches, das cerca de 1 mil previstas para 2008.

    A formação de professores, que é uma das condições para melhorar a qualidade da educação, também foi discutida. De acordo com o ministro, uma parceria celebrada no final de 2007 com 100% das universidades federais vai assegurar formação de qualidade aos professores da educação básica, além da Universidade Aberta do Brasil, que já constituiu 616 pólos de formação, dos quais 50% estão em funcionamento.

    As escolas indígenas mereceram atenção dos Planos de Ações Articuladas (PAR) apresentados pelos municípios ao Ministério da Educação. Segundo o ministro, com o PAR indígena os recursos se multiplicaram por 20. “Superou R$ 100 milhões em 2007”, explicou. O PAR começa no município com um diagnóstico da educação para apontar as carências, a construção de projetos e o financiamento do MEC.

    Ionice Lorenzoni

  • Além do lançamento do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) no Rio de Janeiro nesta quinta-feira, 22, o ministro da Educação, Fernando Haddad, participará de outros três eventos. O primeiro será a inauguração das novas instalações da Imprensa Braille Walter Boschiglia, do Instituto Benjamin Constant (IBC). O início da solenidade está previsto para as 9h, na Avenida Pasteur, 350/368, no bairro da Urca.

    Às 11h será assinado acordo de cooperação técnica com o Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro), no Palácio Gustavo Capanema, Sala Portinari. O objetivo do acordo é a implementação de ações conjuntas que contemplam o Projeto Caminho da Escola. Além do ministro, participarão do evento o presidente do Inmetro, João Jornada, e o presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), Daniel Balaban.

    De acordo com o diretor de administração e tecnologia do FNDE, José Carlos Freitas, “todos os veículos que farão o transporte escolar terão itens de segurança certificados pelo Inmetro”. Os ônibus contarão com itens como um dispositivo automático que impede a abertura da porta, quando em movimento, pára-choques mais altos para enfrentar as irregularidades das estradas, apoio de braços e outros. A frota será nas cores amarela e preta, e terá a palavra “Escola”, escrita nas laterais dos veículos. Lançado em 14 de agosto, o objetivo do Projeto Caminho da Escola é garantir condições de acesso seguro às crianças que residem em localidades rurais, distantes das escolas.

    A solenidade de lançamento das ações do PDE no Rio ocorrerá por volta das 14h30, no Palácio da Guanabara, localizado na rua Pinheiro Machado, s/nº, Laranjeiras. Os prefeitos dos 92 municípios fluminenses estão convidados para a solenidade que terá a participação do governador do estado, Sérgio Cabral, do secretário estadual de educação, Nelson Maculan, da secretária de Educação Básica do MEC, Maria do Pilar Lacerda, e outros dirigentes do ministério.

    Por último, às 18h, o ministro toma posse como vice-presidente de honra da Academia Nacional de Medicina e, em seguida, participa da conferência sobre o programa do Ministério da Educação para educação médica. A solenidade ocorrerá na Academia Nacional de Medicina, localizada na Avenida General Justo, 365.

    Maria Pereira Filha

  • Os veículos escolares a serem adquiridos em 2009 com recursos do programa Caminho da Escola terão características diferentes dos atuais modelos. “Está havendo uma mudança de conceito: estamos criando um ônibus totalmente voltado para o transporte de crianças na zona rural”, afirma José Carlos Wanderley de Freitas, diretor de administração e tecnologia do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), responsável pelo programa. Os modelos 2009 serão equipados com tração 4 x 2, chassi mais alto e eixos mais próximos da frente e da traseira do veículo, para facilitar sua saída de atoleiros.

    Uma das principais inovações é que todos os ônibus terão equipamentos de acessibilidade, com uma cadeira de rodas especial que poderá ser descida até o nível do solo, para embarcar alunos com dificuldade de locomoção. Em função disso, a porta dos veículos será mais larga: o vão livre deve passar dos atuais 80 centímetros para 95 centímetros, a fim facilitar o manuseio da cadeira. Até agora, apenas três dos seis modelos em operação possuem mecanismo de acessibilidade.

    Além disso, todos os ônibus possuirão tacógrafo eletrônico e GPS, equipamento que utiliza informações de satélites e possibilita visão geral da área percorrida. Esses aparelhos garantirão maior segurança para os estudantes e permitirão o controle do trajeto, dos tempos de percurso e de paradas e de consumo de combustível.

    Outra mudança importante está relacionada à distribuição dos bancos e aos equipamentos internos. A largura do corredor central vai diminuir para aumentar a quantidade e o conforto dos assentos. Os veículos passarão a ter vidros temperados verdes, em vez de fumês; pára-barro na frente e atrás, e dispositivo passa-balsa, que garante maior estabilidade em estradas sinuosas.

    Também virão com duas lixeiras, de nove litros de capacidade, na entrada e nos fundos. A prateleira embaixo dos bancos para transporte das mochilas dos estudantes será substituída por uma rede acima e outra nas costas dos assentos, para acomodação do material escolar.

    Audiência – Todas essas modificações foram anunciadas durante audiência pública do programa Caminho da Escola, realizada nesta quinta-feira, 16, na sede do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro), no bairro do Rio Comprido, no Rio de Janeiro. Durante toda a manhã, os 40 participantes da audiência – em sua maioria, representantes dos fabricantes de ônibus e de equipamentos – questionaram e discutiram as novas especificações.

    Na próxima semana, em uma nova reunião, o FNDE, o Inmetro e representantes das indústrias de ônibus e equipamentos conversarão mais detalhadamente sobre as especificações da cadeira de rodas especial e demais condições para garantir a acessibilidade.

    Assessoria de Comunicação Social do FNDE

  • Caminho da Escola, uma das ações do PDE, é voltado para os estudantes da educação básica que moram em áreas rurais. (Foto: Julio César Paes)Terminou nesta sexta-feira, 21, o pregão eletrônico de registro de preços para a compra de veículos escolares no âmbito do programa Caminho da Escola, do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Todos os preços ficaram abaixo dos valores mínimos orçados pelo fundo, a partir de levantamentos e estudos de valores feitos pela Fundação Getúlio Vargas especialmente para o pregão eletrônico.

    A empresa Marcopolo S/A é a vencedora dos itens um e dois (ônibus de 23 e de 31 lugares). O preço do ônibus de 23 lugares ficou em R$ 114 mil e o de 31, em R$ 126.750,00. A Induscar – Indústria e Comércio de Carrocerias Ltda – venceu o item três, de ônibus de 44 lugares, com o valor de R$ 172,7 mil.

    Acessibilidade – Já a Mascarello – Carrocerias e Ônibus Ltda ganhou no item quatro, referente ao ônibus de 23 lugares com mecanismo de acessibilidade para alunos portadores de necessidades especiais, com o preço de R$ 126 mil a unidade. A empresa HVR Equipamentos Industriais S/A deu o menor preço para o item cinco, de ônibus de 31 lugares com acessibilidade: R$ 145,5 mil. O último item, ônibus de 44 com acessibilidade, foi vencido pela Comil – Carrocerias e Ônibus Ltda, que vai cobrar R$ 188 mil pela unidade.

    Embarcações – O pregão eletrônico de registro de preço para a aquisição de embarcações para o transporte de alunos moradores nas regiões ribeirinhas só deve acontecer em 2008. No momento, o FNDE e o Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) estão definindo as características técnicas dos barcos.

    Programa – Caminho da Escola é uma das ações do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) do Ministério da Educação. O novo programa de transporte escolar, voltado para os 8,4 milhões de estudantes da educação básica pública que moram em áreas rurais, vai permitir a renovação da frota, para oferecer maior segurança ao transporte dos estudantes.

    Os veículos são adaptados para trafegar na área rural e certificados pelo Inmetro, que elaborou com o FNDE o conjunto de especificações técnicas de cada categoria. Os ônibus terão cor padronizada em todo o país (amarelo e preto). Entre outras características, devem possuir suspensão do tipo metálica e mais alta que os veículos convencionais, para circulação em terrenos acidentados; filtros de ar, para o funcionamento do motor em estradas empoeiradas; e pneus de uso misto, para uso em estradas de terra e asfalto e em trajetos de curtas e médias distâncias. Aqueles com mecanismo de acessibilidade devem ter plataforma elevatória e espaço reservado para cadeiras de rodas, com o sistema de retenção das cadeiras, para o transporte de alunos portadores de necessidades especiais.

    Recursos – Com a criação de uma linha especial de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) de R$ 300 milhões para o período de 2007 a 2009, estados e municípios poderão adquirir ônibus zero quilômetro ou embarcações fluviais para levar os estudantes à escola. O financiamento para a aquisição dos novos veículos escolares será de até seis anos, com carência de seis meses e taxa de juros de 4% ao ano. O recurso disponível no BNDES pode financiar até 2.500 veículos escolares em três anos.

    Para pleitear o empréstimo, estados e municípios precisam aderir ao programa junto ao FNDE e ao pregão eletrônico de registro de preços, que garante transparência ao processo.

    Assessoria de Comunicação Social do FNDE

  • Com uma linha de financiamento de R$ 300 milhões do BNDES, governo quer renovar a frota escolar do país. (Foto: Júlio césar Paes)Padronizados com as cores amarela e preta, quatro ônibus que servirão para o transporte escolar percorreram a Esplanada dos Ministérios na festa que comemora o Sete de Setembro. Os ônibus são de modelos distintos e fazem parte do projeto Caminho da Escola, que destina às prefeituras de todo o país R$ 300 milhões, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), para a compra de veículos escolares padronizados e com certificado de segurança.

    Depois do desfile, os ônibus ficaram estacionados no canteiro central da Esplanada dos Ministérios para visitação pública, que ocorre até domingo, 9. O Caminho da Escola visa diminuir as distâncias entre as casas dos alunos das áreas e a escola, além de garantir uma viagem segura e gratuita.

    Passeio — Na tarde da última quinta-feira, 6, os 27 diretores de escolas públicas que obtiveram a melhor nota no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) fizeram um passeio cívico em um dos ônibus do projeto Caminho da Escola. Os diretores, que são gestores das melhores escolas de seus estados, passaram por pontos turísticos da capital federal.

    Ana Guimarães

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  • A excelência do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) será divulgada mundialmente por meio do Programa Mundial de Alimentação (PMA). Ligado à Organização das Nações Unidas (ONU), e em parceria com o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE/MEC), o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) e a organização Cáritas, o PMA vai inserir o Brasil na campanha Walk the World (Caminhando pelo Mundo), que tem como objetivo erradicar a fome mundial.

    A campanha, no ano de 2006, quer despertar o mundo para a fome infantil. Para isso, vai promover no Brasil e nos países envolvidos com a causa, no dia 29 de maio, a marcha contra a fome. A marcha brasileira vai mobilizar milhares de crianças na cidade de Guarulhos, em São Paulo, objetivando arrecadar fundos e envolver a sociedade com a causa.

    Entre as atrações do evento, estão a exibição do filme O Jardineiro Fiel, do diretor Fernando Meireles, porta-voz da campanha, e a divulgação do Pnae e do Programa Fome Zero.

    PMA – A cada ano, o PMA fornece alimentos para cerca de 90 milhões de pessoas – entre elas, 56 milhões de crianças – em mais de 80 países. Apesar da grandeza da operação, ela não é suficiente para alimentar adequadamente toda a população faminta do mundo. Todos os dias, no globo terrestre, 800 milhões de pessoas vão dormir com fome e a cada cinco segundos uma criança morre por desnutrição. (Assessoria de Comunicação Social do FNDE)

  • O Ministério da Defesa divulga no próximo dia 22 a lista das universidades públicas e privadas habilitadas a participar da Operação Amazônia 2006 do Projeto Rondon. Após a divulgação, as universidades selecionarão os alunos e montarão as equipes para a operação, entre os dias 3 e 22 fevereiro do próximo ano. Universitários e professores vão desenvolver ações nas áreas de cidadania, bem-estar, desenvolvimento local sustentável e gestão pública. O Projeto Rondon chegará a 40 municípios do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e Mato Grosso.

    Serão montadas 80 equipes, com 640 rondonistas — 240 dos estados-alvo da operação e 400 das demais regiões. Duas instituições de ensino superior trabalharão na mesma localidade, com o objetivo de permitir a troca de experiência entre acadêmicos de diferentes regiões.

    Reativado na gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2004, o Projeto Rondon chegou, em janeiro deste ano, a 13 municípios do Amazonas, com a participação de 200 universitários. A segunda operação ocorreu em outubro, com outros 200 estudantes, em seis municípios do Acre. Em fevereiro, além da região Amazônica, o Rondon chegará ao Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais.

    Atividades — No Ministério da Educação, funciona o núcleo de atividades do projeto, ligado à Secretaria de Educação Superior (SESu/MEC), coordenado por José Leite Saraiva. “Discutimos as ações, interagimos com instituições, participamos das avaliações das operações e selecionamos as universidades, que participam”, disse Saraiva. “A iniciativa de retomar o Rondon tem alto alcance social, sobretudo de cidadania, além de colocar os estudantes numa nova realidade brasileira, na Amazônia, região carente.”

    Em cada operação, universitários e professores desenvolvem um plano de trabalho. Após tomarem conhecimento da realidade local, fazem um diagnóstico das necessidades e apresentam sugestões de ações, a serem submetidas aos governos federal e estadual e às prefeituras.

    No dia 22, a lista de universidades selecionadas estará no página  eletrônica do Ministério da Defesa. Mais informações pelos telefones (61) 3312-9038, 3312-9003, 3312-8807 e 2104-9909.

    Repórter: Susan Faria

  • O Ministério da Educação e o Ministério da Defesa selecionaram 52 instituições de ensino superior (IES) públicas e privadas, de 15 unidades da Federação, para participar da Operação Rondon, a se realizar de 3 a 22 de fevereiro do próximo ano, na Amazônia. Os rondonistas escolhidos pelas universidades desenvolverão ações nas áreas de cidadania, bem-estar, desenvolvimento local sustentável e gestão pública.

    Desta vez, o Projeto Rondon chegará a 40 municípios do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e Mato Grosso. Serão formadas 80 equipes, com 640 rondonistas. A lista dos municípios nos quais cada equipe atuará será divulgada até 7 de dezembro.

    Reativado na gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2004, o Projeto Rondon chegou, em janeiro deste ano, a 13 municípios do Amazonas, com a participação de 200 universitários. Depois, chegou ao Acre. Também em fevereiro, estará no Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais.

    O MEC, membro nato do Projeto Rondon, faz parte do Comitê de Orientação e Supervisão. Além disso, o núcleo de atividades é ligado à Secretaria de Educação Superior (SESu/MEC). A coordenação-geral é do Ministério da Defesa.

    Em cada operação, universitários e professores desenvolvem, num prazo de até 20 dias, um plano de trabalho. Após tomarem conhecimento da realidade local, fazem um diagnóstico das necessidades e apresentam sugestões de ações, que serão submetidas aos governos federal e estadual e às prefeituras.

    Mais informações a respeito da operação e sobre as instituições selecionadas pelos telefones (61) 3312-9038, 3312-9003, 3312-8807 ou (61) 2104-9909.

    Repórter:Susan Faria

  • Marcelo Soares (professor da Universidade Federal de Uberlândia-MG) — “O plano expressa uma visão global e orgânica da educação a partir da educação básica.” Sobre a formação do professor, ele defendeu que o MEC estruture um sistema nacional envolvendo as universidades públicas e a Universidade Aberta para que o professor tenha uma base sólida e não continue sendo apenas “um dador de aula”. Na definição da jornada de trabalho do professor, explicou, deve ser previsto tempo para estudo, atualização e capacitação, não apenas horário na sala de aula.

    Thiago Oliveira (União Brasileira de Estudantes Secundaristas) — “Vejo o governo comprometido em melhorar a educação, porque a juventude hoje não gosta da escola.” Para combater a evasão escolar e a repetência, que são problemas cruciais, disse, o jovem precisa ser recebido num ambiente prazeroso onde ele também possa participar. Hoje, explicou, o aluno só participa das avaliações fazendo provas, mas ele também gostaria de participar avaliando a escola e seus espaços, os educadores, os diretores. “Vai mudar quando a escola aceitar o olhar do estudante”.

    Cláudia Werneck (ONG Escola da Gente – educação inclusiva) — “É um plano ousado.” Mas quando trata da educação inclusiva, disse, o governo subestima seu próprio avanço demonstrado nos últimos quatro anos com distribuição de livros em braille, por exemplo.

    Maria Auxiliadora Seabra Rezende (presidente do Conselho Nacional de Secretários de Educação) — “O desafio colocado pelo MEC de criar um sistema de educação sinaliza que devemos fazer um pacto que concretize a integração das ações da União, estados e municípios.” “Um dos pontos que vai demandar nossa energia será a educação no campo que hoje está completamente desarticulada”, afirmou.

    João Batista dos Mares Guia (diretor do Pitágoras) — Na abordagem que faz sobre a alfabetização de jovens e adultos, segundo ele, o MEC acerta na plenitude. “Agora tem estratégia, os professores estão na base e são eles os que vão educar. A meta de sete anos é exeqüível e me animou muito”. Sugeriu que 90% das vagas dos Cefets sejam destinadas ao sistema de cotas para dar um choque de eqüidade no acesso dos pobres ao ensino público de qualidade. E para melhorar o desempenho dos alunos no ensino fundamental e médio propôs duas ações na escola: a cada avaliação bimestral, que o professor faça uma oficina para melhorar o desempenho daqueles que tiveram conceitos críticos; e o envolvimento do diretor da escola com as atividades pedagógicas. “Diretor não é síndico do prédio, é o motivador da educação”.

    Juçara Dutra (presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Educação – CNTE) — “O importante aqui é a criação do regime de colaboração entre União, estados e municípios, porque pensar a educação na base do projeto já experimentamos e vimos que não funciona.” Ele destacou a necessidade de políticas contínuas e fez um elogio: “Essa gestão do MEC não ignorou que o mundo (da educação) existia antes”. Defendeu a formação do professor ambientada na universidade, uma formação antropológica, capaz de prepará-lo para enfrentar os desafios de hoje. “Precisamos de formação efetiva, não só titulação”.

    Acácia Kunzer (professora da Universidade Federal do Paraná, doutora em educação) — “Dois destaques são importantes nas medidas: o esforço de integração de políticas e programas e a atenção à educação básica.” Sugeriu que o MEC coloque as propostas em discussão em meio eletrônico como forma de ampliar a participação de educadores e cidadãos do país todo.

    Ionice Lorenzoni

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  • Jovens que tenham parado de estudar na 4ª série do ensino fundamental, com idade entre 18 e 24 anos, que não trabalham com carteira assinada e que moram nas capitais de oito estados ou em outros 34 municípios de áreas metropolitanas, podem voltar a estudar e se profissionalizar. A oportunidade está no Programa Nacional de Inclusão de Jovens (ProJovem), que recebe inscrições até 13 de abril.

    O programa reabriu as inscrições para preencher vagas que sobraram no processo seletivo em Belém, Fortaleza, Recife, Maceió, Vitória, Goiânia, Cuiabá e Porto Alegre e em outros 34 municípios. Com mais prazo para inscrição, o governo federal dá nova chance às capitais e cidades de alcançar a meta de inclusão assumida no convênio e reabre as portas da qualificação aos jovens das periferias com pouco estudo e sem profissão.

    No ProJovem, além de obter o certificado de conclusão do ensino fundamental, o jovem pode escolher uma atividade profissional de acordo com sua vocação e possibilidade de trabalho no município onde reside. Cada prefeitura parceira do programa escolhe até quatro entre as 21 áreas profissionais do ProJovem, segundo as necessidades de mão-de-obra local: telemática, construção e reparos 1, construção e reparos 2, turismo e hospitalidade, vestuário, administração, serviços pessoais, serviços domésticos 1, serviços domésticos 2, esporte e lazer, metal-mecânica, madeira e móveis, arte e cultura 1, arte e cultura 2, saúde, gestão pública e terceiro setor, educação, alimentação, gráfica, joalheria, agroextrativismo.

    As inscrições devem ser feitas pelo telefone gratuito 0800 722 7777, de segunda a sexta-feira, das 7h às 23h, e aos sábados e domingos, das 8h às 20h. Para se inscrever, o jovem precisa informar o número da carteira de identidade ou da certidão de nascimento; número do CPF (obrigatório); e endereço residencial com CEP. A ligação deve ser feita de aparelho fixo ou orelhão, onde também pode-se obter informações sobre o início das aulas, cursos oferecidos, endereços e tirar dúvidas. O curso tem duração de 12 meses, período em que os jovens completam o ensino fundamental e recebem qualificação profissional, inclusão digital e aulas de inglês. A título de incentivo, cada aluno recebe por mês R$ 100,00, retirados na Caixa Econômica Federal.

    Vagas — Além das oito capitais há vagas nas regiões metropolitanas de São Paulo (Embu das Artes, Diadema, Mogi das Cruzes, Itaquaquecetuba, Guarulhos, Santo André, Carapicuíba, Mauá, Suzano e Osasco); Rio de Janeiro (Niterói, São Gonçalo, Nova Iguaçu, Belford Roxo, Duque de Caxias, Magé e São João do Meriti); Minas Gerais (Contagem, Betim e Ribeirão das Neves); Espírito Santo (Vila Velha, Cariacica e Serra); Pernambuco (Paulista, Olinda e Jaboatão dos Guararapes); Rio Grande do Sul (Canoas, Viamão, Nova Hamburgo e Gravataí); Paraná (São José dos Pinhais); Ceará (Caucaia); Pará (Ananindeua); Goiás (Aparecida de Goiânia).

    Ionice Lorenzoni

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