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  • No Ceará, os índices educacionais preocupam. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2000, 26,4% da população acima de 15 anos é analfabeta. Além disso, o índice de desenvolvimento da educação básica (Ideb) está abaixo da média nacional, com nota 3,2 nos anos iniciais do ensino fundamental, numa escala que vai até 10. A nota do Ideb no restante do país é de 3,8, mas a meta é alcançar 6 até 2022, média característica dos países desenvolvidos.

    Para estimular o ensino do português no estado, foi lançada na manhã desta sexta-feira, em Fortaleza, a edição regional da Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro, no Teatro Dragão do Mar. Secretários municipais de Educação e a secretária estadual, Maria Izolda de Arruda Coelho, receberam orientações sobre a iniciativa, promovida em parceria pelo Ministério da Educação, pela Fundação Itaú Social, pelo Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec) e pela União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime).

    O primeiro lançamento regional da olimpíada foi feito em Belo Horizonte, na terça-feira, 26. Também estão previstos lançamentos em Recife, em 3 de março; Belém, no dia 11, e Goiânia, no dia 13.

    A Olimpíada de Português está prevista no Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) como um dos procedimentos destinados a elevar a qualidade da educação básica no país. A prioridade é a formação de professores para a educação básica, com a conseqüente melhoria na didática do ensino da língua portuguesa.

    Os resultados do programa Escrevendo o Futuro, desenvolvido pelo Cenpec e pela fundação Itaú Social desde 2002, inspiraram os idealizadores da olimpíada. O estudo Aprova, Brasil, iniciativa do MEC e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), localizou escolas com bons índices educacionais em áreas pouco favorecidas. Das 33  eleitas pelo estudo como modelo, apesar das adversidades sociais e econômicas, um terço participava do Escrevendo o Futuro. Além disso, o prêmio apresentou bons resultados na capacitação de professores. Daí surgiu a idéia da olimpíada.

    Adesão — As redes de ensino interessadas em participar da olimpíada devem aderir até 14 de abril. No caso das escolas municipais, o termo de adesão deve ser assinado pelo prefeito e pelo secretário de Educação. Nas escolas estaduais, a inscrição fica a cargo do secretário estadual.

    O formulário está disponível nas páginas eletrônicas do MEC, da Fundação Itaú Social, do Cenpec e também pode ser retirado nas secretarias de Educação.

    Ana Guimarães

  • Dos 5.563 municípios brasileiros, 5.545 inscreveram ao menos uma escola pública na Olimpíada de Português Escrevendo o Futuro. A participação de 98% dos municípios brasileiros é considerada um grande feito pelos organizadores da ação, que é uma estratégia de formação de professores travestida de concurso literário. Com a premiação dos finalistas do Centro-Oeste, nesta quarta-feira, 5, a Olimpíada chega à sua reta final.

    De 4.066 escolas do Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, serão escolhidos sete alunos de quarta e quinta séries de escolas públicas que participaram na categoria poesia. A premiação será na sede do Serviço Social da Indústria (Sesi), em Goiânia, às 18h30.

    Da etapa regional da Olimpíada, realizada em Goiânia, os sete classificados irão para a final em Brasília, no dia 1º de dezembro.  Eles se juntam aos outros 28 já classificados, das regiões Sul, Sudeste e Nordeste. Na etapa nacional serão escolhidos 15 vencedores, três em cada categoria: poesia (quarta e quinta série), memória (sétima e oitava série) e artigo de opinião (segundo e terceiro ano do ensino médio).

    De acordo com especialistas, um dos maiores trunfos da olimpíada é o processo de formação de professores, já que para participar eles têm de aperfeiçoar os métodos de ensino da leitura e da escrita. A Olimpíada recebeu a inscrição de 202 mil professores. A partir desse número, estima-se que 6 milhões de estudantes tenham participado do evento. O número exato não pode ser precisado, porque os estudantes não se inscrevem para a competição.

    Parceria do Ministério da Educação, da Fundação Itaú Social e do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec), a Olimpíada da Língua Portuguesa é uma forma de estimular nos estudantes o gosto pela leitura e aprimorar o ensino da escrita em escolas públicas.

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    Ana Guimarães

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  • Dos 5.564 municípios brasileiros, 5.445 têm pelo menos uma escola inscrita na Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro. Parceria entre o Ministério da Educação e a Fundação Itaú Social, a olimpíada é uma forma de estimular a leitura e aprimorar o ensino da escrita em escolas públicas.

    Escolas inscritas na Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro começam a aplicar em sala de aula oficinas de texto (Foto: João Bittar)Todos os estados e o Distrito Federal assinaram o termo de adesão. Este ano, são 55.570 escolas, 6.068.400 alunos (estimativa de 30 alunos por classe) e 202.280 professores participantes. Os números mostram que foi atingida a meta proposta pela Secretaria de Educação Básica (SEB/MEC).

    A partir de agora, as escolas inscritas começam a aplicar em sala de aula as diretrizes dos cadernos de orientação pedagógica, por meio de oficinas de texto. A intenção é desenvolver a prática dos estudantes nos gêneros poesia, memória e artigo de opinião. O professor também pode se cadastrar na comunidade virtual do programa para obter ajuda na preparação das oficinas, participar de fóruns de discussão e de cursos a distância.

    Nos textos a serem trabalhados nas oficinas, os estudantes serão estimulados a discutir a realidade na qual estão inseridos, partindo do tema central O Lugar onde Vivo. “Com esse tema, aproximamos o aluno da realidade da sua escola, do seu bairro, da sua cidade, transformando o ato de aprender num processo dinâmico e envolvente”, ressalta a secretária de Educação Básica, Maria do Pilar Lacerda.

    Regina Célia Fernandez, professora de língua portuguesa da Escola Municipal de Ensino Fundamental Comandante Vicente Amato Sobrinho, em São Paulo, diz perceber a animação dos alunos. “Esse tipo de projeto incentiva a pesquisa e possibilita um melhor desenvolvimento do estudante, mais do que em aulas convencionais”, afirma. A escola na qual Regina leciona tem 42 estudantes do sexto ano e 150 do nono inscritos na olimpíada.

    A seleção dos textos vencedores da olimpíada ocorrerá em etapas. Na primeira, representantes dos pais, professores e da comunidade vão escolher até 134 mil textos. Na segunda, especialistas em língua portuguesa e representantes das secretarias de Educação, universidades e comunidade indicarão os 25 mil melhores trabalhos. Em seguida, serão definidos os 500 semifinalistas, que seguem para a etapa regional, de onde sairão os 150 textos que concorrerão à final. A última etapa será o encontro dos finalistas, em Brasília. Na capital, serão apontados os 15 vencedores.

    Os 500 alunos e professores semifinalistas receberão medalhas de bronze e coleções de livros. Os 150 finalistas, alunos e professores, medalhas de prata e aparelhos de som. Aos 15 vencedores, alunos e professores, na etapa nacional, serão entregues medalhas de ouro, computadores e impressoras.

    As escolas nas quais estudam os 15 selecionados serão contempladas com laboratórios de informática, compostos por dez microcomputadores e uma impressora, além de livros para a biblioteca. Os municípios de origem dos vencedores receberão selo do MEC.

    Assessoria de Comunicação Social

  • A Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro realiza oficina regional em Recife desde quarta-feira, dia 12. Nesta sexta-feira, 14, serão premiados os semifinalistas do pólo Nordeste II e  divulgados os finalistas. Participam do evento na capital pernambucana 35 alunos e 35 professores da quarta e da quinta séries (quinto e sexto anos) do ensino fundamental de Alagoas, Bahia, Paraíba, Pernambuco e Sergipe, inscritos e classificados na categoria poesia. A cerimônia de premiação será realizada às 18h30, no Museu do Homem do Nordeste.

    Essa é a sexta premiação regional da olimpíada. As outras ocorreram em Curitiba, Belo Horizonte, Fortaleza, Goiânia e Belém. Na fase semifinal, alunos e professores passam por oficinas de leitura e escrita, visitam pontos turísticos da cidade-pólo e ganham livros e medalhas de bronze. O Lugar Onde Vivo é o tema central da Olimpíada, desenvolvido em três gêneros textuais — poesia, memórias e artigo de opinião.

    Alunos e professores de sétima e da oitava séries (oitavo e nono anos) do ensino fundamental de todos os estados, classificados na categoria memórias, e do segundo e terceiro anos do ensino médio, classificados na categoria artigo de opinião, mais os selecionados na categoria poesia do estado de São Paulo, participarão da premiação regional, na capital paulista, na próxima quarta-feira, 19.

    Concluída essa fase, concorrerão 150 textos na seleção final, em Brasília, em 1º de dezembro, da qual sairão 15 vencedores. Os finalistas receberão medalhas de prata e aparelhos microsystem. Aos 15 alunos e professores vencedores da etapa nacional serão entregues medalhas de ouro, computadores e impressoras. As escolas nas quais estudam os ganhadores serão contempladas com laboratórios de informática, compostos por dez microcomputadores e uma impressora, e livros para a biblioteca.

    Nas três categorias, foram recebidas 202.280 inscrições de professores de 5.445 cidades — 98% dos municípios do país. A olimpiada é desenvolvida pelo Ministério da Educação e pela Fundação Itaú Social, sob coordenação técnica do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec). O objetivo é formar professores para estimular a leitura e o desenvolvimento de competências para a escrita em alunos de escolas públicas.

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  • A 2ª Olimpíada Científica SBQ, promovida pela Sociedade Brasileira de Química (SBQ), está com as inscrições abertas até 17 de outubro. O tema neste ano é “Biodiesel: O processo de preparação, importância econômica e ambiental”.

    Os vencedores receberão diplomas e prêmios de R$ 2,5 mil da SBQ. Também serão premiados, com igual valor, os professores das turmas e as escolas dos alunos vencedores. Os resultados serão divulgados no dia 5 de novembro e a entrega dos prêmios será em dezembro.

    O evento, explica o coordenador Antonio Mangrich, vice-presidente da SBQ e professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR), tem como objetivos o reconhecimento e estímulo da vocação científica em química, entre os estudantes do ensino médio. Visa, também, popularizar a ciência e a tecnologia no meio. Na opinião de Mangrich, falta uma avaliação do setor para comprovar que o índice de repetência em química é alto.

    As inscrições deverão ser feitas pelas escolas, depois que estas elegerem o seu representante por meio da comissão de seleção da própria instituição. Cada escola poderá inscrever apenas um aluno. A inscrição é composta pela redação do aluno – que deverá ter no máximo três páginas –, ficha ou comprovante de inscrição devidamente preenchido; comprovação de matrícula e uma carta de encaminhamento do diretor da escola.

    As inscrições poderão ser feitas pelo endereço: Secretaria da Sociedade Brasileira de Química, Cx. Postal 26037, Cep 05513970, a/c de Dirce Campos. Mais informações pelo telefone (11) 3032-2299 ou pelo endereço eletrônico da SBQ.

    Censo 2003 – De acordo com o Censo de Educação Superior de 2003, realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep/MEC), anualmente são oferecidas pouco mais de 7,5 mil vagas para os cursos de química, nas universidades brasileiras. O censo aponta uma concorrência de aproximadamente quatro candidatos por vaga (25.697 inscritos). Mas o número de ingressantes fica em 5.811 e o de concluintes, em 2.778. 

    Repórter: Sonia Jacinto

  • Olimpíada de Língua Portuguesa: estimular a leitura de alunos e aprimorar o ensino da escrita em escolas públicas (Fotos: Gisele Koprowski)Curitiba — “Antes da oficina, aqui no Paraná, eu achava que poesia tinha de ser apenas em rima. Mas descobri que existem todas as formas. Até uma poesia de quatro palavras.” A descoberta é de Brendo Skalski, aluno da quinta série da Escola Municipal Rui Barbosa, de Imbé, Rio Grande do Sul. Ele é um dos dez finalistas da Região Sul na Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro, que teve a premiação regional realizada na quinta-feira, 23, em Curitiba.

    Desde terça-feira, 21, 42 alunos e 42 professores semifinalistas da quarta e quinta séries do ensino fundamental do Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina estiveram na capital parananense, em oficinas de leitura e escrita. Brendo veio do litoral gaúcho com a professora Lisiane Goulart. Para ela, o aprimoramento ao longo de toda a olimpíada foi visível. “Às vezes, algo como a poesia parece muito distante da realidade da escola. Com a olimpíada, os alunos percebem que isso está ao seu alcance”, destacou Lisiane.

    A proximidade com o aluno e o trabalho na escola também foram destacados pela secretária de Educação Básica do Ministério da Educação, Maria do Pilar Lacerda. “A competição e a premiação são apenas a cereja do bolo”, ressaltou. Para ela, o mais importante é o trabalho do professor e do aluno durante todo o processo da olimpíada, desde a leitura do material encaminhado às escolas — “muito qualificado”, destaca Pilar — até a confecção do texto final.

    Os professores receberam um caderno de orientação adequado ao gênero de texto que deveriam trabalhar — poesia, no caso da quarta e da quinta séries — e, entre abril e agosto, realizaram oficinas de produção de textos durante o horário regular de aula. Lucinéia da Silva, professora da Escola Municipal Máximo Jamur, que acompanhava a semifinalista Sabrina da Silva Souza, de Guaratuba (PR), destacou a mobilização das turmas. “Além do trabalho específico, aproveitamos parte do tempo livre em algumas aulas para ampliar o tempo de leitura.” Para ela, iniciativas como a olimpíada são fundamentais para a aprendizagem de professores e alunos.

    Números — As próximas semifinais da Olimpíada de Língua Portuguesa serão realizadas em Belo Horizonte, na terça-feira, dia 28. Depois, em Fortaleza, Goiânia, Recife e Belém. São Paulo, em 19 de novembro, sediará a última etapa, quando serão conhecidos os finalistas do estado em poesia e os de todo o país nas demais categorias — memória (alunos da sétima e da oitava séries) e textos de opinião (segundo e terceiro ano do ensino médio). A final está marcada para 1º de dezembro, em Brasília, quando serão premiados os cinco melhores textos em cada categoria.

    Criada em parceria pelo Ministério da Educação, Fundação Itaú Social e Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec), a olimpíada é uma forma de estimular a leitura de alunos e aprimorar o ensino da escrita em escolas públicas. O tema central deste ano é o Lugar Onde Vivo. Foram recebidas 202.280 inscrições de professores de 5.445 cidades. Na Região Sul, participaram 3.115 escolas do Rio Grande do Sul, 1.924 de Santa Catarina e 3.619 do Paraná.

    Para a diretora do Itaú Social, Ana Beatriz Patrício, o tema proporciona uma reflexão crítica dos alunos, a partir do momento em que pensam e escrevem sobre a realidade. Mais do que a competição, segundo ela, o fundamental é a formação dos professores e a qualificação dos estudantes.

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    Rodrigo Dindo

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  • São Paulo — Em uma das premiações regionais mais emocionantes, foram anunciados na quarta-feira, dia 19, em São Paulo, as 70 últimas duplas de professores e alunos finalistas da Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro. Cinco duplas vão disputar o prêmio na categoria poesia. Concorreram alunos e seus professores de quarta e quinta séries ou quinto e sexto anos do ensino fundamental, pelo estado de São Paulo.

    Na categoria memória, destinada a estudantes da sétima e da oitava séries ou oitavo e nono anos, também do ensino fundamental, serão 26 pares de todo o país. Na de opinião (segundo e terceiro anos do ensino médio), foram apontadas 39 duplas de vários estados.

    Um dos premiados na noite, Felipe Navarro Balbino, é aluno do terceiro ano do Centro Federal de Educação Profissional e Tecnológica (Cefet) de Roraima. Com maturidade, Felipe escreveu artigo sobre a reserva Raposa Serra do Sol. O estudante, que pretende ser engenheiro, considera o sonho possível porque no Cefet descobriu várias oportunidades de estudo. “Além dos cursinhos complementares que conheci por meio do Cefet, as aulas com bons professores me deram outras vitórias, como essa de hoje”, afirmou.

    A professora de Felipe, Arlete Alves de Oliveira, salienta que no Cefet é grande a união entre os alunos. “Realizamos as oficinas para a olimpíada em horários extraclasse, e o compromisso dos alunos era o que mais me animava”, disse a professora, que tem 29 anos de profissão e dedica 15 ao Cefet. “Durante uma das aulas, um aluno disse que nunca saía das aulas o mesmo que entrou. Essa é a grande motivação.”

    Aluno e professora não se cansavam de exaltar o fato de estar na final e de representar o estado. “Já nos sentíamos vencedores com a medalha de bronze conquistada da semifinal. Agora, podemos levar o nome do estado a mais uma premiação no país”, afirmou Arlete. Felipe preocupou-se em levar panfletos turísticos de Roraima para convencer os novos amigos a visitá-lo.

    No Teatro Abril, na capital paulista, a atriz Rosi Campos foi a apresentadora das premiações regionais. Os alunos tiveram a oportunidade de conhecer também o ator João Acaiabe, que marcou diversas gerações em programas como Bambalalão e Sítio do Pica-Pau Amarelo.

    Acaiabe participou, de forma inusitada, de uma oficina com os alunos da categoria memória. Famoso contador de histórias, ele se viu, pela primeira vez, falando de si mesmo. “Fiquei encantado com a oportunidade de ajudar de alguma forma essas crianças a desenvolverem um texto. O que eu posso fazer é sentar aqui e contar essa história, que conheço porque estou vivo.” Rosi Campos também deu o recado: “O mais importante aqui é que vocês continuem escrevendo”.

    A Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro é uma parceria entre o Ministério da Educação, a Fundação Itaú Social e o Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec). A grande final está marcada para 1º de dezembro, em Brasília. Dentre os 150 textos da seleção final, sairão 15 vencedores. Os 150 finalistas, alunos e professores, receberão medalhas de prata e aparelhos de som. Aos 15 alunos e professores vencedores na etapa nacional serão entregues medalhas de ouro, computadores e impressoras. As escolas nas quais estudam os 15 selecionados serão contempladas com laboratórios de informática, compostos por dez microcomputadores e uma impressora, além de livros para a biblioteca.

    Luciana Yonekawa

    Confira a lista dos finalistas da Olimpíada de Língua Portuguesa de todos os estados brasileiros.

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  • Estão abertas as inscrições para a primeira Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro. A iniciativa foi lançada nesta terça-feira, 19, no Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo. Os recursos previstos para a olimpíada são da ordem de R$ 15 milhões e todas as escolas públicas municipais, estaduais ou federais podem participar.

    O prazo para que as secretarias estaduais e municipais de educação se inscrevam no programa vai de hoje, 19 de fevereiro, até 14 de abril. A expectativa é que a competição atraia seis milhões de estudantes de escolas públicas. “Essa iniciativa é, na verdade, uma metodologia para a formação de professores e para o engajamento social em torno da escrita”, explica Antonio Matias, presidente da Fundação Itaú Social, uma das parceiras do Ministério da Educação na Olimpíada de Português.

    A olimpíada seguirá o modelo do programa Escrevendo o Futuro, que vinha sendo desenvolvido desde 2002 pela fundação. Para a secretária de Educação Básica, Maria do Pilar Lacerda, a ação anterior tinha um modelo de formação de professores que conseguia engajar profissionais de todo o país. “A política do ministério é absorver cada vez mais essas boas práticas e experiências que estão sendo desenvolvidas em educação”, destaca.


    Ouça a entrevista coletiva da secretária Maria do Pilar Lacerda.

    Cinco etapas eliminatórias serão feitas antes que sejam eleitos os 15 vencedores nacionais. A primeira será escolar, a segunda municipal, a terceira estadual, a quarta regional e a quinta e última será nacional e deve ser realizada em Brasília, em novembro deste ano.

    A última etapa será o encontro nacional para os 150 finalistas, a ser realizado na capital federal. Destes 150 serão escolhidos 15 estudantes e professores. Os 500 alunos e professores semifinalistas receberão medalhas de bronze e livros. Os 150 finalistas ganharão medalhas de prata e microssistems. Os 15 classificados na etapa nacional receberão medalhas de ouro, computadores e impressoras. Além disso, as escolas onde estudam os 15 vencedores da olimpíada também serão contempladas com um laboratório de informática com dez computadores e uma impressora, além de livros para a biblioteca.

    Com a parceria do ministério, essa é a primeira vez que haverá a participação de alunos das sétimas e oitavas séries do ensino fundamental e do ensino médio. O tema central da olimpíada será O Lugar Onde Vivo,   desenvolvido em três gêneros textuais: poesia, memória e artigo de opinião, que serão aplicados aos alunos de 4a e 5ª séries, 7ª e 8ª e de nível médio, respectivamente.

    Com esse tema, que já vem sendo desenvolvido desde 2002, a intenção é que os estudantes possam interagir com a comunidade. “Queremos que eles passem mais tempo em atividades da escola, mas não necessariamente dentro da escola”, esclarece Matias. O presidente da Fundação Itaú Social acredita que o tema da olimpíada incentiva a pesquisa das comunidades e conseqüentemente de aspectos da cultura brasileira.

    Para ajudar na preparação dos alunos, os professores receberão o Caderno de Orientação do Professor, com metodologias a serem aplicadas na preparação dos alunos para o concurso. “A intenção é que os professores apliquem esses métodos no horário das aulas de português. Assim, todos os estudantes ganham em formação”, explica Maria do Pilar Lacerda. Seguindo as orientações previstas pelas olimpíadas, a intenção é que os professores desenvolvam também suas próprias didáticas em sala de aula.

    A olimpíada é bienal e nos anos ímpares haverá a preparação de professores e alunos para o evento. Nesse período, serão distribuídos almanaques para as secretarias estaduais de educação com conteúdos a serem desenvolvidos antes da olimpíada.

    A ação faz parte das 40 ações do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE). De acordo com a secretária de Educação Básica, não há como atingir as metas previstas pelo plano sem o incentivo e a melhoria dos hábitos de leitura.

    A ação é uma parceria entre o Ministério da Educação, Fundação Itaú Social, União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária. Além disso, sete universidades estão envolvidas no processo de escolha dos vencedores e de elaboração de material didático para a olimpíada.

    Ana Guimarães

  • Belém— Garantir que as crianças aprendam a ler, escrever e compreender um texto parece fácil, mas há anos o Brasil se coloca diante do desafio de melhorar o ensino e o aprendizado da língua portuguesa. A Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro se assemelha a um concurso, mas na verdade é uma estratégia didática que envolverá seis milhões de estudantes em 4.450 municípios de todo o país.

    Para garantir a adesão dos estados e municípios da região Norte à iniciativa, o Ministério da Educação e seus parceiros realizaram nesta terça-feira, 11, na Igreja Santo Alexandre, em Belém (PA), o lançamento regional da Olimpíada de Língua Portuguesa. Professores e secretários municipais de educação do Amazonas, Rondônia, Acre, Pará, Roraima e do Pará receberam explicações detalhadas sobre a olimpíada, que tem como foco a formação de professores.

    A olimpíada ultrapassa o conceito de competição, explicou a diretora de Políticas de Formação, Materiais Didáticos e de Tecnologias para a Educação Básica do Ministério da Educação, Jeanete Beauchamp. “É uma iniciativa de formação que deve atingir 80 mil escolas da educação básica e 200 mil professores em todo o país”, disse. Os professores que participam da olimpíada desenvolvem atividades didáticas durante as aulas de português, o que permite que todos os alunos recebam formação e os professores entrem em contato com materiais desenvolvidos por especialistas no ensino da língua portuguesa.

    A inspiração para a nova política pública do MEC vem do Prêmio Escrevendo o Futuro, desenvolvido desde 2002 pela Fundação Itaú Social e pelo Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec). Para a professora Maria do Socorro Fraga, do município de Augusto Correia (PA), que participou do prêmio em 2004, o contato com o material didático foi um divisor de águas na sua carreira. “Essa iniciativa mudou minha atitude como professora. Eu aprendi a diagnosticar os alunos com dificuldades e intervir no sentido de ensiná-los a melhorar”, relatou.

    Ao todo, sete universidades são parceiras do MEC na elaboração do material e na orientação dos professores, que dispõem de uma página eletrônica para trocar informações. E na execução da olimpíada, o ministério trabalha em parceria com a Fundação Itaú Social e o Centec.

    Adesão — O lançamento da olimpíada na região Norte marcou a adesão do Pará. Para a secretária de educação do estado, Iraci Gallo, os gestores educacionais devem encarar a divulgação desta nova política como dever de ofício. “Estamos diante da possibilidade de difundir o domínio da língua pátria e com isso garantir a cidadania dos nossos jovens.” Os 143 municípios do Pará mandaram representantes ao evento. O tema da olimpíada, O Lugar onde Vivo, explica Iraci Gallo, estimula a interação entre escola e comunidade. Para que as redes participem, os secretários estaduais e os dirigentes municipais devem assinar termos de adesão. Na avaliação de Jeanete Beauchamp, a olimpíada é um passo importante para elevar a qualidade da produção de textos no país. “É preciso dominar a escrita e a leitura para se ter acesso a todas as áreas do conhecimento”, disse.

    Ana Guimarães

  • Curitiba ―Ler mais, escrever melhor e aprender a interpretar o mundo. Mais que um concurso de textos, a Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro busca investir na formação de professores e, com isso, melhorar o ensino e a aprendizagem da língua portuguesa, além de ajudar a formar pessoas mais críticas. O lançamento da olimpíada na região Sul ocorreu nesta quinta-feira, dia 6, em Curitiba.

    Para a secretária de Educação Básica (SEB/MEC), Maria do Pilar Lacerda, o maior interesse do Ministério da Educação ao inaugurar parceria com a Fundação Itaú Social, que coordenava o concurso Escrevendo o Futuro desde 2002, é a formação consistente do professor, que se reflete em ensino de qualidade. “Essa iniciativa provoca o professor a refletir sobre o projeto pedagógico”, acredita. “O ensino só é eficiente se os cidadãos souberem ler, escrever e se tiverem acesso a instrumentos de crítica que garantam mais autonomia e liberdade”, diz.

    A professora da quarta série do ensino fundamental da escola estadual de educação básica Antônio Coloneti, em Içara (SC), participou do concurso em 2006, antes de a iniciativa virar política pública, e aprovou o evento. Ela recebeu material didático específico para ensinar alunos a trabalhar o texto e passou por cursos de formação. “Eu nem sabia o que eram gêneros textuais. Aprendi com o kit do professor”, conta. A professora ensinou o que aprendeu aos alunos. Um deles, a menina Joice da Silva, ganhou o concurso nacional com a redação Doce Içara com Sabor Amargo.

    “O texto retrata a abertura de uma mina de carvão na cidade onde moramos”, revela Edna. Ao atrelar o conteúdo das aulas de leitura e escrita ao contexto vivido pelos alunos, a professora chamou a atenção dos estudantes. “Eles estudavam até fora do horário de aulas”, ressalta.

    Assim como ocorreu com Edna e seus alunos, o tema da olimpíada ― O Lugar onde Vivo ― estimula a interação entre escola e comunidade. “O tema provoca que a escola se abra para a comunidade e confere mais significado ao aprendizado”, destaca Maria do Pilar.

    Olimpíada ― O Prêmio Escrevendo o Futuro foi o embrião da Olimpíada de Língua Portuguesa. A transformação do prêmio em olimpíada, agora como política pública, ampliou a abragência da iniciativa. Na última edição do Escrevendo o Futuro, em 2006, 15 mil escolas e 20 mil professores participaram. A expectativa é que a olimpíada alcance seis milhões de alunos, 80 mil escolas e 200 mil professores. Para que as redes participem, é preciso que o secretário estadual ― no caso das escolas estaduais ― e os dirigentes municipais (prefeitos e secretários municipais de educação), no caso das redes municipais, assinem termo de adesão. A idéia é articular ações das três esferas de governo em favor da melhoria da formação do professor e do reforço das habilidades de leitura e escrita dos alunos. As redes de educação estaduais de Santa Catarina e Paraná já aderiram.

    A olimpíada é uma iniciativa do MEC, em parceria com a Fundação Itaú Social e o Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec).

    Maria Clara Machado

  • Desde maio do ano passado, no município de Indiara, Goiás, 22 professores da rede pública reúnem-se às quartas-feiras para discutir sobre novas maneiras de lecionar e incentivar, nos alunos, o gosto pela leitura. Nas primeiras reuniões, a preocupação era encontrar  formas de preparar os estudantes para o prêmio Escrevendo o Futuro.

    Desenvolvido pela fundação Itaú Social, o prêmio foi o embrião da Olimpíada de Língua Portuguesa, lançada nacionalmente no dia 19. Para o professor Joelmo Alves Querino, coordenador pedagógico do prêmio em Indiara, o desenvolvimento dos professores que participaram do projeto é notável. “Fizemos um portfólio do resultado desse trabalho aqui no município, com poemas, memórias e artigos escritos pelos alunos. O resultado foi impressionante”, relatou.

    Assim como no programa que inspirou a olimpíada, uma das prioridades da nova ação é promover a formação de docentes. Assim que se inscrevem no projeto, os professores recebem um caderno de orientações sobre a realização de 15 oficinas preparatórias em sala de aula. De acordo com as orientações do caderno, eles entram em contato com conteúdos didáticos desenvolvidos por especialistas de várias universidades brasileiras também parceiras na preparação da olimpíada, ao lado fundação Itaú Social, do Ministério da Educação e do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec).

    “Nossa intenção é fazer o professor, ao observar o resultado do trabalho, modificar a forma de ensinar”, explicou a coordenadora pedagógica da olimpíada, Sônia Madi. Para Joelmo, esse objetivo foi atingido no município goiano com os professores que participaram do prêmio Escrevendo o Futuro. “Os professores ficaram entusiasmados ao desenvolver as técnicas e ver os resultados”, destacou.

    Apoio pedagógico — Além do caderno de orientações, os inscritos recebem a revista Na Ponta do Lápis, que contém vários tipos de texto. A publicação, trimestral, é distribuida gratuitamente, mesmo nos anos em que não há concurso — são reservados à formação de professores. Nesse período, além da entrega de materiais de apoio pedagógico, realizam-se atividades presenciais, em oficinas, e à distância.

    Nos estados que apresentaram o maior número relativo de inscrições para o Escrevendo o Futuro, os professores tiveram a possibilidade de formação presencial, por meio de oficinas desenvolvidas pelos organizadores.

    Para Sônia Madi, o lançamento da nova edição da olimpíada, agora com caráter de política pública, traz mais abrangência para a iniciativa. “O potencial convocador do MEC é impressionante”, observou.

    Joelmo, que observou melhoras no ensino de português em seu município por meio do Escrevendo o Futuro, acredita em benefícios para todo o país. “A julgar pela nossa experiência aqui em Indiara, a olimpíada pode trazer um melhor ensino da leitura e da escrita”, afirmou.

    Mais informações na página eletrônica da olimpíada.

    Ana Guimarães

  • Os estudantes das escolas públicas do ensino fundamental de Minas Gerais, Espírito Santo e do Rio de Janeiro que se destacaram nas primeiras etapas da Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro, no gênero poesia, participam deste domingo, 26, a terça-feira, 28, em Belo Horizonte (MG), de oficinas para seleção dos finalistas. Essa equipe de semifinalistas representa parte da região Sudeste.

    São 27 alunos de escolas de Minas Gerais, oito do Rio de Janeiro e cinco do Espírito Santo. O grupo de 40 estudantes de 4ª e 5ª séries (ensino de oito anos) ou 5º e 6º anos (ensino de nove anos) participa da semifinal junto com seus professores de língua portuguesa. Nas oficinas, eles vão produzir novas poesias e serão avaliados pela comissão julgadora de texto. Dos 40 concorrentes, a comissão vai escolher para a final cinco representantes de Minas Gerais, dois do Espírito Santo e dois do Rio de Janeiro.

    As oficinas, que compreendem leitura e escrita, serão no Hotel Ouro Minas, na Avenida Cristiana Machado, 4.001, bairro Ipiranga. A premiação dos 40 semifinalistas será terça-feira, 28, no Teatro Granada. Os estudantes receberão livros de poesia e medalhas de bronze.

    As próximas oficinas regionais de poesia serão em Fortaleza, de 29 a 31 de outubro, para os estados do Ceará, Maranhão, Piauí e Rio Grande do Norte; Goiânia, de 3 a 5 de novembro, para alunos do Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul; Belém, de 10 a 12 de novembro, para estudantes do Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins; Recife, de 12 a 14 de novembro, para alunos de Alagoas, Bahia, Pernambuco, Paraíba e Sergipe; e em São Paulo para alunos do estado, de 17 a 19 de novembro.

    A Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro 2008 trabalha com o tema O Lugar Onde Vivo, nos gêneros poesia (4ª e 5ª séries ou 5º e 6º anos), memórias (7ª e 8ª séries ou 8º e 9º anos), e artigo de opinião para as 2ª e 3ª séries do ensino médio, exclusivamente para alunos das redes públicas municipais, estaduais e federais. Os finalistas das três categorias se encontrarão em Brasília, em 1º de dezembro, para a premiação dos 15 melhores trabalhos, cinco por gênero.

    O concurso é promovido pelo Ministério da Educação em conjunto com a Fundação Itaú Social e com o Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec). Os objetivos são estimular a leitura e resgatar o prazer de escrever. 

    Ionice Lorenzoni

    Veja a relação dos semifinalistas de todas as regiões.
    Saiba mais sobre a Olimpíada de Língua Portuguesa

  • Estimular a criação de um ambiente criativo e interessante para o estudo da matemática. Esta é a principal proposta da 2ª Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep), dirigida aos alunos do ensino fundamental e médio das escolas públicas municipais, estaduais e federais. Neste ano, 14,2 milhões de estudantes, distribuídos por 32.655 escolas em todo o País, se inscreveram para participar do evento. Deste total, 5% dos alunos - aproximadamente 630 mil – participarão da segunda fase da competição, a ser realizada no dia 18 de novembro.

    A Obmep – uma promoção do Ministério da Educação (MEC) e do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), em parceria com o Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (Impa) e a Sociedade Brasileira de Matemática (SBM) – aprimora o ensino da matemática na educação básica ao incitar o aperfeiçoamento dos professores e o interesse dos estudantes por meio de exercícios desafiadores disponibilizados em seu site. A olimpíada ainda contribui para o desenvolvimento de pesquisas científicas e tecnológicas no País ao identificar e fomentar o ingresso de jovens talentos da rede pública nestas áreas.

    Inclusão - Além de incentivar e aperfeiçoar o estudo da matemática, a competição também serve para incluir nas escolas alunos com necessidades especiais. Segundo Mônica Souza, coordenadora geral da Obmep, estes terão toda a estrutura necessária para a realização da prova do próximo dia 18, assim como na primeira fase do projeto. “Nosso público-alvo são todos os alunos da rede pública de ensino. Criamos condições para que todos os estudantes participem da mesma forma”, garante Mônica.

    O estudante Paulo Santos Ramos, 17 anos, é um exemplo de como a inserção desses alunos nessas competições é viável e necessária. Paulo estuda na Escola-Classe da 405 Sul, em Brasília, é deficiente visual, usa cadeira de rodas e possui apenas 30% de audição no ouvido direito devido a uma artrite reumatóide. No entanto, nada disto o impediu de participar da Obmep 2005 e ser o único aluno com deficiência a ganhar uma medalha de ouro. Para Patrícia Marangon, professora de Paulo, tomar parte em um evento deste porte é essencial. “A empolgação por competir de igual para igual em uma disputa nacional melhora a auto-estima dos alunos”, explica.

    César Augusto

  • Esta quarta-feira, 23, é o Dia Mundial do Livro, criado pela Unesco em 1996. Mais de 100 países reconhecem a data. No Brasil, inúmeras escolas investem para cumprir a máxima que o poeta Carlos Drummond de Andrade transformou em um de seus mais conhecidos poemas: “Penetra surdamente no mundo das palavras, lá estão os poemas que esperam ser escritos” diz ele em Procura da Poesia.

    Este ano, os estudantes do ensino fundamental e médio terão a oportunidade de ler mais e escrever melhor, estimulados pela primeira edição da Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro.

    Os alunos da escola estadual de ensino fundamental Jardim das Araucárias, em Castro (PR), a 140 quilômetros de Curitiba, já estão se preparando para a olimpíada. Estuda lá o aluno Sílvio Castanho, hoje na sétima série. Exemplo para os colegas, ele cursava a quinta série em 2006, quando foi um dos finalistas da última edição do prêmio Escrevendo o Futuro, organizado pela Fundação Itaú Social. O prêmio deu origem à Olimpíada de Língua Portuguesa.

    Incentivado por sua professora, Vitória Batista, o menino contou em versos as impressões sobre a paisagem e o povo do lugar onde vive. Por causa dos exercícios de leitura e escrita, Sílvio tomou gosto pela língua e descobriu mais sobre suas próprias raízes. O resultado do aprendizado foi o poema premiado, Fuxico:

    “Pinheirinho que bate
    Tac tac toc toc
    Caingangue que se assusta
    Tec tec tec tec
    O mato vira vento
    Vum vum vum
    Japonês colhe batata
    Trr trr trr
    Italiano corta couve
    Chic chic chic
    Holandês cria vaca
    Muu muu muu
    Castro derrama leite no Paraná
    Chuá chuá chuá
    Tudo termina com o leite derramado no fogão”

    Este ano, Sílvio diz já estar se preparando para a olimpíada. A antiga professora do menino, Vitória, se inscreveu e seus alunos também terão a chance de aperfeiçoar suas habilidade e mostrar seus talentos.

    A olimpíada enfoca o prêmio e a formação de professores. No período do prêmio, que ocorre nos anos pares, são organizadas oficinas de leitura e escrita, realizadas pelos professores e seus alunos a partir do material de apoio. São três fascículos, cada um com atividades voltadas para o trabalho com um gênero textual específico.

    Podem participar estudantes de 4ª, 5ª, 7ª e 8ª séries do Ensino Fundamental (ou séries equivalentes do ciclo de 9 anos) e alunos de 2º e 3º anos do Ensino Médio de escolas públicas. A participação do aluno depende da inscrição do professor e a adesão da escola, que é vinculada à adesão da rede escolar (municipal, estadual ou federal). As inscrições foram prorrogadas e podem ser feitas até 5 de maio. Saiba mais na página da olimpíada.

    Maria Clara Machado

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  • Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, discursa durante a premiação da Olimpíada de Língua Portuguesa (Foto: Júlio César Paes)Nenhum ser humano se movimenta se não tiver motivação e esperança. As palavras do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, representam o que alunos e professores vencedores da Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro vivenciaram durante todo o ano. Vindos das mais diversas localidades, situações e condições de vida, esses adultos, jovens e adolescentes puderam ver caminhos abertos por meio de algo presente em seu cotidiano: a língua portuguesa.

    Nesta segunda-feira, 1º, 15 alunos e 15 professores de quarta, quinta, sétima e oitava séries (quinto, sexto, oitavo e nono anos) do ensino fundamental e segundo e terceiro anos do ensino médio foram premiados na etapa final da olimpíada em Brasília. Os cinco ganhadores de cada categoria – poesia, memória e artigo de opinião – receberam medalhas de ouro, entregues pelo próprio presidente da República, além de computadores e impressoras.

    “O que vimos hoje é a maior demonstração de que, para o povo brasileiro, a única coisa necessária é uma pequena provocação, uma pequena oportunidade”, disse Lula. A exemplo do que já ocorre com a língua portuguesa e a matemática, o presidente incentivou a criação de uma olimpíada em cada área do saber.Alunos da 4ª e 5ª séries premiados na Olimpíada de Língua Portuguesa (Foto: Júlio Paes)

    Para o ministro da Educação, Fernando Haddad, talento não escolhe lugar para nascer. “Não há relação entre renda, riqueza e talento. Uma atividade como a Olimpíada de Língua Portuguesa nos permite identificar esses talentos”, afirmou.

    Haddad ainda destacou que a olimpíada proporcionou uma mobilização intensa em torno da língua portuguesa. “Temos 15 vencedores, mas o Brasil todo ganhou com essa olimpíada, pela aproximação que esses alunos tiveram com a língua, pelo trato que tiveram com o texto escrito e com a leitura.”

    Final –Os 150 alunos finalistas, cada qual com seu professor, passaram por quatro etapas seletivas ao longo do ano. Eles concorreram com outros cerca de seis milhões de estudantes de todo o país. Todos os finalistas receberam medalhas de prata e aparelhos de som. As escolas onde os 15 vencedores estudam vão receber laboratórios de informática com dez computadores e uma impressora e livros para a biblioteca.

    Na cerimônia da final, todos cantaram juntos a música Nossa Casa, de Arnaldo Antunes – que também participou do evento. A canção fez parte das oficinas de produção de textos e virou uma espécie de hino entre os estudantes, já que remete ao tema central da olimpíada: O Lugar onde Vivo.

    A Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro é fruto de parceria entre o Ministério da Educação e a Fundação Itaú Social, sob a coordenação técnica do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec). A próxima ocorrerá em 2010.

    Assista à cerimônia de entrega das medalhas

    Veja quem são os 15 vencedores deste ano.

    Confira os textos premiados da Olimpíada de Língua Portuguesa

    Letícia Tancredi

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  • Inscrições para Olimpíada da Língua Portuguesa começam em 19 de fevereiro (Foto: João Bittar)As inscrições para a 1ª edição da Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro serão abertas no dia 19 de fevereiro e encerradas em 14 de abril. Cerca de seis milhões de estudantes de escolas públicas deverão reforçar os estudos e participar da competição, que envolverá atividades escolares, estaduais, regionais e uma etapa nacional. A olimpíada investirá na formação de professores a fim de melhorar os processos de ensino e aprendizado de leitura e escrita nas salas de aula.

    Serão aplicados R$ 15 milhões em produção de diferentes materiais didáticos, realização de oficinas de leitura e campanha de divulgação. Também haverá recursos para transporte e hospedagem de alunos, professores e equipe de formação. O dinheiro resulta da parceria entre o Ministério da Educação, Fundação Itaú Social, União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec).

    Poderão participar professores e alunos da 4ª e 5ª séries (5º e 6º anos), de 7ª e 8ª séries (8º e 9º anos) do ensino fundamental e também de 2º e 3º anos do ensino médio, todos de escolas públicas. A expectativa da Secretaria de Educação Básica (SEB/MEC) é alcançar 73.118 escolas, 200 mil professores e cerca de 6 milhões de estudantes em 4.450 municípios.

    “O lugar onde vivo” será o tema central da olimpíada, desenvolvido em três gêneros textuais: poesia, memória e artigo de opinião. Para ajudar os alunos a se preparar, os professores receberão um Caderno de Orientação do Professor, com idéias para discutir a temática em sala de aula.

    Haverá seleção de textos, nas escolas, municípios e nos estados, além das escolhas regionais, quando serão definidos 500 semifinalistas. Os estudantes e professores selecionados para a semifinal participarão das atividades de formação nas cidades-pólo – oficinas de leitura e escrita para os alunos e formação presencial para os professores. Além disso, os semifinalistas participarão de atividades culturais na cidade-pólo, onde também ocorrerá a cerimônia de premiação.

    A última etapa será o encontro nacional para 150 finalistas, em Brasília, onde também haverá atividades culturais e cerimônia de premiação. Destes 150, serão escolhidos 15 estudantes e professores. Os 500 alunos e professores semifinalistas receberão medalhas de bronze e coleção de livros. Os 150 finalistas ganharão medalhas de prata e micro-systems. Os 15 classificados na etapa nacional receberão medalhas de ouro, computadores e impressores. As escolas onde estudam os 15 selecionados também ganharão prêmios: laboratório de informática com 10 micro-computadores e uma impressora, além de livros para a biblioteca, e os municípios de onde vêm os campeões receberão selo concedido pelo MEC.

    As cidades-pólo são Belo Horizonte (para semifinalistas de Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro); São Paulo (apenas para alunos e professores do estado de São Paulo); Curitiba (para alunos e professores da região Sul); Goiânia (Centro-Oeste) e Belém (todos os participantes selecionados da região Norte). Os alunos e professores do Nordeste participarão de atividades em duas cidades-pólo: Fortaleza (para os semifinalistas dos estados de Maranhão, Ceará, Piauí e Rio Grande do Norte) e Recife (para os de Alagoas, Bahia, Pernambuco, Paraíba e Sergipe).

    A Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro será oficialmente lançada em 19 de fevereiro, no Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, quando serão divulgados o cronograma e detalhes do processo de inscrição. Haverá também lançamentos regionais em todas as cidades-pólo.

    Maria Clara Machado

  • A partir do próximo dia 13, estudantes do ensino fundamental e médio de escolas públicas e particulares podem fazer a inscrição para participar da Olimpíada Paulista de Física (OPF-2005). O prazo vai até o dia 30. A olimpíada, que tem o objetivo de despertar o interesse dos jovens pela ciência, é um programa permanente da Associação Paulista de Professores de Física (Aprofi), em parceria com o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e com o Instituto de Física da Universidade de São Paulo.

    Podem participar da OPF alunos a partir da quinta série do ensino fundamental. Eles serão submetidos a provas sobre temas relacionados a física, astronomia, geociências e ciências atmosféricas.

    Numa primeira fase, regional, a prova será realizada em 3 de setembro em 60 locais diferentes do estado de São Paulo. Na segunda, em 30 de outubro, de caráter estadual, os exames ocorrerão no campus da USP, em São Carlos, e no ITA em São José dos Campos.

    O aluno deve procurar seu professor de ciências ou de física para pedir a inscrição. Há um limite máximo de 20 estudantes do ensino fundamental e de 15 do médio, por escola. As inscrições, gratuitas, devem ser feitas na página eletrônica da Aprofi.

    Caso a escola não participe oficialmente, o aluno pode se inscrever individualmente, respeitado o limite por instituição de ensino. Nesse caso, valerá a ordem de chegada.

    Premiação — Os melhores da olimpíada serão premiados com medalhas, certificados, livros, convites e bolsas de estudo para a Escola Avançada de Física da USP e para o ITA. Os dois melhores do ensino médio poderão participar da International Summer School for Young Physicists, na Universidade de Waterloo, em Ontário, Canadá. No ano passado, cerca de 16 mil estudantes participaram da OPF.

    Mais informações pelo telefone (11) 4099-1081 e no endereço eletrônico Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

    Repórter: Sonia Jacinto, com informações da assessoria de imprensa da Aprofi

  • Quarenta e dois alunos e professores da região Norte, semifinalistas da Olimpíada de Português Escrevendo o Futuro recebem nesta quarta-feira, 12, a premiação da etapa regional. Os estudantes são da quarta e quinta séries do ensino fundamental de escolas públicas do Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins, inscritos e classificados na categoria poesia. A cerimônia será às 18h30, na Estação das Docas, em Belém.

    Essa é a quinta premiação regional da olimpíada. As outras foram em Curitiba, Belo Horizonte, Fortaleza e Goiânia. Os alunos e professores de sétima e oitava séries (oitavo e nono anos) do ensino fundamental e segundo e terceiro anos do ensino médio, de todos os estados brasileiros, inscritos e classificados nas categorias memória e opinião, respectivamente, mais os selecionados na categoria poesia no estado de São Paulo, participarão da premiação regional, a ser realizada na capital paulista, em 19 de novembro. Todos os semifinalistas (alunos e professores) receberão medalhas de bronze e poderão escolher livros em uma livraria montada especialmente para eles.

    Após a conclusão dessa fase, serão indicados 150 textos para a seleção final, em Brasília, em 1º de dezembro, da qual sairão 15 vencedores. Os 150 finalistas, alunos e professores, receberão medalhas de prata e aparelhos de som. Aos 15 alunos e professores vencedores na etapa nacional serão entregues medalhas de ouro, computadores e impressoras. As escolas nas quais estudam os 15 selecionados serão contempladas com laboratórios de informática, compostos por dez microcomputadores e uma impressora, além de livros para a biblioteca.

    O programa é desenvolvido pelo Ministério da Educação e pela Fundação Itaú Social, sob a coordenação técnica do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec).

    Assista à cerimônia de entrega das medalhas

    Confira os textos premiados da Olimpíada de Língua Portuguesa

    Assessoria de Comunicação Social

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  • Fortaleza – O trabalho na roça, desde criança, fez Ubiranildo da Silva parar de estudar. Aos 17 anos, na quarta série, o adolescente de Encanto (RN) achou que não conseguiria chegar muito longe na vida, por não conseguir conciliar o trabalho – que ajudava a sustentar os dez irmãos – com a escola. Cinco anos mais tarde, um amigo o incentivou a voltar aos estudos. O lugar onde Ubiranildo viveu sua juventude difícil virou tema de uma poesia. E premiada. O jovem de 22 anos é um dos finalistas da Olimpíada da Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro.


    A idade destoa dos demais colegas de competição, que têm entre 10 e 12 anos. Mas Ubiranildo subiu ao palco do Teatro José de Alencar na sexta-feira, 31, junto com as crianças semifinalistas da olimpíada para provar que nunca é tarde. Recebeu uma medalha de bronze, um certificado e saiu de lá com a certeza de que pode voltar a pensar grande. "Nem mil palavras poderiam representar o que estou sentindo nesse momento", diz. "Agora, quero continuar os estudos e Deus sabe do meu futuro. Só sei que vou longe".

    Ubiranildo cursa o sexto ano do ensino fundamental na escola municipal Maria Pereira Leite. Entre os alunos de sua turma, ele é o único adulto, mas afirma não se incomodar com isso; em suas palavras, o que importa é estudar. Com os olhos marejados, Ubiranildo lembra como conseguiu transformar elementos de seu mundo na poesia vencedora de uma etapa do concurso. "Sempre gostei de pegar um caderno e escrever um poema, um texto, mesmo fora da escola. Na minha poesia, foi só juntar as coisas que eu conhecia: o sítio, o gado, o lado bom e o lado ruim de viver na roça", conta.

    Finalistas – Na etapa regional da olimpíada em Fortaleza, gênero poesia, foram classificados nove estudantes e nove professores para a final em Brasília, no dia 1 de dezembro. Três são do Ceará, dois do Piauí, dois do Maranhão e dois do Rio Grande do Norte. Eles se juntam aos outros 19 já classificados, das regiões sul e sudeste. Na etapa nacional serão escolhidos 15 vencedores, três em cada categoria: poesia (quarta e quinta série), memória (sétima e oitava série) e artigo de opinião (segundo e terceiro ano do ensino médio).

    De acordo com a secretária de educação básica do MEC, Maria do Pilar Lacerda, o lado mais interessante da olimpíada é o processo constante de formação de professores, já que eles têm de aperfeiçoar os métodos de ensino da leitura e da escrita. Além disso, o material produzido para as aulas, muitas vezes, incorpora-se ao projeto político-pedagógico da escola. "E uma escola com projeto consistente consegue aumentar seu índice de desenvolvimento da educação básica e diminuir a evasão. Quem garante, efetivamente, a transformação na escola é o professor, por isso o MEC tem investido cada vez mais na formação desses profissionais", enfatiza.

    Parceria do Ministério da Educação, da Fundação Itaú Social e do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec), a Olimpíada da Língua Portuguesa é uma forma de estimular nos estudantes o gosto pela leitura e aprimorar o ensino da escrita em escolas públicas. Ana Beatriz Patrício, diretora da Fundação Itaú Social, acreditava ser um grande desafio tornar a iniciativa uma política pública. "Mas tinha certeza que teríamos êxito, porque ações em educação se constroem com muita competência e, sobretudo, com calor na alma", ressalta.

    O tema central de 2008 é o Lugar Onde Vivo. Esse ano, a iniciativa teve a participação de 6 milhões de alunos, 200 mil professores e 55 mil escolas, em 5.444 municípios de todo o país. Do Ceará, participaram 4.399 escolas (58% do total da rede pública); do Maranhão, 2.967 (25%); do Piauí, 2.419 (39%) e do Rio Grande do Norte, 1.326 (44%).

    Letícia Tancredi

    Veja a lista dos classificados da etapa Nordeste I para a final.

  • Fortaleza –Quantos livros de literatura dá para comprar com R$ 150? Essa foi a dúvida que pairou sobre os estudantes do Nordeste semifinalistas da Olimpíada da Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro nesta sexta-feira, 31. Eles estão reunidos em Fortaleza desde quarta-feira, 29, quando começou a oficina regional.

    Vindos de várias cidades do Ceará, do Maranhão, do Piauí e do Rio Grande do Norte, os 35 alunos semifinalistas na categoria poesia receberam um cheque simbólico no valor de R$ 150 na manhã desta sexta-feira, 31, para “comprar” livros de literatura no momento chamado livraria, que faz parte da oficina regional. Os professores que acompanham as crianças ganharam R$ 50, para o mesmo propósito. Esse já é um dos prêmios por terem chegado à fase semifinal da olimpíada.

    Na sala da livraria, os alunos estavam eufóricos. Escolhiam os títulos, somavam para ver quantos e quais livros – com valores entre R$ 20 e R$ 50 – podiam levar, mostravam as obras adquiridas para os colegas. E saíam da sala com as sacolas cheias. Janilson Barros, de dez anos, era um deles. Entre os livros que o garoto maranhense – que concorre com uma poesia sobre um morador de rua – escolheu, estavam O Menino Maluquinho e O Rapto do Garoto de Ouro. “Gosto de histórias assim. O Menino Maluquinho é um dos meus preferidos”, conta.

    Desde que chegaram a Fortaleza, os alunos participaram de momentos de integração, de aperfeiçoamento do texto com o qual concorrem e puderam, inclusive, conhecer a cidade. Muitos, nunca tinham visto o mar. É consenso entre eles que, mesmo para os que não forem à final, a experiência de participar de uma olimpíada já valeu a pena. “Já me considero um vencedor”, diz Janilson.

    A outra parte do prêmio – as medalhas de bronze – os semifinalistas recebem na cerimônia de encerramento dessa fase, ainda nesta sexta-feira. Lá, também serão conhecidos os que seguem para a final, no dia 1º de dezembro, em Brasília.

    Letícia Tancredi
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