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  • O Ministério do Desenvolvimento Agrário realiza no salão térreo do Palácio do Planalto, no período de 20 de janeiro a 2 de fevereiro, exposição sobre o Programa de Bibliotecas Rurais Arca das Letras. Composta por fotografias, xilogravuras, cordéis, vídeo e uma biblioteca completa, como as que são entregues às comunidades rurais, a mostra do Programa Arca das Letras é a atração de abertura da temporada de exposições do Palácio do Planalto. A exposição pode ser visitada das 9h às 18h, nos dias úteis, e de 9h30 às 13h, aos domingos.

    As fotos contam um pouco da trajetória do programa, mostrando as etapas de execução – desde a fabricação das caixas-estantes por sentenciados das penitenciárias, os eventos de capacitação de agentes de leitura e de entrega das bibliotecas –, além de retratar as comunidades beneficiadas.

    Lançado no final de 2003, o Programa Arca das Letras, da Secretaria de Reordenamento Agrário (SRA), tem o objetivo de incentivar a leitura no meio rural, por meio da implantação de bibliotecas em assentamentos da reforma agrária e do Programa Nacional de Crédito Fundiário, comunidades de agricultores familiares e de remanescentes quilombolas.

    Nesses dois anos de atuação, o programa já implantou 1.369 bibliotecas em 16 estados brasileiros e capacitou 2.913 agentes de leitura, beneficiando 137.649 mil famílias rurais com a distribuição de 339.521 livros. As arcas também estão no Timor Leste e em Cuba, como cooperação técnica solidária.

    Cada arca das letras é composta por cerca de 230 livros de literatura, didáticos e de pesquisa, nas áreas de educação, meio ambiente, saúde, agricultura e cidadania. Os acervos são formados especificamente para as comunidades rurais, que indicam os assuntos de interesse e os seus agentes de leitura – voluntários que atuam no empréstimo dos livros e no incentivo à leitura em suas comunidades.

    Os móveis das bibliotecas são fabricados pelos sentenciados das penitenciárias de Petrolina (PE), Mossoró (RN) e Fortaleza (CE) e por alunos da Fundação Pão dos Pobres de Porto Alegre (RS). Os acervos são formados com títulos repassados por órgãos do poder público, especialmente os ministérios da Educação e da Cultura, além de livros doados por editoras, escritores, entre outros, obtidos em campanhas públicas de doação. O Programa Arca das Letras conta também com o apoio dos movimentos sociais, de prefeituras, ONGs e com a parceira do Banco do Brasil/Fome Zero, do Banco do Nordeste e do Ministério da Justiça/Depen.

    Quem quiser doar livros para a campanha pode ligar para (61) 2191-9704 ou entregá-los no local da exposição. (Assessoria de Comunicação da SRA/MDA)

  • O Programa de Bibliotecas Rurais Arca das Letras, desenvolvido pela Secretaria de Reordenamento Agrário do Ministério do Desenvolvimento Agrário, em parceria com os ministérios da Educação, Justiça e Cultura, chega a mais quatro estados do Nordeste.

    O programa atenderá 26.264 famílias de comunidades de agricultores do Programa Nacional de Crédito Fundiário, de assentamentos e remanescentes quilombolas com a distribuição de 61.640 livros. Nessa etapa, são contemplados os estados da Paraíba (105 bibliotecas), Rio Grande do Norte (28), Maranhão (12) e Piauí (95).

    As bibliotecas são compostas por 300 livros, entre dicionários, obras de literatura, publicações nacionais, internacionais e clássicos. O objetivo é promover o hábito da leitura nas comunidades. O programa inclui a formação de 536 agentes de leitura e de voluntários das comunidades rurais para desenvolver atividades de incentivo à leitura e de empréstimos de livros.

    O programa já implantou 631 bibliotecas em 13 estados, o que significa atendimento a 56.790 famílias com 164.060 livros. Atuam no programa, também presente em comunidades do Timor Leste e de Cuba, 1.412 agentes. Os livros são doados por estudantes, instituições públicas e privadas, editoras e organizações não-governamentais.

    A Secretaria da Educação e Cultura do Piauí mantém o projeto de implantação de bibliotecas em escolas da rede estadual. Até o fim do ano, a previsão é de instalar 170 bibliotecas nas instituições de ensino médio, das quais 56 já foram contempladas.

    Para Cátia Regiane, assistente técnica do Ministério do Desenvolvimento Agrário, o programa é um importante instrumento de entretenimento, lazer e transformação social para as comunidades carentes. “As Arcas das Letras são espaços privilegiados para as instituições governamentais nas áreas de saúde, educação e cultura, que as utilizam para fazer chegar às comunidades seus materiais de operação de e divulgação de ações”, afirmou. “Apesar dos recursos pequenos, é emocionante ver como a chegada das caixas-estantes contendo livros eleva a auto-estima das comunidades.”

    Repórter: José Leitão

  • O Ministério das Cidades pretende criar um programa de educação ambiental para o saneamento, destinado a estimular a participação da sociedade na gestão da infra-estrutura de esgoto, água, lixo e drenagem urbana. A idéia é conscientizar a população sobre a importância dos investimentos em saneamento básico.

    Segundo Jane Fontana, técnica da Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental do Ministério das Cidades, a comunidade de uma região desconhece os benefícios sociais de uma obra de saneamento. “Com o programa, pretendemos criar uma espécie de educação ambiental para o saneamento”, explicou. Um exemplo prático citado por Jane é a situação de moradores do Lago Sul e do Lago Norte, em Brasília. Segundo ela, muitas casas utilizam poços artesianos, em vez da rede de água mantida pelo Governo do Distrito Federal. Isso pode prejudicar os lençóis freáticos da região. “Os moradores preferem não pagar pelo serviço de água fornecido pelo governo e continuam usando os poços artesianos, o que pode danificar o meio ambiente”, alertou.

    Sistematização — Para elaborar o programa, o Ministério das Cidades selecionou 25 experiências bem-sucedidas em educação ambiental — cinco em cada região. Os projetos serão apresentados e debatidos numa série de cinco oficinas regionais. “A idéia é construir o programa a partir de experiências concretas e bem-sucedidas”, disse Jane.

    Na primeira oficina, nesta quinta-feira, dia 3, e na sexta, 4, em Brasília, estarão reunidos os estados da região Centro-Oeste. Nos dias 10 e 11 próximos, o encontro será realizado em Belém, com os representantes da Região Norte. O Nordeste terá a oficina nos dias 18 e 19, em Teresina. A Região Sul, em 24 e 25 próximos, em Porto Alegre. O Sudeste, nos dias 30 e 31 de agosto e 1º de setembro, no Rio de Janeiro.

    Um dos projetos em debate é o Ecovídeo Biblioteca, de Goiás. O trabalho foi elaborado em 2003, para desenvolver ações de educação ambiental junto às redes de ensino pública e privada, além de acompanhar os eventos do governo local. O projeto é composto por vídeos, livros, cartilhas, circo mambembe e palestras sobre ecologia e meio ambiente. Durante três anos e meio de atuação, atendeu mais de 150 mil estudantes e foi mostrado em seminários, feiras e congressos.

    Flavia Nery

  • O presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC), Jorge Guimarães, frisou, na abertura da 76ª Reunião Plenária do Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras (Crub), na quarta-feira, 22, a necessidade de reforçar o ensino fundamental e básico com o propósito de desenvolver a formação de recursos humanos em áreas tecnológicas. “Para cumprir esse objetivo, a Capes se dedicará à formação de profissionais para o ensino básico, especialmente nas áreas de matemática e ciências”, explicou o presidente.

    Guimarães, que proferiu a palestra Brasil no Contexto Mundial de Ciência, Tecnologia e Inovação, falou sobre as áreas em que o Brasil se destaca no contexto mundial e que possuem inserção direta na política industrial do governo federal. Entre as quais, engenharia química, biotecnologia, ciência espacial, agronomia, agricultura e áreas como microbiologia e odontologia. Segundo o diretor, há uma concordância sobre o desenvolvimento científico brasileiro, que é substancial e reconhecido em todo o mundo.

    Aperfeiçoamento — Na opinião de Guimarães, algumas áreas específicas precisam ser melhoradas, a exemplo das engenharias em geral, para as quais há bom posicionamento quantitativo, mas deixam a desejar no aspecto qualitativo, e outras em que o Brasil tem boa posição, mas que, no entanto, necessita avançar, como as tecnologias da informação. “A Capes dará ênfase, até 2010, ao Plano Nacional de Pós-Graduação, destinando, somente no próximo ano, R$ 38 milhões, que serão aplicados na inserção de pessoal na área de política industrial, como microeletrônica, nanotecnologia, biotecnologia e bens de capital”, anunciou.

    Para o presidente do Crub, Nivaldo Nunes de Almeida, a universidade tem uma missão fundamental, que passa pelo tripé pesquisa, ensino e extensão. “A pesquisa, em especial, é muito importante, porque diz respeito tanto à evolução tecnológica quanto à universidade brasileira”, disse.

    A 76ª Reunião Plenária do Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras, cujo tema é Inovação Tecnológica, Desafios e Possibilidades, vai até esta sexta-feira, 24. A meta do encontro é buscar parcerias para a discussão de novas propostas do governo, referentes à pesquisa e formação de redes entre universidades.

    Cristiano Bastos

  • A Câmara dos Deputados da Argentina aprovou na quinta-feira, 22, a lei de financiamento educativo que vai aumentar de 4% para 6% do Produto Interno Bruto (PIB) o investimento na área, até 2010. A partir de 2006, serão US$ 5 milhões a mais por ano destinados à educação do país. O ministro da Educação do Brasil, Fernando Haddad – que aguarda a aprovação no Congresso Nacional de projeto semelhante, que cria o Fundo da Educação Básica (Fundeb) – mandou uma carta de felicitação ao seu colega argentino.

    O projeto foi apresentado pelo governo Kirchner, mas contou com o apoio de representantes do peronismo e de partidos do centro para obter 204 votos. Apenas 37 deputados votaram contra. O investimento em educação, ciência e tecnologia será progressivo: passará dos US$ 22,2 milhões atuais para US$ 53,6 milhões, em 2010.

    O ministro da Educação da Argentina, Daniel Filmus, comemorou o resultado dizendo que era um dia histórico. “Na Europa a porcentagem do PIB destinado à educação está em 5% e no próximo ano já alcançaremos 4,7%”, comentou.

    Financiamento – O projeto prevê que a maior parte do financiamento será reservada para garantir a escolaridade de todas as crianças do país, a partir dos cinco anos, e o cumprimento da educação obrigatória de dez anos. Serão incorporados à rede de ensino cerca de 130 mil alunos, que começarão a estudar na pré-escola.

    A lei estabelece também que as províncias argentinas reservarão, em 2006, 80% de suas receitas para um fundo educacional, que destinará recursos para aumentar o salário dos professores. As que não cumprirem terão recursos retidos pelo Ministério da Educação. Também foi prorrogada a vigência do Fundo Nacional de Incentivo Docente por mais cinco anos, até janeiro de 2009.

    Repórter: Raquel Maranhão Sá

  • O escritor Ariano Suassuna será agraciado na sexta-feira, 25, com o título de doutor honoris causa pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). A homenagem é um reconhecimento ao saber notório e à contribuição do escritor paraibano para a cultura nordestina.

    Eleito para a cadeira de número 32 da Academia Brasileira de Letras em 1989, Suassuna é fundador do Movimento Armorial, de reconhecimento e desenvolvimento das formas de expressão populares tradicionais. Advogado e teólogo, é autor de dezenas de livros, entre peças de teatro, romances e publicações didáticas. Nascido em João Pessoa em 1927, levou sua aula-espetáculo para mais de 200 cidades.

    A solenidade será realizada no Salão Nobre da UFRPE, na rua D. Manuel Medeiros, s/n, Dois Irmãos, às 15h. Mais informações pelo telefone (81) 3302-1005. (Coordenadoria de Comunicação Social da UFRPE)

  • Uma equipe de pesquisadores do Laboratório de Arqueologia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) descobriu, no Amapá, 58 corpos do povo mazagão, que viveu na região há quase 500 anos. Os restos mortais estavam sob as ruínas da Igreja Nossa Senhora da Assumpção, localizada em um sítio arqueológico às margens do Rio Mutuacá, afluente do Amazonas.

    Cinco séculos depois, os restos mortais dos primeiros mazagões brasileiros foram sepultados com honras militares, num mausoléu construído especialmente para eles. O funeral aconteceu no último dia 23, data da chegada ao Brasil dos primeiros habitantes de Mazagão – oriundos do Marrocos, na África. O cortejo teve a presença maciça da comunidade local, dos embaixadores do Marrocos e de Portugal, políticos, pesquisadores e de um pelotão do 34º Batalhão de Infantaria da Selva do Exército, já que foram encontradas condecorações militares, como a Cruz de Malta, em alguns corpos.

    Segundo o professor Marcos Albuquerque, coordenador da equipe de arqueólogos da UFPE, a descoberta é de suma importância para os registros da civilização brasileira, porque resgata o cotidiano de um povo.

    História – A Igreja Nossa Senhora da Assumpção também foi descoberta pela equipe de arqueólogos da UFPE. Fazia parte de uma cidade erguida no século XVIII. O rei português, D. José I, tinha um projeto de cercar a Amazônia brasileira, para marcar domínio territorial.

    Para isso, determinou por decreto, ao marquês de Pombal, que transferisse 436 famílias da cidade fortificada de Mazagão, no Marrocos, para o extremo norte do Brasil. Na época, Portugal havia perdido uma guerra contra os mouros e a cidade de Mazagão estava cercada. Essas famílias foram alojadas em uma vila planejada às margens do rio Mutuacá, enquanto aguardavam a construção de casas no Amazonas.

    O rei D. José acreditava que o povoamento e a fortificação de pontos estratégicos poderia lhe garantir a posse e o domínio do Amazonas. Em 1781, a maioria do povo mazagão foi dizimada por uma epidemia de cólera. Desgostosos com a situação e atribuindo as moléstias aos ‘maus ares’, o restante da população migrou. Segundo as pesquisadoras Milena Duarte de O. Souza e Rúbia Nogueira de Andrade, graduandas em história pela UFPE, a formação da Vila de Mazagão e de outras vilas na região Amazônica foi fundamental para a delimitação das fronteiras ao norte do Brasil. “Daí a importância do estudo desta ocupação para a compreensão da atual formação territorial do país”, concluem as pesquisadoras no artigo O povoamento do Norte do Brasil no período pombalino, escrito para a revista do Centro de Ensino Superior do Vale do São Francisco (Cesvasf). Leia o artigo na íntegra.

    Repórter: Sonia Jacinto

  • A Comissão de Justiça e Paz da Arquidiocese da Paraíba realiza nos próximos sábado e domingo, 4 e 5 de junho, fórum de debates com o objetivo de promover o diálogo entre gestores públicos, entidades da sociedade civil e cidadãos sobre a educação como promotora de cidadania. O evento começa às 8h30, com a discussão sobre A Sociedade Contemporânea e as Demandas Educativas. Participam da mesa os professores da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) Rosa Maria Godoy Silveira, Alexandre Nader e do titular da Secretaria de Educação Básica (SEB/MEC), Francisco das Chagas Fernandes.

    A professora Rosa Godoy Silveira abordará o tema Sociedade Contemporânea, enquanto Nader discorrerá sobre a Educação como Formação para a Cidadania. Francisco das Chagas apresentará as políticas do MEC para a educação básica, com ênfase no financiamento da educação, com a criação do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), na gestão democrática e na formação de professores.

    No sábado à tarde, o assunto do fórum é a Qualidade da Educação, com a participação do secretário de Educação da Paraíba, Neroaldo Pontes; da secretária municipal de Educação, Elisa Gonsalves; da vice-reitora da UFPB, Maria Iara Campos Matos; e da diretora da Escola Sesquicentenário, Lúcia Giovana Duarte. No domingo, haverá debate sobre Gestão do Sistema Educacional.

    O Fórum Paraibano de Debates, realizado em parceria com o movimento Humanidade Nova, pretende sair do encontro com propostas para a educação da Paraíba e criação de um fórum permanente de educação.

    Repórter: Heloisa d’Arcanchy

  • O arquiteto Claudio Libeskind, de São Paulo, é o vencedor do concurso público nacional do projeto arquitetônico da sede da Universidade Federal do ABC (UFABC), em Santo André, São Paulo. O resultado do concurso foi divulgado nesta sexta-feira, dia 13, em solenidade realizada no Centro de Arquitetura e Urbanismo (CAU) da prefeitura do Rio de Janeiro.

    A comissão julgadora considerou como ponto forte do trabalho de Libeskind o zoneamento do terreno, com criação de praças e uma marcante imagem urbana. “As três áreas de conhecimento — exatas, tecnologias e humanas — estão bem demarcadas, facilitando o entendimento da proposta, que apresenta boas possibilidades de desenvolvimento”, diz o relatório da comissão.

    O segundo lugar do concurso ficou com Paulo Henrique Paranhos, arquiteto de Brasília; o terceiro coube a Vinicius de Andrade e Marcelo Moretin, ambos de São Paulo. Os prêmios serão entregues na terça-feira, dia 18, às 11h, no auditório do MEC, em Brasília, com a presença do ministro da Educação, Fernando Haddad. Os três trabalhos ficarão expostos no CAU até o dia 5 de fevereiro.

    O valor total dos prêmios é R$ 60 mil — R$ 30 mil para o primeiro colocado, R$ 20 mil para o segundo e R$ 10 mil para o terceiro. Libeskind, além do prêmio, terá direito ao contrato de desenvolvimento do projeto arquitetônico, de R$ 3 milhões. Ele é filho de David Libeskind, projetista do Conjunto Nacional da capital paulista, construído na década de 50.

    O titular da Secretaria de Educação Superior (SESu/MEC), Nelson Maculan, considerou o concurso transparente e democrático. “Foram inscritos 75 trabalhos, dos quais 50 apresentados. Esperamos que até março as obras comecem”, disse. “Os recursos para a construção estão garantidos.”

    A promoção do concurso é do governo federal e da prefeitura de Santo André. A UFABC faz parte do projeto do MEC de expansão da educação superior. O ministério está criando nove universidades federais e consolidando ou instalando 41 campi, principalmente no interior.

    Repórter: Susan Faria

  • O presidente do Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB), Demetre Basile Astassakis, reúne-se nesta terça-feira, 11, com arquitetos da Secretaria de Educação Superior (SESu/MEC) e da prefeitura de Santo André, para discutir detalhes finais do edital do concurso para elaboração do anteprojeto de arquitetura da Universidade Federal do ABC (UFABC), em Santo André, São Paulo. A reunião começa às 11h, na Fundação Santo André, futura sede provisória da nova universidade, e no período da tarde, na Secretaria de Obras da Prefeitura de Santo André.

    O edital deverá ser publicado no Diário Oficial da União, entre os dias 18 a 21 deste mês, e deverá mobilizar nacionalmente arquitetos e engenheiros. “A iniciativa do MEC de fazer um plano de expansão das universidades federais atende a uma reclamação antiga da sociedade”, comenta Demetre. Ele destaca que as universidades particulares vinham crescendo sem a contrapartida das públicas e que agora o MEC, além de expandir, está interiorizando as instituições federais de ensino superior (Ifes).

    “Mais importante ainda é que essa expansão está se dando por meio de concurso público, que é a melhor forma de adjudicação do processo”, explica Demetre. O edital do anteprojeto de arquitetura da UFABC e outros que vão ser elaborados pelo MEC para a construção de novos campi e novas universidades serão democráticos e transparentes. Na opinião do presidente do IAB, a simples concorrência de preços poderia ser aviltante. “No edital será fixado preço – todos que concorrerem vão disputar a obra pelo mesmo preço –, mas ganha quem apresentar melhor qualidade de projeto”, disse.

    O presidente do IAB avalia que a expansão e a interiorização das federais vão movimentar o mercado de trabalho dos arquitetos, engenheiros e pessoal da construção civil. “Os novos campi e universidades vão gerar muitos canteiros de obras e empregos”, explicou.

    Além de Demetre Basile, participarão da reunião, terça-feira,11, em Santo André, os arquitetos Sandra Scherrer e Márcio Ribeiro de Araújo Maciel, da Coordenação-Geral de Desenvolvimento das Instituições de Ensino Superior da SESu/MEC, e o arquiteto Joel Pereira Felipe, diretor do Departamento de Desenvolvimento de Projetos Urbanos da Prefeitura de Santo André. Eles vão definir principalmente o termo de referência que traz informações sobre o que vai ser construído no campusdo ABC, os edifícios e programas de necessidades. Esse termo virá como anexo do edital.

    Expansão - A expansão das instituições federais de educação superior (Ifes) é uma das principais metas do MEC. Dentro dessa política, estão sendo criadas nove universidades federais – algumas totalmente novas, como a UFABC, outras por desmembramento de duas instituições e outras, ainda, por transformação de faculdades isoladas em universidades. Além das novas universidades – como a Universidade Federal do Triângulo Mineiro, a Universidade Federal do Semi-Árido e a Universidade Federal de Alfenas – o MEC está criando ou consolidando 36 campi. Entre eles, o de Manaus (AM), Chapadinha (MA), Arapiraca (AL), Bom Jesus do Gurguéia (PI), Itabaiana (SE), Barreiras (BA), Crato (CE), Curimataú (RN), Diadema (SP), Teófilo Otoni (MG), Alegre (ES) e Frederico Westphalen (RS).

    Depois do concurso do anteprojeto arquitetônico para a construção da UFABC, o MEC e o IAB deverão lançar outro concurso para edificação das novas universidades e campi.

    Repórter: Susan Faria

  • O presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) do Ministério da Educação, José Henrique Paim Fernandes, vai se reunir às 15h de hoje, dia 21, com o secretário estadual da Fazenda de São Paulo, Eduardo Guardia. Henrique Paim vai propor a Guardia o estabelecimento de uma parceria entre o FNDE/MEC e o estado de São Paulo visando o acompanhamento da arrecadação do salário-educação pelos fiscais da Receita estadual paulista.

    "Essa parceria é muito importante porque cerca de 45% da arrecadação desse tributo é gerada em São Paulo", afirma Paim. O encontro de hoje é o primeiro de uma série de reuniões que ele manterá com os secretários da Fazenda dos outros estados brasileiros.

    R$ 6,2 bilhões - O FNDE quer arrecadar, em 2005, cerca de R$ 6,2 bilhões de salário-educação. Isso representará um aumento de 29,2% em relação a 2004, quando esse recolhimento totalizou R$ 4,8 bilhões - um crescimento de 20,6% em comparação com 2003.

    Para chegar a esse valor, o órgão está promovendo mudanças na arrecadação direta, com o aumento do controle, e a integração da arrecadação direta com a indireta, que é feita pela Secretaria de Receita Previdenciária (SRP) do Ministério da Previdência. Será adotada uma guia única de arrecadação do tributo, que substituirá as duas usadas atualmente: uma pelo FNDE e a outra, pela SRP. A nova guia possuirá um código próprio para a educação. Essa operação será acompanhada de um sistema de acompanhamento, no Fundo, da cobrança dos contribuintes inadimplentes.

    CND - A integração permitirá, ainda, a utilização da Certidão Negativa de Débito (CND) da Previdência por parte do FNDE. Ou seja, as empresas que não recolherem devidamente o salário-educação não receberão mais a CND do Ministério da Previdência. A fiscalização de todo o recolhimento passará para a Secretaria de Receita Previdenciária (SRP) até meados deste ano, quando a integração será efetivada.

    Todo esse processo de busca de eficiência e aperfeiçoamento na arrecadação do salário-educação reverterá em aumento dos recursos repassados pelo governo federal aos estados e municípios, sendo que 2/3 deles são transferidos diretamente pelo FNDE e o 1/3 restante, aplicado em programas do MEC, buscando a melhoria da qualidade da educação. (Assessoria de Comunicação Social do FNDE)

  • O artesanato produzido nas oficinas desenvolvidas por meio de programas e projetos da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad/MEC) faz parte da amostra de produtos expostos no seminário Diferentes Diferenças. As oficinas  proporcionam a integração da comunidade e contribuem para a geração de emprego e renda.

    Carrinhos e baús de madeira foram peças expostas pela Associação de Artesãos em Reciclagem, de Ceilândia, Distrito Federal. A madeira utilizada na produção de objetos e brinquedos é recolhida em entulhos de construções e reaproveitada nas oficinas de artesanato. Bordados e tapetes de crochê e bolsas feitas a partir de garrafas plásticas também são produzidos pela associação, que participa do programa Brasil Alfabetizado.

    A associação conta com 34 turmas de 12 a 14 alfabetizandos em média por turma. Um deles é Antônio Santos Soares, 44 anos. Nascido em Serrano, interior do Maranhão, o artesão ministra oficinas de produtos regionais utilizando palhas de tucumã e babaçu na produção de tipiti e peneira, instrumentos utilizados na produção de farinha de mandioca. Em tamanhos menores, transformam-se em objetos utilitários de decoração.

    A cada 15 dias, os alfabetizandos participam de uma feira, em Ceilândia, para a comercialização do artesanato, o que estimula a geração de renda.

    Karla Nonato

     

  • Pesquisadores nacionais, do Mercosul e de outros países têm prazo até o próximo dia 2 de fevereiro para enviar artigos para a segunda edição da Revista Brasileira de Educação Profissional e Tecnológica, que será publicada em abril. Esta edição será especial, voltada para o centenário da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, a ser comemorado em setembro. Portanto, os artigos devem ser relacionados ao tema.

    Segundo Moisés Domingos Sobrinho, coordenador editorial da publicação, “a revista foi concebida para ser um instrumento de divulgação da produção científica, pois antes não existia um veículo especializado nesta modalidade de ensino”. Para Moisés, a importância que a revista tem para o mundo acadêmico é a de propiciar um diálogo em termos de pesquisa aplicada.

    Na segunda quinzena de fevereiro, o Conselho Editorial da Revista Brasileira se reunirá para avaliar que artigos deverão ser publicados. Os textos ainda podem ser enviados para o endereço eletrônico Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.. Mais informações pelos telefones (61) 2104-8948 e 2104-8127.

    Ana Júlia Silva de Souza

  • Educação musical poderá fazer parte da vida escolar dos alunos matriculados nas escolas públicas de educação básica. (Foto: Júlio César Paes)A educação musical poderá fazer parte da vida escolar de todas as crianças matriculadas nas escolas públicas de educação básica. Um grupo de artistas pediu nesta terça-feira, 8, o apoio do ministro da Educação, Fernando Haddad, para aprovar no Congresso Nacional o Projeto de Lei nº 2.732/08, que prevê a obrigatoriedade do ensino musical nas escolas públicas.

    “Vamos nos manifestar favoravelmente ao projeto”, disse o ministro. De autoria da senadora Roseana Sarney (PMDB-MA), o projeto foi aprovado no Senado Federal e agora tramita na Câmara dos Deputados. Atualmente, é analisado pela Comissão de Educação e Cultura da Casa. O encontro com o ministro foi uma solicitação do presidente da Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado, Cristovam Buarque (PDT/DF). Estiveram presentes ainda o senador Romeu Tuma (PTB/SP) e a senadora Rosalba Ciarlini (DEM/RN).

    A proposta altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB ― nº         9.394/96), que já determina o aprendizado de arte nos ensinos fundamental e médio, mas sem especificar o conteúdo. Pelo projeto, o ensino musical deveria ser conteúdo obrigatório, mas não exclusivo do ensino de arte no currículo regular da educação básica. Ou seja, deveria fazer parte do ensino de arte.

    Os artistas presentes usaram a música para sensibilizar o ministro sobre a importância do projeto e enfatizaram a relevância da educação musical para despertar a criatividade e expressividade dos alunos. “Na mudança do presente, a gente muda o futuro”, recitou o cantor Gabriel Pensador. Juntos, ele, Daniela Mercury, Francis Hime, Olívia Hime e Roberto Frejat cantaram Vai Passar, composição de Chico Buarque, em alusão ao desejo de que o projeto passe no Congresso.

    Em contrapartida ao apoio para que o projeto se torne lei, o ministro pediu aos cantores que ajudem a traçar ações que efetivamente permitam às escolas oferecer ensino musical. Haddad também esclareceu que o ministério apenas traça diretrizes às escolas de educação básica, cuja competência fica a cargo de estados e municípios.

    O ministro também lembrou que além da dissociação com a cultura, a educação também se separou de outras áreas como o esporte e a saúde, especialmente na época da ditadura militar. “Antes, equipes de saúde visitavam escolas regularmente”, disse. Para o ministro, é preciso recuperar a unidade entre essas diversas áreas e “fazer da escola um centro em torno do qual toda a comunidade gravita”, destacou.

    Maria Clara Machado

  • Mesmo que a aplicação da lei ainda esteja bastante tímida, existem muitas escolas que desenvolvem ações e projetos que contemplam as temáticas da história da África e dos afro-brasileiros. Os alunos da educação básica e da educação de jovens e adultos (EJA) da escola Municipal Dr. João Alves dos Santos, em Campinas (SP), por exemplo, experimentam desde 2004 a inclusão dos temas: a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira, o negro na formação da sociedade nacional e enfoques sobre diversidade étnico-racial. Todos os temas são abordados em disciplinas como história, geografia, Eret (educação, relações econômicas e tecnologias), educações física e artística, português e matemática. Para o professor de história Eduardo Benedito de Almeida, a aplicação da lei nas escolas contribuirá para o estabelecimento de relações de respeito, igualdade e tolerância. “Alunos de várias etnias, origens, culturas, religiões e níveis sociais diferentes poderão construir uma cultura de paz”, acredita.

    Na Escola Classe n°16 do Gama, no Distrito Federal, a temática já vinha sendo discutida desde 1993 pelas professoras Marizeth Ribeiro e Valmária Martins, mas com a promulgação da lei em 2003, “a nossa escola intensificou o trabalho que já vinha sendo feito”, relata a diretora Regina Célia. Ela conta ainda que no caso da Escola Classe nº 16, a temática é tratada de forma interdisciplinar, “o que favorece a inclusão do tema em todas as atividades realizadas em sala de aula”, complementa. Mas a diretora lamenta que muitas escolas não cumpram a lei de forma adequada. “Realizar atividades no dia 13 de maio ou 20 de novembro não é implementar a Lei nº 10.639”, informa. “No nosso caso, não só os professores e alunos mudaram, a comunidade também acaba se envolvendo nos projetos desenvolvidos pela escola”, enfatiza.

    Ivonne Ferreira

  • I
    Minha terra é pequenina
    Fica aqui no Ceará
    No Vale do Jaguaribe
    Alto Santo aqui está
    No Comando das Marias
    Que progride esse lugar

    II
    Tem Maria sertaneja
    Valente feito um trovão
    Daquela que desde cedo
    Faz o cultivo do chão
    E a Maria tratorista
    Que ajuda na plantação

    III
    Tem Maria lá na câmara
    Que é a vereadora
    Tem Maria que cedinho
    Limpa a rua com a vassoura
    Tem aquela que ensina
    A Maria professora

    IV
    A Maria forrozeira
    Rodeia feito pião
    Tem a Maria louceira
    Transforma o barro com a mão
    E a Maria morena
    Com corpo de violão

    V
    Maria que no mercado
    Vende o quente e o frio
    E a Maria lavadeira
    Faz espuma lá no rio
    E a Maria açougueira
    Com a faca faz desafio

    VI
    Maria no hospital
    A Maria enfermeira
    Lá na fábrica de tecidos
    A Maria costureira
    E aqui na minha casa
    A Maria verdadeira

    VII
    Lá no altar da igreja
    Maria diz o amém
    Implora ao padroeiro
    Para todos viver bem
    A mãe do Menino Deus
    Que é Maria também

    VIII
    Ah! Se em todo lugar tivesse
    Assim tantas alegrias
    E que fosse como meu
    Nessa paz do dia-a-dia
    Que faz o calor do sol
    Dar força a essas Marias

    Escola E. M. E. F. URCESINA MOURA CANTÍDIO
    Cidade ALTO SANTO
    UF CE
    Professora MARIA GISELIA BEZERRA GOMES
    Aluno CARLOS VICTOR DANTAS ARAÚJO
    Sexo M
    Série 6º ANO


    Poesia vencedora da Olimpíada Brasileira de Língua Portuguesa.  

  • Números divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na Síntese de Indicadores Sociais, nesta quarta-feira, 24, revelam que 8,4% das crianças de sete a 14 anos ainda não sabem ler e escrever, mesmo matriculadas na escola. Para combater o analfabetismo nessa faixa etária, o Ministério da Educação tem investido nas políticas de educação infantil e na verificação do efetivo aprendizado, a partir de avaliações como a Prova Brasil e a Provinha Brasil.

    Dentro do percentual de crianças em idade de cursar o ensino fundamental que ainda não sabem ler e escrever, 29% têm sete anos e 14,1% têm oito, idades em que ainda estão no processo de alfabetização. A partir daí, quando já deveriam estar alfabetizadas, o percentual começa a cair: 8,9% têm nove anos, 5,5% têm dez e, por fim, 1,7% são adolescentes de 14 anos.

    Das 24,8 milhões de crianças com idades entre oito e 14 anos, 1,1 milhão não sabem ler nem escrever, embora freqüentem a escola. No Nordeste está a maior parte desses meninos e meninas: 745,9 mil, o que corresponde a 65,3%. Por isso, o MEC tem dado atenção especial à região, considerada de atendimento prioritário nas ações do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE).

    “Não podemos ignorar nem brigar com os dados. Em vez de lamentar, cabe ao poder público tomar medidas concretas para diminuir essa diferença”, diz a secretária de educação básica do MEC, Maria do Pilar Lacerda. “Temos como saber quem são e onde estão esses alunos, pelo censo escolar. Trabalhando em regime de colaboração, devemos resgatar a dívida de um país que não priorizou no passado a educação para todos”.

    A secretária explica que a injustiça social, a má distribuição de renda e a diferença de oportunidades refletem no acesso à escola e no sucesso da aprendizagem. “As avaliações mostram que os meninos e meninas que têm dificuldade em aprender são os mais pobres. A maioria dos pais dessas crianças não é escolarizada, por isso não conseguem ajudar os filhos nem com o dever de casa”, ressalta.

    Para Pilar, medidas que ultrapassam o ensino em sala de aula, como merenda, distribuição de livros didáticos e até o bolsa-família podem ajudar a sanar o problema. “Além disso, não se pode deixar cada escola agir por si só, tem de haver uma rede, uma troca entre os profissionais da educação.” A secretária ainda aponta que o projeto político-pedagógico da escola tem que ser mais contemporâneo. “Os alunos são digitais e a escola, analógica”, compara. Uma direção forte, professores comprometidos e a participação da comunidade e das famílias no processo de aprendizagem das crianças são outros fatores que auxiliam na qualidade da educação, segundo Pilar.

    Matrículas – Os dados mostram que 97,6% dos alunos na faixa etária dos 7 aos 14 anos estão matriculados no ensino fundamental. Na educação infantil, os dados são positivos: 70% das crianças de quatro e cinco anos de idade estão na escola. Para o secretário de educação continuada, alfabetização e diversidade do MEC, André Lázaro, o mérito pelo alcance desse percentual é da atuação dos municípios. “Isso significa que temos grandes chances de ter uma geração inteira escolarizada, que começa a vida escolar aos quatro anos e vai longe”, explica Lázaro.

    De acordo com o secretário, a aprovação do Fundo da Educação Básica (Fundeb) no Congresso Nacional é outro fator de sucesso, já que incluiu a educação infantil no financiamento. Para aumentar a porcentagem das crianças de quatro e cinco anos na escola, segundo Lázaro, é preciso manter a linha de trabalho em curso: financiamento adequado e construção de estabelecimentos de educação infantil, por meio do programa Proinfância, que está construindo mil unidades em 953 localidades. “O MEC tem tratado a educação como política de estado, não de governo ou partido. A intenção é fazer com que a educação seja compromisso de toda a sociedade.”

    Letícia Tancredi

  • Foto: Júlio César PaesO Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep/MEC) apresenta um balanço do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb) a partir de 1995, com os resultados da última edição, em 2005. É avaliado o desempenho acadêmico dos alunos da quarta e da oitava séries do ensino fundamental e da terceira série do ensino médio, em língua portuguesa e matemática.

    Em 2005, participaram da amostra do Saeb mais de 190 mil alunos de quase seis mil escolas espalhadas pelas 27 unidades da Federação. O Saeb avalia estudantes de escolas urbanas e rurais, tanto da rede pública quanto da privada. O universo de participação é apresentado em níveis nacional e regional e por unidade da Federação para as séries e disciplinas avaliadas, sem detalhamento para municípios ou unidades de ensino. As médias rurais são comparáveis apenas em âmbito nacional. As informações permitem ao Ministério da Educação e às secretarias estaduais e municipais definir ações de correção das distorções e debilidades identificadas nas redes de ensino.

    As médias do Saeb são apresentadas em uma escala que varia de zero a 500. Cada uma das disciplinas tem uma interpretação específica da escala, que é única para as três séries avaliadas. As médias apontam os distintos graus de desenvolvimento de habilidades, competências e aquisição de conhecimentos pelos estudantes ao longo dos anos de estudo.

    Alunos com média igual a 175,52 em língua portuguesa, que é a média nacional para a quarta série da rede urbana, por exemplo, são capazes de entender expressões com discurso indireto, narrativas de temática e vocabulário complexos, identificar marcas dos distintos gêneros de texto e a finalidade de um texto jornalístico, entre outras habilidades. Como a escala é cumulativa, esses estudantes também têm todas as habilidades descritas nos pontos mais baixos, como interpretar histórias em quadrinhos e poemas, identificar temas de textos mais simples e sentido de palavras em cantigas populares e expressões próprias da linguagem coloquial.

    Matemática — Em matemática, a média 239,38 (média nacional para a oitava série da rede urbana) indica que o estudante consegue, entre outras ações, localizar dados em tabelas mais complexas, identificar gráfico de colunas correspondentes a números positivos e negativos, converter medidas de peso e calcular o perímetro e a área de figuras. Alunos com essa média também têm desenvolvidas as capacidades descritas em níveis mais baixos, como a de calcular resultados de subtrações complexas, ler horas em relógios de ponteiros e digital, estimar medida de comprimento usando unidades não-convencionais e reconhecer a decomposição em dezenas e unidades de números naturais.

    As tabelas contêm informações sobre participação e as médias de desempenho no Saeb, por série e disciplina avaliada, em cada unidade da Federação, no período de 1995 a 2005. (Assessoria de Imprensa do Inep)

     

  • Gramado (RS) – Os debates que marcaram o encerramento do 5º Congresso Brasileiro de Ensino Superior a Distância e 6° Seminário Nacional de Educação a Distância foram centrados na perspectiva de futuro dessa modalidade de ensino. A cerimônia ocorreu nesta sexta-feira, dia 25, em Gramado.

    Após quatro dias de discussões intensas, trocas de experiências e palestras, ficou evidente o horizonte de avanços alcançados e que ainda devem ser trabalhados. Durante o encerramento, o coordenador da Universidade Aberta do Brasil (UAB), Celso Costa, afirmou que o futuro da educação a distância (EAD) não é incerto, mas está sendo construído.

    Para Costa, o desenvolvimento da EAD deverá passar por discussões contínuas quanto à regulação, a processos de avaliação e ao estabelecimento da cultura de educação a distância no país.

    Na cerimônia, Sérgio Franco, presidente da Universidade Virtual Pública do Brasil (Unirede) – consórcio que reúne universidades e faculdades federais, estaduais e municipais para o desenvolvimento da educação a distância –, afirmou que a sensação é de dever cumprido. “Atingimos nossos objetivos, mas ainda temos um vasto horizonte pela frente”, observou.

    Já o presidente da Associação Brasileira de Educação a Distância (Abed), Frederic Litto, falou sobre os 150 anos dos cursos a distância ofertados pela Universidade de Londres. “Mahatma Gandhi e Nelson Mandela foram alunos do curso de direito da universidade”, ressaltou.

    Renata Chamarelli

  • O titular da Secretaria de Educação Básica (SEB/MEC), Francisco das Chagas Fernandes, participa nesta terça-feira, 26, de audiência pública na Assembléia Legislativa de Mato Grosso, em Cuiabá. O objetivo da audiência, proposta pela deputada estadual Verinha Araújo (PT/MT), é discutir a criação do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). O evento será a partir das 9h, no Plenário Oscar Soares.

    Repórter: Heloisa dArcanchy

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