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  • Lembro-me bem dos meus tempos de criança, da minha cidade, das emoções vividas, da minha cidade querida... Vejo o filme de minha vida passando diante de meus olhos, as risadas, as lágrimas, os sorrisos, os olhares brilhantes, os amores, os encantos... Ainda me lembro de quando olhava para o céu azul... Campo Largo. Ah, Campo Largo! Lugarejo calmo e pacato, mas que marcará sempre, com sua simpatia e beleza, o coração dos campo-larguenses!

    Tempos bons, em que alegria era poder brincar, que encanto era olhar os pássaros, que divertimento era contar estrelas... Ai como era bom, com nossos pequenos olhinhos, fixados e ansiosos, aguardando que nossos irmãos maiores terminassem nossos brinquedos novos! Feitos de retalhos, meias velhas, sabugo de milho... Mas não importava, éramos gente simples, apenas com Deus nos acompanhando, abrindo nossos caminhos, amparando-nos quando necessário.

    E é por isso que eu e toda a minha família íamos todos os domingos à missa. Sempre muito religiosos, meus pais nos aprontavam com nossas melhores roupas, com a cheirosa água-de-colônia, lacinhos no cabelo, gravatinha nos meninos e com sapatos engraxados cuidadosamente por meu irmão mais novo.

    Bom mesmo era namorar! Como era gostoso, aquele friozinho que subia pelo corpo todo quando pegávamos um na mão do outro! A pior parte era quando chegava o momento de encarar o “sogrão”. As pernas tremiam, as mãos suavam, o rosto vermelho de vergonha... Mas estava ali! O pai nos colocava mil restrições, e a que mais nos incomodava era o irmão dela, que nos vigiava todo o tempo. Ele nos colocava preços: um beijinho – 3 balas; pegar na mão – 4 balicas; abraçar – 5 chicletes; olhares prolongados – 1 carrinho de coleção, mas não passava disso! Se fizéssemos mais que isso, o preço era outro: um sermão enorme e uma ex-namorada.

    Ainda bem que isso não aconteceu! Nós íamos ao Cine Jóia, depois ao coreto, onde tocavam as bandinhas, comprávamos um jornal, na Banca do Zeca, e sentávamos no banco da praça da Igreja. Era assim, pouco contato, mas muito... muito amor!

    Trabalhei muito, dia após dia, com o suor escorrendo pelo rosto para juntar um bom dinheiro, comprar minha casa e me casar com minha querida Luíza. Finalmente consegui! A alegria estampada em meu rosto mostrava a todos o amor que por ela sentia.

    Casei-me, dia especial, totalmente sem palavras, momento sem explicação! Que nervosismo ficar em frente ao altar esperando minha “anja protetora” chegar! Então – depois de minutos de atraso – entra minha noiva, minha esposa, minha mulher! Linda, véu sobre o rosto, cauda longa, vestido bordado à mão... imagem inesquecível.

    Casal perfeito, nos amamos muito. Assim vieram os frutos... lindos frutos! Dez filhos maravilhosos, prestativos. Eu, em meu tempo de estudo, ou seja, no tempo certo para se estudar, não tive condições... não tinha mesmo! Por isso dei tudo o que não tive aos meus filhos.

    Hoje tenho uma grande, não, não... ENORME família! Orgulho-me de ser descendente de italianos, mas me orgulho mais ainda de ser campo-larquense... povo bom e honesto! Agora, em meu lar, tenho rapazes formados, direitos, legítimos campo-larquenses!

    Ah, antes que tudo se apague, agradeço ao Nosso Senhor, que me permitiu ter pessoas tão lindas em minha vida, ter vivido instantes inesquecíveis e claro... registrar aqui minha caminhada, antes que o futuro os apague.

    Aí vai uma dica: antes que o belo se apague, viva a vida como ela é!

    Abraços... de um alguém.

    COLÉGIO ESTADUAL SAGRADA FAMÍLIA
    CIDADE: Campo Largo
    UF: PR
    Professora: SUELI TEREZINHA FERREIRA
    Aluna: SHERON RIBEIRO

    Contatos:
    Aluno(a):m (41) 3393 4094 – (41) 9602 2632
    Professor(a):
    Escola: (41) 3292 1071

     

    Poesia vencedora da Olimpíada Brasileira de Língua Portuguesa.  

  • Todas as unidades da Federação com escolas integradas à rede federal de educação tecnológica. É este o objetivo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ministro da Educação, Fernando Haddad, ao assinarem nesta quinta-feira, 8, o projeto de lei que cria as escolas técnicas do Amapá, Acre, Mato Grosso do Sul, Rondônia, sempre nas respectivas capitais dos estados, e no município de Canoas, região metropolitana de Porto Alegre (RS), e as escolas agrotécnicas de Brasília (DF), Marabá (PA), Nova Andradina (MS) e São Raimundo das Mangabeiras (MA).

    Além de beneficiar as unidades que ainda não contavam com escolas federais, casos de Amapá, Acre, Mato Grosso do Sul e Brasília, a expansão da rede federal de educação profissional e tecnológica procurou atender, de forma prioritária, regiões do interior do país e áreas distantes dos grandes centros urbanos. Para isso, além das cinco novas escolas técnicas e quatro agrotécnicas, estão sendo criadas 33 unidades descentralizadas vinculadas aos centros federais de educação tecnológica (Cefets). Dessas novas unidades, 28 devem estar concluídas ainda em 2006.

    A ampliação de vagas na rede federal de educação profissional e tecnológica só é possível graças à Lei nº 11.195, sancionada pelo presidente da República em 18 de novembro de 2005, que alterou a redação do artigo 3º da Lei nº 8.948, de 1994. O artigo em questão não permitia à União a construção de novas escolas técnicas ou agrotécnicas, a não ser em parceria com estados, municípios ou organizações não-governamentais, aos quais caberia a manutenção e a gestão dos estabelecimentos de ensino. Com a nova lei e a expansão, serão geradas 74 mil vagas quando da implementação definitiva dos cursos – o que significa um crescimento de mais de 30% sobre os 230 mil alunos atualmente matriculados na rede. (Assessoria de Comunicação Social do MEC)

     

  • Um acordo de cooperação técnica será firmado entre a Câmara dos Deputados, Ministério da Educação e comissões de educação das assembléias legislativas estaduais para garantir o alcance das metas do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE). A novidade foi anunciada no encerramento do seminário, realizado pela Comissão de Educação e Cultura  da Câmara dos Deputados (CEC), que reuniu, pela primeira vez no país, presidentes de comissões de educação de 22 de assembléias legislativas estaduais com o ministro da Educação.

    O acordo, cuja minuta ainda vai ser elaborada pelo MEC, terá a assessoria técnica do ministério para auxiliar na formulação de planos estaduais de educação, em conformidade com as metas do PDE. O ministro da Educação, Fernando Haddad, elogiou a iniciativa da comissão em reunir as assembléias legislativas. “É muito importante nos reunirmos com os parceiros que garantirão a rede de capilaridade que nos auxiliará a alcançar educação  pública de qualidade para todos os brasileiros”, afirmou Haddad.

    O presidente da CEC, Gastão Vieira (PMDB/MA), acredita que o seminário conseguiu mobilizar o Poder Legislativo em torno do Plano de Desenvolvimento da Educação.

    Haddad explicou que os mil municípios que tiveram o pior Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) não demandaram nenhum auxílio do MEC. “Isso acontece, muitas vezes, por falta de conhecimento dos gestores para utilizar os recursos do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação). É esse problema que precisamos combater.” Ele declarou que sua agenda está à disposição dos governadores para a realização da Caravana da Educação, que teve início na Bahia, e levará o PDE para todos os estados do país, explicando o plano e ouvindo as dúvidas e sugestões dos prefeitos.

    “As metas do PDE só serão alcançadas a longo prazo. Se conseguirmos atingi-las até 2022, ano do bicentenário da Independência, garanto que esse país terá alcançado efetivamente sua independência”, concluiu o ministro.

    Juliana Meneses

  • Os municípios de Palmeira das Missões e Frederico Westphalen, no Rio Grande do Sul, ganharão a implantação de um campus da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). O ministro da Educação, Tarso Genro oficializa a extensão da universidade na quinta-feira, 28, às 17h, em Palmeira das Missões.

    O campus integra a meta do governo federal de ampliar a educação superior pública, favorecendo a interiorização desse nível de ensino. Somente nesses dois municípios serão geradas 1.300 novas vagas. A região norte, com o mais baixo índice de desenvolvimento do estado, demanda a implantação de cursos na área de agronomia, engenharia florestal, comunicação social, zootecnia, enfermagem e administração. A maioria dos cursos está voltada para o beneficiamento da produção primária, agregando valor à principal atividade da economia local.

    A criação dos campi contribuirá para fixar os jovens na região, possibilitando a aquisição de conhecimento e formação profissional sem a necessidade de deslocamento do interior para as grandes cidades.

    O município de Frederico Westphalen, localizado a 448 quilômetros de Porto Alegre, possui uma população de mais de 27 mil habitantes. A base da sua economia está na produção de soja e milho. Palmeira das Missões situa-se na região do Alto Uruguai, noroeste do estado do Rio Grande do Sul, a 384 quilômetros da capital. As principais atividades econômicas do município são a agricultura e a pecuária.

    Repórter: Sandro Santos

  • Foto: Tereza SobreiraOs 10,5 milhões de alunos que participaram da 1ª Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep) vão receber certificados de participação dos ministérios da Educação e da Ciência e Tecnologia. O anúncio foi feito nesta terça-feira, dia 22, pelos ministros Fernando Haddad e Sérgio Rezende, durante a divulgação dos vencedores do concurso.

    A Olimpíada teve 10,5 milhões de alunos inscritos de 31.028 escolas em 5.197 municípios. “Essa mobilização nacional vai trazer resultados a curto, médio e longo prazos porque a olimpíada desobstruiu o caminho do aluno ao conhecimento da matemática e vai promover uma mudança de cultura”, disse Haddad. De acordo com o presidente do Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (Impa), César Camacho, a análise preliminar dos resultados possibilita verificar que o ensino da matemática na rede pública é uniforme em todo o país. “A média das notas não se diferencia nas cinco regiões brasileiras”, afirmou. Camacho adiantou que o instituto vai elaborar, até o fim do ano, uma análise dos números da olimpíada.

    A cerimônia de premiação ocorrerá em Brasília, em março do próximo ano. Serão premiados 300 alunos com medalhas de ouro, 405 com medalhas de prata, 405 com medalhas de bronze e 30 mil com menções honrosas. Serão oferecidas 2.001 bolsas de estudo em iniciação científica júnior do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Os professores dos cem melhores alunos ganharão estágio de 15 dias no Impa. As escolas dos 27 alunos com melhor classificação, uma por unidade federativa, ganharão laboratórios de computação e certificados de mérito.

    Objetivo — O objetivo da olimpíada é estimular o estudo da matemática por meio da resolução de problemas que despertem o interesse e a curiosidade de professores e estudantes. A competição, que teve como tema Somando Novos Talentos para o Brasil, envolveu alunos da quinta à oitava série e do ensino médio. A aplicação e a correção das provas mobilizaram cerca de 180 mil professores voluntários da rede pública.

    A Obmep é uma iniciativa dos dois ministérios, da Sociedade Brasileira de Matemática (SBM) e do Impa. Foram investidos R$ 25 milhões na realização do concurso. O resultado final está disponível na página eletrônica da Obmep

    Repórter: Flavia Nery


     

     

     

  • Por machismo, dona Francisca dos Santos foi impedida de estudar. O pai não queria que ela escrevesse cartas para o namorado e achava que a alfabetização era desnecessária para as mulheres. Depois veio o marido e, mais uma vez, ela não pôde aprender a ler e escrever. “Ele achava que estudar era coisa de mulher sem-vergonha”, conta. 

    Ela precisou esperar mais de 60 anos para realizar o sonho de compreender o mundo. “Eu me sentia cega, sem entender os nomes das ruas, sem saber contar o meu próprio dinheiro”, relata. Hoje, aos 71 anos, ela é alfabetizada graças à ação do programa Brasil Alfabetizado em Macapá, capital do Amapá.

    A história de dona Francisca se repete outras 27 mil vezes no Amapá. Esse é o total de adultos analfabetos do estado, o que corresponde a 7,23% da população adulta. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad/IBGE), referente a 2005.

    O ministro da Educação, Fernando Haddad, está no Amapá para garantir a adesão do estado e dos municípios ao Plano de Metas do Compromisso todos pela Educação. Uma das diretrizes do compromisso é que todas as crianças estejam alfabetizadas até os oito anos de idade. Se essa meta tivesse sido instituída antes, dona Francisca não precisaria ter esperado tanto para ter o direito de aprender a ler e escrever.

    Antes de realizar seu sonho, ela teve que trabalhar para criar os seis filhos. O marido a deixou e ela criou os filhos trabalhando como empregada doméstica. Para ela, a maior felicidade que existia era acompanhar o desenvolvimento dos filhos nos estudos. Os seis são alfabetizados e quatro completaram o ensino fundamental. Um já está na faculdade. “Eu só tinha alegria quando via que meus filhos não teriam a mesma sorte que eu”, garante.

    Ana Guimarães

    Confira outras notícias da Caravana da Educação

  • Dos 22 municípios do estado do Acre, somente um deixou de repassar ao Ministério da Educação as informações sobre a freqüência de todos os alunos matriculados na rede pública. O prazo de entrega da informação, fundamental para o repasse de recursos aos estudantes beneficiados pelo programa Bolsa-Família, expirou no dia 19 de junho.

    O Bolsa-Família beneficia 67.400 crianças acreanas, das quais 45.868 tiveram a freqüência total escolar informada, ou seja, acima dos 85% exigidos pelo programa, e 2.609 tiveram freqüência inferior a essa porcentagem. Outros 4.072 estudantes não foram localizados e não há informações sobre 14.851 alunos.

    Em todo o país, do total de 12.975.071 crianças incluídas no programa, 174.721 tiveram registro de baixa freqüência no primeiro trimestre – inferior a 85% dos dias letivos. “O resultado é o melhor alcançado até hoje”, disse o secretário executivo adjunto do MEC, Jairo Jorge. “Se o compararmos com o quarto trimestre de 2002, o máximo de informação alcançado foi de 1.670 municípios, contra os 5.320 que temos agora”, disse.

    Exigências – Jairo Jorge destaca que a Resolução MEC nº 6, de 22 de abril passado, exige das prefeituras os registros de freqüência para que os municípios possam pleitear, também, recursos dos programas do ministério. “Os municípios que deixam de informar a freqüência perdem a prioridade na hora de receber os recursos oriundos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE/MEC). Cabe salientar que apenas 4% encontram-se nessa situação”, explicou Jairo Jorge.

    O resultado da apuração da freqüência escolar é encaminhado pelo MEC ao Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), que utiliza os dados para a execução do Bolsa-Família. As sanções ou conseqüências do não-cumprimento das condições impostas pelo programa são atribuições do MDS.

    Repórter: Cristiano Bastos

  • A aplicação do Exame Nacional de Estudantes (Enade) foi transferida de 19 de junho para 6 de novembro. O motivo do adiamento, conforme o coordenador Amir Limana, é a necessidade de organização orçamentária e o processamento dos dados de 2004 e de publicar um edital com o novo cronograma do Exame. Este ano, serão avaliados 8.163 cursos de 19 áreas: arquitetura e urbanismo, biologia, ciências sociais, computação, engenharia (sete áreas), filosofia, física, geografia, história, letras, matemática, pedagogia e química. Conforme Limana, o adiamento não muda em nada a estrutura de aplicação do Enade, apenas altera a data da realização, sem mexer no volume de recursos previstos.

    Integrante do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes), o Enade é um sistema de avaliação que se diferencia do antigo programa de avaliação do Exame Nacional de Cursos (ENC), feito pelo governo passado. Possibilita, em um curto espaço de tempo, a avaliação da totalidade das áreas da educação superior. Limana lembra que, em oito anos de ENC, foram avaliadas 26 áreas, sendo apenas quatro da engenharia (neste ano serão avaliados todos os 49 cursos de engenharia, agrupados em sete grandes áreas). Em três anos de Enade, serão avaliadas 52 áreas de conhecimento (13 no primeiro ano, 19 no segundo e 20 no terceiro). Esse universo só será possível de ser atingido porque o atual sistema utiliza o método amostral, avaliando as áreas de três em três anos, diferentemente do programa anterior, que era anual.

    "O custo das 19 áreas, que neste ano consumirão R$ 32 milhões, deve ser dividido em um período de três anos, quando a área será novamente submetida ao exame", explica o coordenador. Outro aspecto importante é que o Enade não é apenas uma prova de conclusão de curso, mas se constitui de três avaliações: avaliação do ingressante, do concluinte e da formação geral. "Isso significa que as 19 áreas serão avaliadas três vezes cada. Essa se constitui na maior riqueza do Enade, que possibilita avaliar o processo de formação e com uma multiplicidade de olhares nos dados extraídos com tal metodologia", informa.

    A prova será realizada em 1.011 municípios e terá a participação de, aproximadamente, 486 mil estudantes (280 mil ingressantes e 206 mil concluintes). No ano passado foram avaliadas as áreas de agronomia, educação física, enfermagem, farmácia, fisioterapia, fonoaudiologia, medicina, medicina veterinária, nutrição, odontologia, serviço social, terapia ocupacional e zootecnia. Os resultados começarão a ser divulgados até o final deste mês. (Assessoria de imprensa do Inep)

  • Foto: Wanderley PessoaUm novo aplicativo de informática vai permitir às Instituições de Ensino Superior (IES) privadas realizar de forma eletrônica os processos de autorização e reconhecimento de cursos, credenciamento das IES e a renovação destes atos, regidos pelo Decreto nº 5.773/06. O anúncio foi feito pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, nesta terça-feira, 19, em reunião com a Associação Nacional das Universidades Particulares (Anup). A ferramenta, batizada de e-mec, vai facilitar e dinamizar os processos. “Estamos eliminando papéis, burocracia e tempo”, enfatizou o ministro.

    Com o novo sistema, que entra em fase de testes em outubro próximo, os processos poderão ser acompanhados em tempo real pela internet. A ferramenta se assemelha ao meio atualmente utilizado pelos tribunais do Judiciário. Além de cumprir o princípio constitucional da publicidade na administração pública, o novo procedimento vai permitir agilidade e transparência.

    Por meio de assinatura eletrônica, as IES privadas podem dar andamento aos procedimentos pela rede de computadores. A parte interessada vai poder acompanhar o pedido, saber em qual instância e com quem se encontra a demanda.

    “O processo não pode parar por outro motivo que não a inércia da parte interessada. Teremos como acompanhar o cumprimento dos prazos legais que terão de ser fielmente cumpridos pelo ministério”, afirmou Haddad. O ministro destacou ainda que, na eventualidade de algum atraso por parte da administração, a falha poderá ser facilmente identificada e sanada. A previsão é de que o aplicativo entre em operação até o final do ano.

    Repórter: Juliana Meneses

  • Estão abertas a instituições que ofereçam licenciaturas com conceitos satisfatórios no Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes), as inscrições para o Programa de Bolsa Institucional de Iniciação à Docência (Pibid). Desenvolvido pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC), o programa apóia estudantes de cursos de licenciatura e pedagogia de instituições federais de educação superior. A carreira de magistério da educação básica tem carência de professores nas áreas de ciência e matemática, da quinta à oitava série do ensino fundamental, e nas de física, química, biologia e matemática do ensino médio.

    Os projetos apresentados até agosto podem ser iniciados ainda este ano. Os recursos são de R$ 39 milhões, destinados ao pagamento de bolsas. O coordenador-geral do projeto e os subcoordenadores de áreas do conhecimento recebem bolsas mensais de R$ 1,2 mil, enquanto os alunos dos cursos de licenciatura têm direito a bolsa de R$ 300 por mês. Para os supervisores — professores em escolas nas quais os estudantes vão estagiar —, a bolsa é de R$ 600.

    “Pela primeira vez, a Capes preocupa-se não só com a formação de professores para a educação superior, mas de docentes com educação superior para a educação básica”, destaca o diretor de Educação Básica Presencial da Capes, Dilvo Ristoff. Segundo ele, o Pibid faz a articulação entre a educação superior, por meio das licenciaturas, a escola e os sistemas estaduais e municipais. “O Pibid, pelo direcionamento de suas ações, é um projeto extremamente importante para a educação brasileira. Ele integra os diferentes níveis de ensino, valoriza o espaço pedagógico e promove o futuro profissional do magistério da educação básica.”

    Mais informações na página eletrônica da Capes.

    Fátima Schenini

  • O Programa de Apoio à Pesquisa em Educação a Distância (Paped), da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC), está com inscrições abertas até 19 de agosto. Realizado em parceria com a Secretaria de Educação a Distância (Seed/MEC) e com a Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco), o programa apóia projetos de materiais didáticos em multimídia para cursos ministrados presencialmente ou à distância, via internet.

    Com esse incentivo à pesquisa e à busca de novos conhecimentos, o Ministério da Educação espera obter mais qualidade, eqüidade e eficiência dos sistemas públicos de ensino.

    A primeira chamada é destinada a selecionar teses de mestrado ou doutorado, em fase final, que tratem do uso de novas tecnologias de informação e comunicação aplicadas à educação presencial ou a distância. Serão financiadas cinco teses de doutorado e dez dissertações de mestrado. O prêmio será de R$ 8 mil para os trabalhos de doutorado e R$ 6 mil para os de mestrado.

    Na segunda categoria poderão concorrer projetos de materiais didático-pedagógicos, produtos para multimídia e multiplataforma, preferencialmente em padrão scorm (sistema internacional de padronização digital de conteúdos de aprendizagem), desenvolvidos para uso na educação presencial ou a distância, de nível básico ou superior. Eles devem ser projetados exclusivamente por professores do ensino de graduação e de pós-graduação.

    Os produtos vencedores devem ser oferecidos às escolas e instituições de ensino superior. Garantidos os direitos autorais, os autores cederão ao MEC o direito de uso não-comercial. Podem ser premiados até dez projetos. Cada um receberá R$ 9 mil.

    Criado em 1997, o Paped já recebeu e avaliou 512 propostas de instituições e pesquisadores de todo o país, selecionou 140 trabalhos e investiu, aproximadamente, R$ 600 mil, como forma de apoio financeiro para as pesquisas realizadas.

    Mais informações, além do formulário de inscrição, no endereço eletrônico da Capes.

    Adriane Cunha

  • O Conselho Universitário da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) aprovou, no final de semana, a adesão ao Plano de Reestruturação e Expansão das Instituições Federais de Ensino Superior (Reuni). A Ufam tem mais de 17 mil alunos em 57 cursos de graduação. Nos próximos dois anos, os cursos de mestrado passarão de 26 para 30, e os de doutorado de oito para dez.

    No início do mês, o Conselho Universitário da Universidade Federal de Tocantins (UFT) havia aprovado, por unanimidade, a proposta de adesão ao Plano. No estado do Amazonas, o debate sobre o Reuni durou oito meses. “Com o Reuni, a universidade vai avançar nas áreas que apresentam maior carência, como nos cursos de engenharias e licenciaturas”, disse o pró-reitor de Planejamento da Ufam, Edmilson Bruno da Silveira. “Vamos ofertar todas as licenciaturas no período noturno”.

    Para Silveira, embora as universidades do norte do país fossem beneficiadas com a expansão fase 1, o programa Reuni apresenta a possibilidade de melhorar ainda mais a estrutura acadêmico-pedagógica dessas instituições. Até o dia 29 de outubro as 18 unidades da UFAM devem apresentar seus projetos ao Ministério da Educação, com propostas de criação de cursos e aumento do número de vagas.

    A Universidade Federal do Amazonas é considerada a primeira universidade brasileira. Sua origem foi a Escola Universitária Livre de Manáos, criada em 1909.

    Reuni — Até o próximo dia 29, as universidades federais podem apresentar suas propostas de reestruturação e expansão para o Reuni. Os projetos devem prever investimento em custeio, contratação de pessoal, aquisição, instalação e manutenção de equipamentos, construção e recuperação de instalações físicas das instituições.

    O Reuni visa aumentar o número de vagas para ingresso de estudantes, reduzir as taxas de evasão, ampliar a mobilidade estudantil e articular a educação superior com a educação básica, profissional e tecnológica. Nos próximos quatro anos, R$ 2 bilhões serão destinados às universidades federais.

    Assessoria de Imprensa da Secretaria de Educação Superior

  • A programação da TV Escola nesta sexta-feira, 8, exibe a série Programa de Palavra, destinada ao ensino fundamental e apresentada pelo professor Sérgio Nogueira Duarte, que esclarece dúvidas sobre a língua portuguesa. São cinco programas de 25 minutos cada, exibidos em seqüência, às 7h, com reprise às 9h, 13h, 17h e 21h.

    No Salto para o Futuro, serão apresentados dois programas da série Educação e o Mundo do Trabalho, que trata, entre outros assuntos, da concepção de desenvolvimento para o país, das relações de trabalho e do papel da educação nesses processos. Às 11h e às 15h, a produção exibida é EJA Integrada com Qualificação Profissional e, às 19h, Trabalho como Princípio Educativo na Sociedade Contemporânea.

    Os Arturos é a produção voltada ao ensino médio desta sexta. Exibido às 12h, com reprise às 16h, 20h e 23h, o programa mostra a comunidade dos Arturos, na cidade de Contagem (MG), que preserva valores e tradições de seus antepassados e realiza uma das mais populares manifestações culturais banto-católicas: o congado. É comentado por professores de Arte, Antropologia e História.

    A TV Escola pode ser acessada pelos canais 27 (Sky), 237 (Direct TV) e 4 (Tecsat) e também por antena parabólica analógica e digital. As grades de programação estão disponíveis na página eletrônica da Seed. (Assessoria de Imprensa da Seed)

  • Seminário vai discutir freqüência escolar dos alunos (Foto: João Bittar)O ensino voltado às crianças de zero a seis anos que moram no campo será debatido nos dias 30 e 31 de julho, em Brasília, no Ministério da Educação. Um seminário discutirá as características e necessidades dessas crianças, para que seja elaborada uma proposta de educação infantil que atenda às demandas de aprendizado em zonas rurais.

    “A educação infantil no campo representa a menor taxa de freqüência escolar da educação básica”, diz a coordenadora de educação infantil da Secretaria de Educação Básica (SEB), Rita Coelho. Segundo ela, é preciso descobrir as razões que levam à baixa freqüência, debater a concepção de educação infantil no campo – que difere da educação ofertada em áreas urbanas – e construir políticas públicas com base nessas discussões.

    “Queremos saber se a demanda é pequena no campo ou se a oferta é insuficiente para atender as crianças”, ressalta Rita. A coordenadora explica que, para oferecer educação infantil de qualidade no campo, além dos problemas da oferta, é preciso levar em conta as características dos habitantes. “São povos ribeirinhos, da floresta, do sertão, da agricultura familiar, populações que vivem em assentamentos”, exemplifica.

    De acordo com Rita, as políticas públicas de educação infantil obedecem hoje a parâmetros urbanos de atendimento. No campo, diz Rita, muitas crianças da creche aos primeiros anos do ensino fundamental – entre zero e dez anos – estudam juntas em salas multisseriadas porque não há concentração de demanda suficiente que justifique salas específicas para cada turma ou faixa etária.

    “Precisamos pensar um projeto arquitetônico, rotinas de atendimento e formação de professores para a educação no campo”, destaca Rita. Para a coordenadora-geral de educação no campo da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad), Sara Lima, o encontro oferecerá subsídios para definir uma política para a educação infantil nessas áreas. “Vamos escutar gestores, pesquisadores, representantes de movimentos sociais, para saber qual a melhor política para atender essa faixa etária”, afirma.

    O seminário reunirá estudiosos e pesquisadores do tema, representantes de universidades, da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), do Conselho Nacional dos Secretários de Educação (Consed), do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), entre outros. O encontro é iniciativa do grupo de trabalho Educação Infantil no Campo, formado por técnicos dos Ministérios da Educação e do Desenvolvimento Agrário.

    Maria Clara Machado

  • Concorrem à 2ª edição do Prêmio Inovação em Gestão Educacional 292 municípios, de 23 estados, que representam as cinco regiões do país. O concurso vai selecionar as dez melhores experiências que dividirão um prêmio de R$ 1 milhão, recurso que o município, com assistência técnica do MEC, vai aplicar na conclusão do projeto.

    Os secretários de educação dos municípios com projetos escolhidos ganharão um curso de formação em planejamento e gestão no escritório do Instituto Internacional de Planejamento Educacional (Iipe), em Buenos Aires, na Argentina. O Iipe é vinculado à Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), com sede na França.

    O prêmio é promovido pelo MEC a cada dois anos para destacar projetos inovadores na gestão das redes municipais de ensino público, com foco na qualidade da aprendizagem, que é uma das 28 diretrizes do Compromisso Todos pela Educação. De acordo com o diretor do Departamento de Fortalecimento Institucional de Gestão Educacional da Secretaria de Educação Básica (SEB/MEC), Arlindo Queiroz, as 292 inscrições revelam que os municípios estão motivados e investindo em novas práticas de ensino. “Existe um clima de mobilização dos sistemas de ensino em função da dinâmica colocada pelo Plano de Desenvolvimento da Educação, que hoje completa um ano”, explica.

    Do conjunto de projetos que concorrem ao Prêmio Inovação, 111 são desenvolvidos em redes municipais da região Sudeste; 73, da região Sul; 60, do Nordeste; 25, do Centro-Oeste; e 23, da região Norte. Não inscreveram experiências os municípios do Acre, Amapá e Roraima. O Distrito Federal não participa, porque sua rede é estadual.

    Avaliação — A primeira reunião da SEB, do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) — que coordenam o prêmio, com a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e a Unesco, que são parceiros no concurso — com a comissão julgadora dos projetos será na próxima terça-feira, 29, em Brasília. A comissão vai receber os projetos que serão classificados em quatro grupos temáticos: gestão pedagógica, gestão de pessoas, planejamento e gestão (democrática, deinfra-estrutura e financeira), avaliação e resultados educacionais.

    Cada um dos temas, explica Arlindo Queiroz, está vinculado a um grupo de diretrizes do Compromisso Todos pela Educação, que integra o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE). Todos os temas têm como preocupação central a qualidade da aprendizagem.

    Depois de dividir os projetos por grupos temáticos, a comissão avaliadora cumprirá uma agenda que vai de 5 de maio a 8 de outubro. Nesse prazo, a comissão vai avaliar todos os projetos e escolher os 28 mais significativos. As 28 experiências receberão visitas de consultores e de equipe técnica do MEC. Consultores e técnicos vão conhecer como se desenvolve o trabalho no município e se está de acordo com o projeto que concorre ao prêmio. Entre 8 de setembro e 3 de outubro, a comissão selecionará as dez experiências que serão premiadas. A entrega do Prêmio Inovação será em 19 de novembro, em Brasília, e, no dia 20, cada sistema de ensino vai apresentar seu projeto. Em dezembro, ainda sem data definida, os secretários municipais de educação vão a Buenos Aires participar do curso do Iipe.

    Na 1ª edição do Prêmio Inovação ,em 2006, concorreram 265 projetos de 13 capitais e municípios de 24 estados, das cinco regiões, sendo que 76% dos municípios tinham menos de 100 mil habitantes.

    Ionice Lorenzoni

    Republicada com correção de dados

  • O diretor de Avaliação da Educação Básica do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep/MEC), Carlos Henrique de Araújo, defendeu, nesta terça, 31, no Rio de Janeiro, a importância do novo instrumento de avaliação da educação básica, a Anresc (Avaliação Nacional do Rendimento Escolar), que será aplicada, em novembro deste ano, em cerca de cinco milhões de crianças de 43 mil escolas urbanas de 4ª e 8ª séries da rede pública.

    A apresentação de Carlos Henrique encerrou a programação do seminário sobre avaliação educacional, promovido pelo Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed). Para ele, a Anresc é um instrumento de gestão importantíssimo. “Por meio dela os estados poderão conhecer melhor cada uma das unidades escolares e traçar estratégias de melhoria da rede”, afirmou.

    Durante a palestra, o diretor do Inep abordou também os resultados da Pesquisa Nacional Qualidade da Educação: a Escola Pública na Opinião dos Pais, realizada com dez mil pais e divulgada recentemente pelo Inep. Para conhecer a pesquisa, clique aqui.

    Sistemas – O seminário foi realizado no Hotel Sheraton, no Rio de Janeiro, e reuniu, entre outros, representantes da Bahia, Ceará, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo que apresentaram seus sistemas estaduais de avaliação. Mais informações sobre o evento, na página eletrônica do Consed. (Assessoria de Imprensa do Inep)

     

  • Pais com baixa escolaridade, famílias de baixa renda, casas sem livros e escolas com pouca infra-estrutura são fatores que sempre levam a um mau desempenho na escola. A afirmação, tomada como certa para muitos, foi desmontada na manhã desta terça-feira, 19, em Brasília. Pesquisadores do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e o ministro da Educação, Fernando Haddad, revelaram os resultados do Aprova Brasil.

    O estudo, resultado de parceria entre o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep/MEC) e o Unicef, analisou quais aspectos foram determinantes para que alunos de baixa renda − e que estudam e moram em regiões social e economicamente vulneráveis −  conseguissem obter desempenho escolar acima da média na Prova Brasil.

    A primeira edição da Prova Brasil, feita em novembro de 2005, serviu de base para o estudo do Unicef. A Prova Brasil foi realizada em escolas públicas de 5.398 municípios de todas as unidades da Federação e avaliou 3.306.378 alunos de 4ª e 8ª série do ensino fundamental, a partir de provas de língua portuguesa (com foco em leitura) e matemática.

    Para selecionar as escolas analisadas, além do alto desempenho na Prova Brasil, Inep e Unicef levaram em conta perfis socioeconômicos similares, de baixa renda, das famílias e dos municípios onde moram e estudam os alunos avaliados. Crianças e adolescentes de 33 municípios espalhados por 14 estados e Distrito Federal foram avaliados, assim como as escolas e os demais agentes ligados à educação dos alunos − como diretores, funcionários, pais e membros de conselhos escolares.

    “Em cada caso verificamos que foi feito um esforço da comunidade em proveito de alunos e professores. Fica claro que, com ações voltadas para a constituição de uma comunidade mobilizada em torno de interesses da educação, é possível extrair desses casos exemplos que podem repercutir na qualidade da educação básica”, afirmou o ministro Haddad.

    Apesar das dificuldades enfrentadas, todas as 33 escolas avaliadas apostaram na força das relações humanas em torno de um projeto pedagógico, que permitiu o uso dos recursos públicos de maneira criativa e inovadora. Nessas escolas, todos os envolvidos na formação dos alunos participam e decidem juntos os rumos da gestão escolar e do ensino na sala de aula.

    Três aspectos foram identificados pelos pesquisadores como fundamentais para explicar o protagonismo das escolas em meio a um cenário pouco provável de alto desempenho escolar − o papel do professor, a participação dos alunos e práticas pedagógicas que envolvem projetos ligados à realidade dos alunos.

    Para a representante do Unicef no Brasil, Marie-Pierre Poirier, o aspecto mais importante mostrado pela pesquisa foi o desejo e o esforço de professores, diretores e pais de garantir o direito de cada criança em receber educação de qualidade.

    Experiências – A consultora do Unicef para educação, Maria de Salete Silva, chefiou a equipe de pesquisadores e relatou algumas boas práticas de ensino observadas por eles. Segundo Salete, cada escola tem um projeto muito particular que não pode ser copiado, mas que pode estimular outras escolas e ações de governo.

    Algumas inventaram o projeto Sacola Literária, que estimula o aluno a ler no final de semana e a contar a história lida aos colegas na segunda-feira. Assim, a falta da biblioteca é minimizada, já que os alunos trocam os livros da sacola. Em Sertãozinho (SP), um bolo é usado para ensinar fração e toda a comunidade, envolvida na aprendizagem, sabe o dia da atividade na escola. “Quando a pesquisadora chegou na cidade para avaliar as escolas, o taxista contou logo do bolo”, disse Salete. Na mesma escola, as aulas de literatura incluem apresentações teatrais dos alunos. Em uma delas, os estudantes promoveram um julgamento, com juiz e advogados, para tratar do famoso caso de Capitu, da obra Dom Casmurro, de Machado de Assis.

    Em Tocantinópolis (TO), os alunos plantam e colhem na horta escolar e participam do projeto Cinema na Escola.

    Outro fator de surpresa para os avaliadores foi a valorização da disciplina na escola. Geralmente apontada como medida coercitiva, a disciplina é vista com bons olhos até pelos alunos, que consideram a escola 'organizada' ao incluir padrões mais rígidos de controle. Numa escola do Guará (DF), por exemplo, se os estudantes chegarem mais de dez minutos atrasados, precisam levar os pais para explicar o ocorrido ao diretor. E em todas as escolas, meninos e meninas disseram aprovar o uso do uniforme porque gostam de ser identificados como parte da escola.

    De acordo com Salete, nenhuma escola reconheceu aspectos ligados à infra-estrutura como decisivos para o desenvolvimento de boas práticas educacionais. “É claro que a infra-estrutura é importante, mas é preciso estar atrelada ao projeto pedagógico da escola. Não adianta ter biblioteca se os alunos não se envolverem num projeto com foco na leitura”, explicou Salete. E todos os pesquisados destacaram como essencial a relação professor-aluno, principalmente quando o ato de ensinar e aprender é enriquecido com formas criativas.

    Maria Clara Machado

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  • Com a aprovação da reforma universitária, a elaboração de um novo plano de carreira para os docentes das instituições federais de ensino superior (Ifes), uma antiga reivindicação da categoria, está mais perto de ser atendida. Nesta sexta-feira, 29, será apresentada a terceira versão do anteprojeto da Lei da Reforma da Educação Superior. O projeto de lei que cria o plano de carreira nacional das Ifes será enviado ao Congresso Nacional em até dois anos, a partir do momento em que a reforma entrar em vigor.

    Segundo o secretário adjunto do MEC, Jairo Jorge, a proposta do ministério é iniciar a discussão imediatamente sobre o novo plano de carreira dos professores das Ifes. “O prazo de dois anos é apenas uma referência, queremos concluir as discussões no menor período possível para a constituição de um plano de carreira que atenda plenamente as expectativas dos professores”, afirmou.

    GED – O secretário explicou que o MEC constituiu um grupo de trabalho que está discutindo o futuro da Gratificação de Estímulo à Docência (GED) e sua possível incorporação. “Queremos concluir os trabalhos até setembro e apresentar uma proposta que repercuta em 2006, tanto em relação à incorporação da GED como também aumentando os percentuais de titulação”, informou.

    Jairo Jorge também disse que, a partir de outubro, o grupo discutirá o novo plano de carreira para os docentes, que será elaborado em conjunto com as entidades da comunidade acadêmica, como Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Fórum de Professores das Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes) e Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior  (Andes).

    O secretário entende que a criação de um plano de carreira é um processo. “É importante que tenhamos um novo sistema, não só para melhorar a remuneração dos professores, mas também para ser um instrumento de gestão de política de recursos humanos dentro das instituições federais de ensino superior.” Para ele, o novo plano precisa ser mais moderno e contemplar as novas demandas das universidades brasileiras: “Precisamos de um plano de carreira, onde os professores sejam valorizados, isso é fundamental para a viabilização da reforma da educação superior”, finaliza.

    Repórter: Cristiano Bastos

  • Deverá ser promulgada até o final desta semana a Medida Provisória nº 299/06, aprovada na última terça-feira, 17, no Senado. A MP beneficiará a expansão da utilização de tecnologia de informática na educação a distância. Desde que foi editada pelo presidente da República, em julho, a medida destinou R$ 63 milhões ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE/MEC) para serem utilizados no Programa Nacional de Informática na Educação (ProInfo).

    Foi aprovada também a Medida Provisória nº 304/06, que cria o Plano Geral de Cargos do Poder Executivo, incluindo a criação das carreiras e o Plano Especial de Cargos do FNDE e do Instituto Nacional de Estudo e Pesquisas Educacionais (Inep/MEC).

    O parecer dado em plenário pelo senador Romero Jucá (PMDB-RR) foi pela aprovação da MP, que também deve ser promulgada pelo presidente do Congresso Nacional, Renan Calheiros, até o fim desta semana.

    Estima-se que essa MP, editada pelo governo federal em junho deste ano, teria impacto sobre aproximadamente 320 mil servidores. Um acordo entre as lideranças partidárias do Senado permitiu que a matéria fosse aprovada com o mesmo texto que havia sido aprovado antes na Câmara dos Deputados.

    Como a Câmara não deve realizar votações em plenário até o segundo turno das eleições, os senadores consideraram inviável emendar as proposições, para evitar que a expiração do prazo das MPs implicasse a descontinuidade do salário da maioria dos servidores atingidos pelas medidas.

    Repórter: Fabiana Gomes

  • O governador do Ceará, Lúcio Alcântara, encontrou-se com o ministro Fernando Haddad, nesta quarta-feira, 17, para tratar do encaminhamento do Projeto Alvorada para o Ceará. Na ocasião, o governador expressou preocupação com a votação do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), que está tramitando no Congresso Nacional. Segundo ele, o fundo é importantíssimo para o Ceará, estado que apresenta alto índice de matrícula no ensino fundamental.

    “É de grande importância que possamos ter o Fundeb aprovado. Esperamos que a União possa exercer o papel de complementação para reduzir as desigualdades regionais”, disse o governador.

    O Projeto Alvorada, de iniciativa da Secretaria de Educação Básica (SEB/MEC), apóia escolas de ensino médio em 14 estados brasileiros.

    Repórter: Cristiano Bastos

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