Terminam na quarta-feira, 8, em Santa Catarina, as oficinas de treinamento do Programa Nacional de Capacitação de Conselheiros Municipais de Educação (Pró-Conselho), no Hotel Praiatur, na Praia dos Ingleses, em Florianópolis. Espera-se a participação de 400 conselheiros municipais de educação no evento, que começou nesta segunda-feira, 6.
O fortalecimento dos conselhos faz parte da agenda de qualidade na educação básica, divulgada pelo ministro Tarso Genro, em parceria com a Secretaria de Educação Básica (SEB/MEC), Conselho Nacional de Educação (CNE), Fórum Nacional dos Conselhos Estaduais de Educação, União Nacional dos Conselhos Municipais de Educação (Uncme), União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Programa Nacional das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) e Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).
As primeiras oficinas foram realizadas no mês março, em Vitória (ES). Em abril, foi a vez da Bahia. Rio Grande do Sul e Paraná receberam as oficinas em maio. Até o final do ano, o programa deve alcançar 2.600 conselheiros. Segundo Arlindo Cavalcanti de Queiroz, coordenador de articulação e fortalecimento dos sistemas de ensino da SEB, o conselho é responsável pelo contato com a comunidade. “Dois temas são debatidos: a relação entre o conselho municipal e o contexto da educação não só no município, mas globalmente. Discutiremos o papel dos conselhos e o Plano Municipal da Educação", informou.
Pelo menos 44% das cidades brasileiras têm conselhos municipais de educação. Há representantes do poder público, sociedade civil e iniciativa privada. Cidades maiores têm mais membros e as menores têm menos. Um dos componentes do programa é o Sistema de Informações dos Conselhos Municipais de Educação (Sicme), que traça o perfil dos conselhos e conselheiros. "É por meio do Sicme que identificamos os pontos fortes e fracos dos conselhos para atuarmos com mais eficiência", diz Queiroz.
Os conselhos municipais dão suporte técnico aos sistemas de ensino e propõem medidas com relação às políticas educacionais, além de estabelecer normas para organizar a educação municipal. Eles podem autorizar cursos, credenciar escolas ou definir o período do calendário escolar.
Oficinas – Após Santa Catarina, as oficinas do Pró-Conselho estão marcadas para São Paulo, dos dias 20 a 25. Em agosto, serão treinados, entre os dias 2 e 4, o conselho do Rio de Janeiro, e nos dias 24, 25 e 26, o de Mato Grosso. Em setembro, será a vez de Minas Gerais, de 15 a 17. Em seguida, será a de Roraima, em 29 e 30 do mesmo mês e em 1º de outubro. O Amapá terá suas palestras de 20 a 22 de outubro e, fechando o ciclo de oficinas, o Pará, de 10 a 12 de novembro.
O Pró-Conselho foi criado em outubro de 2003 para ampliar a capacidade de entendimento e atuação dos conselheiros municipais de educação. O programa incentiva e qualifica a participação da sociedade na tarefa de avaliar, definir e fiscalizar as políticas educacionais e garantir a universalização dos direitos básicos que promovam o exercício da cidadania.
Repórter: Sonia Jacinto