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  • As bolsas de mestrado e doutorado da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Ministério da Ciência e Tecnologia (CNPq/MCT) serão reajustadas em 10%, ainda este ano. O anúncio foi feito pelo ministro da Ciência e Tecnologia, Sérgio Resende, e pelo secretário de Educação Superior (SESu/MEC), Nelson Maculan, na abertura da 58ª Reunião da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). A cerimônia foi realizada domingo, 16, na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em Florianópolis.

    Segundo o ministro Sérgio Resende, o Brasil vai formar mais de dez mil doutores em 2006. Ele destacou a participação dos empresários no incentivo à pesquisa nacional e lembrou que o tema da reunião da SBPC este ano é SBPC&T – Semeando Interdisciplinaridade. Para Resende, só agora o Brasil dá início a uma cultura de inovação e também a uma integração entre as agências e órgãos federais, que dispõem de uma estratégia de ciência e tecnologia. Nelson Maculan ressaltou o papel da UFSC na região Sul e afirmou que uma educação superior de qualidade está ligada à pesquisa e à extensão de excelência.

    O presidente da SBPC, Enio Candotti, manifestou preocupação com o grande número de leis existentes no Brasil. “Não haverá desenvolvimento científico em nosso país, se continuarem a vigorar todas essas leis. Ou reformulamos as leis ou morreremos asfixiados por elas”, disse.

    Homenagens – Durante a cerimônia de abertura da SBPC, a pesquisadora e cientista Glaci Zancan, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), que exerceu a presidência da sociedade entre 1999 e 2003, foi homenageada pela comunidade científica. Outro homenageado foi o professor Caspar Erich Stemmer, ex-reitor da UFSC. Também participaram da cerimônia de abertura as ministras do Meio Ambiente, Marina Silva, e da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, Nilcéa Freire, o presidente da Capes, Jorge Guimarães, o reitor da UFSC, Lúcio José Botelho, e o reitor da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), Anselmo de Moraes.

    O encontro prossegue até sexta-feira, 21, no campus da UFSC, com palestras, debates e simpósios, além de uma série de eventos artísticos voltados para a promoção da cultura regional.

    Fátima Schenini

  • Os ministros da Educação, Fernando Haddad, e da Saúde, José Agenor Álvares da Silva, informaram na tarde desta quarta-feira, 23, que o valor das bolsas de residência médica será reajustado em 30%, a partir de janeiro de 2007. O projeto de lei que estabelece o reajuste será enviado ao Congresso Nacional nos próximos dias. No caso das bolsas de residência que não são pagas pelo governo federal, o projeto prevê a integralização do reajuste até julho de 2007. O valor atual da  bolsa é de R$ 1.459,00. (Assessoria de Comunicação Social do MEC)

  • O Centro Federal de Educação Tecnológica do Rio Grande do Norte (Cefet-RN) recebeu uma cota de dez bolsas, num total de 387 para todo o país. As bolsas são do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (Pibiti), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), órgão do Ministério de Ciência e Tecnologia.

    Estimular estudantes para o desenvolvimento e transferência de novas tecnologias e inovação é o objetivo desta iniciativa. As bolsas, no valor de R$ 300,00, terão duração de 12 meses, entre agosto de 2007 e julho de 2008. Conforme o CNPq, deverão ser distribuídas segundo critérios que assegurem que os bolsistas serão orientados pelos pesquisadores de maior competência científica e tecnológica e capacidade de orientação na escola.

    Estudantes de cursos técnicos ou superiores do Cefet-RN, sem vínculo empregatício, e não beneficiários de outras bolsas de pesquisa, podem apresentar propostas de projetos.

    História ― O Pibiti foi criado em 2006 para estimular estudantes do ensino técnico e superior no desenvolvimento e transferência de novas tecnologias e inovação, contribuindo para o engajamento e formação de recursos humanos no aperfeiçoamento de pesquisas, fortalecimento da capacidade inovadora das empresas no país, além de estimular o pensar tecnológico e a criatividade dos estudantes.

    Para concorrer às vagas, o aluno tem que ser selecionado e indicado por um orientador com título de doutor ou equivalente, além de apresentar um projeto de pesquisa contendo os seguintes itens: título, resumo, introdução, fundamentação teórica, justificativa, objetivos, metodologia, cronograma, equipe executora e referências bibliográficas.

    As inscrições estão abertas de 16 a 25 de julho, das 8h às 17h, na Diretoria de Pesquisa do Cefet-RN, ou pelo correio eletrônico Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.. O edital do programa encontra-se na página eletrônica do Cefet-RN. 

    Assessoria de Imprensa da Setec

  • Quatro comitês de consultores entrevistam até esta quarta-feira, 19, os 83 candidatos pré-selecionados para o Programa de Doutorado Pleno nos Estados Unidos, que teve 122 inscritos. As entrevistas reúnem 13 consultores, divididos em quatro comitês, de acordo com as grandes áreas do conhecimento. As bolsas serão pagas no segundo semestre de 2008.

    O programa é uma parceria da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC) com a Comissão Fulbright do Brasil. “Estamos muito satisfeitos com esta parceria, que ocorre há quatro anos”, diz o diretor da Comissão Fulbright, Luiz Valcov Loureiro. Após as entrevistas, os candidatos aprovados concorrerão a vagas nas instituições norte-americanas. Para a coordenadora de Programas no Exterior da Capes, Maria Luiza Lombas, a seleção identificou bons candidatos. “Os brasileiros estão em posição de igualdade com estudantes do mundo inteiro que concorrem a uma vaga para doutoramento nos EUA”, diz.

    Um dos candidatos é Rafael Leite, graduado em ciências biológicas pela Universidade de Brasília (UnB) e com mestrado em ecologia pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa). Ele quer fazer doutorado em biologia evolutiva, na Universidade de Brigham Young, em Utah. Leite desenvolve estudos na área de filogenia molecular e biogeografia dos ratos-de-espinho, do gênero proechimys, abundantes em florestas neotropicais, como a floresta amazônica. Segundo ele, como os Estados Unidos dispõem de museus que possuem material genético nessa área, além de computadores muito potentes, isso vai agilizar seu trabalho de pesquisa.

    Graduada em física pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Katemari Rosa quer fazer doutorado na área de ensino de ciências, na Universidade de Columbia. Sua proposta de pesquisa é abordar a escolha da carreira e da formação de mulheres físicas negras. “A Universidade de Columbia tem dados sobre esse assunto, relativos aos Estados Unidos. Quero descobrir em que medida o ensino de ciências, no Brasil, poderá contribuir para que mais meninas negras brasileiras escolham a carreira científica”, salienta.

    As bolsas têm duração inicial de 12 meses, mas podem ser renovadas, dependendo do desempenho do bolsista, desde que não ultrapassem o período total de quatro anos. Os selecionados receberão passagem aérea de ida e volta, bolsa mensal no valor US$ 1.100, auxílio-instalação e seguro-saúde. Mais informações sobre o Programa Capes/Fulbright na página eletrônica da Capes.

    Fátima Schenini

  • A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC) e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) assinaram nesta terça-feira, 9, no Rio de Janeiro (RJ), um convênio de cooperação técnico-científica para a capacitação de recursos humanos e treinamento de profissionais em inovação tecnológica em saúde.

    Serão implementadas até 20 bolsas de estudos da Capes para recém-doutores e a realização de estágio de pós-doutorado. Na primeira modalidade, o objetivo é estimular o desenvolvimento de projetos institucionais voltados para a integração das atividades de ensino, pesquisa e extensão, além de complementar a formação dos doutores jovens. No chamado estágio pós-doutoral, professores ou pesquisadores poderão ficar um período no exterior, com duração de até um ano, para o intercâmbio com colegas estrangeiros.

    Segundo o presidente da Capes, Jorge Guimarães, o objetivo da parceria é qualificar doutores em gestão da saúde. “A Fiocruz tem uma longa tradição de pesquisa e desenvolvimento tecnológico. A medicina brasileira tem conquistado avanços no cenário científico nacional e mundial e a Fiocruz contribui para isso. Queremos qualificar doutores para administração da saúde e para o surgimento de novos produtos”, explicou Jorge Guimarães.

    Edital – Outro programa de estímulo de troca de experiências será a modalidade de professor visitante estrangeiro. Serão oferecidas até 15 bolsas para profissionais de outros países, de comprovada competência em suas áreas de atuação. Eles deverão dar aulas, orientar alunos e participar de atividades de pesquisa. O edital deverá ser lançado pela Fiocruz em junho. A seleção será feita em conjunto com a Capes, a partir da formação de comissão integrada por representantes dos dois órgãos e um da comunidade acadêmica.

    Adriane Cunha

  • A Secretaria de Educação Básica (SEB/MEC) e o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE/MEC) trabalham na regulamentação da Lei nº 11.274/2006, que autoriza a concessão de bolsas de estudo ou de pesquisa a participantes de programas de formação inicial e continuada para professores da educação básica. Embora a lei autorize o pagamento de bolsas para professores cursistas, somente professores formadores e tutores receberão bolsas. A exceção é o Pró-Licenciatura.

    O MEC vai editar resolução para cada programa definindo valores e formas de repasse. Os programas de formação que prevêem bolsas para tutores e professores formadores são o Programa de Formação Inicial para Professores em Exercício na Educação Infantil (ProInfantil), Programa de Formação de Professores em Exercício – séries iniciais do ensino fundamental (Proformação), Programa de Formação Inicial para Professores da segunda metade do ensino fundamental e do ensino médio técnico (Pró-Licenciatura) e Programa de Formação Continuada de Qualificação em Língua Portuguesa e Matemática (Pró-Letramento).

    As bolsas serão concedidas pelo FNDE, ação do Sistema de Formação dos Profissionais da Educação, parceria entre a SEB e a Secretaria de Educação a Distância (Seed/MEC). O MEC prevê que serão necessários R$ 79,5 milhões para a ação em 2006. Para os profissionais que atuam como tutores, a bolsa será até R$ 600,00. Os professores que se capacitarão como formadores, preparadores e supervisores dos cursos receberão até R$ 900,00 mensais. No caso do Pró-Licenciatura, há bolsas também para professores do magistério superior responsáveis por pesquisas e desenvolvimento de metodologias de ensino, no valor até R$ 1.200,00 mensais.

    Seleção – A seleção dos profissionais é feita pelos sistemas de ensino (municipais ou estaduais), segundo critérios definidos em cada programa, sendo proibido o acúmulo de mais de uma bolsa. O período de duração do benefício está limitado à duração do curso ou projeto ao qual o professor estiver vinculado. Para o curso de formação inicial em nível superior, o limite é de quatro anos. O curso de formação inicial em nível médio terá o limite de dois anos e os cursos de formação continuada e projetos de pesquisa e desenvolvimento terão duração máxima de um ano. A bolsa ficará condicionada à adesão dos estados e dos municípios ao qual o professor estiver vinculado. O valor deverá ser depositado pelo FNDE em conta bancária criada especificamente para esse fim, a partir da assinatura de um termo de compromisso.

    Adriana Maricato

  • Estudantes brasileiros de graduação podem se candidatar ao programa The Study of the United States Institute for Student Leaders, promovido pelo governo dos Estados Unidos. As inscrições estão abertas até 8 de outubro. Com duração de cinco semanas, o curso tem início em janeiro de 2008 numa universidade norte-americana.

    O instituto oferecerá 18 bolsas para estudantes brasileiros cursando do 1o e ao 3o ano da graduação, em todas as áreas do conhecimento, que comprovem habilidade de liderança e inglês fluente. Os estudantes de direito, medicina, odontologia e veterinária devem estar cientes de que esses cursos são pós-graduação nos Estados Unidos. Se os programas de universidades para esses cursos forem de interesse de estudantes dessas quatro áreas, eles podem se candidatar. 

    Segundo a assessora internacional da Secretaria de Educação Superior do MEC, Raquel Perea, “um dos critérios é a representatividade regional”, diz ela. “Estudantes de todas as regiões do Brasil serão selecionados”. Universitários sem experiência anterior de viagem aos Estados Unidos ou no exterior são encorajados a participar.

    Os benefícios da bolsa incluem taxas acadêmicas, passagem aérea ida-e-volta, alojamento, auxílio-alimentação, seguro saúde, transporte e material didático, e pagamento de taxas de entrada em museus/bibliotecas.

    Mais informações podem ser obtidas na página eletrônica do instituto. 

    Assessoria de Imprensa da SESu

  • A brasileira Janaína Soares Alves será homenageada com a pintura de um Víctor pela Universidade de Salamanca, Espanha. A homenagem, ainda sem data marcada, é concedida pela universidade aos doutores recém-formados que tenham recebido a qualificação máxima em suas defesas de tese de doutorado, o chamado sobresaliente cum laude.

    A pintura é uma tradição daquela universidade, uma das mais antigas da Europa — foi criada no século XIII. Inicialmente, para os doutorados na área de ciências, a pintura era feita com sangue de touro. Para os da área de letras, utilizavam-se pigmentos vegetais. Atualmente, é feita com material sintético, mas sempre na cor vermelha.

    “Nunca pensei que pudesse ter um Víctor, meu, um dia”, comemorou a capixaba Janaína, que concluiu doutorado em língua espanhola, com bolsa da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC). De volta ao Brasil, ela pretende aplicar os conhecimentos ao contexto da obrigatoriedade do espanhol como língua estrangeira no ensino médio, determinado pelo MEC, e também do português como língua estrangeira.

    Repórter: Fátima Schenini

  • O pernambucano George Félix Cabral de Souza recebeu a qualificação máxima da Universidade de Salamanca, na Espanha, em sua defesa de tese de doutorado em história da América - Elites e exercício de poder no Brasil colonial: a Câmara Municipal de Recife (1710-1822). Como prêmio, o bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC) foi homenageado com a pintura de um Vítor, na parede do saguão principal da Faculdade de Geografia e História daquela instituição espanhola.

    “Nosso trabalho permite compreender melhor a formação da elite brasileira e de como as suas escolhas, em muitas ocasiões redondamente equivocadas, nos condenaram a padecer muitos dos problemas crônicos de nossa sociedade atual: concentração de riqueza, violência, racismo e discriminação social, entre outros,” explica George Cabral.

    Natural de Olinda, 29 anos, ele fez licenciatura e mestrado em história, na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e já exerceu funções de professor substituto na UFPE e na Universidade de Pernambuco (UPE). De volta ao Brasil, seu sonho é voltar ao mercado de trabalho como professor em uma instituição de ensino superior, de preferência onde possa desenvolver atividades de pesquisa. “Uma bolsa dedicada à fixação de doutores ou de professor visitante seria uma opção para os meses iniciais, depois do regresso. Mas não quero deixar de me dedicar à pesquisa, jamais”, salienta.

    Em 2005, outra bolsista da Capes recebeu o Vítor. Foi Janaína Soares Alves, que concluiu doutorado em língua espanhola. A pintura do Vítor (vitória) é uma tradição da Universidade de Salamanca, criada para homenagear doutores recém-formados que tenham recebido a qualificação máxima de todos os professores integrantes da banca da defesa de doutorado, o sobresaliente cum laude.

    Inicialmente, quando o doutorado era na área de ciências, a pintura era feita com sangue de touro; quando era na área de letras, utilizava-se pigmentos vegetais. Atualmente é feita com material sintético, mas sempre na cor vermelha.

    Fátima Schenini

  • O professor brasileiro Marcio Gutenberg de Araújo ensina química a professores em exercício na rede pública do Timor Leste. Desde julho de 2007, ele ajuda na formação de professores timorenses e na disseminação da língua portuguesa. Araújo conta como está o trabalho dos bolsistas brasileiros no país após o atentado que feriu com três tiros o presidente do Timor Leste, José Ramos-Horta, na manhã de segunda feira, 11 (noite de domingo no Brasil).

    “O nosso grupo está tranqüilo, mas alerta aos acontecimentos”, diz Araújo. O professor explica que ele e seus colegas — há 34 bolsistas brasileiros no país — estão atentos às notícias sobre o atual estado do Timor, trabalhando normalmente, “mas com uma certa dose de cautela”. Araújo informou que os bolsistas brasileiros estão preocupados com a repercussão do atentado no Brasil. “As notícias têm um peso diferente quando chegam ao Brasil e isso pode tornar o problema maior do que parece e causar preocupação a mais aos nossos parentes”, afirmou.

    Apesar das condições de trabalho relativamente normais, o professor disse que a situação do Timor é sensível. Na visão dele, a pobreza e o desemprego presentes especialmente na capital, onde os bolsistas trabalham, levam os jovens ao envolvimento em gangues violentas. Mesmo assim, para Araújo, o trabalho dos bolsistas é importante na reestruturação do país. “Estamos formando professores voltados para uma educação mais humana e problematizadora, e alguns desses profissionais estão agora ocupando cargos importantes em alguns setores, inclusive no Ministério da Educação do Timor Leste”, orgulha-se.

    O professor Araújo faz parte do Projeto de Capacitação de Professores de Educação Pré-Secundária e Secundária (ProCapes), da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC). O projeto é voltado para a formação de professores em nível de licenciatura. Os professores brasileiros dão aula a professores timorenses em exercício para aprofundar os conteúdos curriculares, a fim de melhorar o desempenho docente.

    “Esse programa tem sido a principal estratégia do Timor Leste para garantir a reintrodução da língua portuguesa nas escolas timorenses, por meio da formação dos docentes”, explica o coordenador do programa de cooperação com o Timor Leste no MEC, Alexandre Silveira.

    Timor Leste — Colônia de Portugal até 1975, o país foi ocupado logo em seguida pela Indonésia até 1999. Durante a ocupação, era proibido ensinar ou falar português. Assim que foi declarada a independência do Timor Leste, em maio de 2002, o Brasil assinou dois acordos com o país: de cooperação educacional e técnica. Os bolsistas brasileiros participam de programas de formação de professores em exercício, de capacitação de professores de educação pré-secundária e secundária, de ensino da língua portuguesa instrumental, de promoção da qualidade no ensino de ciências e de implantação da pós-graduação na Universidade Nacional Timor Lorosae.

    Durante o atentado desta segunda-feira, 11, o presidente José Ramos-Horta — prêmio Nobel da Paz pelo seu papel contra a ocupação indonésia — levou dois tiros no abdômen e um no estômago. Ele foi levado à cidade de Darwin, na Austrália, onde foi operado e encontra-se em coma induzido. O primeiro-ministro do país, Xanana Gusmão, escapou do ataque e decretou 48 horas de estado de sítio e toque de recolher.

    Veja aqui a entrevista com o professor Marcio Araújo na íntegra.

    Maria Clara Machado

  • Nenhum dos 40 alunos do Centro Educacional 4 de Sobradinho II, em Brasília, é menor e mais franzino que Josimar, de 20 anos. Ele vira um “gigante”, porém, ao levar para a sala de aula conhecimentos muito diferentes das aulas de matemática, biologia ou outra disciplina. “No decorrer de suas vidas vocês encontrarão muitos obstáculos. Seja como for, nunca deixem que alguém desqualifique seus sonhos ou vocês”, aconselha.

    Josimar, bolsista do ProUni, que faz psicologia na Universidade Católica de Brasília, desenvolve um projeto na escola onde fez o ensino médio para estimular os alunos a ver a universidade como uma possibilidade para todos. (Foto: Wanderley Pessoa)O sobrenome de Josimar — Antônio de Alcântara Mendes — remete à nobreza. Sua realidade, entretanto, é típica da população dos lugares menos favorecidos do Brasil. Até hoje nenhum membro de sua família havia chegado ao ensino médio. O irmão mais velho, de 25 anos, é analfabeto e a irmã, de 24, cursou apenas o ensino fundamental. O histórico de baixa escolarização da família foi interrompido por Josimar, que é bolsista do Programa Universidade para Todos (ProUni) e está cursando o quarto semestre de psicologia na Universidade Católica de Brasília.

    Logo depois de entrar na universidade, Josimar olhou para trás e percebeu que a escola onde cursou o ensino médio, o Centro Educacional 4, não tinha o preparo necessário para incentivar os alunos a continuar os estudos. Foi então que ele se uniu à colega Débora Pereira Machado e montou um projeto pedagógico para que os alunos compreendessem a importância da educação. Há dois anos, o projeto E o futuro? apresenta a 120 alunos do último ano do ensino médio as oportunidades de ingresso na universidade, seja pelo vestibular, pelo Programa de Avaliação Seriada (PAS) ou pelo ProUni.

    “No primeiro dia de aula eu pergunto aos alunos se eles sabem o que é o vestibular e muitos não sabem”, conta Josimar. É o caso de Charlene Silva, 19 anos, que nunca tinha ouvido falar do PAS ou do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) antes das palestras de Josimar e Débora. “Eu nem tinha pensado na possibilidade de entrar na universidade”, conta. A vice-diretora da escola, Maria da Paz, diz que os alunos se interessam mais pelas disciplinas depois que o projeto passou a ser desenvolvido na escola. “O número de inscritos no Enem e no PAS dobrou”, certifica.

    Auto-estima — “Um bom futuro é o que jamais me esperou, mas vou até o fim”. O trecho da música Até o Fim, de Chico Buarque, foi usada como exemplo de postura por Josimar. Para ele, o maior problema que os alunos de escolas públicas enfrentam é a baixa auto-estima. “Eles pensam que os bons estão nas escolas particulares e que eles não têm chances de concluir o ensino superior, mas isso não é verdade”, ressalta. “Eles acham que estudar não leva a nada, que não tem importância. Quero que eles saibam que pode ser diferente”, relata. Com ele foi.

    Ana Guimarães

  • Os 41 mil estudantes que receberam bolsas parciais, no valor de 50%, do Programa Universidade para Todos (ProUni) e que desejam obter o Financiamento Estudantil (Fies) devem se cadastrar até a próxima sexta-feira, 8, na instituição onde estudam. O documento de confirmação de matrícula servirá para o aluno bolsista procurar uma agência da Caixa Econômica Federal, até 22 de julho, e encaminhar o pedido de financiamento.

    De acordo com o diretor do Departamento de Modernização e Programas de Educação Superior (Depem/MEC), Celso Carneiro Ribeiro, todos os alunos que conseguiram bolsa parcial do ProUni têm direito ao financiamento de 50% dos encargos educacionais efetivamente cobrados pela instituição de ensino superior, ou seja, 25% dos encargos educacionais totais. "Se o aluno recebeu uma bolsa parcial do ProUni de 50% e se inscreveu no Fies, garantirá mais 25% de bolsa. Portanto, pagará somente 25% da mensalidade da universidade", explica.

    Os alunos que receberam bolsa parcial do ProUni têm uma renda familiar per capita de três salários mínimos. Isso significa que mesmo com uma bolsa parcial, eles terão dificuldade para pagar a mensalidade do curso superior.

    Documentos – Nas agências da Caixa, o aluno ainda deve apresentar documentos como o comprovante de residência e o termo de concessão da bolsa do ProUni. O financiamento do Fies será retroativo ao início do ano letivo de 2005 e, por isso, o aluno receberá abatimento nos próximos pagamentos das mensalidades. O financiamento possui uma taxa de juros de 9% ao ano.

    O estudante começa a pagar uma taxa de R$ 50,00 à Caixa Econômica Federal três meses depois da concessão do benefício, em parcelas trimestrais. Após a formatura, o saldo será parcelado por um período 50% maior do que o tempo em que ele recebeu o financiamento.

    Repórter: Cristiano Bastos

  • A Caixa Econômica Federal, que é um banco estatal, reservou duas mil vagas de estágio para alunos de nível superior aos estudantes bolsistas do Programa Universidade para Todos (ProUni). A prioridade aos universitários do ProUni nos estágios é resultado de uma parceria firmada este ano entre o Ministério da Educação e a Caixa.

    Podem se inscrever alunos a partir do quinto semestre do curso. O estágio é de cinco horas diárias, de segunda a sexta-feira, com duração de um a dois anos. A bolsa mensal é de R$ 475,00. De acordo com Josibel Rocha Soares, analista júnior da coordenação do programa da Caixa, o estágio abrange um grande número de áreas do conhecimento, entre elas, administração, letras, psicologia, engenharia, comunicação, contabilidade, processamento de dados. As áreas meio da Caixa, onde estão as superintendências, e as capitais oferecem o maior número de vagas, explica Josibel.

    A oferta de estágio aos estudantes do ProUni envolve o MEC, a Caixa, as instituições de ensino superior onde os alunos estudam e o Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE). O gerente de assuntos institucionais do CIEE, Moisés do Espírito Santo Júnior, explica que é no centro de integração que o aluno se inscreve, mas é a Caixa que solicita os estagiários, indica as áreas e os locais onde eles vão trabalhar. O CIEE então faz uma busca eletrônica dos candidatos, segundo o perfil solicitado, e manda os dados ao banco, que faz a seleção. Cabe ainda ao centro assinar contrato com o aluno, abrir uma conta bancária, encaminhar o processo ao departamento de recursos humanos da Caixa e acompanhar o desempenho do estagiário. É tarefa da instituição onde o aluno estuda informar a freqüência e o rendimento escolar. Se, por exemplo, o estudante trancar a matrícula ou abandonar o curso, ele perde o estágio e a bolsa.

    Inscrição — Desde o começo de abril deste ano, quando a Caixa anunciou a prioridade de estágio aos bolsistas do ProUni, o CIEE acrescentou na ficha de inscrição um campo para o aluno marcar se é beneficiário do programa e mandou correspondência aos candidatos a estágio para atualizar os dados. Nos últimos 30 dias, informa Moisés, cerca de 6.100 alunos informaram que são do programa.

    Segundo Josibel Rocha Soares, as vagas estão abertas o ano todo e serão preenchidas à medida que os estagiários forem concluindo os contratos. Na página eletrônica do CIEE, o estudante candidato a estágio na Caixa deve preencher a ficha de inscrição e marcar em campo próprio que é bolsista do ProUni.

    Evolução — Desde sua criação, em 2005, até o primeiro semestre de 2008, o ProUni abriu 385.257 vagas para estudantes de baixa renda e afrodescendentes em instituições de ensino superior privadas e sem fins lucrativos, em todas as unidades da Federação. O balanço do período mostra as particularidades do programa: 70% das bolsas de estudo oferecidas são integrais e 30% parciais de 50% da mensalidade; 45% das bolsas foram preenchidas por afrodescendentes; 92% dos alunos fizeram ou estão fazendo cursos presenciais, dos quais 72% freqüentam cursos noturnos; e 8% estão em cursos de educação a distância.

    Ionice Lorenzoni

  • Os 13 professores selecionados pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC) embarcam nesta sexta-feira, dia 23, para Dili, capital do Timor-Leste. Eles vão reforçar o aprendizado da língua portuguesa naquele país do Sudeste da Ásia.

    “O Timor está em reconstrução. Portanto, é um momento único”, disse Helen Fogaça, 23 anos. Ela vai desenvolver atividades como pedagoga e, nas horas, fazer trabalho voluntário como técnica em enfermagem. A professora paulista terá a companhia do marido, Jessé Fogaça, que decidiu ir de forma independente e fazer trabalho voluntário na área de letras.

    O baiano Hélio Maia, 37 anos, leva na bagagem a solidariedade. “Vou levar a generosidade do brasileiro em querer ajudar e oferecer o melhor àquele povo tão necessitado”, afirmou. Professor do ensino médio de biologia, Maia pretende matar a saudade da família por meio da internet e do telefone.

    A partir do dia 26, já na capital timorense, todos participarão de um curso preparatório de dez dias. A bolsa-auxílio é de US$ 1,1 mil, além de outros benefícios.

    Experiência — O Programa de Qualificação de Docentes e Ensino da Língua Portuguesa no Timor-Leste teve a primeira edição em 2005, com 47 professores. O país ficou 24 anos sob domínio da Indonésia e teve a infra-estrutura destruída na guerra pela independência, finalmente reconhecida em 2002.

    De acordo com o presidente da Capes, Jorge Guimarães, a ajuda ao país asiático faz parte da política de cooperação internacional do governo federal. “Trata-se de uma nova visão sobre a cooperação internacional, na qual o Brasil pode dar contribuições positivas para recuperar os padrões culturais que o povo timorense perdeu ao longo de sua história recente”, disse Guimarães.

    Missão — O português, falado por 5% da população, e o tétum, utilizado por cerca de 23%, são os idiomas oficiais do país. Os outros 72% dos timorenses falam 15 dialetos locais, além do inglês e do  baasa indonésio. Os professores brasileiros ministrarão, em português, aulas de matemática, química e biologia, com o objetivo de qualificar docentes dos diversos níveis de ensino. Também vão participar de projetos e atividades de planejamento, em conjunto com representantes da Universidade Nacional do Timor-Leste e do Ministério da Educação, Juventude e Desporto daquele país.

    Adriane Cunha

  • Oito bolsistas da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC) atuarão como observadores internacionais no segundo turno das eleições do Timor Leste, que ocorre nesta quarta-feira, 9. Os professores integram a segunda edição do Programa de Qualificação de Docente e Ensino de Língua Portuguesa.

    A coordenadora do grupo, Wanda Peres, conta que durante o treititle_aliasnto os timorenses afirmaram que fazem questão de estar na linha de frente dessas eleições. “Vamos acompanhar o processo fazendo revistas nas urnas, número de cédulas por seção e verificando se está tudo em ordem”, explica. Caso os observadores percebam alguma irregularidade, comunicarão à polícia.

    A professora conta que o clima eleitoral é calmo. Segundo ela, os comentários mais comuns são de que nesse segundo turno, os dois candidatos, o primeiro-ministro José Ramos Horta, e o presidente do Parlamento e representante da Frente Revolucionária do Timor Leste Independente (Fretilin), Francisco Guterres, conhecido como Lú Olo, trocaram acusações sobre intimidação e compra de votos. Ramos Horta, prêmio Nobel da Paz, declarou nos últimos dias que acredita que a vitória está garantida. Se o resultado das pesquisas for concretizado nas urnas, o premiê, que foi o segundo mais votado no primeiro turno, atrás de Guterres, terá mais de 60% dos votos. Já Guterres listou as conquistas do governo e do parlamento sob o comando do seu partido desde a independência, em 1999.

    O segundo turno ocorre a menos de dois meses das eleições legislativas, agendadas para 30 de junho. Ainda assim, as eleições timorenses são vistas como responsáveis por restaurar a estabilidade no país, depois de um ano de violência e conflitos políticos, avalia Wanda.

    Atividades ― Apesar do clima eleitoral, o trabalho dos bolsistas continua de acordo com o calendário previsto. “Teremos feriado nesta quarta. Mas nossa freqüência e dos professores timorenses continua normal”, diz Wanda. O cronograma de trabalho tem quatro módulos de seis meses cada. Eles estão na metade do terceiro. Os bolsistas desenvolvem inúmeras atividades, como planejar, executar e avaliar as ações para formação de professores no âmbito do Programa de Formação de Professores em Exercício na Escola Primária em Timor (Profep).

    Os 13 bolsistas estão no Timor Leste desde fevereiro deste ano e permanecem no país até janeiro de 2008. O bolsista recebe auxílio de US$ 1,1 mil mensais, o bolsista coordenador, US$ 2 mil mais seguro-saúde, auxílio-transporte, auxílio-instalação e transporte aéreo.

    Adriane Cunha

  • A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC) intensificou contatos com os bolsistas brasileiros da instituição que estudam em universidades norte-americanas localizadas na região atingida pelo furacão Katrina. São mais de 60 estudantes nos estados do Texas, Louisiana, Alabama e Flórida. Mas nenhum desenvolve pesquisa em Nova Orleans, cidade mais afetada pelo furacão.

    Até terça-feira, 6, os contatos realizados demonstram que todos os bolsistas conseguiram escapar da catástrofe. Mesmo assim, a direção da Capes está solicitando mais informações sobre a situação de cada um. “Estamos preocupados em manifestar nossa solidariedade e colocar os técnicos para auxiliá-los caso seja necessário”, disse a coordenadora-geral do Programa de Bolsas no Exterior da Capes, Maria Luiza Lombas.

    A bolsista Andressa Assaka desenvolve pesquisa em química orgânica, na Universidade do Tennessee, em Knoxville, a dez horas de Nova Orleans. Ela conta que graças à geografia privilegiada do Tennessee, o estado não foi atingido. “Na terça-feira (30), houve ventos e chuva forte, ficamos duas horas sem energia e não ocorreu nada mais grave”, disse.

    Segundo a estudante, existe uma comoção nacional e uma mobilização geral para abrigar os refugiados, enviar remédios, água, comida e dinheiro. “Apesar disso, acredito que nada pode aliviar o profundo sentimento de perda dessas pessoas que viram suas vidas irem, literalmente, por água abaixo. Realmente é desesperador”, lamenta a brasileira.

    Andressa ficou muito preocupada com os bolsistas brasileiros que pudessem estar na região, mas obteve informações que eles seguiram o sinal de alerta e saíram com antecedência. Solidária, colocou sua residência à disposição, por meio da Capes, para receber algum estudante desalojado. Além disso, informou que a Universidade do Tennessee está aceitando alunos de todos os programas provenientes das áreas atingidas pelo Katrina. “Existem mais alertas sobre possíveis furacões na área, uma vez que aqui nos EUA ainda é verão. Portanto, se algum estudante quiser transferir suas pesquisas, será facilmente aceito e recolocado”, afirma.

    Katrina - O furacão devastou o sul dos Estados Unidos na noite do dia 29 de agosto, deixando milhares de mortos. No sul de Nova Orleans, alagamentos chegaram a três metros de altura e deixaram cerca de 150 pessoas isoladas em cima de telhados. Segundo a prefeitura local, a estrutura de mais de 20 prédios foi abalada. Há alagamentos, destelhamentos e milhares de desabrigados.

    “Além da preocupação específica com os estudantes brasileiros, lamentamos a tragédia ocorrida e nos solidarizamos com a população de toda a região atingida. Esperamos que essa grave situação seja superada o mais depressa possível”, disse o diretor de Programas da Capes, José Fernandes de Lima.

    Repórter: Adriane Cunha

  • As instituições federais de ensino superior escolheram os professores que vão trabalhar com a Universidade Aberta do Brasil (UAB), em um projeto que ofertará 90 mil vagas na educação superior a distância em todo o país. Cada uma das 50 instituições parceiras da UAB - 40 universidades federais e dez centros federais de educação tecnológica (Cefets) - indicou dois bolsistas. Em novembro, eles começam a trabalhar em pesquisas e nos conteúdos das disciplinas e vestibulares para o ingresso nos cursos. O MEC pagará R$ 1.200,00 mensais a cada bolsista.

    Nesta sexta-feira, 1o, o ministro da Educação, Fernando Haddad, se reuniu com dirigentes da UAB, de estatais e da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) para discutir a expansão da Universidade Aberta, que já oferece o curso de administração a distância, com dez mil vagas. Dos 429 projetos de criação de pólos inscritos no início do ano, a UAB selecionou 326, dos quais 175 começarão a ofertar cursos já em abril de 2007, outros 111 em setembro de 2007 e os demais em 2008. A lista com o nome dos 175 primeiros pólos da universidade será divulgada em novembro, no Diário Oficial da União.

    Entre 11 de setembro e 20 de outubro, consultores do MEC visitarão os pólos, que deverão ter laboratório de informática, espaço para biblioteca e salas de aula presenciais. Nos pólos, ligados a prefeituras ou governos estaduais, os alunos farão pesquisas, utilizarão o computador e a internet. Professores, tutores e técnicos de informática darão suporte aos estudantes.

    Dos 175 pólos a serem constituídos, 30 se instalarão na região Norte, 54 no Nordeste, 13 no Centro-Oeste, 46 no Sudeste e 32 no Sul, com a oferta de 30 mil vagas para cursos superiores a distância, preferencialmente para professores do ensino básico em exercício. Os vestibulares serão entre janeiro e março de 2007 pelas 50 instituições federais de ensino superior. Este ano, o MEC investirá R$ 14,7 milhões para pagamento de bolsas e custeio da UAB. Para 2007, o recurso é estimado em R$ 176 milhões.

    A perspectiva de formar professores com o ensino a distância é de garantir qualidade na educação básica em um projeto do MEC, em colaboração com os governos estaduais e municipais e as universidades federais. Segundo Maria Medianeira Padoin, coordenadora da UAB, a maioria dos cursos será de licenciatura, voltados para a educação básica, o que beneficiará a formação inicial e continuada dos professores, bem como a qualidade de ensino. (Assessoria de Comunicação Social do MEC)

  • As instituições federais de ensino superior escolheram os professores que vão trabalhar com a Universidade Aberta do Brasil (UAB), em um projeto que ofertará 90 mil vagas na educação superior a distância em todo o país. Cada uma das 50 instituições parceiras da UAB - 40 universidades federais e dez centros federais de educação tecnológica (Cefets) - indicou dois bolsistas. Em novembro, eles começam a trabalhar em pesquisas e nos conteúdos das disciplinas e vestibulares para o ingresso nos cursos. O MEC pagará R$ 1.200,00 mensais a cada bolsista.

    Nesta sexta-feira, 1o, o ministro da Educação, Fernando Haddad, se reuniu com dirigentes da UAB, de estatais e da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) para discutir a expansão da Universidade Aberta, que já oferece o curso de administração a distância, com dez mil vagas. Dos 429 projetos de criação de pólos inscritos no início do ano, a UAB selecionou 326, dos quais 175 começarão a ofertar cursos já em abril de 2007, outros 111 em setembro de 2007 e os demais em 2008. A lista com o nome dos 175 primeiros pólos da universidade será divulgada em novembro, no Diário Oficial da União.

    Entre 11 de setembro e 20 de outubro, consultores do MEC visitarão os pólos, que deverão ter laboratório de informática, espaço para biblioteca e salas de aula presenciais. Nos pólos, ligados a prefeituras ou governos estaduais, os alunos farão pesquisas, utilizarão o computador e a internet. Professores, tutores e técnicos de informática darão suporte aos estudantes.

    Dos 175 pólos a serem constituídos, 30 se instalarão na região Norte, 54 no Nordeste, 13 no Centro-Oeste, 46 no Sudeste e 32 no Sul, com a oferta de 30 mil vagas para cursos superiores a distância, preferencialmente para professores do ensino básico em exercício. Os vestibulares serão entre janeiro e março de 2007 pelas 50 instituições federais de ensino superior. Este ano, o MEC investirá R$ 14,7 milhões para pagamento de bolsas e custeio da UAB. Para 2007, o recurso é estimado em R$ 176 milhões.

    A perspectiva de formar professores com o ensino a distância é de garantir qualidade na educação básica em um projeto do MEC, em colaboração com os governos estaduais e municipais e as universidades federais. Segundo Maria Medianeira Padoin, coordenadora da UAB, a maioria dos cursos será de licenciatura, voltados para a educação básica, o que beneficiará a formação inicial e continuada dos professores, bem como a qualidade de ensino. (Assessoria de Comunicação Social do MEC)

  • Estudantes universitários do Rio Grande do Sul debaterão neste sábado, 28, em Canoas, formas de ampliar o acesso democrático ao ensino superior, a partir de iniciativas como a do Programa Universidade Para Todos (ProUni). O 1º Encontro Nacional dos Estudantes do ProUni no Rio Grande do Sul contará com a participação do ministro da Educação, Fernando Haddad. O evento ocorrerá na Universidade Luterana do Brasil, no campus de Canoas.

    Os participantes do encontro pretendem entregar uma carta ao ministro com sugestões para ampliar o número de bolsas do ProUni e com medidas para apoiar a continuidade dos estudos de alunos de baixa renda nas universidades.

    “Vamos sugerir medidas como o aumento do valor do auxílio-permanência para os bolsistas e a criação do auxílio-transporte”, adianta o vice-presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE) no estado, Mateus Fiorentini. De acordo com ele, os estudantes também pedem ajuda para a compra de material didático e a expansão de bolsas de iniciação científica.

    O ProUni oferece bolsas a alunos de baixa renda em universidades privadas de todo o país. Só no Rio Grande do Sul, há cerca de 35 mil bolsistas. Apenas no primeiro semestre de 2008, foram oferecidas 5,4 mil bolsas.

    Para discutir acesso e permanência de mais estudantes nas universidades gaúchas, a UNE do Rio Grande do Sul, que organiza o encontro, espera a participação de  1,5 mil estudantes, entre bolsistas e não bolsistas do ProUni no estado, além de alunos do movimento secundarista e do movimento hip hop.

    Maria Clara Machado

  • Os nove bolsistas premiados na oitava edição do Programa de Apoio à Pesquisa em Educação a Distância (Paped) receberam seus certificados hoje, 9, do ministro da Educação, Tarso Genro. O Paped é um programa desenvolvido pela Secretaria de Educação a Distância (Seed/MEC), em parceria com a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC), para apoiar projetos de desenvolvimento da educação presencial e/ou a distância, com recursos da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). O programa incentiva a pesquisa e a construção de novos conhecimentos que proporcionem a melhoria da qualidade, eqüidade e eficiência dos sistemas públicos de ensino, pela incorporação didática das novas tecnologias de informação e de comunicação.

    A solenidade de entrega de prêmio, na sala de atos do MEC, foi marcada pela conclusão unânime de que a educação a distância representa um passo ao futuro da educação no Brasil. "O prêmio incide em uma questão fundamental do futuro do sistema educacional brasileiro, que é a qualidade da educação a distância e a sua integração num projeto educacional nacional", afirmou o ministro. Segundo Tarso, não resta dúvida que o destino da educação no Brasil também está vinculado a essa questão: "Por isso, as pesquisas que são feitas nessa área não só devem ser promovidas no momento do prêmio, mas também estimuladas para que se tenha cada vez mais profundidade nesses trabalhos e se possa elevar a educação a distância como elemento vital do sistema educacional", completou o ministro.

    Também compareceram à cerimônia, o secretário de Educação a Distância do MEC, Marcos Dantas, o diretor de programas da Capes, José Fernandes Lima e a coordenadora de Comunicação e Informação da Unesco no Brasil, Maria Inês Bastos.

    Para o professor da Universidade de Mogi das Cruzes (SP), Saulo Faria Almeida Barreto, premiado na área de conteúdos na disciplina de análise estrutural do curso de engenharia, o Paped reflete a postura do MEC de dar à educação a distância um papel fundamental. Na opinião de Saulo, as tecnologias digitais podem ser uma solução que atende aos projetos fundamentais do governo, no que diz respeito à educação a distância e, ainda, para a inclusão social.

    Para o secretário Marcos Dantas o premio é sinal da preocupação que o governo tem com a pesquisa e com o desenvolvimento da educação brasileira. "Em 2005, o Ministério da Educação, por meio da Seed, já garantiu em seu orçamento recurso de R$ 5 milhões para esta área. Aprofundaremos este segmento para que a educação de nosso país cresça e se desenvolva em níveis mundiais", garantiu.

    Repórter: Cristiano Bastos

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