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  • O Ministério da Educação negou autorização para abertura de 27 cursos de educação superior. A decisão baseou-se no Decreto nº 5.773, de 9 de maio de 2006, e nos relatórios das comissões de avaliação. As instituições tiveram o pedido de funcionamento negado por não apresentarem condições adequadas de funcionamento dos cursos ou por terem o recurso negado pela Comissão Técnica de Acompanhamento de Avaliação.

    Os 27 cursos, oferecidos por instituições de todas as regiões do país, abrangem diversas áreas do conhecimento, tais como sistemas de informação, biomedicina, engenharia florestal, jornalismo, ciências contábeis, design e enfermagem. “À luz dos critérios avaliativos, elas não atenderam os níveis de exigências atuais”, disse o secretário de educação superior do MEC, Ronaldo Mota. “O Poder Público cumpre seu papel de autorizar ou não baseado em critérios de qualidade.”

    O indeferimento dos pedidos consta das Portarias nº 941 e 942, da Secretaria de Educação Superior (SESu/MEC), publicadas no Diário Oficial da União do dia 20 último.

    Assessoria de Imprensa da Secretaria de Educação Superior

  • A contratação de quatro mil professores pelas instituições federais de ensino superior (Ifes) deverá ser definida pelo governo esta semana. O número de vagas já foi fixado, mas faltam as autorizações da área econômica para que o processo comece.

    O primeiro passo será o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão publicar uma portaria, no Diário Oficial da União, autorizando o Ministério da Educação a distribuir as quatro mil vagas entre as instituições.

    A seguir, o MEC publica portaria indicando o número de vagas para cada universidade. Essa distribuição será feita baseada nas consultas que o ministério fez junto à Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes). Na última etapa do processo, as Ifes fazem seus editais e concursos públicos.

    Repórter: Ionice Lorenzoni

  • A Secretaria de Educação Superior do Ministério da Educação (SESu/MEC) indeferiu a autorização para funcionamento de 31 cursos superiores de graduação. As Portarias 136 e 137, de 26 de fevereiro, estão publicadas nas páginas 15 e 16 do Diário Oficial da União dessa quarta-feira, 27.

    A solicitação das instituições previa a abertura de cursos nas áreas de licenciatura, engenharia, pedagogia, enfermagem, ciências da computação, nutrição e teologia, entre outras.

    De acordo com o secretário de Educação Superior, Ronaldo Mota, o indeferimento deve-se à permanente procura por mais qualidade e baseia-se nos indicadores resultantes dos processos avaliativos realizados.

    Assessoria de Imprensa da SESu

  • O Ministério da Educação deve autorizar liberação de recursos, nos próximos dias, para a expansão da Universidade Federal do Pará (UFPA). Até o fim do mês, deve ser publicado, no Diário Oficial da União, edital de licitação para selecionar os responsáveis pelas obras nos campi de Bragança, Castanhal e Marabá. A previsão é de que sejam construídas salas de aula, laboratórios e um hospital de medicina veterinária. Em 2006, as obras serão realizadas no campus de Santarém.

    Segundo a pró-reitora de administração da UFPA, Iracy Gallo Ritzmann, devem ser investidos, este ano, R$ 740.287,20 no campus de Bragança; R$ 1.503.332,40 em Castanhal e R$ 756.380,40 em Marabá. “Estamos consolidando esses campi e abrindo cursos, principalmente na área tecnológica”, disse Iracy. Segundo ela, das 120 vagas de professores autorizadas este ano pelo MEC para os três campi, 40 serão ocupadas em breve, por meio de concurso público, cujo edital já foi publicado. “Serão professores com formação completa. Todos têm doutorado”, explicou.

    Os novos cursos são de física ambiental e engenharia de alimentos (em Santarém); engenharia de minas e meio ambiente, geologia, sistema de informação, engenharia de materiais e agronomia (em Marabá); medicina veterinária e educação física (em Castanhal) e engenharia de pesca (em Bragança).

    Além desses quatro campi, a UFPA tem outros seis. “O Pará é um estado continental. Devemos interiorizar a graduação, formar recursos humanos e consolidar o desenvolvimento”, afirmou Iracy. A UFPA é multicampi e interiorizada há 16 anos, mas é a primeira vez que recebe apoio específico, recursos e pessoal para se expandir no interior.

    Expansão — Desde o ano passado, o governo federal investe na expansão de vagas públicas e gratuitas. O ministro da Educação, Tarso Genro, entregou, em 16 de junho, ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, o projeto da Universidade Federal do Grande ABC (UFABC), em Santo André (SP).

    Além da UFABC e da expansão dos campi da UFPA, estão em diferentes fases de processo de criação as universidades federais do Recôncavo Baiano e da Grande Dourados, em Mato Grosso do Sul, e os campi da Universidade Federal do Acre (UFAC), Caruaru (UFPE), Garanhuns (UFRPE), Vitória da Conquista (UFBA), Planaltina (UnB), Volta Redonda (UFF), Nova Iguaçu (UFRJ), Baixada Santista (Unifesp), Sorocaba (UFSCar) e do Litoral (UFPR).

    História — A Universidade Federal do Pará foi criada em julho de 1957, pelo presidente Juscelino Kubitschek. Congregou sete faculdades federais, estaduais e privadas que funcionavam em Belém. Hoje, tem 3.904 professores de pós-graduação e 4.397 do ensino fundamental, mais de dois mil servidores, 2.406 alunos de cursos de pós-graduação, 36.891 estudantes de graduação (22.221 na capital e 14.680 no interior).

    A UFPA oferece 266 cursos superiores, 117 de pós-graduação, 64 especializações, 33 de mestrado, 12 de doutorado e oito de residência médica.

    Mais informações pelos telefones (91) 3183-1463, 3183-1577 e 3183-1124.

    Repórter: Susan Faria

  • Foto: Tereza SobreiraO Ministério da Educação decidiu conceder nesta sexta-feira, 14, reajuste salarial de até 25% aos professores do ensino superior. Chegar a este índice só foi possível graças à liberação de R$ 500 milhões, já autorizada pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.


    O ministro interino da Educação, Jairo Jorge, acha que está aberto o caminho para que o impasse com os grevistas seja resolvido. “Acreditamos que a proposta cria um ambiente de diálogo e as condições para resolver a situação com o movimento grevista”, disse. “A iniciativa demonstra a prioridade do governo para a educação. Não há projeto de valorização das nossas universidades que não passe pela valorização dos professores.”

    Na tarde desta sexta-feira, cerca de 100 representantes de movimentos sindicais dos professores universitários e de cursos técnicos estiveram no Ministério da Educação (foto). Parte deles entrou no prédio e ocupou o oitavo andar, onde fica o gabinete do ministro Fernando Haddad. Com apitos e cartazes pedindo aumento, os manifestantes bloquearam o acesso aos elevadores do prédio, impedindo que os funcionários do MEC chegassem a suas salas.

    O subsecretário de Assuntos Administrativos do ministério, Sylvio Pétrus, recebeu os representantes da comissão de greve e disse estar surpreso com a atitude dos sindicalistas, já que existe uma agenda de negociação. “Isso é uma ação política para chamar a atenção da imprensa. Nós do MEC estamos cumprindo com a agenda, tanto que nesta semana já realizamos duas reuniões”, esclareceu.

    Participaram da reunião dois representantes do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) e dois do Sindicato Nacional dos Servidores da Educação Básica e Profissional (Sinasefe).

    Durante o encontro, Pétrus lembrou que na terça-feira, 11, o presidente Lula autorizou o MEC a liberar R$ 500 milhões para a concessão do aumento dos professores das universidades públicas. “A liberação da verba indica que estamos de fato abertos à negociação”, salientou o subsecretário. Os índices de aumento foram divulgados por meio de ofício.

    O Ministério da Educação também oferece aumento de 50% para os professores de titulação (com mestrado e doutorado), a criação da categoria professor associado (que estaria acima das demais) e a elaboração de um grupo de trabalho para discutir o aperfeiçoamento da carreira do corpo docente. Existe atualmente um contingente de oito mil professores (os adjuntos 4, no topo da categoria) que podem virar associados, tendo progressão na carreira.

    A próxima rodada de negociação está marcada para quarta-feira, 19, na sede do Ministério da Educação.

    Repórter: Sandro Santos

  • As instituições federais de educação superior têm até 6 de junho para encaminhar ao Ministério da Educação a lista dos candidatos estrangeiros interessados em receber auxílio financeiro. O benefício é concedido por meio do Projeto Milton Santos de Acesso ao Ensino Superior (Promisaes), da Secretaria de Educação Superior (SESu/MEC).

    A proposta é apoiar financeiramente estudantes estrangeiros regularmente matriculados em cursos de graduação com um salário mínimo (R$ 415) mensal durante 12 meses, renováveis.

    Para participar do Promisaes, o aluno deve estar matriculado em instituição federal, ser participante do Programa Estudantes–Convênio de Graduação (PEC-G), ter bom desempenho acadêmico, não exercer atividade remunerada e não receber nenhum outro auxílio governamental. A instituição também deve ser participante do PEC-G e aderir ao Promisaes.

    O objetivo do projeto é incentivar a cooperação técnico-científica e cultural entre os países com os quais o Brasil mantenha acordos nas áreas de educação e cultura, especialmente os africanos.

    Assessoria de Imprensa da SESu

  • A Diretoria de Avaliação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC) começou a funcionar em um novo prédio, no Setor Hoteleiro Sul, em Brasília. A mudança irá viabilizar as inúmeras atividades da área, que reúne, anualmente, mais de 600 consultores para o julgamento de aproximadamente cinco mil processos.

    Somente em 2005, a Capes organizou 303 reuniões envolvendo a participação de 1.699 pesquisadores e professores. “A pós-graduação brasileira cresce, em média, 10% ao ano. São criados novos cursos, há um aumento no número de alunos. Diante disso, foi necessária uma adequação de infra-estrutura por parte da agência para acompanhar esse crescimento”, disse o presidente da Capes, Jorge Guimarães, ao visitar as novas instalações.

    O diretor de Avaliação da Capes, Renato Janine Ribeiro, afirmou que a mudança será importante para o público interno e externo. “Era uma necessidade antiga reivindicada por servidores e consultores para a realização do processo de avaliação”, disse. Renato Janine destaca que os profissionais debatem os critérios de avaliação e projetos de cursos novos apresentados por instituições de ensino superior.

    “Eles realizam, ainda, o acompanhamento anual da qualidade dos cursos, seleção e entrevistas dos candidatos à bolsa no exterior e classificação dos periódicos para avaliação (Qualis), além de outros assuntos. Com certeza um trabalho fundamental para a educação superior no país”, define.

    Economia – A diretora de Administração da Capes, Denise Neddermeyer, revela que além de oferecer condições adequadas de espaço físico, as novas instalações representam uma economia e eficiência no uso dos recursos. “Durante a avaliação trienal e o acompanhamento sempre precisávamos alugar um local para reunir os consultores de área. Esse espaço proporciona uma significativa economia”, ressalta.

    Repórter: Fátima Schenini

  • Dois instrumentos que o governo federal coloca em prática neste mês ajudarão a identificar a situação da educação básica no Brasil: o Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) e a Prova Brasil.

    Durante a próxima semana (7 a 11), será aplicado o Saeb, que vai avaliar o desempenho dos alunos através de questões de matemática e língua portuguesa. Participarão 400 mil alunos, 17 mil professores e sete mil diretores de todo o país. A avaliação é bienal.

    A Prova Brasil, que abrange apenas escolas públicas urbanas da rede de ensino fundamental, será realizada em seguida, de 16 a 30 de novembro. Também bienal, o teste será aplicado em 43 mil escolas de mais de 90% dos municípios do país. Participarão aproximadamente cinco milhões de alunos.

    O levantamento sobre o desempenho permitirá identificar as experiências positivas e as dificuldades de aprendizado enfrentadas por escolas, alunos e professores. As informações vão subsidiar o desenvolvimento de políticas públicas para atender às necessidades dos sistemas de ensino, beneficiando os gestores públicos, a comunidade escolar e a sociedade.

    O Saeb foi aperfeiçoado pelo Instituto de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep/MEC), que incluiu a Prova Brasil e manteve a avaliação de amostragem do Saeb. Ambos são importantes instrumentos de avaliação da qualidade da educação no país.

    Repórter: Cristiano Bastos

  • O coordenador de fluxos e processos da Secretaria de Educação Superior, Rubens Oliveira Martins, disse nesta terça-feira, 19, que o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes) se consolida e representa avanço na construção de uma mentalidade de avaliação sistemática do ensino superior. Martins participa do seminário internacional de avaliação da educação superior brasileira, que acontece até quinta-feira, 21, em Brasília.

    Ao entrar no quinto ano de vigência, o Sinaes promoveu mudanças de mentalidade entre os dirigentes das instituições, explica Martins. Entre as mudanças, ele destaca a busca da qualidade, hoje um tema obrigatório na agenda de todas as instituições. A educação superior brasileira é composta por 2.500 instituições de ensino, cerca de 20 mil cursos e cinco milhões de alunos.

    Já o secretário de Educação a Distância, Carlos Bielschowsky, apresentou um relato da evolução da educação a distância no país desde a criação do primeiro curso, em 1997, pela Universidade Federal de Mato Grosso. Em 2002, o país tinha 16 cursos de educação a distância e hoje conta com mais de 400 mil alunos fazendo cursos em todo o país.

    Esse crescimento, assentado no modelo de educação apoiada em pólos presenciais e fortalecida com a presença de tutores, obrigou a busca de parâmetros para medir a qualidade da oferta. Os referenciais, informa o secretário, foram estabelecidos há um ano com o apoio do Conselho Nacional de Educação (CNE). Os testes dos instrumentos de avaliação da educação a distância começam em 2008.

    Ionice Lorenzoni

  • Os primeiros estudantes de cursos de tecnologia serão avaliados pelo Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) em 11 de novembro. Segundo o coordenador-geral de Planejamento e Gestão da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica, Getúlio Marques Ferreira, agroindústria e radiologia foram escolhidas porque existe um grande número de instituições nessas áreas com programas de formação profissional já consolidados no país.

    O Censo Escolar de  2005, do Instituto Nacional e Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), apontou a existência de 83.219 estudantes matriculados em cursos de tecnologia, em todo o Brasil.

    Para instruir os coordenadores de cursos sobre o exame, foi realizado o 1º Seminário dos Cursos Superiores de Tecnologia em Agroindústria e Radiologia, na segunda-feira, 29, e na terça, 30, em Brasília. Aproximadamente cem professores de instituições públicas e privadas de ensino superior participaram do evento. Eles debateram a política nacional de educação tecnológica, a realidade dos cursos superiores de tecnologia e o Enade.

    Prova – O Exame Nacional de Desempenho de Estudantes tem duração de quatro horas e é composto de 30 questões (27 de múltipla escolha e três discursivas). O exame integra o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes) e afere o rendimento dos alunos dos cursos de graduação em relação aos conteúdos programáticos, habilidades e competências. Participam do Enade todos os estudantes em final do primeiro e do último ano dos cursos a serem avaliados. Cerca de 262 mil alunos farão a prova este ano.

    Além dos dois cursos de tecnólogos, o Enade avaliará em 2007 os cursos de agronomia, biomedicina, educação física, enfermagem, farmácia, fisioterapia, fonoaudiologia, medicina, medicina veterinária, nutrição, odontologia, serviço social, terapia ocupacional e zootecnia.

    Rodrigo Farhat

  • Professores bem qualificados, trabalho em equipe e laboratórios para aulas práticas estão entre os itens que destacaram três centros federais de educação tecnológica (Cefet) num grupo de 131 centros universitários avaliados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). No Índice Geral de Cursos (IGC), que mede a qualidade da graduação, mestrado e doutorado, os Cefets de Santa Catarina, do Rio Grande do Norte e de Bambuí, em Minas Gerais, ocupam as três primeiras posições. A pontuação destas escolas é quatro, numa escala de zero a cinco.

    Com o maior quadro de doutores entre os três centros com melhor classificação no IGC – são 74 professores com doutorado –, o Cefet de Santa Catarina tem na qualificação dos seus profissionais um dos trunfos que lhe conferiram o primeiro lugar, com 380 pontos, numa escala de zero a 500.

    Na avaliação da diretora do Cefet, Consuelo Sielski Santos, não só a qualificação permitiu alcançar o bom resultado, mas, principalmente, “o trabalho em equipe, que é muito forte na instituição”. Consuelo destaca outros fatores decisivos: as práticas pedagógicas, os laboratórios e o apoio do governo federal para dotar o centro de infra-estrutura e transformá-lo em Instituto Federal de Educação Tecnológica (Ifet).

    Criada em 1909, e transformada em Cefet em 2002, a instituição tem hoje 5.200 alunos em cursos regulares de ensino médio, ensino técnico integrado e superior. Na graduação são nove cursos. Oferece também formação inicial e continuada, além de ter 200 alunos em cursos de educação a distância em pólos da Universidade Aberta do Brasil (UAB). Tem 520 professores, sendo 50% com pós-graduação. Em 2009, o Cefet vai abrir seu primeiro mestrado profissional em mecatrônica, curso já aprovado pela Capes.

    Hoje a instituição tem seis unidades. A sede fica em Florianópolis (ilha) e as unidades em Coqueiros e São José (região metropolitana), Joinville e Jaraguá (norte do estado), Chapecó (oeste) e Araranguá (sul). No projeto de expansão da rede federal tecnológica, o Cefet de Santa Catarina terá mais seis unidades: Itajaí, São Miguel do Oeste, Canoinhas, Lages, Criciúma e Gaspar. No final de 2009 está prevista a inauguração de uma unidade em Palhoça (região metropolitana de Florianópolis) que vai trabalhar exclusivamente com formação inicial, continuada e pós-graduação em língua brasileira de sinais (Libras) e português.

    Cefet Rio Grande do Norte - Com 366 pontos, a segunda maior pontuação, o Cefet do Rio Grande do Norte apresenta uma série de itens que justificam a qualidade da educação ministrada. De acordo com o diretor da instituição, Belchior de Oliveira Rocha, não existe um segredo, mas uma série de decisões, compromissos e práticas acadêmicas. Belchior destaca como item número um a qualificação dos professores e dos técnicos que trabalham no centro. Dos 500 professores, 255 têm pós-graduação e os demais têm especialização. Para concorrer à vaga de professor substituto, o título mínimo exigido é de mestre na área de trabalho.

    Pelo menos seis outros itens contribuem para a boa nota no IGC: laboratórios que dão suporte aos cursos; trabalho da equipe pedagógica junto a professores, servidores e estudantes; projeto político-pedagógico dirigido ao atendimento da realidade estadual; avaliação institucional anual; empenho do corpo docente; pesquisa, extensão e produção científica.

    O Cefet Rio Grande do Norte tem 15 mil alunos, sendo 8 mil em cursos regulares, de graduação e pós-graduação, e os demais em cursos técnicos e de formação inicial e continuada. A graduação tem 11 cursos – oito de tecnologia e três de licenciatura e quatro cursos de pós-graduação – em licenciamento ambiental, gestão ambiental, educação de jovens e adultos e educação profissional e tecnológica. Trabalham no Cefet 500 professores, dos quais 55 têm doutorado, 200 têm mestrado e os demais com especialização na área em que atuam.

    Com 99 anos de história, mas transformado em Cefet em 1999, o centro tem a sede e uma unidade em Natal e unidades em Ipanguaçu, Mossoró e Currais Novos. O plano de expansão da rede federal tecnológica promovido pelo governo federal prevê a construção de mais seis unidades no interior do estado – Macau, Apodi, Pau de Ferros, Caicó, Santa Cruz e João Câmara.

    Bambuí– Está no centro-oeste de Minas Gerais, no limite com o triângulo mineiro, o Cefet Bambuí, uma escola de pequeno porte, mas que se destacou na avaliação do Inep pela qualidade da educação que oferece. O centro tem 2.400 alunos em cursos técnicos, nove cursos superiores e três especializações, além de cursos de formação continuada de educação profissional integrada para jovens e adultos.

    Os cursos superiores de tecnologia são nas áreas de alimentos, gestão em turismo, análise e desenvolvimento de sistemas, informática aplicada ao agronegócio, administração de pequenas e médias empresas, zootecnia e agronomia. Lecionam em Bambuí, que é a sede, e na unidade de Formiga, 105 professores, dos quais 20 têm títulos de doutores. De acordo com o diretor do Cefet, Washington Santos Silva, a maioria dos professores da instituição está em cursos de mestrado ou fazendo doutorado. Para ele, a qualificação do corpo docente explica parte do sucesso obtido pela escola nas avaliações do Inep. Contribuem também as aulas práticas intensivas na maioria dos cursos, especialmente nas ciências agrárias.

    Washington diz que para melhorar a pontuação será preciso ter mais laboratórios para as licenciaturas de física, zootecnia, agronomia e computação. Mas as carências, explica, não diminuíram o entusiasmo dos profissionais e alunos da escola. “O empenho é tanto que somos capazes de tirar água de pedra”, diz. O Cefet Bambuí obteve 358 pontos e é o terceiro entre 131 centros universitários avaliados.

    IGC - Na segunda-feira, 8, o Inep divulgou o Índice Geral de Cursos (IGC) de 173 universidades, 131 centros universitários e 1.144 faculdades isoladas e integradas. Os valores vão de zero a 500 e as faixas de um a cinco. O Inep usou, para o cálculo do indicador, a média dos Conceitos Preliminares de Cursos (CPCs) da instituição (componente relativo à graduação) e o conceito fixado pela Capes para a pós-graduação. A média dos conceitos dos cursos é ponderada, de acordo com o número de matrículas dos alunos na graduação, mestrado e doutorado.

    Ionice Lorenzoni

  • Enade 2007: Ministro da Educação anuncia resultados (Júlio César Paes)O Sistema Nacional de Avaliação do Ensino Superior (Sinaes) já está perto de ser concluído. A implementação do conceito preliminar de curso é o penúltimo passo da construção do modelo. A última etapa se refere ao conceito preliminar das instituições, que deve ser anunciado até o fim do mês. A afirmação foi feita pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, durante a divulgação dos resultados do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) de 2007 e do conceito preliminar de curso, nesta quarta-feira, 6.

    Haddad lembrou o antigo sistema de avaliação no Brasil. Na educação básica, o que se avaliava era a unidade da federação e não as escolas. Na educação superior, era o oposto: avaliação do curso, mas não da instituição. “Estamos construindo um meio termo”, disse o ministro. A avaliação tem que ser institucional, seja na escola ou na universidade. Isso é o que vai ajudar os estabelecimentos a construir seu caminho de desenvolvimento.”

    Desenvolvido pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), o conceito preliminar de curso é um novo componente da avaliação das instituições de educação superior. O indicador combina o Enade, o Índice de Diferença de Desempenho (IDD) – que mede o valor agregado entre os alunos ingressantes e concluintes – e a avaliação de três variáveis: infra-estrutura, corpo docente e projeto político-pedagógico das instituições.

    O conceito preliminar de curso servirá de guia para as comissões de avaliação in loco. “Antes, não havia correspondência entre o Enade e o conceito final emitido pelas comissões de avaliação in loco. É essa lacuna que estamos preenchendo”, explica Haddad.

    A vantagem, segundo o ministro, é a desburocratização dos procedimentos, já que os cursos que obtiverem conceito preliminar igual ou superior a três pontos – a escala vai de um a cinco – são dispensados da visita da comissão de avaliação, a não ser que queiram rever a nota. Além disso, permite que o MEC dê mais atenção aos cursos que têm indicadores mais baixos.

    Enade – O Enade 2007 avaliou 3.248 cursos em 16 áreas de conhecimento. Os avaliados foram agronomia, biomedicina, educação física, enfermagem, farmácia, fisioterapia, fonoaudiologia, medicina, medicina veterinária, nutrição, odontologia, serviço social, tecnologia em radiologia, tecnologia em agroindústria, terapia ocupacional e zootecnia.                                              

    Inscreveram-se 387.118 estudantes, dos quais 215.443 foram selecionados para realizar o exame. Com base no desempenho dos alunos, os cursos recebem conceitos de um a cinco.

    Letícia Tancredi

  • América Latina, União Européia e Caribe querem estabelecer mecanismos semelhantes de avaliação da educação superior. A pretensão foi discutida no Seminário do Espaço Comum de Educação Superior (Alcue) da América Latina, União Européia e Caribe, nos dias 21 e 22 de junho, em Madri, na Espanha.

    Segundo o presidente da Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior (Conaes/MEC), Sérgio Franco, a proposta vai facilitar a mobilidade acadêmica entre instituições superiores destes países. “A idéia é criar mecanismos parecidos de avaliação para que as análises sejam comparáveis e o intercâmbio acadêmico seja facilitado”, explica.

    De acordo com o presidente da Conaes, os sistemas avaliativos do Mercosul são mais integrados, já que os países do bloco estão intensificando a troca de experiências no setor. Na Europa, segundo Franco, os sistemas são muito individuais e no Caribe, a análise é superficial.

    “A avaliação brasileira é bastante avançada porque consideramos o desempenho dos alunos, dos cursos e das instituições. Ela não só diz que o ensino é bom ou ruim, mas também aponta onde as instituições podem melhorar”, disse Franco. O seminário reuniu representantes do Brasil, Polônia, França, Espanha, Irlanda, Suécia, Argentina, Chile, Cuba, Colômbia, Uruguai, Jamaica e Costa Rica.   

    Alcue — O Espaço Comum de Educação Superior é uma iniciativa dos países da União Européia, América Latina e Caribe. Seu objetivo é promover ações que estimulem o intercâmbio de estudantes, professores, pesquisadores, pessoal técnico e de gestão e a interação de instituições de educação superior.

    Flavia Nery

  • Representantes do Ministério da Educação, secretários de educação e técnicos de 15 municípios do Espírito Santo e especialistas da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) avaliam, nos dias 30 e 31, os resultados alcançados pelo Programa de Fortalecimento Institucional das Secretarias Municipais de Educação do Semi-Árido (Proforti) nestas localidades. A reunião será em Jaguaré (ES).

    Programa da Secretaria de Educação Básica, o Proforti qualifica gestores e técnicos das secretarias municipais de educação e oferece equipamentos de informática para melhorar a eficiência dos sistemas de ensino. O objetivo é promover a gestão participativa, informatizada, que seja capaz de fazer diagnóstico dos problemas, definir prioridades e planejar ações.

    A capacitação se desenvolve em 78 horas, sendo 30 horas de aulas e oficinas e 48 horas de treinamento em serviço, dentro de cada secretaria. Os temas tratados são gestão (organização das secretarias), gestão orçamentária e financeira, e gestão da informação. Segundo o coordenador do Proforti, Eduardo Pires, a capacitação dos gestores e técnicos dos 15 municípios foi realizada pela Universidade Federal do Espírito Santo, parceira do MEC na execução do programa. Depois da avaliação, a Ufes manda um relatório para a Secretaria de Educação Básica.

    O Semi-Árido no Espírito Santo compreende 29 municípios: Água Doce do Norte, Águia Branca, Alto Rio Novo, Boa Esperança, Conceição da Barra, Ecoporanga, Jaguaré, Mantenópolis, Montanha, Macurici, Pancas, Pedro Canário, Ponto Belo, São domingos do Norte e Vila Pavão.

    Semi-Árido – A região do Semi-Árido abrange 11 estados do Nordeste e parte do Sudeste (norte de Minas Gerais e Espírito Santo), onde vivem 26,4 milhões de pessoas e aproximadamente 11 milhões de crianças e adolescentes, segundo dados do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). Em 2006 a 2008, o Proforti atendeu 232 municípios do Semi-Árido com formação de pessoal e recursos de informática (computadores e impressoras) para as secretarias de educação.

    Ionice Lorenzoni

  • A cultura de avaliação e monitoramento do processo de aprendizagem nos municípios é um dos destaques da pesquisa Redes de Aprendizagem — boas práticas de municípios que garantem o direito de aprender, a ser divulgada nesta terça-feira, 25, em Brasília. A pesquisa mostra experiências de ensino que interferem diretamente nos bons resultados alcançados pelos 37 municípios pesquisados.

    Nos municípios de Sete Barras e Votuporanga, em São Paulo, as avaliações funcionam como termômetro. As redes acompanham todos os alunos individualmente e conseguem identificar em cada escola quais as dificuldades que afetam a aprendizagem.

    Em Sete Barras, os resultados nas avaliações do MEC são orientadores do trabalho, mas a avaliação municipal identifica com detalhes os erros no processo. As escolas da rede alcançaram média 5,4 no Ideb e pretendem atingir 7,0 pontos na Prova Brasil 2007, que será divulgada ainda no primeiro semestre deste ano.

    O aprendizado é o foco da rede. Por isso, foi criada uma avaliação bimestral para todos os alunos, pela qual a secretaria consegue corrigir agilmente as distorções. Em 2006, por exemplo, a secretaria contratou professores para reforço dos alunos com dificuldade de aprendizagem. No ano seguinte, a avaliação bimestral indicou que o reforço poderia ser dispensado.

    Em Votuporanga, a avaliação também é bimestral. Pelo Sistema de Avaliação da Rede de Ensino Municipal (Sarem), as escolas definem atividades para cada aluno, com base na análise das ações em andamento. Segundo os entrevistados pelos pesquisadores do Unicef, a avaliação municipal mostra tanto as dificuldades de cada aluno quanto as falhas no ensino.

    Para a secretaria de educação, o Sarem conseguiu aumentar o compromisso dos professores com os alunos em defasagem. Um professor de Votuporanga lembrou que o resultado das avaliações interfere no ensino diário.

    Em Sete Barras, o compromisso também foi reforçado. A pesquisa indicou que os professores sabem os nomes de todos os alunos que estão mal, e os bons alunos são estimulados para atingirem um grau excelente. Em 73% das redes analisadas, o compromisso do professor com o aluno foi citado como um dos principais fatores de sucesso das escolas.

    Valorização do Professor – O professor sempre aparece como personagem central para o sucesso das redes. É a ele que pais e alunos atribuem a responsabilidade direta pelos bons resultados alcançados pela escola. Mesmo os pais que citam a importância dos diretores consideram que o mérito é do professor.

    Em todas as redes pesquisadas, os professores se sentem valorizados. E o reconhecimento de todos aparece na fala das crianças entrevistadas. A pesquisa identificou desejos de estudantes de se tornarem professores.

    Em Votuporanga, os professores acompanham as dificuldades e avanços das crianças em pastas individuais, nas quais são registradas a produtividade e evolução do desempenho de cada um. E esse acompanhamento individualizado foi apontado como fator de sucesso em 76% das redes analisadas.

    O Unicef ainda visitou em São Paulo o município de Sud Menucci, que se preocupa também com o resultado dos alunos nas avaliações. Combater a repetência com aprendizado é umas das diretrizes do Plano de Desnvolvimento da Educação (PDE). O plano pede a adoção de práticas como aulas de reforço no contraturno, estudos de recuperação e progressão parcial.

    A rede de Sud Menucci adota duas modalidades de apoio ao aluno com defasagem. As crianças com dificuldades em Português e Matemática são agrupadas por ciclo e assistem a duas aulas extras por semana. As crianças com grau elevado de dificuldade na alfabetização são agrupadas em outro ciclo e recebem mais quatro horas de aula por dia. Essa estratégia se chama reenturmação. Os alunos são reorganizados em classes de acordo com a semelhança nas dificuldades.

    Redes de sucesso ― A publicação Redes de Aprendizagem — boas práticas de municípios que garantem o direito de aprender apresenta os resultados de um estudo realizado em 37 redes municipais de ensino de 15 estados, nas cinco regiões do país, selecionadas a partir do Ideb e do contexto socioeconômico dos alunos e de suas famílias. O estudo é um trabalho conjunto do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e do Ministério da Educação, por meio do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), elaborado no período de outubro a novembro de 2007.

    As redes foram escolhidas com base no cruzamento de informações socioeconômicas dos alunos, extraídas do questionário que faz parte da Prova Brasil, com informações dos municípios e com o Ideb. Depois de selecionadas, as redes foram visitadas por pesquisadores que entrevistaram todos os envolvidos no processo, do gestor ao aluno. Entre os objetivos principais do MEC e seus parceiros com a pesquisa, estão identificar boas práticas de redes municipais espalhadas pelo Brasil e oferecer os exemplos para as demais.

    Ao analisar as razões apontadas pelos responsáveis pelo sucesso de cada uma das 37 redes, foram identificados dez pontos presentes na maioria delas. Trata-se de um conjunto de ações e práticas articuladas que estão em sintonia com o PDE, lançado pelo MEC em abril de 2007: foco na aprendizagem, consciência e práticas de rede, planejamento, avaliação, perfil do professor, formação do corpo docente, valorização da leitura, atenção individual ao aluno, atividades complementares e parcerias.

    Os pesquisadores perguntaram: o que essa rede faz para garantir o direito de aprender? E as respostas foram dadas por gestores, diretores, professores, funcionários, alunos e pais.

    Participaram da pesquisa redes de municípios com populações que variam de 6.379 a 788.773 habitantes, representativas da diversidade e dos desafios encontrados nos 5.564 municípios brasileiros.

    Assessoria de Comunicação Social

  • Cerca de 1,8 mil profissionais estão aptos a iniciar o trabalho de avaliação das instituições de educação superior, públicas e particulares, e de cursos de ensino superior. A capacitação de avaliadores é o elemento que faltava para completar o ciclo de avaliação do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes), por meio da avaliação de cursos e instituições.

    A Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior (Conaes), vinculada ao Ministério da Educação, é responsável pela coordenação do Sinaes. A operacionalização do sistema fica a cargo do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep/MEC). Segundo o presidente da Conaes, Sérgio Franco, só a partir da formação de profissionais competentes, é possível iniciar a avaliação externa das instituições e implantar uma avaliação continuada de cursos, o que deve ocorrer a partir de março.

    Criado em 2004, pela Lei nº 10.861, o Sinaes integra vários instrumentos de avaliação ao analisar a educação superior em três eixos — avaliação de instituições, de cursos e do desempenho dos alunos. A meta de avaliar a educação superior de forma abrangente, por meio da articulação dos processos avaliatórios de estudantes, de cursos e de instituições, será atingida em 2007, quando a avaliação de cursos e de instituições ganhar profissionais capacitados para desenvolver o trabalho de avaliação continuada. O sistema prevê a avaliação das instituições mediante auto-avaliação e avaliação externa. Esta última depende da capacitação de avaliadores.

    A auto-avaliação das instituições é feita por uma comissão formada por representantes do quadro técnico-administrativo e dos corpos docente e discente da própria instituição, além de membros externos da comunidade. Para Franco, a auto-avaliação oferecerá subsídios à avaliação externa porque indica as especificidades de cada instituição.

    A avaliação externa vai comparar os objetivos, resultados e dificuldades declarados pela instituição em sua auto-avaliação e o que os avaliadores  externos observarem acerca da realidade institucional. Os mesmos dez quesitos considerados pela auto-avaliação — que envolvem desde infra-estrutura, gestão, corpo docente, pesquisa e até responsabilidade social da instituição na região onde atua — serão verificados pela avaliação externa.

    Segundo Sérgio, a avaliação das instituições não tem como meta punir aquelas que estiverem aquém dos padrões de qualidade estipulados pelo MEC, mas conhecer a realidade institucional e fornecer parâmetros para a melhoria da qualidade do ensino.

    Avaliadores − O Banco de Avaliadores do Sinaes foi criado em 2006 e conta com aproximadamente 11 mil pessoas. Segundo o presidente da Conaes, Sérgio Franco, todos os avaliadores do banco são professores universitários, dos quais 86,2% são doutores; 12,5%, mestres e 1,3%, especialistas ou graduados. Muitos deles são dirigentes universitários com experiência em gestão. Conforme o perfil, cada um avaliará a área na qual tenha mais competência e afinidade. Universidades, faculdades e entidades científicas indicam nomes para compor o banco e outros professores interessados também podem se inscrever por conta própria. Cada inscrição ou indicação é analisada pela Conaes, que seleciona os perfis adequados ao trabalho de avaliação de cursos e de instituições. Os escolhidos passam pela formação de avaliadores e passam a integrar comissões de avaliação, formadas por sorteio.

    Cursos − A avaliação ocorre desde a existência do mecanismo de reconhecimento de cursos e hoje gira em torno da regulação destes. O que significa que a avaliação está diretamente ligada ao reconhecimento e à renovação do reconhecimento dos cursos. A dinâmica de avaliação de cursos envolve atualmente dois tipos de avaliação — autorização de cursos e reconhecimento de cursos.

    Primeiro, cada curso novo criado por uma instituição precisa passar por avaliação para ser autorizado. O mesmo processo ocorre após o início das aulas e antes da expedição de diplomas, quando o curso deve ser novamente avaliado para ser reconhecido e ter direito a formar turmas. A partir de 2007,  em conjunto com a avaliação externa das instituições, a expectativa é de que os cursos sejam avaliados continuamente, com a intenção de focar o processo avaliatório não apenas na regulação, mas na fiscalização dos padrões de qualidade dos cursos. “Estamos atravessando um momento de transição em que a avaliação dos cursos passará, a partir do ano que vem, a integrar os objetivos do Sinaes, cuja meta é analisar continuamente a qualidade da educação superior”, afirmou Sérgio Franco.

    Enade − O terceiro instrumento usado na avaliação do ensino superior é o desempenho de estudantes da graduação por meio do Enade. O exame é aplicado a uma amostra de estudantes - do primeiro e do último ano − de cursos oriundos de áreas selecionadas anualmente pelo MEC.

    Este ano, em sua terceira edição, o Enade apresentou uma novidade. O exame divulgou um índice, medido já nas avaliações de 2005, capaz de calcular a diferença de desempenho entre estudantes ingressantes e concluintes de cada instituição. De acordo com o presidente da Conaes, o mecanismo ajuda a detectar qual a contribuição de cada curso e de cada instituição na formação dos alunos. Outra expectativa da Conaes é de que os resultados do Enade repercutam na avaliação de cursos. “A intenção é aliar a avaliação de cursos e de desempenho de estudantes para conhecermos melhor cada curso”, ressaltou Franco.

    Portal − O lançamento, em dezembro de 2006, do portal do Sinaes conferiu transparência ao trabalho de avaliação da educação superior. O portal reúne informações pormenorizadas, de 1991 a 2006, acerca de cursos, instituições e corpos docente e discente das instituições de ensino superior. É possível cruzar os dados disponíveis e encontrar informações como o número de professoras com titulação de mestrado em instituições do Amazonas.

    Também pode-se encontrar detalhamentos sobre o perfil dos docentes de determinada instituição, com acesso ao currículo Lattes, que indica, por exemplo, as premiações recebidas e as publicações do professor pesquisado.

    O desempenho dos estudantes no Enade e os censos da educação superior até 2005 podem ser consultados na página eletrônica do Inep.

    Maria Clara Machado

    Confira as notícias do Balanço 2006

  • Porto Alegre — O ministro da Educação, Fernando Haddad, disse nesta terça-feira, 30, que o controle social é inerente ao Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE). “A divulgação dos resultados do desempenho das escolas e das redes mostra isso”, afirmou, na solenidade de  lançamento das ações do PDE na Pontifícia Universidade Católica, em Porto Alegre. Haddad ressaltou que a intenção do PDE é apoiar escolas autônomas, que apresentem boas práticas educacionais, e oferecer apoio técnico e financeiro às demais para melhorar a qualidade da educação em todas elas.

    Quanto aos recursos financeiros disponíveis, o ministro informou que o dinheiro está vinculado aos planos de ações articuladas, nos quais a escola e a rede definem metas e estratégias a seguir para elevar a qualidade da educação. Só a partir dos planos é possível definir o volume de recursos necessário em cada caso.

    Na visão do ministro, os instrumentos de avaliação previstos no PDE — o desempenho das crianças e das redes é avaliado e divulgado a cada dois anos — privilegiam o direto de aprender de cada estudante e o controle pela comunidade das metas do plano. “A idéia não é punir ninguém, mas verificar o que está ocorrendo e identificar os eventuais problemas”, destacou.

    A governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius, compartilha da visão do ministro. “A avaliação é instrumento de planejamento e indica onde é preciso investir e quem deve ser premiado”, afirmou, em alusão às práticas bem-sucedidas, que, segundo Yeda, também devem ser reforçadas e disseminadas.

    Quanto às ações do PDE no estado, o ministro informou que todas as mesorregiões do Rio Grande do Sul serão atendidas pela educação tecnológica. Serão dez novas escolas técnicas até 2010. Além disso, Haddad lembrou que foi aprovado ontem o plano de expansão da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e que haverá cursos de formação de professores do ensino básico em 38 cidades-pólo, com a abertura de 4,6 mil vagas.

    A Caravana da Educação está em Porto Alegre para lançar as ações do Plano de Desenvolvimento da Educação no estado.

    Maria Clara Machado

  • Um sistema próprio de avaliação do aprendizado dos estudantes de 1ª a 4ª séries do ensino fundamental da rede municipal de educação de Rio Branco, no Acre, é o destaque da pesquisa Redes de Aprendizagem – boas práticas de municípios que garantem o direito de aprender, que será divulgada nesta terça-feira, 25, em Brasília.

    A secretaria municipal de educação de Rio Branco implantou em 2006 o Programa de Avaliação da Aprendizagem (Proa), com três avaliações anuais das crianças matriculadas na 1ª série: a primeira, no início do ano, para orientar o professor no planejamento das aulas; a segunda, no final do primeiro semestre, para monitorar a evolução do desempenho dos alunos; e a terceira, no final do ano letivo, para medir os resultados. Em 2007, o Proa foi estendido aos alunos da 2ª à 4ª séries.

    Além do Programa de Avaliação da Aprendizagem, os alunos da rede municipal são constantemente monitorados no desenvolvimento das competências de escrita e leitura. Para executar a tarefa, cada monitor fica responsável por um grupo de escolas, que são visitadas pelo menos uma vez por semana. Na visita, ele observa a evolução do desempenho dos alunos, a execução do que foi planejado e dá apoio aos professores.

    A rede de Rio Branco também integrou o planejamento à rotina das suas escolas, função que fica a cargo dos técnicos da secretaria que trabalham em conjunto com os coordenadores pedagógicos. Quando os resultados não são alcançados, a equipe analisa os motivos e replaneja as ações para que o direito de aprender seja assegurado. O município reserva um quinto do tempo de trabalho semanal dos professores para o planejamento. No município, os docentes têm contratos de 25 horas semanais, no mínimo, dedicando 20 horas para a sala de aula e cinco horas de planejamento.

    Integração – Das 37 redes municipais de ensino ouvidas na pesquisa Redes de Aprendizagem, apenas a de Rio Branco integra o sistema estadual de educação. O município participa do Sistema Único de Educação (SUE), que resulta de um acordo assinado pelas secretarias municipal e estadual do Acre. O sistema reordenou as escolas, que foram distribuídas por sete regiões da cidade, redefiniu a competência e a responsabilidade de cada uma. Assim, desde 2005, a prefeitura de Rio Branco assumiu 46 escolas estaduais de educação infantil e das séries iniciais do ensino fundamental e transferiu para a secretaria estadual três escolas que atendem alunos dos anos finais do ensino fundamental e do ensino médio.

    Rio Branco tem 305.731 habitantes, 17.845 alunos matriculados na educação básica e 63 escolas; Ideb de 4,1 nos anos iniciais do ensino fundamental.

    Redes de sucesso ― A publicação Redes de Aprendizagem — boas práticas de municípios que garantem o direito de aprender apresenta os resultados de um estudo realizado em 37 redes municipais de ensino de 15 estados, nas cinco regiões do país, selecionadas a partir do Ideb e do contexto socioeconômico dos alunos e de suas famílias. O estudo é um trabalho conjunto do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e do Ministério da Educação, por meio do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), elaborado no período de outubro a novembro de 2007.

    As redes foram escolhidas com base no cruzamento de informações socioeconômicas dos alunos, extraídas do questionário que faz parte da Prova Brasil, com informações dos municípios e com o Ideb. Depois de selecionadas, as redes foram visitadas por pesquisadores que entrevistaram todos os envolvidos no processo, do gestor ao aluno. Entre os objetivos principais do MEC e seus parceiros com a pesquisa, estão identificar boas práticas de redes municipais espalhadas pelo Brasil e oferecer os exemplos para as demais.

    Ao analisar as razões apontadas pelos responsáveis pelo sucesso de cada uma das 37 redes, foram identificados dez pontos presentes na maioria delas. Trata-se de um conjunto de ações e práticas articuladas que estão em sintonia com o PDE, lançado pelo MEC em abril de 2007: foco na aprendizagem, consciência e práticas de rede, planejamento, avaliação, perfil do professor, formação do corpo docente, valorização da leitura, atenção individual ao aluno, atividades complementares e parcerias.

    Os pesquisadores perguntaram: o que essa rede faz para garantir o direito de aprender? E as respostas foram dadas por gestores, diretores, professores, funcionários, alunos e pais.

    Participaram da pesquisa redes de municípios com populações que variam de 6.379 a 788.773 habitantes, representativas da diversidade e dos desafios encontrados nos 5.564 municípios brasileiros.

    Assessoria de Comunicação Social

  • A possibilidade de analisar a trajetória do aluno do começo ao fim da graduação constitui um dos avanços do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) sobre o Exame Nacional de Cursos, o Provão, realizado de 1996 a 2003. Esta é uma das conclusões que estatísticos, psicólogos, filósofos, matemáticos, de um grupo de 23 avaliadores, apresentaram ao Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) depois de examinar, durante dois dias, os resultados do Enade 2004.

    O encontro, promovido pelo Inep em Brasília, teve o objetivo de analisar o significado de um exame de larga escala quanto à confiabilidade estatística dos dados e até que ponto expressam as finalidades do exame como instrumento capaz de orientar a avaliação dos cursos de graduação. Eles viram os resultados do exame sob quatro óticas: se o modelo de avaliação é útil para orientar as políticas acadêmicas e públicas; se os dados colhidos são exatos; se o tipo de exame é viável do ponto de vista econômico; e se avalia o curso com justiça.

    Ao final, os avaliadores apontaram que o Enade oferece riqueza de possibilidades de interpretações qualitativas dos dados, permite uma multiplicidade de olhares e de cruzamento de informações usando as ferramentas estatísticas.

    Para o diretor de Avaliação e Estatísticas da Educação Superior do Inep, Dilvo Ristoff, as contribuições foram positivas e todas as informações sobre o exame estão à disposição das comunidades científica e acadêmica para as devidas interpretações. Os resultados sobre o desempenho dos estudantes no Enade 2004, explicou ele, já foram repassados em relatórios específicos para cada um dos 2.184 cursos e para as 13 áreas que participaram do processo no ano passado.

    Abrangência - Além de destacar a avaliação dos alunos iniciantes e concluintes da graduação, Ristoff lembrou que o Enade, ao fazer provas por amostragem, promove outra inovação: permite que em três anos, de 2004 a 2006, o Ministério da Educação possa ter um retrato das 52 áreas do conhecimento – um avanço sobre o Provão, que em oito anos avaliou 26 áreas. Em 2005, o exame vai abranger 8.169 cursos das áreas de engenharia e licenciatura.

    Repórter: Ionice Lorenzoni

  • O programa de intercâmbio científico Brasil-França selecionou 46 propostas de projetos de um total de 142 inscritas. E dos 38 pedidos de renovação de projetos em andamento, foram aceitos 29. O programa é uma parceria da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC) com o Comitê Francês de Avaliação da Cooperação Universitária com o Brasil (Cofecub), em funcionamento desde 1978.

    A avaliação das propostas, iniciada na quinta-feira, 24, foi feita por uma comissão mista binacional integrada por representantes da Capes, do Cofecub, da Embaixada da França e do comitê científico, formado por professores brasileiros e franceses.

    “Foi uma reunião excelente, produtiva e com um alto grau de convergência entre os especialistas dos dois países, que facilitou muito a avaliação”, afirmou o presidente do Cofecub, Pierre Jaisson. Na opinião do coordenador- geral de Cooperação Internacional (CGCI/Capes), Leonardo Rosa, “a qualidade das propostas apresentadas, bem avaliadas por ambos os lados, demonstra o contínuo crescimento da pós-graduação brasileira”. O resultado do julgamento das propostas estará no sítio da Capes a partir da próxima segunda-feira.

    Pesquisa — O programa, que é mais conhecido como Capes-Cofecub, apóia projetos conjuntos de pesquisa entre instituições de ensino superior e de pesquisa do Brasil e da França e estimula a formação e o aperfeiçoamento de doutorandos e professores dos dois países, nas modalidades de doutorado-sanduíche (estágio de doutorando no exterior) e pós-doutorado.

    Fátima Schenini

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