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  • O Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet) de São Paulo recebeu, nesta quinta-feira, 18, a visita de 15 educadores da República da Coréia do Sul. O objetivo era conhecer o ensino tecnológico brasileiro para verificar as boas práticas utilizadas e a possibilidade de aplicá-las no ensino coreano.

    A comitiva decidiu visitar o Cefet-SP após o resultado do Enem-2007, que colocou a instituição em primeiro lugar entre as escolas públicas de ensino do estado de São Paulo.

    Segundo o sub-secretário de educação da província de Jeollanamdoâ da República da Coréia do Sul, Seon Seong Soo, há semelhança entre os dois países, pois ambos precisam de mão-de-obra técnica especializada. “Queremos achar um meio de resolver os obstáculos enfrentados na Coréia do Sul”, conclui.

    Assessoria de Imprensa da Setec

  • As informações deste texto estão atualizadas até as 10h30 de 29 de maio de 2020


    Acompanhe o portal do Ministério da Educação (MEC) para ficar por dentro de todas as ações realizadas durante o período de pandemia do coronavírus.

    Mais recursos para hospitais universitários – Medida Provisória abriu crédito de R$ 204 milhões para a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) — vinculada ao MEC e que gerencia 40 hospitais universitários — e R$ 57 milhões ao Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). Os valores são para compra de remédios, de materiais, como luvas, máscaras, álcool em gel, camas para leitos e ventiladores pulmonares, por exemplo.

    Com o dinheiro, o HCPA pode aumentar o número de leitos do Centro de Terapia Intensiva (CTI) de 53 para 105. Saiba mais.

    A estatal tem destinado recursos para aumentar o espaço para tratamento de pacientes com Covid-19. São exemplos:

    • R$ 4 milhões para construção de um hospital de campanha em Lagarto (SE). Saiba mais;
    • R$ 2,3 milhões para criação de uma área especial para o combate à pandemia em Juiz de Fora (MG). Saiba mais;
    • R$ 1,1 milhão para ampliar um hospital universitário em Palmas (TO). Saiba mais;
    • R$ 4 milhões para a construção de uma ala com 22 leitos específicos para tratamento da Covid-19 em Pelotas (RS). Saiba mais;
    • R$ 7,5 milhões para a entrega de 10 leitos de UTI, a entrega de um centro cirúrgico e de uma central de esterilização de materiais em São Carlos (SP). Saiba mais;
    • R$ 7,8 milhões para a construção de uma unidade exclusiva de combate ao coronavírus em Brasília (DF). Saiba mais;
    • R$ 3,8 milhões para a disponibilização de mais de 50 leitos no Triângulo Mineiro. Saiba mais;
    • R$ 2,6 milhões para compra de equipamentos, testes e insumos, além de disponibilização de 24 leitos, em Campina Grande (PB). Saiba mais;
    • R$ 3,9 milhões para compra de equipamentos, obras, reparos, além de disponiblização de 19 leitos, em Cuiabá (MT). Saiba mais.

    Mais profissionais nos hospitais universitários  A Ebserh terá um reforço importante no enfrentamento à pandemia do novo coronavírus. A estatal lançou edital para contratação temporária de 6 mil profissionais da saúde e obteve mais de 225 mil inscrições. A força de trabalho será direcionada para os 40 hospitais universitários federais que formam a Rede Ebserh, conforme demanda das unidades de saúde. Mais de 5 mil profissionais já foram convocados, dos quais mais de mil já começaram a trabalhar. Saiba mais.

    O certame englobou vagas para médicos, enfermeiros, técnicos em enfermagem, fisioterapeutas e engenheiros e arquitetos, necessários para promover as mudanças estruturais exigidas para a acomodação de pacientes infectados pelo coronavírus. O resultado saiu em 9 de abril. Saiba mais

    No fim de maio, a Ebserh lançou novo processo seletivo, englobando novas especialidades: médico do trabalho, médico plantonista, farmacêutico, assistente social, biomédico e técnicos em Análises Clínicas, Radiologia, Necropsia e Farmácia. Saiba mais.

    Em paralelo ao processo seletivo emergencial, a estatal vinculada ao MEC manteve o andamento de seu concurso público, com 1.660 vagas em todo o país. O resultado foi publicado no fim de abril. Saiba mais.

    Apoio a bolsistas – Os 3,3 mil estudantes e pesquisadores que estão em 37 países continuam com seus benefícios garantidos durante a pandemia. A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) criou um canal de comunicação com os bolsistas que precisarem tirar dúvidas. Além disso, o órgão apoiou 428 bolsistas que estavam no exterior e solicitaram a volta ao Brasil, com compra de passagem ou ressarcimento de custos com a viagem de retorno. Saiba mais.

    Dentro do Brasil, a Capes prorrogou mais de 12 mil bolsas de mestrado e doutorado. Saiba mais.

    Censos Escolar e da Educação Superior – O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) estendeu para 5 de junho o prazo para coleta de dados do Censo da Educação Superior. Os responsáveis nas instituições têm até a data para a declaração das informações. Saiba mais.

    Para o Censo Escolar, da educação básica, o Inep ampliou para 21 de agosto o prazo para coleta de dados. Saiba mais.

    Enem e programas de acesso ao ensino superior – Os cronogramas das edições do segundo semestre de 2020 do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), do Programa Universidade para Todos (Prouni) e do Programa de Financiamento Estudantil (Fies) têm novas datas. As inscrições do Sisu vão de 16 a 19 de junho, as do ProUni de 23 a 26 de junho e as do Fies, de 30 de junho a 3 de julho. Saiba mais

    Para o Sisu e para o Prouni, já são públicas as datas para adesão das instituições. Saiba mais aqui e aqui.

    O MEC ofertará bolsas para cursos a distância no Sisu a partir do processo seletivo do segundo semestre de 2020. Saiba mais.

    Contratos vigentes com o Fies poderão ter até quatro parcelas suspensas durante a pandemia. Saiba mais.

    Também no Fies, foram prorrogados os prazos para formalização das inscrições. Saiba mais.

    As inscrições para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) estão abertas e vão até 27 de maio, cinco dias além do previsto inicialmente. Saiba mais.

    As provas do Enem serão adiadas de 30 a 60 dias em relação ao previsto nos editais. Saiba mais

    O MEC quer assegurar a melhor realização possível para o Enem. O ministério consultará os inscritos, por meio da Página do Participante, na última semana de junho para saber o quanto querem de adiamento. Saiba mais.

    O Inep vai garantir a gratuidade da taxa de inscrição do Enem 2020 aos participantes que atendem aos requisitos legais estabelecidos em edital e que não conseguiram realizar a solicitação do benefício. Saiba mais.

    As listas de espera do Prouni e do Fies referentes ao primeiro semestre de 2020 ganharam novas datas. No primeiro, os participantes tiveram até 21 de maio para enviar a documentação para as instituições, procedimento que pode ser feito on-line. No segundo, o MEC vai rodou a pré-seleção até 22 de maio. Saiba mais.

    Possibilidade de convocação de universitários para estágio – O MEC autorizou universitários a atuarem em clínica médica, pediatria, saúde coletiva e apoio às famílias em unidades básicas de saúde, unidades de pronto atendimento, rede hospitalar e comunidades durante o período de emergência da pandemia de coronavírus. A medida engloba alunos de Medicina, Enfermagem, Farmácia e Fisioterapia. Saiba mais.

    O edital para atuação dos estudantes está aberto. Saiba mais.

    Mais de 100 mil estudantes realizaram o cadastro para combater a pandemia. Saiba mais.

    Flexibilização do EaD para sistema federal de ensino – Portaria autorizou o ensino a distância em universidades federais, institutos federais, Colégio Pedro II, Instituto Nacional de Educação de Surdos (Ines), Instituto Benjamin Constant (IBC) e instituições de ensino superior privadas. A medida, como forma de evitar a interrupção das atividades acadêmicas, não é impositiva. Saiba mais.

    A medida foi prorrogada por 30 dias, contados a partir de 15 de maio. Saiba mais.

    Destinação dos alimentos da merenda escolar – O governo federal sancionou lei que autoriza, em caráter excepcional, a distribuição de alimentos adquiridos com recursos do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) aos pais ou responsáveis. A medida foi tomada porque a maior parte das escolas públicas do país está com aulas suspensas. Saiba mais.

    Os alimentos devem ser distribuídos em forma de kits, definidos pela equipe de nutrição local, de acordo com a faixa etária de cada estudante e o período em que estaria sendo atendido na unidade escolar. Os kits devem seguir as determinações do PNAE como respeitar hábitos alimentares, a cultura local e a qualidade nutricional e sanitária. O FNDE orienta estados e municípios a fazer a entrega nas residências dos beneficiários ou que apenas um familiar do estudante busque na unidade escolar. Saiba mais.

    O FNDE já repassou mais de R$ 1 bilhão do PNAE em 2020. Antecipada, a parcela de maio foi paga ainda em abril. Saiba mais.

    O Fundo vinculado ao MEC publicou uma resolução para dar ênfase ainda maior à alimentação saudável. Saiba mais.

    Antecipação de recursos e novas diretrizes para o transporte escolar – O FNDE antecipou o repasse de R$ 67,9 milhões, valor da quarta parcela do Programa Nacional de Apoio ao Transporte do Escolar (PNATE), prevista para o fim do mês. Os recursos são destinados a estados e municípios com estudantes da educação básica que residem em áreas rurais. Mesmo com os veículos fora de circulação, os repasses garantem que os beneficiários possam arcar com as despesas referentes a contratos já firmados. Saiba mais.

    O FNDE publicou novas regras para o PNATE. Pela primeira vez, o programa estabelece diretrizes para nortear a aplicação dos recursos e a oferta de transporte escolar por parte dos estados, Distrito Federal e municípios. Saiba mais.

    Reforço em materiais de higiene nas escolas – O MEC anunciou o repasse de recursos do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) para as escolas públicas. O objetivo, então, era intensificar a compra, por parte dos gestores locais, de materiais de limpeza e higiene, como água sanitária e álcool em gel. De imediato, entre os dias 16 e 17 de março, foram transferidos R$ 450 milhões a 64 mil colégios. Saiba mais.

    Até 12 de maio, já haviam sido repassados mais de R$ 720 milhões para cerca de 105 mil escolas. É uma forma de assegurar um ambiente mais seguro para o retorno às aulas. Saiba mais.

    Vagas em EaD pelo programa Novos Caminhos  Por meio do programa Novos Caminhos, o MEC vai ofertar um total de 122 mil vagas em cursos de qualificação profissional a distância até o fim de junho. O investimento é de R$ 60 milhões e abrange a rede federal de educação profissional, científica e tecnológica, integrada por institutos federais, Centros Federais de Educação Tecnológica (Cefets), escolas técnicas vinculadas às universidades federais e instituições das redes estaduais, distrital e municipais. Saiba mais.

    Boletins diários  O MEC e a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) têm publicado, em parceria, boletins diários com um panorama da situação dos hospitais universitários. Os textos trazem informações como a quantidade de leitos disponíveis para pacientes com Covid-19, a quantidade de pessoas com a doença atendidas pela estatal vinculada ao ministério e a quantidade de profissionais contratados para atuar no combate à pandemia. O mais atual é o de 25 de maio. Saiba mais.

    Compras centralizadas e notificações on-line  A Ebserh tem atuado em outras frentes. Uma delas é o apoio aos hospitais da rede por meio das compras centralizadas de equipamentos de proteção individual, medicamentos e outros materiais hospitalares. Desdemarço, os contratos assinados para essas compras totalizaram R$ 112,4 milhões, além de R$ 8,8 milhões disponibilizados diretamente para os hospitais. Os recursos são parte de verba descentralizada pelo MEC) entre março e abril, que totalizam R$ 274 milhões. Saiba mais.

    A Ebserh também disponibilizou uma ferramenta on-line para notificação de casos de coronavírus em seus pacientes. Saiba mais.

    Diretrizes do Conselho Nacional de Educação O Conselho Nacional de Educação (CNE) aprovou parecer com diretrizes tanto para a educação básica quanto para a superior durante a pandemia. O documento autorizou os sistemas de ensino a computar atividades não presenciais para cumprimento de carga horária, sugeriu a utilização de períodos não previstos como recesso escolar do meio do ano, de sábados, e a reprogramação de períodos de férias, entre outros. O MEC atuou no desenvolvimento do texto. Saiba mais.

    Sistema de monitoramento de casos de coronavírus nas instituições de ensino – Plataforma on-line monitora o funcionamento e as principais ações das universidades, dos institutos federais, dos Centros Federais de Educação Tecnológica (Cefets) e do Colégio Pedro II durante a pandemia. A atualização do painel é feita pelas próprias instituições. A ferramenta foi criada em parceria com Universidade Federal do Oeste da Bahia (UFOB), Universidade Federal do Cariri (UFCA), Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA) e Universidade Federal de Viçosa (UFV). Saiba mais.

    Linha de pesquisa relacionada a pandemias – A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) lançou programa para conceder 2,6 mil bolsas nas áreas de infectologia, epidemiologia, imunologia e pneumologia para estudos de prevenção e combate a pandemias, como o coronavírus. O investimento é de R$ 200 milhões. Saiba mais.

    A Coordenação deu acesso imediato a 1.150 bolsas e lançou outros dois editais. As inscrições foram encerradas.

    Formatura antecipada  Estudantes de Medicina poderão se formar ao concluir 75% do internato e alunos de Enfermagem, Farmácia e Fisioterapia, no momento em que cursarem a mesma porcentagem do ensino curricular obrigatório. A medida tem caráter excepcional e valerá enquanto durar a situação de emergência na saúde pública. A atuação dos profissionais não será exclusiva para o combate ao novo coronavírus, mas servirá para reforçar a quantidade de mão de obra no país. Saiba mais.

    Mais de 1.200 estudantes já se formaram antecipadamente na pandemia. Saiba mais.

    Dinheiro para universidades e institutos  Universidades e institutos federais, além de hospitais universitários, receberão R$ 339,4 milhões para atuarem no combate à pandemia do novo coronavírus. O dinheiro servirá, por exemplo, para produção de álcool em gel, compra de reagentes e equipamentos, instalação de estrutura de tecnologia da informação e comunicação nas instituições e aquisição de mobiliário, equipamentos — como os de proteção individual (EPIs) — e insumos para os hospitais. Saiba mais.

    Dias letivos  As escolas da educação básica e as instituições de ensino superior poderão distribuir a carga horária em um período diferente aos 200 dias letivos previstos em lei. O governo federal tomou a medida por conta da pandemia do novo coronavírus. O ato tem caráter excepcional e valerá enquanto durar a situação de emergência da saúde pública. Saiba mais.

    Livros didáticos  O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), vinculado ao MEC, adiou a abertura do sistema de reserva técnica de livros didáticos. A medida foi tomada por conta da suspensão das aulas na maior parte dos estados, para mitigar os efeitos da pandemia do novo coronavírus. O sistema de reserva técnica seria aberto em 23, de março. Agora, as escolas beneficiadas pelo Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PLND) deverão aguardar outro comunicado do FNDE com a nova data. Saiba mais.

    Mais Médicos  O MEC liberou R$ 12,7 milhões para o pagamento de bolsas de supervisão e tutoria do Mais Médicos pelo Brasil, valor referente aos meses de janeiro e fevereiro. A pasta é responsável pelo repasse de recursos para 1.437 supervisores e 133 tutores participantes do programa. Os supervisores e tutores exercem o papel de aperfeiçoamento dos profissionais que trabalham na ponta, ou seja, em unidades básicas de saúde (UBSs). Saiba mais.

    Bolsas para residentes – Foram liberados R$ 54 milhões para pagamento de profissionais em residência médica e outros profissionais de saúde. O MEC é responsável por 13.785 bolsas, distribuídas por 59 instituições federais de ensino superior. Os recursos são referentes à parcela de março do benefÍcio. Os repasses de janeiro e fevereiro já haviam sido feitos. Em 2020, a pasta já liberou R$ 162 milhões para os profissionais em residência médica e multiprofissionais em saúde. Saiba mais.

    Criação do Comitê Operativo de Emergência (COE)  De forma integrada, as principais diretrizes para a rede de ensino do país estão sendo definidas no âmbito do grupo. O objetivo é estabelecer o diálogo, reunir as demandas e buscar soluções para mitigar os impactos da pandemia do coronavírus. Fazem parte do comitê:

    • Ministério da Educação (MEC);
    • Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE);
    • Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh);
    • Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep);
    • Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed);
    • União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime);
    • Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica (Conif); e
    • Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes). Saiba mais.

    Curso on-line para alfabetizadores – Professores, coordenadores pedagógicos, diretores escolares e assistentes de alfabetização, além de pais, podem realizar, gratuitamente, o curso disponível em alfabetizacao.mec.gov.br. As atividades ensinam métodos que podem ser utilizados para crianças do 1º e 2º ano do ensino fundamental. Os conteúdos servem também como reforço para crianças de idades mais avançadas, especialmente do 3º ano do ensino fundamental. O curso faz parte do programa Tempo de Aprender, baseado em evidências científicas.

    Suspensão de aulas presenciais na educação profissional  Instituições integrantes do sistema federal de ensino estão autorizadas a suspender, em caráter excepcional, as aulas presenciais dos cursos de educação profissional técnica de ensino médio em andamento, ou optem por atividades não presenciais substitutivas, por até 60 dias. O prazo pode ser prorrogado a depender de orientações do Ministério da Saúde e dos órgãos de saúde estaduais, municipais e distrital. Saiba mais.

    Mais tecnologia para EaD em universidades e institutos federais  Mais de 123 mil alunos e professores poderão ser beneficiados com a disponibilização de recursos tecnológicos por parte do MEC, 50% a mais dos 82 mil que já tinham o serviço. São 15 salas de reuniões simultâneas de webconferência, por instituição, sendo que uma unidade pode receber até 75 participantes. Saiba mais.

    Outras ações da Capes  Defesas presenciais de teses e dissertações de mestrado e doutorado foram suspensas. A sugestão é que as bancas sejam realizadas, se possível, por meio virtual. Com articulação junto a outros países, a autarquia conseguiu viabilizar conteúdos da comunidade acadêmica internacional para pesquisadores, médicos, enfermeiros e outros profissionais da área de saúde. Saiba mais.

    A parceria entre a Coordenação e o portal Britannica Escola, para capacitação on-line de professores, foi reforçada. A média mensal é de 120 acessos e subiu para 800 em tempos de isolamento social na pandemia. Saiba mais.

    Destaque em cerimônia do governo federal  O trabalho do MEC durante a pandemia rendeu destaque na cerimônia de 500 dias do governo federal, em 15 de maio. Saiba mais.

    Assessoria de Comunicação Social

  • Os Correios lançaram o selo postal focalizando o Programa Nacional de Informática na Educação (ProInfo), do Ministério da Educação, no último sábado, 8, em comemoração à Semana da Pátria. O selo faz parte da Série América, anualmente emitida pelos Correios dos países que compõem a União Postal das Américas, Espanha e Portugal (Upaep).

    No lançamento, o secretário de educação superior do MEC, Ronaldo Mota, que representou o ministro da Educação, Fernando Haddad, e o diretor comercial dos Correios, Samir Hatem, carimbaram o primeiro selo, dando início à sua circulação. Ele fará parte do acervo filatélico dos Correios e servirá como fonte de pesquisa e registro do acontecimento no contexto histórico e sociocultural do país.

    Para o diretor dos Correios, “a educação a distância é um recurso de incalculável importância, como modo apropriado para atender a grandes contingentes de alunos e sem risco de reduzir a qualidade”. Segundo ele, o tema sugerido pela Upaep aos seus países-membros foi Educação para Todos, motivo pelo qual os Correios buscaram no MEC o apoio necessário para a definição da abordagem a ser adotada. O ProInfo, desenvolvido pela Secretaria de Educação a Distância (Seed/MEC), foi selecionado por se tratar de um programa educacional com abrangência e destaque no cenário nacional.

    “A escolha dos Correios está em total sintonia com a prioridade máxima conferida à educação no Brasil”, afirma Ronaldo Mota. Para ele, “não há caminhos que não passem pela educação”. O secretário informou, ainda, que este ano o MEC universaliza a distribuição de laboratórios de informática, por meio do ProInfo, para todas as escolas de ensino médio públicas do país.

    ProInfo — O programa apóia o desenvolvimento de conteúdos curriculares em todos os níveis e modalidades. Destina-se a professores, alunos, técnicos e gestores, que devem aprender, ensinar e gerenciar ações educacionais utilizando tecnologias. A partir de março de 2007, o ProInfo iniciou a distribuição de 75.580 computadores para 7.500 escolas de ensino médio que não têm laboratório de informática. Além disso, vai contemplar todas as 11,9 mil escolas rurais de 5ª a 8ª séries do ensino fundamental a partir do segundo semestre de 2007. O programa distribuiu e instalou mais de 135 mil computadores e equipamentos em escolas públicas desde 1997.

    Assessoria de Imprensa da SESu

  • 06/11/2006 18h12 A decisão da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) de destinar 50% de suas vagas no vestibular de 2007 ao sistema de cotas, segundo o vice-reitor da instituição, José Américo da Costa Barroqueira, baseou-se no princípio do resgate social. A decisão foi anunciada na sexta-feira, 3, após debate realizado ao longo de 2006 com a comunidade acadêmica da UFMA e outras instituições.

    De acordo com a decisão da universidade, da reserva de 50% das vagas,  metade será para estudantes afrodescendentes (egressos de escolas públicas ou privadas) e a outra metade para estudantes de escolas públicas. Outra política anunciada pela UFMA garante uma vaga de cada curso de graduação, a cada semestre, a pessoas com deficiência física e indígenas. “O ingresso na universidade, por meio das cotas, é uma ação afirmativa que resgata a dívida nacional de longa data que estamos reparando”, afirma o vice-reitor.

    Estudos – A deliberação da UFMA, explica o vice-reitor, foi tomada a partir de amplo estudo, desenvolvido a partir de junho pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe) da instituição. A aprovação do projeto de cotas foi unânime na comunidade universitária, e passou por amplo debate e amadurecimento em seminários, que contaram com a participação do Núcleo de Estudos Afrobrasileiros (Neab) e de outras instituições.

    Cristiano Bastos

  • O ministro da Secretaria dos Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, e o presidente Lula durante cerimônia de abertura da 11ª Conferência Nacional dos Direitos Humanos (Foto: Wilson Dias/ABr)O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, destacou nesta segunda-feira, 15, os avanços na democratização do acesso à educação superior. “Graças a Deus que 40% dos alunos do ProUni são negros das periferias”, comemorou, durante a abertura da 11ª Conferência Nacional dos Direitos Humanos, em Brasília.

    Desde a criação do Programa Universidade para Todos (ProUni), em 2005, 430 mil bolsas em instituições de ensino superior privadas foram destinadas a alunos de baixa renda. Entre os bolsistas, 45,39% se autodeclararam pretos ou pardos.

    Para o presidente Lula, as políticas de cotas para afrodescendentes e as bolsas do ProUni ajudam a diminuir as desigualdades no acesso à educação e representam avanços em favor dos direitos humanos. “Uma das maiores conquistas dos direitos humanos é a democracia. Não há retorno na conquista desses direitos”, disse.

    Para Lula, a Constituição assegura que não deva ter preconceito, mas o preconceito não é combatido por lei. O preconceito é cultural (Foto:Wanderley Pessoa)Segundo Lula, o respeito aos direitos humanos depende de uma sociedade civil ativa. “A Constituição assegura que não deva ter preconceito, mas o preconceito não é combatido por lei. O preconceito é cultural”, enfatizou.

    A 11ª Conferência Nacional de Direitos Humanos ocorre até o dia 18 de dezembro, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães. O encontro reúne representantes de todos os estados e do Distrito Federal, onde ocorreram debates preparatórios para a conferência nacional. São 1.228 delegados, 300 convidados e 700 observadores. Os participantes pretendem elaborar um documento com sugestões para a construção de um plano nacional de direitos humanos.

    Maria Clara Machado

  • O projeto que destina 50% das vagas nas universidades públicas para alunos que cursaram todo o ensino médio em escolas públicas também prevê que um percentual das vagas seja destinado a alunos que se declararem negros ou índios em uma proporção igual à população de negros, pardos e indígenas levantada no último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em cada estado.

    Na opinião da professora da faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP) e coordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisa sobre o Negro Brasileiro, Eunice Prudente, a medida é "mais que justa". "Somos plenamente a favor. Como resultado de nossas pesquisas, os afrodescendentes e índios brasileiros têm uma situação especial e peculiar em relação aos demais cidadãos brasileiros pela experiência histórica que têm enfrentado, principalmente, a discriminação étnica", diz.

    Segundo ela, a criação de cotas nas universidades públicas é uma prestação de serviço de natureza público-social do governo brasileiro para com a situação de afrodescendentes e índios brasileiros. Eunice lembra que a Constituição prevê ações afirmativas a portadores de necessidades especiais - o mesmo dispositivo, acrescenta a professora, poderia ser aplicado ao caso de negros e índios, "pela terrível experiência histórica que tiveram nessa República".

    O projeto de lei foi aprovado por três comissões da Câmara dos Deputados: Educação e Cultura; Direitos Humanos e Minorias; e Constituição e Justiça e de Cidadania. Pelo regimento interno da Cãmara, ele deve seguir para a apreciação no Senado. (Com informações da Agência Brasil)

  • O parto de uma índia e a primeira menstruação de uma menina são temas que integram o conteúdo do material pedagógico preparado para a comunidade potiguar, da Paraíba. São rituais típicos da tribo, que serão estudados e discutidos pelos alunos nas escolas.

    “O material explica todo o procedimento e depois apresenta questões para discussão em sala de aula, atividades práticas e de aplicação junto à comunidade”, explicou a coordenadora de implantação de novos modelos do Fundo de Fortalecimento da Escola (Fundescola), Débora de Moraes.

    Esse material faz parte de uma estratégia de produção de conteúdos para treinamento de professores das escolas indígenas. Para isso, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE/MEC) vai produzir uma série de materiais pedagógicos. A iniciativa faz parte do programa Escola Ativa, que também vai oferecer formação continuada aos professores. Este ano, estão sendo produzidos três tipos de materiais, já que o programa vai atender três comunidades indígenas.

    Os livros para os índios devem ser adequados às características socioculturais de cada povo, salientou o coordenador de educação escolar indígena do Ministério da Educação, Kleber Gesteira. “É preciso adequar os conteúdos às diferentes línguas, conhecimentos tradicionais, literatura, mitologia, uso do território e outras características próprias de cada comunidade indígena.”

    Nesta etapa do programa Escola Ativa, são atendidas as tribos do Alto Solimões, no Amazonas; de três municípios da Paraíba e de dez cidades cearenses. Ao todo, serão formados 461 professores indígenas.

    O Brasil tem 220 sociedades indígenas, em 618 áreas. São mais de 440 mil pessoas, espalhadas em 24 estados, e 180 línguas. De acordo com o Censo Escolar de 2005, há 2.324 escolas em terras indígenas e 164 mil estudantes. Cerca de 90% dos 9,1 mil professores que atuam em aldeias são indígenas. Quase 25% deles não têm nível médio. Aproximadamente 40% têm nível médio com habilitação em magistério indígena.

    Repórter: Flavia Nery

  • O estudante cotista Joelson Souza de Santana, 23 anos, aluno do curso de português-japonês da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), foi o único brasileiro selecionado para estudar, como bolsista, durante um ano, na Universidade de Estudos Estrangeiros de Osaka, Japão. Joelson ganhou a bolsa ao participar de uma seleção que envolveu candidatos de todo o mundo.

    Ganhar a bolsa do governo japonês foi, segundo o estudante, sua maior conquista. “É o momento mais importante da minha vida”, disse. Negro, filho de empregada doméstica e de motorista de caminhão, morador de um subúrbio do Rio, ele estudou em escola pública. Em 2004, ingressou na universidade graças ao sistema de cotas.

    A reserva de vagas permitiu a Joelson romper as barreiras sociais para virar estatística e comprovar a importância da política de cotas num país onde apenas 6% dos jovens entre 18 e 25 anos estão matriculados no ensino superior. Esse índice cai ao se analisar o número de afrodescendentes nas universidades. No Brasil, somente 25% dos universitários são negros. De acordo com o censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2000, 46,5% da população brasileira é formada por negros e pardos.

    Conquista — Joelson sabe que sua conquista serve como referência para outros alunos que enfrentam as mesmas dificuldades. “O sistema de cotas é importante para um indivíduo que se encaixa nas características de ser negro e morador do subúrbio, por exemplo”, afirmou.

    A seleção para estudar no Japão não deslumbrou Joelson, que mostra consciência do potencial de sua conquista. “Posso ser um exemplo para as pessoas que se enquadram no sistema de cotas. O estudante pode ver isso como algo inspirador”, disse.

    Com dedicação integral aos estudos, Joelson Santana freqüenta as aulas no turno da manhã. À tarde, é monitor de japonês, com uma bolsa de R$ 190,00 por mês. De viagem marcada para outubro, o estudante receberá do governo japonês ajuda de custo no valor de U$ 1,3 mil mensais (R$ 3,17 mil) e vai morar no alojamento da própria universidade. A passagem também será custeada pelos japoneses.

    Repórter: Sandro Santos

  • O Ministério da Educação vai liberar as obras do Portal Domínio Público aos outros sete membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). O anúncio foi feito nesta segunda-feira, 12, pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, durante audiência com o embaixador Luís de Matos da Fonseca, secretário executivo da CPLP. Serão oferecidas mais de 30 mil obras digitalizadas para acesso gratuito. “Também queremos incluir no portal textos de países de língua portuguesa para diversificar o material disponível em domínio público”, disse o ministro.

    Lançado em novembro de 2004, o Portal Domínio Público coloca à disposição dos usuários da internet uma biblioteca virtual. Em pouco mais de dois anos, o portal registrou mais de três milhões de visitas.

    Outra iniciativa anunciada durante a reunião foi o lançamento do edital do segundo concurso Literatura para Todos, ainda este mês. A competição, criada em 2006, estimula a produção de obras destinadas a estudantes que freqüentam a educação de jovens e adultos e classes de alfabetização.

    A novidade este ano é a abertura do concurso para candidatos de países africanos de língua portuguesa. Serão oferecidas premiações para vencedores brasileiros, além de um prêmio especial para o escritor africano. O embaixador Luís Fonseca ficou entusiasmado em divulgar a iniciativa na CPLP.

    Outra proposta apresentada durante a audiência foi a ampliação da Universidade Aberta do Brasil para a CPLP. Haddad propôs levar o projeto de formação de professores da educação básica para os membros da comunidade lusófona. A idéia é aumentar a oferta de programas de capacitação da forma como é oferecido o Proformação em São Tomé, Timor Leste e Guiné-Bissau.

    CPLP — Criada há dez anos, a comunidade é integrada por Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. Os principais objetivos da CPLP são promover o acordo político e ideológico entre os membros e entre a comunidade e outros organismos internacionais; estimular a cooperação técnica entre os países em diversas áreas; e, sobretudo, defender e promover a língua portuguesa.

    Flavia Nery

  • Ministro Haddad apóia e parabeniza medalhistas da Olimpíada de Matemática (Foto:Ricardo de Freitas)

    Rio de Janeiro — André Macieira da Costa, de Minas Gerais, Camila Ramalho Almeida, da Bahia, e Marcelo Silveira Pereira, do Ceará, foram os representantes dos medalhistas da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep) que tiveram encontro na manhã desta terça, 26, no Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (Impa), no Rio de Janeiro, com o ministro da Educação, Fernando Haddad. Cerca de 200 medalhistas reuniram-se com ministro na manhã de hoje. Eles estão na cidade para participar, à tarde, da cerimônia de premiação da edição de 2007, que terá a presença do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.

    Os representantes falaram da importância da Obmep como forma de incentivar o ensino da matemática. “A matemática precisa deixar de ser a vilã das matérias. Pode ser divertida e trazer reconhecimento ao aluno”, disse Camila. Para Marcelo, a disciplina nunca é citada como a melhor. Segundo ele, os alunos sempre falam nas outras matérias e fazem da matemática “a pior do mundo”. Ganhador de medalhas nas três edições, André afirma que o incentivo ao estudo da matemática passa pela Obmep.

    Segundo os medalhistas, as fórmulas para a boa participação nas olimpíadas são conseqüência das boas notas na escola: bons professores, estímulo dos pais desde cedo e não olhar a disciplina como algo muito difícil.

    O ministro Fernando Haddad lembrou-se de um professor de matemática que trabalhava a questão de forma lúdica e desafiadora ao salientar que a olimpíada, com o foco na matemática, contribui para ampliar o horizonte da educação brasileira. Falou ainda da Olimpíada da Língua Portuguesa, lançada nacionalmente no dia 19. De acordo com o ministro, as duas olimpíadas, compreendidas no Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), ajudam a qualificar a educação brasileira.

    De forma descontraída, Haddad disse aos estudantes que era mais difícil estar ali como vencedor da Obmep do que na Seleção Brasileira —  uma alusão ao fato de 17 milhões de alunos terem participado da olimpíada. Segundo ele, o desafio do Ministério da Educação é fazer o resultado dos medalhistas chegar a todas as escolas públicas do país.

    Ao final, indagado por um aluno sobre a questão da formação de professores, Haddad relatou todo o esforço do MEC nesse sentido, com a criação do piso nacional e com o trabalho da Coordenadoria de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC), que terá como nova função formular a política de preparação de professores da educação básica. Um dos exemplos citados foi a Universidade Aberta do Brasil (UAB), que tem como prioridade a formação de professores para essa etapa do ensino.

    Recorde — A terceira edição da Obmep teve um número recorde de participantes. Estiveram envolvidos 17,3 milhões de alunos, 38,5 mil escolas e 98% dos municípios do país. A competição foi criada em 2005 para estimular o estudo da matemática e identificar jovens talentos. A primeira Obmep teve a participação de 10,5 milhões de alunos de 31 mil escolas. A segunda edição contou com 14 milhões de estudantes de 32,6 mil instituições de ensino.

    Além das medalhas de ouro, prata e bronze para os vencedores, todos os premiados receberão bolsas de iniciação científica do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Também serão concedidos certificados de menção honrosa a até 30 mil alunos.

    A iniciativa é dirigida a alunos da quinta à oitava série (sexto ao nono ano) do ensino fundamental e a alunos do ensino médio das escolas públicas municipais, estaduais e federais. A inscrição é feita pelas escolas, que concorrem a prêmios, assim como professores e municípios. Os professores são contemplados com cursos de aperfeiçoamento e as escolas, com computadores portáteis e livros. Os municípios com maior pontuação recebem troféus.

    A ação é promovida pelos ministérios da Ciência e Tecnologia e da Educação, em parceria com o Impa e a Sociedade Brasileira de Matemática (SBM).

    Assessoria de Comunicação Social

  • O atendimento a cerca de 1,6 milhão de crianças até seis anos de idade, mantidas pelo governo federal em creches e pré-escolas financiadas pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), pode passar para o Ministério da Educação. A coordenadora de educação infantil da Secretaria de Educação Básica (SEB/MEC), Karina Rizek Lopes, explica que o atendimento a essas crianças pelo MEC está vinculado ao repasse dos recursos — R$ 245 milhões — do Fundo Nacional de Assistência Social (FNAS).

    Segundo Karina Lopes, a discussão do assunto caberá a um grupo de trabalho interministerial, composto por representantes do MEC, do MDS, do Ministério do Planejamento, do Conselho Nacional de Assistência Social e de outras entidades. O grupo tem até setembro para apresentar propostas.

    “Há consenso entre o MEC e o MDS. Não podemos, nesta transição, perder nenhuma criança, nenhuma instituição hoje atendida com os recursos do Fundo Nacional de Assistência Social”, disse Karina. “Nossa idéia é, conjuntamente, investir na qualidade social da educação das crianças até seis anos.”

    Campanha — Em parceria com o MDS e com a colaboração do grupo de trabalho, o MEC prepara uma campanha nacional de credenciamento e integração das instituições de educação infantil aos sistemas de ensino. A meta é lançar tal campanha no segundo semestre.

    Criada nos anos 70, a Rede da Assistência Social presta atendimento a crianças até seis anos em jornadas integral e parcial. O programa envolve 4,6 mil municípios e 16 mil instituições.

    Repórter: Sonia Jacinto

  • Bambu, palha e rede. Materiais que conferem identidade aos prédios que abrigam escolas e creches da educação infantil. Representantes de secretarias municipais e estaduais, de movimentos sociais e entidades ligadas à educação propuseram soluções para adequar o ambiente das creches às realidades do campo. Eles se reuniram em Brasília nos dias 30 e 31 de julho para discutir educação infantil no campo com técnicos dos ministérios da Educação e do Desenvolvimento Agrário (MDA).

    “Precisamos pensar onde colocar os atadores de rede”, sugeriu a coordenadora de educação do campo da secretaria estadual do Pará, Natalina Mendes. Em seu estado, é costume dormir em redes, disse Natalina, e as crianças se sentiriam menos ambientadas em berços ou camas.

    Uma representante do Maranhão relatou que nas comunidades quilombolas de seu estado, as crianças não gostam dos muros. Para Lourdes Vicente, do movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) do Ceará, a cerca-viva foi uma boa opção para proteger as crianças dos animais, sem dar a sensação de aprisionamento. Na visão de Lourdes, as experiências locais podem facilitar a construção de creches e escolas de educação infantil em lugares que enfrentam problemas similares.

    No Ceará, para construir as paredes das escolas, o cimento foi usado em proporção reduzida, o que proporcionou economia no orçamento e a preservação do meio ambiente. “Os tijolos são feitos com 80% de terra do próprio local e não são queimados”, ressaltou Lourdes. Para diminuir o calor, muitas escolas dos assentamentos usam bambu e palha no lugar das telhas e do concreto tradicionais.

    Para Lourdes, a infra-estrutura das escolas precisa guardar estreita relação com o projeto político-pedagógico. Por isso, ela defende que, nas áreas de assentamentos e da agricultura familiar, o currículo inclua o cuidado com a horta escolar. “Assim, o trabalho funciona como princípio educativo. Além disso, o plantio ajuda a melhorar os hábitos alimentares”, disse.

    No Acre, para integrar a instituição de ensino ao espaço das comunidades e despertar nas crianças a identificação com o ambiente, a idéia foi construir as escolas indígenas em forma de oca. No estado, segundo a representante da secretaria municipal de Rio Branco, Lígia Ribeiro, é difícil seguir o modelo convencional de oferta de ensino porque a população do campo é muito dispersa. “Estamos pensando um modelo de educação infantil em áreas isoladas e de grande mobilidade”, afirmou.

    A idéia, de acordo com Lígia, é levar o professor até as casas das famílias mais distantes e oferecer formação tanto às crianças quanto a seus pais. “Muitos adultos são analfabetos”, lamentou. O projeto deve ser testado em 2009, com prioridade para a alfabetização de crianças, jovens e adultos. Cada professor deverá cuidar de até cinco famílias.

    Apoio— O MEC oferece um modelo de escola para atender às crianças até seis anos na educação infantil. De acordo com o coordenador de Infra-Estrutura Educacional do Fundo Nacional de Desenvolvimento Educacional (FNDE), Erinaldo Vitório, o modelo é adequado à realidade urbana e pode ser adaptado às especificidades de cada região. “O MEC tem de velar pelo padrão mínimo de qualidade”, disse. Segundo Erinaldo, o FNDE oferece assistência técnica e/ou financeira para o desenvolvimento de projetos específicos.

    Maria Clara Machado

  • Cerca de 25% dos municípios que já receberam autorização da Secretaria do Tesouro Nacional (STN) para comprar veículos escolares com financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), por meio do programa Caminho da Escola, podem deixar de receber os recursos este ano. São36 prefeituras, de um total de 148 com autorização já aprovada pela STN, que não fizeram a solicitação de adesão à ata de registro de preços do pregão realizado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), essencial para a liberação do crédito.

    “Para dar continuidade ao processo, o município precisa pedir a adesão. Do contrário, o processo fica parado”, afirma José Maria Rodrigues de Souza, coordenador-geral do Caminho da Escola. A solicitação deve ser feita utilizando o Anexo V da Resolução nº 7/2008 do FNDE. “É um passo simples, basta preencher o formulário, assinar e enviar ao FNDE”, explica José Maria. “E, em função das eleições deste ano, o prazo para assinatura do contrato junto ao agente financeiro é dia 30 de junho. Depois disso, só três meses após a eleição.”

    Até agora, 166 cidades foram habilitadas pelo BNDES a receber os recursos, sendo que 148 já possuem autorização da STN para encomendar o novo transporte — veja a lista das 36 prefeituras que ainda não fizeram a adesão à ata de registro de preços. Mais de 600 veículos já estão na linha de montagem. A estimativa é que, a partir de junho, esses veículos comecem a ser entregues aos municípios que tiveram o processo aprovado.

    Zonas rurais — O programa Caminho da Escola é uma das ações do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE). O novo programa de transporte escolar, voltado para os 8,4 milhões de estudantes da educação básica pública que moram em áreas rurais, vai permitir a renovação da frota, para oferecer maior segurança ao transporte dos estudantes.

    Os veículos são adaptados à zona rural e certificados pelo Inmetro, que elaborou com o FNDE o conjunto de especificações técnicas de cada categoria. Os ônibus terão cor padronizada em todo o país (amarelo e preto).

    Entre outras características, devem possuir suspensão do tipo metálica e mais alta que os veículos convencionais para circulação em terrenos acidentados; filtros de ar para o funcionamento do motor em estradas empoeiradas; e pneus de uso misto para uso em estradas de terra e asfalto e em trajetos de curtas e médias distâncias. Aqueles com mecanismo de acessibilidade devem ter plataforma elevatória e espaço reservado para cadeiras de roda, com o sistema de retenção das cadeiras para o transporte de alunos portadores de necessidades especiais.

    Assessoria de Comunicação Social do FNDE

  • A presença das mulheres é crescente em todos os níveis de ensino no Brasil. Elas se consolidam como maioria a partir do ensino médio, dominam a graduação e detêm o maior número de bolsas de mestrado e doutorado, segundo o estudo Trajetória da Mulher na Educação Brasileira, lançado hoje, dia 7, no Ministério da Educação.
    Participaram do lançamento a ministra Nilcéa Freire, da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SPM); o secretário-executivo do MEC, Fernando Haddad, e o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep/MEC), Eliezer Pacheco.

    O trabalho, realizado pelo Inep e pela SPM, é um dos resultados do Plano Nacional de Políticas para as Mulheres, lançado em 2004 pela secretaria. Entre as reivindicações do plano estão a elaboração e a publicação de estudos e dados sobre a situação da mulher na sociedade brasileira.

    O estudo reúne diversos dados sobre as mulheres na educação, colhidos pelo Inep de 1996 a 2003, por meio do Censo Escolar, do Censo da Educação Superior, dos exames nacionais aplicados aos estudantes de educação básica e superior e cadastros de instituições e cursos. Conforme Eliezer Pacheco, a publicação visa a ampliar as possibilidades de análise da trajetória da mulher na educação brasileira para auxiliar na transformação da realidade educacional das mulheres.

    Dados - O número de matrículas do sexo feminino na educação infantil cresceu 48,1% entre 1996 e 2003, enquanto as matrículas do sexo masculino aumentaram 52,5%. As regiões Sul e Sudeste apresentaram os maiores índices de elevação, em ambos os sexos. Na Região Sul, o crescimento feminino foi de 64,3%; o masculino, de 67,9%. Na Região Sudeste, o número de mulheres aumentou 65,9%; o de homens, 69,0%. A Região Nordeste apresentou os menores índices de crescimento - 23,6% para mulheres e 25,5% para homens.

    No ensino fundamental, as matrículas das mulheres cresceram 2,25%; as dos homens, 5,63%. A proporção, que era de 97,8 meninas para cada cem meninos em 1996, baixou para 94,7 em 2003, o que levou os organizadores da publicação a concluir que há uma relação desigual entre os sexos.

    Segundo dados do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica, (Saeb), as meninas da oitava série vão melhor em língua portuguesa, enquanto os meninos se sobressaem em matemática.

    Maioria - Em 2003, a população brasileira chegou próximo dos 174 milhões, conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os homens são 48,8%; as mulheres, 51,2%. Isso significa que há no Brasil 4.250.434 mulheres a mais do que homens (maioria de 2,4%). Porém, quando se observa a população masculina e feminina por grupos de idade, constata-se a superioridade numérica masculina na faixa etária até 19 anos, que varia em torno de 2%.

    Na faixa a partir dos 20 anos, os números se invertem. Até os 19 anos, os homens constituíam 50,4% do total em 1996 e 50,9 % em 2003. Dos 20 anos em diante, passaram a constituir 47,6% em 1996 e 47,5% em 2003. A diferença em favor das mulheres chega próximo aos 4% na faixa de 40 a 59 anos.

    Retorno - O ensino médio apresenta dados surpreendentes. O crescimento das matrículas foi de 58% para ambos os sexos, no período. Considerando que a população brasileira cresceu apenas 4,3% no grupo de 15 a 19 anos, os índices indicam não apenas o aumento no tempo de estudo da população jovem, mas ainda um retorno de grupos de mais idade à escola.
    A partir do ensino médio, as mulheres apresentam uma superioridade
    numérica em relação aos homens. Em 2003, o índice de matrículas é de 54,0% para elas e de 46,0% para os homens.

    Nesse nível de ensino, as estudantes com menos de 17 anos são melhores em redação (nota média de 61,1, contra 58,6 dos meninos). Na parte objetiva, as meninas da mesma idade ficam com 54,3 e os meninos, com 59,7. As alunas de 17 a 22 anos têm média de 59,6 a 52,2, enquanto os alunos conseguem de 57,1 a 49,4. Na parte objetiva, as meninas saíram-se com notas de 51,1 a 42,5; os meninos, de 56,6 a 47,5.

    Com mais de 22 anos, as mulheres tiveram média 51,3 na redação; os homens, 49,8. Na objetiva, as mulheres chegaram a 41,5 e os homens, a 47,6.

    Conforme a publicação, do ponto de vista dos estudos de gênero, é preciso discutir os resultados por meio de estudos que questionem as diferenças percebidas entre as aptidões de homens e mulheres, qual a importância do direcionamento profissional e cultural diferenciado a partir da infância, como efetivamente são apresentados os conteúdos programáticos na escola e o que efetivamente avaliam os instrumentos de avaliação.

    Graduação - A pesquisa mostra um grande salto quantitativo tanto para homens quanto para mulheres em termos de graduação. O índice de crescimento feminino, no entanto, foi mais alto. A diferença entre os sexos, que era de 8,7% em 1996, a favor das mulheres, passou para 12,8% em 2003. O crescimento foi observado em todas as regiões, com destaque para as regiões Norte (de 3,9% para 21,2%) e Centro-Oeste (de 15,8% para 19,9%).

    Segundo os dados do Censo da Educação Superior de 2003, os cursos com maior percentual de mulheres foram serviço social e orientação (93,8%), fonoaudiologia (92,9%), nutrição (92,8%) e secretariado (92,6%). Entre os homens, estão mecânica (92,1%), construção e manutenção de veículos a motor (91,8%), transportes e serviços (88,1%) e eletrônica (88,1%).

    A participação das mulheres na educação superior surpreende não apenas pelo número de matrículas de graduação, mas também pela crescente presença no corpo docente, nos níveis mais elevados de titulação. Enquanto o número de professores homens cresceu 67,9% de 1996 a 2003, o de professoras aumentou em 102,2%.

    De 1998 a 2003, o percentual de mestres na educação superior aumentou em média 112,1%. O crescimento do número de mestres homens ficou abaixo da média (106,1%), enquanto o de mulheres foi de 119,4% - mais de 7% cima da média. O mesmo pode se afirmar sobre a participação feminina
    entre professores com doutorado. No mesmo período, o crescimento global foi de 80,9%. O de docentes homens ficou em 69,2%; o de docentes mulheres chegou a 104% - aproximadamente 24% acima da média global e 35% acima da média masculina.

    Dados de 2005 da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC) mostram que as mestrandas e doutorandas são maioria entre os bolsistas (54%). Entre os homens, o percentual é de 46%. As mestrandas são 54,4% e as doutorandas, 53,7%. No corpo docente, o predomínio ainda é masculino, principalmente na engenharia e nas ciências agrárias. A presença das mulheres é mais expressiva nas áreas de lingüística, letras, artes e ciências humanas.

    Políticas - O Plano Nacional de Políticas para as Mulheres contém 199 ações, distribuídas em 26 prioridades, definidas na 1ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres. Na área da educação, o plano permitirá a redução do analfabetismo entre as mulheres, principalmente entre aquelas com idade acima de 45 anos, negras e índias.
    Possibilitará, também, o combate à violência doméstica e sexual contra a mulher. Em seu capítulo 2, Educação Inclusiva e não Sexista, o plano apresenta políticas de educação para a igualdade de gênero destinadas a melhorar a qualidade do atendimento educacional, a valorização profissional, o aumento das taxas de matrícula feminina em todos os níveis e modalidades de ensino e a promoção de ações afirmativas para público específico.

    Entre os objetivos do plano de ação estão a incorporação da perspectiva de gênero, raça, etnia e orientação sexual no processo educacional formal e informal, a garantia de um sistema educacional não discriminatório, que não reproduza estereótipos de gênero, raça e etnia, e a promoção do acesso à educação básica de mulheres jovens e adultas. Até 2007, pretende-se reduzir em 15% a taxa de analfabetismo entre mulheres acima de 45 anos e aumentar em 12% a freqüência de crianças até seis anos em creches ou pré-escolas na rede pública.

    O plano também pretende valorizar iniciativas culturais das mulheres, estimular a difusão de imagens não-discriminatórias e não-estereotipadas e selecionar livros didáticos e paradidáticos da rede pública para garantir o cumprimento adequado dos critérios de seleção referentes à não-discriminação de gênero, raça, etnia e orientação sexual.

    Também integram as ações o apoio financeiro e a garantia de recursos adicionais a estados e municípios que desenvolvam atividades educacionais de promoção de eqüidade de gênero; a proposta de inclusão das temáticas de gênero, raça, etnia e orientação sexual nos currículos do ensino superior; a incorporação de diretrizes relativas a gênero, raça e etnia no âmbito da educação profissional e tecnológica e o direcionamento da utilização dos recursos destinados à educação básica para a construção e a ampliação de novas escolas de educação infantil, de creches e pré-escola e promoção de campanha na mídia, com informações referentes ao acesso à educação e sua importância na vida das mulheres. (Assessoria de Imprensa do Inep)


    Graduação - A pesquisa mostra um grande salto quantitativo tanto para homens quanto para mulheres em termos de graduação. O índice de crescimento feminino, no entanto, foi mais alto. A diferença entre os sexos, que era de 8,7% em 1996, a favor das mulheres, passou para 12,8% em 2003. O crescimento foi observado em todas as regiões, com destaque para as regiões Norte (de 3,9% para 21,2%) e Centro-Oeste (de 15,8% para 19,9%).

    Segundo os dados do Censo da Educação Superior de 2003, os cursos com maior percentual de mulheres foram serviço social e orientação (93,8%), fonoaudiologia (92,9%), nutrição (92,8%) e secretariado (92,6%). Entre os homens, estão mecânica (92,1%), construção e manutenção de veículos a motor (91,8%), transportes e serviços (88,1%) e eletrônica (88,1%).

    A participação das mulheres na educação superior surpreende não apenas pelo número de matrículas de graduação, mas também pela crescente presença no corpo docente, nos níveis mais elevados de titulação. Enquanto o número de professores homens cresceu 67,9% de 1996 a 2003, o de professoras aumentou em 102,2%.

    De 1998 a 2003, o percentual de mestres na educação superior aumentou em média 112,1%. O crescimento do número de mestres homens ficou abaixo da média (106,1%), enquanto o de mulheres foi de 119,4% - mais de 7% cima da média. O mesmo pode se afirmar sobre a participação feminina
    entre professores com doutorado. No mesmo período, o crescimento global foi de 80,9%. O de docentes homens ficou em 69,2%; o de docentes mulheres chegou a 104% - aproximadamente 24% acima da média global e 35% acima da média masculina.

    Dados de 2005 da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC) mostram que as mestrandas e doutorandas são maioria entre os bolsistas (54%). Entre os homens, o percentual é de 46%. As mestrandas são 54,4% e as doutorandas, 53,7%. No corpo docente, o predomínio ainda é masculino, principalmente na engenharia e nas ciências agrárias. A presença das mulheres é mais expressiva nas áreas de lingüística, letras, artes e ciências humanas.

    Políticas - O Plano Nacional de Políticas para as Mulheres contém 199 ações, distribuídas em 26 prioridades, definidas na 1ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres. Na área da educação, o plano permitirá a redução do analfabetismo entre as mulheres, principalmente entre aquelas com idade acima de 45 anos, negras e índias. Possibilitará, também, o combate à violência doméstica e sexual contra a mulher. Em seu capítulo 2, Educação Inclusiva e não Sexista, o plano apresenta políticas de educação para a igualdade de gênero destinadas a melhorar a qualidade do atendimento educacional, a valorização profissional, o aumento das taxas de matrícula feminina em todos os
    níveis e modalidades de ensino e a promoção de ações afirmativas para público específico.

    Entre os objetivos do plano de ação estão a incorporação da perspectiva de gênero, raça, etnia e orientação sexual no processo educacional formal e informal, a garantia de um sistema educacional não discriminatório, que não reproduza estereótipos de gênero, raça e etnia, e a promoção do acesso à educação básica de mulheres jovens e adultas. Até 2007, pretende-se reduzir em 15% a taxa de analfabetismo entre mulheres acima de 45 anos e aumentar em 12% a freqüência de crianças até seis anos em creches ou pré-escolas na rede pública.

    O plano também pretende valorizar iniciativas culturais das mulheres, estimular a difusão de imagens não-discriminatórias e não-estereotipadas e selecionar livros didáticos e paradidáticos da
    rede pública para garantir o cumprimento adequado dos critérios de seleção referentes à não-discriminação de gênero, raça, etnia e orientação sexual.

    Também integram as ações o apoio financeiro e a garantia de recursos adicionais a estados e municípios que desenvolvam atividades educacionais de promoção de eqüidade de gênero; a proposta de inclusão das temáticas de gênero, raça, etnia e orientação sexual nos currículos do ensino superior; a incorporação de diretrizes relativas a gênero, raça e etnia no âmbito da educação profissional e tecnológica e o direcionamento da utilização dos recursos destinados à educação básica para a construção e a ampliação de novas escolas de educação infantil, de creches e pré-escola e promoção de campanha na mídia, com informações referentes ao acesso à educação e sua importância na vida das mulheres. (Assessoria de Imprensa do Inep)

     

     

  • Chega a 180 mil o número de professores e gestores da educação de todo o Brasil interessados em participar dos cursos de capacitação em educação digital promovidos pelo Programa Nacional de Formação Continuada em Tecnologia Educacional (Proinfo Integrado). O programa é uma realização da Secretaria de Educação a Distância (Seed).

    De acordo com a coordenadora-geral de Formação em Educação a Distância da Seed, Simone Medeiros, o Proinfo Integrado não tem vagas fechadas. A oferta de cursos, que são promovidos em parceria com as secretarias estaduais e municipais de educação, é organizada a partir da demanda dos estados e municípios no Plano de Ações Articuladas (PAR).

    Os cursos são divididos em três etapas, totalizando 180 horas/aula. O primeiro curso – introdução à educação digital – é de 40 horas/aula e visa familiarizar professores e gestores escolares para o uso de recursos básicos da informática, usando Linux educacional. Tecnologias na educação: ensinando e aprendendo com as TICs, com 100 horas, tem o objetivo de possibilitar que profissionais da educação possam identificar as novas tecnologias no cotidiano escolar e delas se apropriar, utilizando-as no planejamento das aulas com seus alunos.

    O terceiro curso, de 40 horas, é de complementação local, para a elaboração de projetos. “É uma formação complementar às duas primeiras, onde cada estado é que vai organizar sua formação, de acordo com a realidade local”, diz Simone Medeiros. Ela adianta que está sendo construída uma rede nacional de formadores/multiplicadores responsáveis pela formação dos professores e gestores escolares.

    No primeiro semestre de 2008, foram realizados quatro encontros de formadores/multiplicadores para o curso de introdução à educação digital: dois em Brasília, um em Fortaleza e um em São Paulo. Foram capacitados 1.200 profissionais da educação, que farão a formação dos demais multiplicadores nos núcleos de tecnologia educacional dos estados (NTEs) e nos núcleos de tecnologia dos municípios (NTMs). “Será essa rede de formadores que fará a capacitação de professores e gestores nas escolas com laboratórios de informática”, explica Simone Medeiros.

    Fátima Schenini

  • O Brasil já está na 15ª colocação no ranking da produção científica mundial. Com 19.428 artigos publicados em 2007, o país responde por 2,02% do total da produção científica no mundo, superando a Suíça (1,89%) e a Suécia (1,81%) e aproximando-se da Holanda (2,55%) e da Rússia (2,66%). Os números foram divulgados nesta terça-feira, 8, pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, e pelo presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Jorge Guimarães.

    Entre os países latino-americanos, o Brasil é destaque. Em segundo lugar no continente vem o México, na 28ª posição mundial, com 7.469 artigos publicados no mesmo período, o que corresponde a 0,78% da produção no mundo. Quando combinados os fatores território (países com mais de quatro milhões de quilômetros quadrados), população (países com mais de 100 milhões de habitantes) e economia (países com PIB maior do que 400 milhões de dólares), o Brasil figura entre os quatro primeiros produtores científicos do mundo, junto com a Rússia, os Estados Unidos e a China.

    No quesito qualidade, medido pela porcentagem de citações – quantidade de artigos citados em outras publicações – o Brasil está em 25º lugar na lista mundial, com 57,6% de artigos citados no período de 2003 a 2007. Em primeiro, está a Dinamarca, seguida pela Suíça. Nesse ranking, China e Rússia ficam atrás do Brasil.

    “Continuamos uma trajetória consistente no aumento da produção científica brasileira”, afirma Haddad. “Nossa grande tarefa, agora, é traduzir esse acúmulo de conhecimento para a área do magistério, formando professores para a educação básica.” Segundo o ministro, outro passo importante a ser dado é transformar o potencial de produção científica em aplicação no trabalho. “A Lei de Incentivo à Pesquisa começa a sair do papel. Começam a chegar os primeiros projetos de pesquisa aplicada”, relata.

    Para Jorge Guimarães, entre os motivos para a boa colocação do país estão os programas de iniciação científica, o fortalecimento da pós-graduação, a formação de grupos de pesquisa, as cooperações internacionais e, mais recentemente, o Portal de Periódicos da Capes. “O mundo dobrou a produção científica de 1981 a 2006. O Brasil aumentou em nove vezes”, exemplifica.

    A área brasileira que se destaca no âmbito mundial em produção científica é a agricultura, com 4.139 artigos produzidos entre 2003 e 2007 – 4% da produção total em todo o mundo. Já dentro do país, o destaque vai para a medicina: 3.745 artigos publicados em 2007. Entre os artigos brasileiros citados nos últimos quatro anos, 71% são da área de neurociências. “Os artigos brasileiros sobre agricultura são pouco citados mundialmente porque a nossa agricultura é tropical; não interessa tanto para países com outro clima”, explica Guimarães.

    Para o presidente da Capes, a expectativa para a produção científica brasileira em 2008 é grande. Até agora, o número de publicações é de 18.390. Destas, 14.961 são de artigos científicos. “É quase certo que ultrapassemos a marca de 2007”, comemora. 

    Letícia Tancredi

  • Foto: Wanderley PessoaO portal de domínio público do Ministério da Educação tem cerca de três milhões de acessos por mês. Só em abril, 35.844 usuários acessaram a página da biblioteca digital gratuita, com mais de cinco mil obras literárias, músicas, fotografias, vídeos e quadros. Inaugurado pelo ministro Tarso Genro em novembro, o portal tem vídeos da TV Escola - ligada à Secretaria de Educação a Distância (Seed/MEC) -, como os dos escritores Graciliano Ramos, Guimarães Rosa, Machado de Assis e Mário de Andrade. Há obras do português Eça de Queiroz e do inglês William Shakespeare. O usuário tem a opção de fazer cópia dos textos e imprimi-los, totalmente ou em parte.

    O portal é uma referência para professores, estudantes, pesquisadores e a comunidade e pretende contribuir para o desenvolvimento da educação e da cultura e aprimorar a construção da consciência social, da cidadania e da democracia. "Ao disponibilizar informações e conhecimentos de forma livre e gratuita, o portal busca incentivar o aprendizado, a inovação e a cooperação entre os geradores de conteúdo e usuários", explica o ministro Tarso Genro.

    Este mês, o coordenador-geral de gestão em educação a distância do MEC, Espartaco Madureira Coelho, apresentou o portal no Colóquio Internacional de Literatura Comparada e Novas Tecnologias, na UFRG, evento promovido pela Associação Internacional de Literatura Comparada, com representantes do Brasil, Uruguai, Espanha, Itália e França.

    Conteúdo - Segundo o consultor José Guilherme Ribeiro, órgãos públicos, bibliotecas e a administração federal, estadual e municipal podem oferecer conteúdo, sobretudo de obras de domínio público, cujos autores morreram há mais de 70 anos. Escritores contemporâneos também podem autorizar a publicação de suas obras. O cadastramento é feito na página eletrônica da biblioteca. É projeto do MEC cadastrar e digitalizar outras obras no portal. Para isso, o ministério vai fazer uma licitação até junho.

    "A idéia é colocar à disposição obras de interesse geral", diz Jean Marc Georges Mutizig, diretor do Departamento de Infra-Estrutura Tecnológica da Seed. É uma opção para baratear custos e estar ao alcance de mais pessoas. "Queremos oferecer serviços adicionais, como chat e fóruns, para torná-lo mais atrativo", disse. O portal de domínio público do MEC tem parcerias com bibliotecas virtuais, editoras, gravadoras e universidades. Voluntários, autores e tradutores podem colaborar com a iniciativa. O portal pode ser acessado na página eletrônica do domínio público.

    Repórter: Susan Faria

  • O presidente da União Nacional dos Conselhos Municipais de Educação (Uncme), Paulo Eduardo dos Santos, informou na última sexta-feira, 10, que a entidade contabilizou aumento de 30% de conselhos criados em 391 municípios, após a implantação do Programa Nacional de Capacitação de Conselheiros Municipais de Educação (Pró-Conselho). O programa, criado pelo Ministério da Educação, foi homenageado pela Uncme por sua contribuição ao fortalecimento da gestão democrática da educação.

    Segundo o cadastro da entidade, em 2003 havia 1.262 municípios com conselhos implantados. Em 2005, esse número pulou para 1.653. Além da implantação dos conselhos, a Uncme criou, no período, mais nove coordenações estaduais nos estados do Amapá, Maranhão, Minas Gerais, Tocantins, Pará, Mato Grosso do Sul, Roraima, Santa Catarina e Paraná, totalizando 24 coordenações em todo o país.

    “Devemos isso ao Pró-Conselho”, afirmou Souza. Ele observa que o programa provoca uma grande mudança na gestão democrática. “Os conselhos já existentes que participam dos encontros saem mais seguros para tomada de decisões diante de seus sistemas de ensino. Os que ainda não criaram conselhos saem informados dos passos para implantá-los. Esperamos que o programa prossiga em 2006 para que esse espaço possa se consolidar”, destacou.

    O secretário de Educação Básica do MEC, Francisco das Chagas Fernandes, lembrou, durante a homenagem, quatro programas criados para fortalecer a gestão democrática. Além do Pró-Conselho, o MEC tem iniciativas para o fortalecimento dos conselhos escolares, para a formação de diretores de escola e para dirigentes municipais de educação. “Estamos fazendo muito, mas precisamos fazer mais ainda, diante das necessidades do país”, disse o secretário.

    Em 2006, o Pró-Conselho entrará numa segunda fase, com encontros regionais e localizados, conforme a necessidade de cada região. Mais informações sobre o Pró-Conselho na página do programa.

    Repórter: Heloisa d'Arcanchy

  • Cresce o interesse pelas provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) nas penitenciárias do país. O sistema penitenciário do Distrito Federal, por exemplo, que compreende seis presídios da região, já registra 198 inscrições para o Enem, contra 145 feitas em 2005. O Ministério da Educação enviou mais de duas mil fichas de inscrição para penitenciárias, presídios, casas de custódia, colônias penais e unidades da Fundação Estadual do Bem-Estar do Menor (Febem) de todo o Brasil.

    Para o coordenador nacional do Enem, Dorivan Ferreira Gomes, a solução para atender a população carcerária que demanda por educação é o ensino a distância. “O ideal seria que governantes construíssem laboratórios de ensino nos presídios. É difícil o preso ser liberado para estudar”, diz. Jovens e adultos que cumprem sentenças judiciais e que vão concluir o ensino médio em 2006, ou que já o concluíram, podem dar o primeiro passo para ingressar na universidade. Dados do Ministério da Justiça apontam que o país tem hoje 28.795 apenados em processo de educação.

    Depoimentos – “O estudo me fez crescer. Hoje sou bem maior do que um dia fui.” O depoimento é de M., 41 anos, natural de São Luís de Montes Belos (GO), estudante do terceiro semestre de serviço social, na Universidade Católica de Brasília. M. estudou na cadeia e prestou o Enem enquanto cumpria pena de quatro anos por estelionato, no presídio feminino de Brasília. Hoje é bolsista (50%) do Programa Universidade para Todos (ProUni), mas só pôde cursar a faculdade depois de sair da cadeia.

    “A educação é a luz do mundo. Me deu a chance de ler um livro inteiro e entender, além de me fazer conhecer o valor da liberdade de um homem”. A frase é de José Carlos, 31 anos, detento da Casa de Custódia de Palmas (TO), que cumpre pena de nove anos, por tráfico de drogas. Alfabetizado no sistema prisional, José Carlos sonha em alcançar a educação superior por meio do Enem. Ele escreveu um livro que será editado por convênio firmado entre o sistema prisional do estado e a Secretaria Estadual de Educação.

    “Depois que a escola chegou, tudo mudou. Nem acredito que esse conhecimento está comigo, que ninguém vai tirá-lo”. A frase é de Marquesan, 24 anos, também alfabetizado no sistema prisional. Ele ainda cumpre pena na Casa de Custódia de Palmas. Pelo desempenho e dedicação no curso de alfabetização foi admitido como secretário administrativo da escola penitenciária, com direito a salário e benefícios.

    O Colégio Estadual Lourdes Estivalete Teixeira, na Penitenciária Odenir Guimarães, em Goiânia (GO), atende 370 alunos. Para a diretora da instituição, Maristela Barcelos Costa, o sistema prisional do estado deve inscrever cerca de 40 apenados no Enem. A adesão dos sistemas penitenciários ao Enem pode ser feita até 2 de junho. O estabelecimento deve solicitar a aplicação do exame à coordenação-geral do Enem nos telefones (61) 2104-9044 ou 2104-9789.

    Sonia Jacinto

  • Em comparação com 2004, dobrou este ano o número de bolsistas mantidos nos Estados Unidos pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC) e pela Comissão para o Intercâmbio Educacional entre os Estados Unidos e o Brasil — Programa Capes/Fullbright. Foram selecionados 70 brasileiros para cursos de doutorado em universidades norte-americanas. No ano passado, foram oferecidas 35 vagas.

    O crescimento foi considerado excelente pelo presidente da Capes, Jorge Guimarães, e pelo diretor executivo da Comissão Fullbright, Luiz Loureiro. “Conseguimos ampliar e dar maior eficiência ao programa. O convênio com a Fullbright facilita a colocação dos bolsistas em instituições de alto padrão”, afirmou Guimarães “A inclusão dos brasileiros em estudos de alto nível é uma etapa importante do processo contínuo para pesquisa o desenvolvimento da ciência brasileira.”

    O diretor da comissão atribui o aumento do número de vagas à iniciativa da Capes de propor novo convênio e à mudança na condução do processo — os representantes da comissão negociaram com as universidades norte-americanas a redução do valor das taxas acadêmicas.

    “Isso significou uma redução de 40% nos custos e possibilitou a ampliação do número de bolsas nos Estados Unidos”, disse Loureiro. Ele destaca que a iniciativa foi bem-sucedida graças à qualidade dos projetos dos estudantes brasileiros, da imagem da Capes no exterior à própria atuação da comissão. A edição de 2005 do programa de bolsas de doutorado no exterior teve 279 inscritos. Foram selecionados estudantes de diversas áreas.

    Além desse programa em parceria com Comissão Fullbright, a Capes mantém o de professor visitante sênior nos Estados Unidos. O propósito é incrementar as relações bilaterais no meio acadêmico e divulgar a ciência, a tecnologia e a cultura brasileiras naquele país. As inscrições foram encerradas esta semana.

    Repórter: Adriane Cunha

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